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Introdução à Engenharia de Produção 1-5

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26/11/2012
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INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROF. FERNANDO MEDINA
Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2011
OBJETIVOS DA AULA:
� Identificar as características principais da Engenharia de
Produção.
� Identificar competências e habilidades necessárias para atuar
em Engenharia de Produção.
� A História da Engenharia de Produção.
� Interface da Engenharia de Produção com as Ciências Sociais.
� A importância da construção de modelos.
� Desafios da Engenharia de Produção.
O QUE É ENGENHARIA DE PRODUÇÃO?
• A Definição modificada por Afonso Fleury em BATALHA
(2008):
“A Engenharia de Produção trata do projeto,
aperfeiçoamento e implantação de sistemas integrados de
pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia,
para a produção de bens e serviços, de maneira
econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais.
Tem como base os conhecimentos específicos e
habilidades associadas às ciências físicas, matemáticas e
sociais, assim como aos princípios e métodos de análise
da engenharia de projeto para especificar, predizer e avaliar
os resultados obtidos por tais sistemas”.
Para muitas pessoas a Engenharia de Produção 
é a profissão do futuro.
COMO COMPETÊNCIAS, UM ENGENHEIRO DE 
PRODUÇÃO DEVE SABER: 
� Dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a
fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, trabalhando
melhorias contínuas;
� Utilizar ferramentas matemáticas e estatísticas para modelar
sistemas de produção;
� Projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e
processos;
� Prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how,
projetando e desenvolvendo produtos;
� Incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o
sistema produtivo;
� Acompanhar os avanços tecnológicos;
� Compreender a inter-relação dos sistemas de produção
com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de
recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e
rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
� Gerenciar e otimizar o fluxo de informação; entre outros.
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ALGUMAS HABILIDADES NECESSÁRIAS:
• Ser ético;
• Ser empreendedor;
• Estar sempre disposto para aprender;
• Saber se expressar;
• Interpretar gráficos;
• Identificar, modelar e resolver problemas administrativos, 
econômicos e ambientais;
• Possuir senso crítico;
• Conhecer ferramentas computacionais;
• Trabalhar com responsabilidade social e ambiental;
• Pensar globalmente, agir localmente;
• entre outras.
MATÉRIAS EXIGIDAS PARA A FORMAÇÃO 
EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO:
� Controle da Qualidade
� Estudo de Tempos e Métodos
� Métodos de Pesquisa Operacional
� Planejamento e Controle da Produção
� Projeto do Produto e da Fábrica
A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENCONTRA 
RELAÇÃO COM:
Pessoas Processos
Tecnologias
Sistemas de 
Informação
Integração 
Entre outras práticas.
ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO:
1) ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO
2) LOGÍSTICA
3) PESQUISA OPERACIONAL
4) ENGENHARIA DA QUALIDADE
5) ENGENHARIA DO PRODUTO
6) ENGENHARIA ORGANIZACIONAL (Gestão Estratégica e de Projetos) 
7) ENGENHARIA ECONÔMICA
8) ENGENHARIA DO TRABALHO
9) ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE (Gestão Ambiental)
10) EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
� Identificar as características principais da Engenharia de Produção.
� Identificar competências e habilidades necessárias para atuar em
Engenharia de Produção.
� A História da Engenharia de Produção.
� Interface da Engenharia de Produção com as Ciências Sociais.
� A importância da construção de modelos.
� Desafios da Engenharia de Produção.
� No período de 1880 a 1920, vários estudos sobre a busca da
eficiência na produção. Destaque para Frederick W. Taylor (1856-
1915), cuja obra Princípios da Administração Científica constitui um
marco no surgimento da área de conhecimento denominada Industrial
Engineering.
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� Em 1913, o engenheiro Henry Ford cria e introduz o conceito da Linha
de Montagem na fabricação do veículo Ford - Modelo T, na fábrica da
Ford Motors em Detroit. A introdução da linha de montagem
revolucionou o modelo de produção existente, em virtude do grande
aumento de produtividade.
INTERFACE DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM 
AS CIÊNCIAS SOCIAIS
� A Engenharia de Produção possui interface com a Economia, a
Sociologia e a Psicologia.
Obs: Sugestão de Leitura: “Engenharia de Produção x Administração”,
disponível através do link.
A IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DE 
MODELOS
Saber trabalhar o método científico, através da 
observação da natureza e propor modelos que 
interpretem os fenômenos existentes. 
� Lidar com o “desenvolvimento sustentável”.
� Considerar os diversos elementos da degradação ambiental.
OS DESAFIOS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
� Acompanhar a evolução contínua da humanidade.
� Trabalhar para compreender técnicas em Logística, tecnologias
da informação, projetos, produção limpa, nanotecnologia,
biotecnologia, construção de modelos, empreendedorismo e
etc.
