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TCC ORIGINAL FINALIZADO SAUDE MENTAL

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37
 
FACULDADE FASIPE CPA
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA À PESSOA COM TRANSTORNO EM SAÚDE MENTAL
MARILENE PEREIRA FIALHO
CUIABÁ- MT
ABRIL/2021
MARILENE PEREIRA FIALHO
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA À PESSOA COM TRANSTORNO EM SAÚDE MENTAL
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade de Enfermagem da Fasipe - CPA, para obtenção dos créditos referente à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC II.
Orientadora: Profª Elizana de Fátima Garcia Soares, MSc.
CUIABÁ- MT
ABRIL/2021
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA À PESSOA COM TRANSTORNO EM SAÚDE MENTAL
BANCA EXAMINADORA
______________________________
Elizana de Fatima Garcia Soares, MSc.
Professora Orientadora
Faculdade de Enfermagem – FASIPE
______________________________
Professor(a) Avaliador(a)
Faculdade de Enfermagem – FASIPE
___________________________
Professora Avaliadora
Faculdade de Enfermagem – FASIPE
___________________________
Adriana Delmondes Godoy, MSc.
Coordenadora do Curso de Enfermagem
FASIPE – Faculdade de Cuiabá
Cuiabá, ____ de ______________de 2021.
Nota final: _____________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a DEUS pelo o dom da vida, sem ele não estaria aqui, pela permissão de realizar mais um sonho. Aos meus pais e toda minha família por ter me apoiado, meu muito obrigada. Aos meus amigos e colegas, pelos incentivos, mesmo nos momentos de maiores dificuldades.
A minha família, que acreditou em mim sempre! O amor que vocês têm por mim e o que me estimula a lutar e vencer todos os dias! Aos meus pais pelo exemplo de amor, carinho, honestidade e perseverança, modelos a serem seguidos me orgulho de ser sua filha, em especial meu pai que não está mais entre nós. Para o pai dos meus filhos que sempre me apoiou, obrigada pelo incentivo e pela paciência comigo.
Para meus filhos que é um amor incondicional e renúncia, obrigada pela compreensão e carinho durante este período no qual não pode dedicar lhes a devido atenção. Este trabalho e dedicado a você. Queridos irmãos de caminhadas sem vocês nada seria.
Minha orientadora pela paciência a este trabalho. Dedico este trabalho ao corpo docente do curso de enfermagem, por todos os ensinamentos, cada um com seu jeito podem aprender muito, vocês foi parte fundamental desta caminhada. 
Sem dúvida dedico aos professores que mais do que me repassar conteúdos, ajudaram na minha formação de maneira enriquecedora, sempre permeando suas atitudes com ética e profissionalismo, de tudo se tira uma lição, dos altos e baixos, evolui com cada gesto, palavras os sim, os não colocados na hora certa, foi uma longa caminhada, mas aprendi que o respeito e o amor andam lado ao lado, então amor pelo próximo amor pela enfermagem, meu muito obrigado.
ENF.
