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Clínica Médica de Eqüinos
Rio, 28/02/2011
Alexandra Woods
Em torno de 80% das cólicas tem cura, espontânea. A cólica, ou seja, a dor abdominal é uma das síndromes que mais mata cavalo, porque dentro daqueles 20% se agente não trabalhar rápido, agente perde o cavalo. Na maioria das vezes ele faz apenas um desconforto abdominal e passa. Na maioria das vezes agente nem fica sabendo, mas quando agente fica sabendo é quando o animal não consegue ficar de pé, que são os processos mais gravas, e esses processos mais graves agente precisa identificar o mais rápido possível e agente precisa tratar. Agente precisa identificar se eu tenho um manejo clinico ou se eu tenho um manejo cirúrgico, isso é um ponto fundamental porque quanto mais rápido eu conseguir identificar se a minha dor abdominal é cirúrgica, se a síndrome cólica tem uma indicação cirúrgica, eu preciso o mais rápido possível colocar esse cavalo na mesa cirúrgica. Quanto mais rápido agente colocar, melhor vai ser o nosso prognostico, dependendo da situação, agente pode falar em menos ruim, porque as vezes não tem como. Mas eu preciso agir contra o tempo quando eu tenho que fazer um diagnóstico se eu tenho uma condição cirúrgica ou se eu tenho uma condição de manejo clinico.
	Se eu tenho uma condição cirúrgica, ai obviamente, sai um pouco fora de nós clínicos, a nossa função é identificar. A partir do momento que agente identifica agente precisa encaminhar.
	Um papel importantíssimo: convencer o proprietário. Tem o proprietário que realmente se importa, e tem um valor monetário ou sentimental, e que vai prezar pela sua saúde. E existem aqueles outros proprietários que relutam o máximo possível. Então agente já sabe que tem uma indicação cirúrgica, agente já sabe que ele vai gastar um mínimo x, que tem que ser falado pro proprietário, que vai tentar segurar o máximo, e quando ele resolve fazer já é tarde demais. Quanto mais tempo levar e quanto mais complicação for acontecendo naquele organismo, mais difícil vai ser o pós-operatório, trans-operatório, pós-operatório e mais caro vai ficar. 
	
Cólica: é dor abdominal. A cólica não é diagnóstico, a cólica é um sinal clínico, é um sintoma. Ou seja, são sinais se manifestam porque ele tem dor abdominal. Trato digestório vai da cavidade oral até o ânus, então nesse trajeto inteiro, com todos os órgãos envolvidos a ele, eu posso ter uma manifestação de dor por varias situações.
O que é que ele vai manifestar numa dor abdominal? O que pode acontecer?
Posso ter:
Alteração mecânica, alteração circulatória, isquemia, alteração na peristalse funcional. 
O substrato, o que vai causar essa dor é o ponto chave do nosso diagnóstico.
Agente precisa diagnosticar a cólica. O proprietário vai ligar pra gente falando que o cavalo está com cólica, ou seja, agente sabe que ele está com dor abdominal, pois está patiando, está olhando pro flanco, andando pra um lado e pro outro, ele está deitando e ele está rolando, isso tudo é porque está doendo, ele está dizendo pra gente que está doendo. 
E ai, o que está doendo? Ele não diz pra gente. 
Então agente precisa identificar, como agente vai identificar? 
Através da anamnese. Durante a anamnese eu tenho os parâmetros necessários pra que eu consiga conduzir o meu diagnostico correto.
São importantes informações, que são extremamente importantes tipo: 
Como essa dor acontece?
- Eu posso ter uma dor constante, ele está o tempo inteiro com dor.
- Ou ele pode ter momentos de dor, e momentos que ele não tem dor.
- Essa dor pode ser intensa ou pode não ser intensa. 
- É uma dor intermitente, dor constante, ou se é uma dor intensa, ou moderada, ou se tem hora pra acontecer, etc.
Existem situações que vamos ter dor intensa, existem situações que vou ter dor moderada.
Ex. impactação parcial, quando vem um conteúdo maior de alimento que quando passa pela obstrução que não está total, quando passa pela impactação que está parcial, não deixa de passar, passa alguma coisa, tenho uma diminuição na quantidade de fezes e eu tenho um momento em que ele vai sentir desconforto abdominal. Ai passou aquilo ali, ai ele volta ao normal e fica bem. 
O tratador que está olhando, fala que não tem nada, porque deu um banamine e o cavalo ficou bom. Isso vai durando 1 semana e ai começa a aumentar cada vez mais essa impactação e ai acaba obstruindo de vez, e como já passou 1 semana já alterou a circulação daquela área (daquela alça) e eu ai já tenho um quadro mais grave. O tratador não quer dizer que o cavalo teve alguns eventos de cólica antes. 