� Quebrar paradigmas.
1) Selecione a alternativa correta:
É uma habilidade do engenheiro de produção:
(a) Conceber ideias voltadas para atendimento de determinadas
sociedades.
(b) Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas.
(c) Resolver apenas problemas logísticos das empresas.
(d) Não ser responsabilizar pelos impactos sobre o meio ambiente,
decorrentes de seus projetos.
Resposta: (b)
EXERCÍCIOS
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2) Complete a frase a seguir com as palavras certas:
Como competências, um Engenheiro de Produção deve saber
acompanhar os avanços__________, organizando-os e colocando-os a
serviço da ___________das empresas e da sociedade.
Resposta: tecnológicos e demanda.
3) Frederick W. Taylor (1856-1915) é considerado como um dos pioneiros
no estudo da eficiência das operações de produção de produtos. A
importante obra que estabeleceu um marco no conhecimento da
Industrial Engineering foi:
(a) Princípios da Administração Científica.
(b) A Revolução Digital.
(c) A Sustentabilidade do Planeta.
(d) A Logística Aplicada nas Empresas.
Resposta: (a)
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROF. FERNANDO MEDINA
Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2011
OBJETIVOS DA AULA 2:
� Conhecer a Gestão de Operações, sua história.
� Relacionar a Gestão de Operações com o setor de PCP
Planejamento e Controle da Produção.
� Identificar os principais conceitos relacionados à Logística.
GESTÃO DE OPERAÇÕES E FUNDAMENTOS 
DE LOGÍSTICA 
• Definição:
“O conjunto de ações de planejamento, gerenciamento e
controle das atividades operacionais necessárias à
obtenção de produtos e serviços oferecidos ao mercado
consumidor”. (Batalha, p.41). "
Gestão de Operações = TRANSFORMAÇÃO. 
Todos nós somos consumidores de produtos e de 
serviços.
Concepção do Produto 
Planejamento dos Processos
Planejamento da Produção
Controle dos Processos e da Produção 
Produto Final
Criatividade
Inovação 
Necessidades
de Mercado
Custos
e 
Capacidades
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� A criação de produtos e serviços aparece a partir das necessidades
do mercado e da necessidade de Inovação, para manter a vantagem
competitiva. Desta forma, o produto é concebido.
� Para que a transformação aconteça são necessários o planejamento
dos processos e o planejamento da produção. O produto final é
resultado de um bom controle do processo e da produção.
� Um pouco de reflexão...
� Como um carro é construído?
� Como uma empilhadeira é fabricada?
� Como um computador é manufaturado?
• Geralmente a fabricação de um produto implica em um ou mais serviços agregados.
• Após fabricar um computador é preciso armazená-los em algum lugar, pelo menos durante algum 
tempo, o mínimo que seja. E, depois de fabricar uma determinada quantidade, a fábrica precisa 
transportar os computadores para os distribuidores e/ou para as lojas. 
• Para transportar o computador é necessário que ele esteja em uma embalagem. 
• Basta colocá-lo em uma caixa. Por exemplo, uma caixa vazia, de papelão? Não. Antes de colocar o 
produto é preciso garantirque ele não será danificado. Um isopor deveria ser utilizado.
Gestão Operacional
• Gestão de Demanda – administração de pedidos,
previsão, mercados.
• Planejamento Estratégico de Negócio – definição e a
origem dos recursos e necessidades de longo prazo.
Gestão Operacional
• Planejamento Operacional – recursos para a produção e
planejamento da demanda de materiais (curto prazo).
Quanto de matéria-prima está em estoque. O que será
preciso comprar.
• Controle da Produção – acompanhamento e controle do
processo produtivo. Entrega do produto acabado.
Acompanhamento dos processos, visando melhorias.
Exercício:
- Pense nos problemas e soluções para cada um dos 4 processos
de Gestão Operacional:
1. Como é realizada a Gestão da Demanda? Como se pode prever o
dia de maior movimento no mês?
2. Pensando a longo prazo... Quais os principais problemas para o
Planejamento do Negócio? (em termos de tecnologia, recursos
humanos, visão de negócio – abertura de agências...)
Exercício:
3. Pode direcionar clientes que desejam realizar 
depósitos para o caixa-eletrônico? 
4. Quanto ao Controle da Produção – Como é feito o 
controle de satisfação do cliente? Como é medido o 
tempo de atendimento? 
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA 
PRODUÇÃO (PCP)
O objetivo do planejamento e controle é garantir que a
produção ocorra de forma eficaz, produzindo produtos
e serviços. Para que isto ocorra, recursos produtivos
devem estar disponíveis: Na quantidade adequada; No
momento adequado; e No nível de qualidade
adequado.