MARILENE PEREIRA FIALHO
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA À PESSOA COM TRANSTORNO EM SAÚDE MENTAL
FIALHO, MARILENE PEREIRA ¹ 
SOARES, ELIZANA DE FÁTIMA GARCIA ²
RESUMO
Em saúde mental a enfermagem tem a necessidade de uma competência desenvolvida e a de relacionamento interpessoal, pois permite a sensibilidade do entendimento da dor do outro. O objetivo foi avaliar o processo da enfermagem por meio de revisão de literatura nos cuidados desenvolvido pelo enfermeiro na saúde mental, analisar o papel do enfermeiro na construção da história da psiquiatria até a atualidade, descrevendo a história da enfermagem psiquiátrica. A busca foi realizada nas bases de dados CAPES, LILACS e SCIELO por meio dos descritores: Saúde Mental; Transtornos mentais, Enfermagem na psiquiatria; Cuidados da enfermagem. Após a coleta de todos os dados, foi realizada uma leitura de todos os materiais, as principais informações foram recolhidas, buscando estabelecer uma compreensão e ampliar o conhecimento sobre o tema da pesquisa e elaborar as conclusões a partir dos resultados obtidos. Resultados: os artigos abordam a história da enfermagem na psiquiatria e versam a respeito da assistência de enfermagem ao portador de transtorno mental. Discussão: a maior parte da revisão, demonstrando que a assistência de enfermagem ao portador de transtorno mental vem se desenvolvendo ao longo dos anos, buscando atender as propostas provenientes da Reforma Psiquiátrica. Conclusão: A partir dessa pesquisa foi possível analisar os dados coletados sobre a temática da assistência de enfermagem em saúde mental, pôde-se compreender que a reforma psiquiátrica teve influência direta na assistência prestada pelos profissionais de enfermagem para um cuidado desinstitucionalizado humanizado e integral.
Palavras-chave: Saúde Mental; Transtornos mentais, Enfermagem na psiquiatria; Cuidados da enfermagem.
¹ Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade FASIPE CPA- Cuiabá (MT) Brasil.
² Professora graduada em Enfermagem. Orientadora da Faculdade FASIPE CPA – Cuiabá (MT) Brasil. Mestre em Saúde Coletiva.
THE ROLE OF NURSING IN ASSISTING PEOPLE WITH MENTAL HEALTH DISORDER
FIALHO, MARILENE PEREIRA ¹ 
SOARES, ELIZANA DE FÁTIMA GARCIA ²
ABSTRACT
In mental health, nursing has the need for developed competence and interpersonal relationships, as it allows for a sensitive understanding of the pain of others. The objective was to evaluate the nursing process through a literature review on the care provided by nurses in mental health, to analyze the role of nurses in the construction of the history of psychiatry to date, describing the history of psychiatric nursing. The search was carried out in the CAPES, LILACS and SCIELO databases using the descriptors: Mental Health; Mental disorders, Nursing in psychiatry; Nursing care. Collecting the collection of all data, a reading of all materials was carried out, the main information was collected, seeking to establish and expand knowledge on the topic of research and elaboration as a result of the results obtained. Results: the articles address the history of nursing in psychiatry and deal with nursing care for patients with mental disorders. Discussion: most of the review, demonstrating that nursing care for patients with mental disorders has been developing over the years, seeking proposals such as proposals for the Psychiatric Reform. Conclusion: From this research it was possible to analyze the data collected on the theme of nursing care in mental health, it was possible to understand that the psychiatric reform had a direct influence on the care provided by nursing professionals for a deinstitutionalized humanized and comprehensive care.
Keywords: Mental health; Mental disorders, Nursing in psychiatry; Nursing care.
¹ Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade FASIPE CPA- Cuiabá (MT) Brasil.
² Professora graduada em Enfermagem. Orientadora da Faculdade FASIPE CPA – Cuiabá (MT) Brasil. Mestre em Saúde Coletiva.