Precisamos ter todo o histórico bem detalhado para que consigamos localizar o local de onde está acontecendo essa dor. A partir do momento em que agente identifica esse local e que agente consegue muitas vezes até prever o que está causando essa dor, agente vai indicar pra cirurgia ou não, ou vamos continuar com nosso manejo clínico.
Ex. proprietário liga 7am, diz que o cavalo comeu, e depois de 40 minutos o cavalo começou a patear, querer deitar, etc. Eu vou pra propriedade, passo a sonda, vou manejando, vendo como está a movimentação, vou olhar o que ele comeu, vou observar todo o comportamento de dor dele, se ele defecou, se ele urinou, etc. 
Outra coisa importante: temos que ver como estão as fezes, se estão moles, duras ou ressecadas, se estão com camadas de fibrina. 
Como está o transito desse animal quando agente vê as fezes. Agente palpa, tira conteúdo, agente consegue ver se tem desidratação, se ele está desidratando rápido ou não.
Se a intensidade dessa dor está aumentando ou não. 
Como está o transito desse animal
Palpa, verifica o conteúdo, sinal de desidratação, se a intensidade dessa dor esta aumentando ou não.
Toda a anamnese é extremamente importante para que consigamos chegar ao foco da dor, onde é que está acontecendo essa dor e o que está fazendo essa dor acontecer.
Abdome agudo, síndrome cólica, cólica, pode ser usado vários sinônimos (abdômen agudo significa que ele tem uma dor intensa e de repente). Os eventos que causam cólica são agudos, vão acontecer de repente e do nada.
Cólica crônica costumam a acontecer muitas vezes ligadas aos tumores.
Na verdade, a cólica não é crônica porque ele não fica constantemente com aquela dor abdominal, mas a os eventos acontecem com uma freqüência constante. E ai agente acaba percebendo que existe alguma coisa que desencadeia. Muitas vezes estão relacionadas a tumores/processos tumorais.
A cólica, a dor abdominal em si ela é um processo agudo, então ela vai acontecer naquele momento, vc não vai ficar constantemente com aquilo ali.
	Tenho eventos de desconforto abdominal como num tumor, por exemplo, vai acontecer o que: Posso ter uma compressão que atrapalha meu transito e pode dar uma impactada, ai vai dando desconforto, mas ai vai passando aos poucos, mas ele vai constantemente ter aquele desconforto. Ele passa a comer menos, começa com quadro de emagrecimento progressivo, e assim sucessivamente. 
Temos um quadro de abdome agudo, lembramos o seguinte: da cavidade oral ao anus, posso ter qualquer coisa entre esses que faca com que eu tenha uma manifestação.
Dentes: má oclusão, pontas dentárias, má formação.
Quanto pior é o estado de mastigação pior é a qualidade desse alimento que vai pro trato digestivo. (o sistema digestivo do cavalo é ingrato) Toda condição anatômica e condição fisiológica que faz com que o animal tenha uma condição bem limitada que predispõe constantemente a manifestação de uma dor abdominal.
Então a partir do momento que vc tira ele do campo, do pasto, e coloca ele fechado numa cocheira agente já começa a ter essas alterações.
A anatomia já predispõe e as condições ambientais em que agente o coloca acaba ajudando aumentando os índices de cólica, principalmente por causa disso..
É mais comum ter esses eventos agudos em animais encocheirados, esses eventos agudos nesses animais em cocheiras, estão muito mais relacionados aos quadros cirúrgicos e os eventos que acontecem a campo. 
Os eventos que acontecem a campo, numa condição um pouco melhor, em regime semi-intensivo(ficam presos durante a noite, passam o dia no pasto), esses eventos acabam estando mais relacionados aos eventos de manejo clinico. Mas isso não quer dizer que eu não tenha também a campo os eventos em que eu preciso de um procedimento cirúrgico. Ex. intussuscepção, torção (por conta de gases, e o organismo tenta colocar pra fora e acaba torcendo). O evento que era clínico, que era apenas os gases, eu poderia manejar clinicamente, retirando o conteúdo todo, fazer com que esses gases se dissolvessem inteiros pelo organismo e ai seguindo o seu trato pra que agente consiga eliminar. E com isso diminuir esse estado de desconforto nele. Mas não, uma coisa levou a essa outra coisa, a torção é cirúrgico.
Temos que ter a sensibilidade, conhecimento, perspicácia, uma boa anamnese, uma anamnese bastante minunciosa e a verdade contada por quem toma conta do animal.