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA 
PRODUÇÃO (PCP)
- Atividades:
• Previsão da demanda;
• Programação e sequenciamento da produção;
• Planejamento de recursos;
• Planejamento de Materiais;
• Planejamento e controle de capacidade;
• Planejamento da Distribuição;
• Planejamento de Produto Acabado; e etc.
Sistemas de Apoio Operacional
- Com o objetivo de dar suporte às atividades produtivas,
Morais Junior relaciona os seguintes sistemas para apoio
ao Planejamento e Controle da Produção:
1) MRP/MRPII
2) JIT
3) OPT
Logística
• Voltemos ao exemplo da produção de computadores. Após a
fabricação, verificamos a necessidade de armazená-los em caixas
preparadas, para que depois possam ser transportadas e
armazenadas no distribuidor. Este processo envolve a Logística.
• A logística visa otimizar os serviços de distribuição a clientes e
consumidores, por meio de Planejamento, Organização e
Controle relacionados a atividades de movimentação e
armazenagem.
- Os principais agentes envolvidos com a logística são:
• Produtores;
• Consumidores;
• Governo;
• Transportadores.
O principal objetivo da logística é reduzir o tempo
gasto entre o pedido, a produção e a demanda, de
modo que o cliente receba seus bens e serviços no
momento que desejar, com suas especificações
predefinidas, o local especificado e o preço acordado.
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Atividades principais
x 
Atividades Secundárias
1) Cite três sistemas operacionais que fornecem suporte às atividades
produtivas.
2) Cite dois agentes principais envolvidos com a logística.
3) O que são atividades principais e secundárias?
EXERCÍCIOS
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROF. FERNANDO MEDINA
Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2011
OBJETIVOS DA AULA 3:
� Perceber a Evolução da Área da Qualidade
� Conhecer Conceitos e Definições de Qualidade
� Identificar os principais aspectos da Gestão da Qualidade
� Compreender a importância da Normalização e da Certificação
para a Qualidade
� Descrever a Engenharia da Qualidade
� Identificar a Organização Metrológica da Qualidade
� Analisar a importância da Confiabilidade
� Avaliar a qualidade em Serviços
QUALIDADE
A norma NBR ISO 9000:2005 define: 
“Qualidade é o grau no qual um conjunto de 
características satisfaz a requisitos”.
Sob esse aspecto de pontos de vista diferentes, Garvin (1988)
agrupa diversas definições segundo diferentes enfoques:
1) Transcedente
2) Baseada nos Produtos
3) Baseada no Usuário
4) Baseada na Produção
5) Baseada no Valor
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1) Transcendente:
“Qualidade não é uma idéia ou uma coisa concreta, mais
uma terceira entidade independente das duas embora não se
possa definir Qualidade, sabe-se o que ela é."
(Pirsig, , 1974)
“Numa condição de excelência que implica em ótima
qualidade, distinta de má qualidade... Qualidade é atingir ou
buscar o padrão mais alto em vez de se contentar com o mal
feito ou fraudulento.”
(Tuchman, 1980)
2) Baseada no Produto:
“Diferenças de qualidade correspondem a diferenças de
quantidade de algum ingrediente ou atributo desejado.”
(Lawrence Abbot - 1955)
“Qualidade refere-se às quantidades de atributos sem
preço presentes em cada unidade de produto com preço.”
(Keith B. Leffler - 1982)
3) Baseada no usuário:
“Qualidade consiste na capacidade de satisfazer
desejos.”
(Corwin D. Edwards - 1968)
“Na análise final do mercado, a qualidade de um
produto depende de até que ponto ele se ajusta aos
padrões das preferências do consumidor.”
(Alfred A. Kuehn e Ralph L. Day - 1962)
4) Baseada na produção:
“qualidade é o grau em que um produto específico está
de acordo com um projeto ou especificação.”
(Haroldo L. Gilmore).
5) Baseadas no valor:
“Qualidade é o grau de excelência a um preço aceitável e o
controle da variabilidade a um custo aceitável.”
(Robert A. Broh - 1982)
“Qualidade quer dizer o melhor para certas condições do
cliente. Essas condições são o verdadeiro uso e o preço de
venda do produto.”
(Armand V. Feigenbaum - 1961).
O que é o Controle Total da Qualidade (TQC)?
O TQC ou Controle da Qualidade Total é um sistema de
gerenciamento, nascido nos EUA e aperfeiçoado no Japão
(TQC no estilo japonês).
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Era da Gestão da Qualidade:
Este período iniciou-se no Ocidente como uma resposta à
invasão de produtos japoneses de alta Qualidade no final
dos anos 70.
Seus conceitos englobam conceitos desenvolvidos nas três
eras anteriores, porém seu enfoque valoriza prioritariamente
os clientes e a sua satisfação como fator de preservação e
ampliação da participação no mercado.
Qualidade:
É o conjunto de características, intrínsecas ou
extrínsecas, concretas ou abstratas que fazem
com que o consumidor ou usuário prefira
determinado produto ou serviço. Não é a simples
ausência de defeitos (não-conformidades) ou
adequação ao uso.