LISTA DE ABREVIATURAS
CAPES- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CEP- Comitê de Ética em Pesquisa
CAPS- Centros de Atenção Psicossocial 
CNS- Conselho Nacional de Saúde
COFEN- Conselho Federal de Enfermagem
LILACS- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PPI - Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde
PVC- Programa de Volta Para Casa
RP- Reforma Psiquiátrica
SAMU- Serviço Móvel De Urgência
SCIELO- Scientific Electronic Library Online
SRT- Serviços de Residências Terapêuticas
LISTA DE QUADROS OU TABELAS 
Quadro1- Distribuição dos artigos selecionados segundo Autor, Ano, Tipo de Pesquisa, Principais Resultados e Conclusões.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I	11
INTRODUÇÃO	11
CAPITULO II	13
2.	REFERENCIAL TEÓRICO	13
2.1.	SAÚDE MENTAL – CONCEITO	13
2.2	SOFRIMENTO MENTAL	13
2.3	RECORTES HISTÓRICOS DA LOUCURA	14
2.4	ASPECTOS DAS REFORMAS PSIQUIÁTRICAS	14
2.5	POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO EM SAÚDE MENTAL	15
2.6	 SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS AO MODELO ASSISTENCIAL HOSPITALOCÊNTRICO	16
2.7	CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL	17
2.8	 SERVIÇOS DE RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS	17
2.9	CENTROS DE CONVIVÊNCIA E CULTURA	18
2.10	ATENDIMENTO À SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA18
2.11	PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA	19
2.12	PERFIL ASSISTENCIAL DA ENFERMAGEM ANTES E APÓS A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL	20
2.13 ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E AS NOVAS MODALIDADES DE PROPOSTAS NA ASSISTÊNCIA	21
2.14	ATUAÇÃO DA FAMÍLIA NO CUIDADO COM PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL	23
3	JUSTIFICATIVA	24
4	OBJETIVOS	25
4.1	Objetivo Geral	25
4.2	Objetivos Específicos	25
5	METODOLOGIA	26
5.1	ASPECTOS ÈTICOS	28
6.	RESULTADOS	29
7	DISCUSSÃO DOS DADOS	35
REFERÊNCIAS BIBLÍOGRAFICAS	38
CAPÍTULO I 
INTRODUÇÃO
Na antiguidade acreditava-se que a história da loucura era interpretada e cuidada de acordo com cada modo de vida das pessoas naquela época. Dessa forma, os seres humanos que não se comportavam de acordo com as normas vigentes eram tidos como anormais loucos (AMARANTE, 2004). Logo, o que fazia com que esse “louco” devido ao seu desvio das normas-padrão de comportamento, era tido como ameaça á sociedade devida a sua alta periculosidade, era excluído por ser considerado um perigo à sociedade e a si próprio (FOUCAULT, 2000).
Atualmente o número de pessoas que sofrem de transtornos mentais vem aumentando gradativamente na população. No mundo, muitos indivíduos sofrem perturbações mentais, neurológicas ou problemas psicológicos e além do sofrimento e falta de cuidados, essas pessoas vivenciam o estigma, a vergonha, a exclusão e com muita frequência e a morte, surge assim à necessidade de cuidados diários com esses pacientes (RUIZ e AGLIO, 2018).
Dessa forma, a atenção com pacientes com transtornos mentais é desenvolvida pelos próprios trabalhadores em saúde, principalmente pela enfermagem. Visto que, a enfermagem faz parte da equipe multidisciplinar que acompanha todo o quadro e rotina dos pacientes (MCEWEN e WILLS, 2016).
No contexto do cuidar, a equipe de enfermagem está mais próxima do paciente, tornando-se, portanto uma grande referência para a maioria dos portadores de transtornos mentais, exigindo-se deste uma grande atenção. Sendo assim, a enfermagem deve ter o conhecimento do cuidado humanizado sabendo que os portadores de transtornos mentais precisam ser acolhidos de maneira integral e singular, respeitando-o como um paciente que precisa ser estimulado a resgatar a melhoria em sua vida (STEFANELLI, FUKUDA e ARANTES, 2017).
No século passado a assistência de enfermagem psiquiátrica era centrada na repressão, na punição e na vigilância do indivíduo com transtorno mental. Franzoi et al. (2016), apontam que a enfermagem era o responsável por manter não só as condições de higiene, bem como outros cuidados físicos e observação de comportamentos, mantendo-os afastados do meio social, pois se entendia que esses pacientes ameaçavam a sociedade.