Condições intestinais. O abdome agudo pode ter uma origem:
Origem intestinal 
Origem gástrica
O abdômen agudo intestinal eu posso ter:
Sem surgimento de peritonite
Com surgimento de peritonite
Peritonite: mata o cavalo em horas. 
Deveria ter feito uma punção pra confirmar essa peritonite. 
Se o proprietário falar pra vc tentar salvar, vc teria que fazer uma lavagem abdominal, ali não adianta antibiótico e nada, só a lavagem abdominal. Dentro do tratamento da peritonite vc tem os prós e os contras de fazer uma lavagem abdominal. 
Vc tem as técnicas de se fazer, vc pode fazer por uma única abertura ventral, colocar conteúdo pra cima pra ir lavando e ai se tiver no começo vc pode até ter sucesso.
Numa extensão maior vc pode fazer 2 entradas pelo flanco, uma pra um lado e a outra pro outro e uma saída ventral, e com isso colocar uma sonda pra um lado e pro outro e soro pra dentro e deixar sair, deixar drenar, e ir lavando. Depois de conseguir lavar eu tenho 3 aberturas, ai eu posso contaminar, podendo virar uma bola de neve. O que agente observa é o estado de prostração dos animais nesse estado.
Cólica tromboembólica (Strongylus vulgaris)
A peritonite no eqüino é difusa. Então ela vai acontecer, e ai eu tenho muito a ver, se eu tenho uma cólica tromboembolia (Strongylus vulgaris), se eu tenho uma obstrução, eu tenho um comprometimento circulatório eu vou ter fragilidade de tecido e vou ter ruptura desse tecido. Quanto maior a ruptura, maior o extravasamento e mais rápido a peritonite vai se instalar.
Por isso que a cólica tromboembólica é muito grave, o Strongylus vulgaris é muito grave pro cavalo, porque mata e mata rápido, justamente por isso, ele altera o tecido por falta circulatória na região e ai vc acaba tendo essa tromboembolia e essa peritonite instalada. 
As cólicas tromboembólicas estão diretamente relacionadas à migração das larvas do Strongylus vulgaris. E ai, essas cólicas tromboembólicas quando esses êmbolos (essas larvas) obstruem grandes vasos (ex. artéria mesentérica) o animal vai morrer. 
OBS: Quando agente tem esses Strongylus vulgaris, as vezes eles vão migrar e podem obstruir (provocarem trombos) em pequenos vasos e ai vou ter pequenos focos de obstrução que vão gerar uma anastomose, ou seja, uma neocirculação (neovascularização), com isso vou ter pontos mortos na minha alça intestinal, se eu tenho pontos mortos, eu tenho uma alteração na minha peristalse. Esses cavalos podem ser cavalos diarréicos crônicos, vai ser constante, porque vc já vai ter alteração na capacidade de absorção dessa alça intestinal, vão ter áreas que não vão absorver. Animais estão sempre magros, comem bem, mas não engordam, estão sempre com diarréia. 
Dentro do meu abdômen agudo intestinal eu posso ter:
Com surgimento de peritonite: tromboembolias. (S. vulgaris, que vai levar a uma área de isquemia, grandes vasos como, por exemplo, a artéria mesentérica, são cólicas intensas, dor muito intensa. Quando eu tenho um prejuízo circulatório, a dor é muito intensa, o animal se joga, cavuca, deitam o tempo inteiro).
Nem sempre na necropsia agente tem áreas de isquemia que estejam diretamente relacionados com o strongylus, é uma tromboembolia. Eu posso ter uma área de isquemia por comprometimento circulatório por uma obstrução por exemplo, e ai não ter a ver com o strongylus. No caso do strongylus vulgaris, ele vai causar a cólica tromboembólica.
Essas cólicas não dão tempo de operar, na maioria das vezes as cólicas tromboembólicas não temos tempo de fazer nada. Em geral, esse animal morre em horas (média 4h). Se eu tenho lesão de artéria mesentérica, isso acontece muito rápido.
Temos uma coisa importante:
Histórico:
Tenho que ter um histórico de vermifugação, se não tem um controle parasitário nessa propriedade. Ou o controle é feito com informações erradas, que o proprietário compra, e o peão vende. 
As cólicas tromboembólicas pelo s. vulgaris normalmente são rápidas, não dá tempo de atender. Surge a peritonite porque normalmente tem a fragilidade tecidual.
Obstrução mecânica
Essas são situações que são operáveis, então eu preciso de uma mesa cirúrgica
Nessa situação, essas obstruções mecânicas são doloridas.