A qualidade do produto ou serviço deve ser garantida em
todas as fases de seu desenvolvimento:
� projeto,
� produção,
� distribuição e
� assistência pós-venda.
Controle:
Não é uma palavra muito simpática, por estar associada à
ideia de fiscalização ou limitação de liberdade. Mas no TQC
seu significado é outro.
Quando se diz que o processo está sob controle significa
que as causas de não conformidade estão dominadas, ou
seja, o processo produz os resultados desejados.
Total:
O Controle de Qualidade é dito Total por envolver
todas as pessoas e ser exercido em todos os lugares
da empresa, envolvendo todos os níveis e todas as
unidades..
As quatro eras da qualidade:
� Inspeção.
� Controle Estatístico da Qualidade.
� Garantia da Qualidade.
� Gestão da Qualidade Total.
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Gestão da Qualidade
Batalha (2001, p.58) apresenta as principais
características da gestão da qualidade:
•Comprometimento da alta administração.
•Foco no cliente.
•Participação dos trabalhadores.
•Gestão dos fornecedores.
•Gerenciamento dos processos.
•Melhoria contínua.
Gestão da Qualidade está muito alinhada com a 
abordagem voltada à Estratégia de Negócio. 
A vantagem competitiva deve ser:
� Difícil de imitar;
� Única;
� Sustentável;
� Superior à competição;
� Aplicável a múltiplas situações.
Para auxiliar a Gestão da Qualidade são utilizadas
algumas ferramentas:
1) Diagrama de Pareto ou diagrama ABC,80-20,70-30.
2) Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de
Ishikawa.
1) Diagrama de Pareto
É um gráfico de barras que ordena as frequências das
ocorrências, da maior para a menor, permitindo a
priorização dos problemas, procurando levar a cabo o
princípio de Pareto (poucos essenciais, muitos
triviais).2) Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de
Ishikawa
Este proposto pelo engenheiro químico Kaoru
Ishikawa em 1943. Também é conhecido como
"Diagrama de Causa e Efeito", "Diagrama Espinha de
peixe" ou "Diagrama 6M". O diagrama considera
causas e efeitos relativos a problemas.
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Normatização:
Segundo a ABNT, a normalização pode ser definida
como a atividade que estabelece, em relação a
problemas existentes ou potenciais, prescrições
destinadas à utilização comum e repetitiva com
vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um
dado contexto.
ISO
É a Organização Internacional para Padronização
(português brasileiro) ou Organização Internacional
de Normalização.
Serviço:
• Um ato ou desempenho.
• Uma atividade econômica que não resulta em 
propriedade.
• Um processo que cria um benefício para um cliente, 
em posses materiais ou bens intangíveis.
1) Cite as quatro eras da qualidade:
Resposta: Inspeção; Controle Estatístico da Qualidade; Garantia da
Qualidade; Gestão da Qualidade Total.
2) Cite duas ferramentas que podem ser utilizadas em Gestão da
Qualidade.
Resposta: Diagrama de Pareto (ou diagrama ABC,80-20,70-30) e
Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Ishikawa.
EXERCÍCIOS
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROF. FERNANDO MEDINA
Rio de Janeiro, 01 de setembro de 2011
OBJETIVOS DA AULA 4:
� Compreender a atuação de engenheiros de produção em
Ergonomia.
� Conhecer questões fundamentais sobre Higiene e Segurança
do Trabalho.
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A Ergonomia, a Higiene e a Segurança do Trabalho fazem
parte da rotina de alguns engenheiros de produção e de
todos os profissionais, na indústria, no comércio e em
serviços.
Sugestões:
Livro: Introdução à Engenharia de Produção
Organizador: Mário Otávio Batalha
Editora: Campus Elsevier
Capítulo 6 – Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho Pag. 107 – 133
ABERGO - Associação Brasileira de Ergonomia http://www.abergo.org.br .
Acesso em março de 2011.
PAVANI, A. R.; QUELHAS, G. L. O. A avaliação dos riscos ergonômicos como
ferramenta gerencial em saúde ocupacional. In: XIII Simpósio De
Engenharia De Produção, 2006, BAURU,SP. Disponível Em
http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/282.pdf . Acesso
em março de 2011.
VIDAL, M.C.R. Ergonomia na Empresa: util, prática e aplicada. 2a. ed., Rio
de Janeiro, Editora Virtual Cientifica, 2002.
• Você já refletiu sobre o trabalho do seu dentista? Sua
posição, se força a coluna vertebral, a importância dele
conseguir manter a firmeza nos movimentos durante o
processo de limpeza dos dentes e durante o tratamento de
cada um dos pacientes, seguidamente, durante todo o dia?
• E o motorista de ônibus? Qual a capacidade mental exigida 
durante seguidas viagens, movimentos repetitivos de 
passagem de marchas?
• Já visitou um forno industrial? Um frigorífico? Imaginou 
como estes trabalhadores ficam, diariamente, submetidos a 
temperaturas extremas? 
• Vamos conhecer um pouco mais sobre a Ergonomia?
Segundo a IEA - Associação Internacional de Ergonomia:
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica
relacionada ao entendimento das interações entre os seres
humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de
teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar
o bem estar humano e o desempenho global do sistema.
(http://www.iea.cc/ )
Ergonomia 
• Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a
avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes
e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
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O ambiente externo, as instruções e o estado do trabalho geram inputs para
o homem que, aciona dispositivos em máquinas por meio de uma interface.
Homem, máquina e interface são elementos que compõem o ambiente
interno do esquema.
Fonte: Iida, 2005
Os Domínios da Ergonomia
A orientação da International Ergonomics Association considera três áreas de
domínio da ergonomia:
� Ergonomia física - abrange disciplinas tais como biomecânica, fisiologia, 
anatomia humana, antropometria, entre outras. 
Os tópicos essenciais da Ergonomia física envolvem:
• a pesquisa da postura no trabalho,
• manuseio de materiais, equipamentos, etc., 
• estudo dos movimentos repetitivos,
• distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho,
• uso de ferramentas, 
• projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. 
� Ergonomia cognitiva - refere-se aos processos mentais relacionados às 
interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Por 
exemplo:
• percepção,
• memória,
• raciocínio e
• resposta motora
Envolve: 
• estudo da carga mental de trabalho,
• tomada de decisão,
• desempenho especializado,
• interação homem computador,
• stress e treinamento 
� Ergonomia organizacional - aborda a otimização dos sistemas
sociotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de
processos. Os tópicos incluem:
• comunicações,
• gerenciamento de recursos de tripulações em meios de transporte,
• projeto de trabalho,
• organização temporal do trabalho,
• trabalho em grupo,
• projeto participativo,
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Continuando...
• novos paradigmas do trabalho,
• trabalho cooperativo,
• cultura organizacional,
• organizações em rede,
• tele-trabalho e
• gestão da qualidade.
• Um pouco de História...
O termo Ergonomia deriva do grego Ergon (trabalho) e Nomos (leis). Com
a Revolução Industrial a preocupação com a falta de compatibilidade entre
o projeto das máquinas e o operador humano passou a ser percebida
como um fator estratégico, especialmente a partir e durante a I Guerra e a
II Guerra.
Após a II guerra, especialistas procuraram trazer para as indústrias as
lições aprendidas na área militar.
Em 1949 foi fundada na Inglaterra a Sociedade de Pesquisa em Ergonomia,
em 1949, atualmente conhecida como Instituto de Ergonomia e Fator
Humano.
No Brasil, a Ergonomia passa a ter representação com a fundação da
ABERGO Associação Brasileira de Ergonomia. a partir de 1983.
Na atualidade, a formação em Ergonomia no Brasil dá-se em nível de pós-
graduação através de cursos de Especialização [chamados cursos de pós-
graduação lato sensu].
Os programas dos cursos normalmente incluem disciplinas como
Psicologia, Anatomia e Fisiologia, Organização do Trabalho, Design e
métodos de Avaliação e Tecnologia da Informação.
A norma internacional relacionada com Saúde
e Segurança do Trabalho é a OHSAS 18001 –
Occupational Health and Safety Assessment
Series, que deriva da norma britânica BS 8800.
Tome nota:
A Ergonomia adota algumas formas de abordagem metodológica, que são
apresentadas em Batalha (2001. p.115):
• Sistema homem-máquina-ambiente – unidade básica do estudo da
ergonomia, relaciona estes três elementos, considerando que o homem
ocupa postos de trabalho para realizar as tarefas.
• Análise ergonômica do trabalho – composta pelas seguintes etapas:
análise da demanda; análise da tarefa e das condições ambientais,
técnicas e organizacionais; análise da atividade; diagnóstico; e
recomendações.
• Design ergonômico – geralmente utilizado para o projeto de postos de
trabalho. Pode resultar em mudanças no projeto inicial por meio de
correção ergonômica.
• Intervenção ergonômica – implica em uma mudança em uma situação
específica a fim de adequá-la às pessoas envolvidas em processos de
trabalho.
Posto de trabalho (PT)
É o local onde os diversos recursos de produção interagem (Homem ,
Máquina, Energia , Matéria-prima , etc.) para executar uma transformação
que resulta em produto ou serviço.
Obs: Alguns autores também consideram como Posição de Trabalho.
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Por que motivos ocorrem problemas de ergonomia? 