Cólicas intensas, com surgimento rápido, geralmente essas dores intensas nos animais encocheirados, que comem ração concentrada, que pouco sai, tem pouco espaço, pouco correm, pouco pastejo, geralmente é indicativo de cirurgia.
Essas obstruções mecânicas são aquelas em que se eu não fizer nada externamente eu não consigo resolver o problema. Cabe a nós clínicos identificarmos o mais rápido possível. Se eu tenho uma obstrução mecânica para que eu possa fazer a indicação cirúrgica o mais rápido possível.
Dentro das obstruções mecânicas, posso ter:
Volvo (cirúrgico)
Encarceramento (cirúrgico)
Distopia (mais ou menos)
Intussuscepção (cirúrgico)
Torção (cirúrgico)
Estrangulamento (cirúrgico)
Volvo: eu não consigo resolver um volvo se eu não fizer uma cirurgia. O volvo é quando as alças se torcem, a alça se entorce, mas eu tenho o mesentério torcendo junto (envolvido).
Torção: as alças se torcem, mas tenho só a torção da alça.
Quanto mais tempo passar, mais comprometido vai estar essa vascularização, o tratamento é cirúrgico tanto no volvo quanto na torção. Geralmente é intestino delgado.
A maioria das dores abdominais de origem no intestino delgado são intensas, levam a refluxo nasogástrico, pois são muito intensas, bastante doloridos. Assim como a maioria delas leva ao refluxo nasogástrico. -> No diagnostico, uma das coisas que agente faz é sondar, passar sonda. 
Encarceramento: uma alça encarcerada pode se estrangular, ex. hérnia.
OBS: lembre-se que cavalo macho garanhão inteiro, é comum hérnia ingnal em macho principalmente em Mangalarga Marchador onde tem se observado uma freqüência muito grande dessas hérnias nos marchadores, principalmente aqueles que levam o cavaleiro mais pesado, porque eu tenho uma abertura.
Nos cavalos castrados não, que ai vc acaba tendo um fechamento, os castrados fazem uma fibrosezinha ali e acabam sendo mais difícil vc ter uma hérnia ingnal do que os cavalos inteiros, onde nos inteiros acaba descendo uma alça ali. 
Posso ter o encarceramento que vai gerar desconforto, vai gerar aquelas cólicas intermitentes. Só que se estrangular babou.
Estrangulamento: O animal morre mais rápido ainda, faz isquemia do local. (Às vezes não dá nem tempo de fazer um trombo pra obstruir)
Gravem: cavalos inteiros tem se observado uma freqüência grande nos marchadores. E também cavalos que carregam peso muito grande, uma carga maior, acabam tendo uma tendência maior a fazer esse encarceramento. 
Intussuscepção: muito relacionado com a peristalse, há descontrole dessa peristalse (ex. movimento muito rápido, dá uma estreitada e acaba invaginando) e uma alça intestinal se invagina na outra. 
É um evento que causa muita dor, dor intensa. (Imagem abaixo)
Distopia: é a mudança de lugar. Quando a alça intestinal vai parar em outro lugar. Há perda da sua localização anatômica normal. 
Existiam algumas manobras que antigamente se fazia, tipo deitar o cavalo, colocar ele na madeira pra rolar, pendurava ele, rodava ele, etc. pra tentarvoltar o negócio pro lugar. Na maioria dos casos é cirúrgico. 
Dói, vc acaba tendo comprometimento.
Sem surgimento de peritonite
Posso ter: 
Meteorismo/timpanismo: relacionado ao tipo de alimento que produz muitos gases. Ex. cana de açúcar. 
O acúmulo de gases faz compressão e conseqüentemente: dor.
Como vamos identificar isso: Auscultação, percussão clássica, estufamento dos flancos (fica parecido com um balão). 
Espasmo: geralmente ocorre do intestino delgado chegando no ceco, na ampola íleo secal, um pouco ali, é uma região em que as vezes temos espasmos, na maioria das vezes esses espasmos se resolvem sozinhos, levam ao desconforto e não tem muito problema. 
Mas esses espasmos podem levar ao desconforto abdominal. Dificilmente vamos ter espasmos permanentes, mas se tiver, lembrar do buscopam. Eu tenho que ter auscultado meu cavalo, tenho que ter certeza que ele não está parado pra ai fazer uma escopolamina que é um antiespasmótico.
Os espasmos normalmente não têm peritonite, e meteorismo não tem peritonite a não ser que eu tenha um caso gravíssimo, ou em caso de perfuração de flanco que estava inchado (que o peão bate uma caneta bic ali, canivete, fura pra sair, com isso eu vou acabar tendo uma peritonite). 