Exemplos a partir das ações/situações apresentadas no Manual Formação PME
Higiene e Segurança no Trabalho (AEP 2004):
Ação/Situação Exemplo
Exigência de esforço físico intenso Desportista, agricultor
Levantamento e transporte manual
de pesos
Pedreiro, estivador
Postura inadequada no exercício das
atividadesDigitador, Atendente de balcão ou
telemarketing
Exigências rigorosas de
produtividade
Vendedor, operador no mercado
financeiro
Períodos de trabalho prolongados
ou em turnos
Motorista de ônibus, médico, polícia
Atividades monótonas ou repetitivas Digitador, Caixa de banco
Movimentos repetitivos de dedos, mãos, ombros, cabeça, tronco, pés,
pernas podem causar doenças inflamatórias, que podem ser tratadas
quando estão em estágios iniciais, chegando-se à cura. Quando não
tratadas a tempo, pode resultar em complicações, com dores, dificuldade
de movimento.
Estas doenças são conhecidas, também como LER – Lesões por esforço
repetitivo.
Contra os males provocados pelos agentes ergonômicos, a melhor arma, 
como sempre, é a prevenção. 
- Exemplo de ações para tentar evitar estes problemas:
• Promover o rodízio de funções
• Aumentar de intervalos de tempo para descanso
• Compensar com exercícios as atividades monótonas ou repetitivas
• Realizar exames médicos periódicos
• Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres
(este procedimento evita lesões e problemas futuros).
• Educar e exercitar a postura correta
NR17 - “Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo
a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente.”
Para identificar os problemas e avaliar os riscos existentes em uma
determinada situação, técnicas e instrumentos estão disponíveis em
diversas fontes. São documentos, vídeos, checklists, planilhas, sistemas,
manuais.
Alguns recursos são oferecidos por empresas especializadas.
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Faça uma leitura na aula referente a
síntese dos métodos de avaliação do risco
ergonômico.
Tome nota: Higiene e Segurança do Trabalho
“ A higiene e a segurança são duas atividades
que visam garantir condições de trabalho, de
forma a se manter um nível de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma
organização.” (AEP, 2004)
Segundo Manual Formação PME Higiene e Segurança no Trabalho (AEP
2004):
A higiene do trabalho propõe-se a identificar e agir sobre os fatores
presentes no ambiente do trabalho e relacionados com o trabalhador,
visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de
trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do
trabalhador).
A segurança do trabalho propõe-se a evitar os acidentes de trabalho, quer
eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.”
Acidentes, em geral, resultam de: 
• falhas humanas e/ou
• falhas materiais
Um acidente é um evento indesejável e inesperado, que causa danos
pessoais, materiais e/ou, financeiros.
Os acidentes não são planejados. Podem acontecer em qualquer lugar, em
sua residência, no seu local de trabalho, enquanto nos deslocamos de um
lugar para o outro.
Em relação à ausência do trabalhador por um acidente de trabalho temos
os seguintes cenários:
1. Acidente sem afastamento - O trabalhador precisa se ausentar da
organização apenas por algumas horas. Por exemplo, quando o acidente
resulta num pequeno corte na mão, e o trabalhador retorna ao trabalho
em seguida.
2. Acidente com afastamento - O trabalhador fica impedido de trabalhar
por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva.
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O Acidente com afastamento pode implicar em:
• incapacidade temporária, ou
• incapacidade parcial e permanente, ou
• incapacidade total e permanente.
Segundo Manual Formação PME Higiene e Segurança no Trabalho (AEP
2004), acidentes podem ocorrer por condições ou por ações:
• Acidentes devido a CONDIÇÕES PERIGOSAS:
• Máquinas e ferramentas
• Condições de organização (Layout mal feito, armazenamento
• perigoso, falta de Equipamento de Proteção Individual - E.P.I.)
• Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído)
Acidentes devido a AÇÕES PERIGOSAS:
• Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)
• Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
• Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar 
empilhadores indevidamente, distrações, brincadeiras)
Checklist para diagnóstico inicial para a SST (AEP 2004): 
1. O LOCAL DE TRABALHO;
2. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
3. POSIÇÕES DE TRABALHO;
4. CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS DO TRABALHO
5. MÁQUINA
6. RUÍDOS E VIBRAÇÕES
7. ILUMINAÇÃO;
8. RISCOS QUÍMICOS;
9. RISCOS BIOLÓGICOS;
10.PESSOAL DE SOCORRO
Equipamentos de proteção individual (EPIs) -
de uso pessoal destinados a proteger a
integridade física e a saúde do trabalhador.
Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) -
beneficiam todos os trabalhadores,
indistintamente, precisam estar em condições
de segurança pré-estabelecidas.
Tome nota:
Os EPIs não evitam os acidentes, como ocorre
quando existe a proteção coletiva. Estes
equipamentos apenas diminuem ou evitam
lesões que ocorrer a partir de um acidente.