Eu tenho que saber o que está causando a produção intensa de gases pra que consiga resolver o problema dele. 
Estagnação da ingesta (ingesta parada)
Na quimiostase (alimento no intestino delgado), é a parada do quimo, que pode ser no duodeno ou pode ser no íleo, parou o conteúdo ali.
Na coprostase (alimento no intestino grosso), pode ser no ceco, pode ser na flexura pélvica do cólon ou no inicio do cólon menor, cólon transverso
Tenho a ingesta estagnada, parou, uma impactação.
No intestino delgado o que vai me chamar atenção: eu tenho uma obstrução, vou ter refluxo com maior facilidade. Quando que vc vai ter alteração: daqui a 3 dias por exemplo, ai a coisa já está complicada, ai vc já tem um refluxo muito intenso. Vc começa a retirar, a partir do momento em que vc retira todo o conteúdo do estômago e o funcionamento está normal e vc faz alguma coisa que facilite mais o transito, continua a passar, e ai vc resolve o problema.
Essas ingestas estagnadas em intestino delgado são mais fáceis do que as obstruções mecânicas. 
As Coprostases: estão relacionados ao alimento, épocas do ano, capim muito seco, capim muito passado, geralmente é o vilão das impactações na coprostase. Relacionado a alimentação!
Ex. Os cavalos de fazenda, cavalos de pasto tem uma probabilidade maior principalmente nas épocas da seca, em que vc tem o capim passado, capim muito grande, ressecado, e ai eles acabam ficando mais predispostos a isso.
Coprostase
Tenho eventos de mais a menos de dor
Posso ter uma coprostase parcial ou total;
Se for parcial vou ter uma diminuição na quantidade de fezes, vc tem eventos de dor abdominal. 
Quimostase
Posso ter um refluxo 
E geralmente os eventos de dor são mais intensos, apesar de que eu tenho um quadro de repente um pouco melhor do que lá nas obstruções mecânicas. 
Se eu comparar a quimostase com as obstruções mecânicas, no meu quadro da quimostase eu consigo tratar clinicamente, eu consigo resolver clinicamente.
As cólicas de intestino grosso são mais satisfatórias pro clinico.
Se eu tenho integridade dessa alça, por isso que eu tenho que saber a hora certa que vou abrir e não ter alteração ainda nessa alça e vou poder ordenhar.
Já faço um antibiótico, uma lavagem na hora mesmo.
Se eu pensar no cavalo de corrida é uma coisa, se eu pensar no cavalo comum é outra coisa. O cavalo de corrida ser operado a campo raramente ele vai recuperar, já o cavalo comum se recupera.
Essa estagnação, agente consegue resolver clinicamente. Claro que se eu não resolver clinicamente eu vou ter que colocar na mesa cirúrgica.
Obliterações 
As obliterações são uma impactação teoricamente, pois tenho uma obliteração a medida que eu tenho um entupimento. Ou seja, eu vou ter um coprólito, obliteração é quando eu tenho alguma coisa que entope que empedra, um coprólito, por exemplo, um cálculo enorme, etc. que não é muito comum. Tem que ir pra cirurgia.
Sablose
É a ingestão de areia. Muitas vezes o cavalo passa a vida inteira sem maiores problemas. 
Ex. cavalo que bebe água em rio, porque eles precisam patear a água pra levantar a terra/areia pra beber a água temperada. 
Cavalo que são criados em ambientes mais arenosos, porque o cavalo pasta muito rasteiro, então eles comem o broto, então muitas vezes vem a areia junta e dá o tempero, e ao longo da sua vida ele acaba acumulando.
Muitas vezes passa despercebida, mas muitas vezes pode levar a esses quadros de cólicas intermitentes. Então quando ela se movimenta, quando vai pra algum lugar, ela pode acumular nas flexuras, podendo causar as cólicas intermitentes. 
Às vezes o cavalo deita e vira de barriga pra cima pra aliviar, pra não pesar na parte ventral, roda um pouco, pra dar uma ajeitada na areia.
Como faz o Diagnóstico:
Tem uma característica fundamental, o que posso ver no diagnóstico: 
Posso ter uma diarréia. Vou ter uma alteração, fezes pastosas, dependendo da abrasão, essa areia faz uma abrasão (dependendo da quantidade) nessa mucosa, e vai irritar, e vai machucar. 
O que pode fazer com que eu desconfie além da cólica intermitente (que não necessariamente eu desconfio da sablose): 
Ambiente. Vc vai chegar à propriedade e vai perceber onde ele vive. O que eu tenho que observar: vou observar presença de areia nas fezes.

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