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Higiene e Condições Ambientais
Ambiente: “Conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como
as edificações, os equipamentos, os móveis, as condições de temperatura,
de pressão, a humidade do ar, a iluminação, a organização, a limpeza e as
próprias pessoas, fazem parte das condições de trabalho”. (EAP 2004)
Riscos ambientais
Segundo a NR-09, que trata do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais:
São considerados Riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes
de causar danos à saúde do trabalhador (grama de Prevenção de Riscos
Ambientais
A Norma 09 divide os agentes que resultam em riscos ambientais em :
• Agentes físicos: diversas formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações ionizantes, bem
como o infra-som e o ultra-som.
• Agentes químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da
pele ou por ingestão.
• Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,
vírus, entre outros.
EXERCÍCIOS:
1) Qual é o papel do ergonomista para uma organização de negócios?
Resposta: Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis
com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
2) O uso do EPI pode garantir que os acidentes em ambientes de trabalham ocorram?
Resposta: Não. Estes equipamentos apenas diminuem ou evitam lesões que ocorrer a partir
de um acidente.
3) Cite 3 agentes que resultam em riscos.
Resposta: Agentes físicos; Agentes químicos; e Agentes biológicos.
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROF. FERNANDO MEDINA
Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2011
OBJETIVOS DA AULA 5:
� Conhecer o Ciclo de Vida dos Produtos: introdução,
crescimento, maturidade e declínio.
�Refletir sobre questões essenciais sobre a natureza da atividade
de Projeto de produto
�Identificar elementos importantes do PDP - Processo de
Desenvolvimento de Produtos (PDP).
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• A Engenharia do Produto está presente na vida de todos os 
indivíduos em uma sociedade. 
• Por mais que procuremos reciclar e reutilizar produtos, a evolução 
da tecnologia e necessidade de busca pela qualidade leva-nos a 
buscar novos produtos. 
• O Engenheiro de Produção pode auxiliar no desenvolvimento do 
produto de diversas formas, desde a sua concepção até a 
avaliação do seu consumo. 
• Vamos conhecer um pouco mais sobre este assunto? 
SUGESTÃO DE LEITURA:
• Livro: Introdução à Engenharia de Produção
Organizador: Mário Otávio Batalha
Editora: Campus Elsevier
Capítulo 7 – Engenharia do Produto Pag. 135 –156
Introdução
• Como será o mercado de produtos e serviço no futuro?
• Será preciso uma dada empresa desenvolver produtos para se
manter competitiva no mercado?
• Desenvolver agora ou deixar para depois?
• Quais oportunidades surgirão?
• Você já se questionou a respeito?
Introdução
• Leia o texto de Hélio Samora (obtido com autorização do
autor), a seguir:
Uma visão de futuro no desenvolvimento de produtos (Fonte:
http://www.guiadaembalagem.com.br/artigo_88-
uma_visao_de_futuro_no_desenvolvimento_de_produtos.htm )
• Após ler o texto, procure identificar alguns
produtos que podem representar diferenciais
competitivos nas empresas e na indústria.
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Definição de Produto
• O que é um produto? 
Um produto é algo que pode ser vendido por 
uma empresa para seus clientes
Definição de Desenvolvimento de Produto
• Desenvolvimento de Produto? 
Desenvolvimento de Produto é o conjunto de
atividades que começa com a percepção de
oportunidade de mercado e termina com a produção,
venda e entrega de um produto
Quem está envolvido neste processo?
O processo de desenvolvimento de produto envolve 
diversos segmentos, dentre os quais: 
• Marketing
• Design / Projeto
• Manufatura, Indústria 
O desenvolvimento de produto deve considerar:
• Qualidade do Produto 
– O produto resultante do desenvolvimento é bom?
– Satisfaz as necessidades dos consumidores ?
– É robusto e confiável ?
– A qualidade do produto é reconhecida pelo mercado ?
• Custo do Produto
– Qual é o custo de sua produção ? Estão incluídos o custo de 
capital, equipamentos e ferramentas ?
• Tempo para o desenvolvimento
– Quanto tempo levou para o desenvolvimento do produto ?
• Custo de Desenvolvimento
– Quanto foi gasto para o Desenvolvimento do Produto ?
• Capacidade de Aprendizagem e Crescimento
– A equipe / empresa adquiriu alguma experiência que possa 
utilizar em futuros projetos? 
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Produtos do Futuro
• Como serão os produtos no futuro? 
• Você consegue imaginar as suas 
funcionalidades?
O Ciclo de vida do Produto
• O ciclo de vida de um produto pode ser dividido em
fases:
Mello (2003) apresentou um trabalho sobre o ciclo
de vida dos produtos. O autor cita que “Levitt
(1965) considera que a história de vida dos
produtos mais bem sucedidos, tem certos estágios
que são reconhecíveis”.
A figura 1 apresenta o ciclo de vida dos produtos: Na figura, percebemos a existência de 4 estágios em relação ao mercado: 
desenvolvimento, crescimento, maturidade e declínio. Segundo o autor: 
− Estágio 1-desenvolvimento do mercado: é quando um novo produto é 
trazido ao mercado pela primeira vez, e ainda não há demanda. O 
produto não foi testado tecnicamente. As vendas são baixas e se 
arrastam lentamente;
− Estágio 2-crescimento do mercado: há um crescimento da demanda e o 
mercado se expande;
− Estágio 3-maturidade do mercado: a demanda nivela-se e cresce devido à 
reposição e formação de novas famílias;
− Estágio 4-declínio do mercado: o produto começa a perder o apelo e as 
vendas caem.
• 1959 - Forrester já alertava que o pico de rentabilidade típica de uma
indústria atinge o seu valor máximo diante do pico de vendas e, então
decresce até chegar ao ponto de não rentabilidade.
• 1991 – Porter reconhece, também os 4 ciclos: Introdução; Crescimento;
Maturidade; Declínio.
• 1971 – Clifford chama a atenção para o ciclo de vida dos produtos e,
afirmam que as empresas devem traçar estratégias compativeis com os
diferentes estágios em que se encontram.
• 1994 – Kottler reconhece que o ciclo de vida existe quando os produtos
requerem estratégias diferentes de marketing, finanças, produção,
compras e de pessoal nos diferentes estágios de seu ciclo de vida.
• Citados em Mello (2003), Levitt e Frank (1964)
listam como possíveis causas de fracasso de um
produto as seguintes:
�Quanto mais singular a inovação, mais tempo se
leva para tirá-la do chão.
�Quanto mais inconfundível a inovação, maior o
risco de fracasso, já que se precisa de mais capital
de giro para sustentar o período de criação.
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Produtos e Inovação 
• O Manual de Oslo trata de inovações e apresenta as
diferenças entre entre inovações de produto e de processo,
assim como outras diretrizes para coleta e interpretação de
dados sobre Inovação.
Acesse o Manual Online no website da Finep em
http://www.finep.gov.br/dcom/brasil_inovador/capa.html
• Segundo o Manual de Oslo, existem quatro tipos de
inovações que encerram um amplo conjunto de mudanças
nas atividades das empresas: inovações de produto,
inovações de processo, inovações organizacionais e
inovações de marketing.
Produtos e Inovação 
• Dado que nesta aula trataremos de produtos e de processo
de desenvolvimento de produtos, é importante que
saibamos as diferenças existentes entre a inovação de
produto e de processo.
A distinção entre inovações de produto e de processo
Com relação aos bens, a distinção entre produtos e processos é clara.
Para os serviços, porém, ela pode ser menos evidente pois a produção, a
distribuição e o consumo de muitos serviços podem ocorrer ao mesmo
tempo. Algumas diretrizes diferenciadoras são:
• Se a inovação envolve características novas ou substancialmente
melhoradas do serviço oferecido aos consumidores, trate-se de uma
inovação de produto.
• Se a inovação envolve métodos, equipamentos e/ou habilidades para o
desempenho do serviço novos ou substancialmente melhorados, então é
uma inovação de processo.
A distinção entre inovações de produto e de processo
• Se a inovação envolve melhorias substanciais nas características do
serviço oferecido e nos métodos, equipamentos e/ou habilidades usados
para seu desempenho, ela é uma inovação tanto de produto como de
processo.
Desenvolvimento de produto. 
• Antes de lançar um produto no mercado, as empresas
executam procedimentos que fazem parte do processo de
desenvolvimento de produto - PDP.
Algumas definições para o Processo de
Desenvolvimento de Produto:
"é o processo a partir do qual informações
sobre o mercado são transformadas nas
informações e bens necessários para a
produção de um produto com fins
comerciais"
( Clark & Fujimoto , 1991)
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• Basicamente o desenvolvimento de um produto passa pelas 
seguintes fases, apresentadas a seguir:
DICA DE ESTUDO:
TEMA: O processo de desenvolvimento de produtos
• O professor Henrique Rozenfeld e Daniel Capaldo Amaral
desenvolveram um material bem interessante, que aborda
os principais conceitos relacionados a produtos.
• O material pode ser acessado em:
http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_p
ort/pag_conhec/Desenvolvimento_de_Produto.html
Estudo de Caso:
Leia o texto a seguir (veiculado em 2005), sobre as ações de
uma empresa farmacêutica para reerguer-se no mercado e
superar obstáculos.
Fonte: Isto É – Dinheiro - Nº edição: 384 | 19.JAN- 2005
(http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/8123_O+RENAS
CER+DA+LILLY )
EXERCÍCIO:
• Comente sobre o ciclo de vida dos produtos.
Até a próxima aula!
Bons estudos!

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