Assim, no começo da reforma Psiquiátrica no Brasil, no qual ocasionou a execução de uma nova forma de cuidado e mais humanizado com os pacientes portadores de transtornos mentais, foi necessário focar no cuidar humano melhorando assim as condições de cidadão dos pacientes. Essa reforma muito conhecida no Brasil teve a proposta de substituir os hospitais psiquiátricos (chamados manicômios) por um atendimento humanizado, instituídos os hospitais, Núcleos de Assistência Psicossocial, Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) entre outros (SAMPAIO, CEQUEIRA e CANUT, 2018).
Contudo, o enfermeiro exerce um papel importante na assistência a pessoas com transtorno mental, inclusive colaborando e responsabilizando-se pela construção de novos espaços de reabilitação psicossocial, que farão com que esses indivíduos sintam-se valorizados (SANTOS et.al, 2017).
Entretanto, segundo o Conselho Federal de Enfermagem do Brasil (2018), os enfermeiros, portanto, precisam estar preparados para atender esses pacientes com limitações e suas famílias, tendo assim um papel fundamental no tratamento de cada individuo. As atividades que o enfermeiro realiza visam apoiá-los e tratá-los de modo a valorizar não apenas à doença, mas, principalmente à pessoa de forma integral, favorecendo a reinserção dos pacientes ao convívio social com medidas qualificadas (TENÓRIO, 2002).
Se, de um lado é possível identificar a relevância da assistência da enfermagem a esses pacientes, e por outro, a sua complexidade, um estudo sobre tal tema faz-se necessário. Dessa maneira surge como questão: Qual o papel da enfermagem na assistência à pessoa com transtorno em saúde mental? Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar a atuação e o papel da enfermagem por meio de busca por produções científicas nos cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro na saúde mental.
CAPITULO II	
2.	REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.	SAÚDE MENTAL – CONCEITO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) define que: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou da enfermidade. Essa definição aponta que a saúde mental de alguém não é apenas afetada por um transtorno psicológico ou deficiência. Ao destacar, repetidamente, que saúde mental está relacionada ao bem-estar, sendo assim, deve se desconstruir a idéia e a cultura de se prestar atenção à saúde mental em apenas casos mais graves (MATTOS, 2016).
 	Logo é visto que os conceitos de saúde e doença mudaram conforme a sociedade, os avanços tecnológicos, científicos e até a economia influenciam nesta definição e na forma como as pessoas são tratadas. Desse modo, é visto que antigamente as pessoas eram consideradas saudáveis ou doentes somente por se medir sua capacidade de trabalho, no entanto, hoje, sabe-se que saúde não é coisa simples, ser saudável não significa apenas não ter doenças (CORRÊA, 2017).
2.2	SOFRIMENTO MENTAL
	No decorrer da história das sociedades humanas, era notável o sofrimento mental de várias maneiras diferentes, dessa forma hoje se tem uma visão diferente da chamada loucura. Ao olhar um sujeito em sofrimento mental, não analisa somente suas fragilidades e limitações, procuramos destacar também seu lado saudável, suas potencialidades e capacidades (SANTOS, BITENCOURT, SILVA 2016).
2.3	RECORTES HISTÓRICOS DA LOUCURA
.	Desde os primórdios da história, a loucura é interpretada e cuidada de acordo com o modo de vida da época. Dessa forma, os seres humanos que não se comportavam de acordo com as normas vigentes eram tidos como anormais e loucos. A cultura e suas normas sociais influenciam desde a antiguidade no modo como a loucura é vista e tratada na sociedade atual e nas formas como é estudada e cuidada pelos profissionais de saúde (SOUZA, 2015).
Pelbart, (1989), retrata que na Grécia antiga a loucura era considerada um privilégio, não sendo vista como algo negativo ou até mesmo uma doença. Sócrates e Platão ressaltavam a existência de uma forma de loucura tida como divina. . O conceito de doença mental, segundo o Ministério da Saúde (2003) estava ligado a explicações mágico-religiosas, que atribuíam os transtornos mentais originados de uma força sobrenatural. Desse modo, a loucura era aceita como uma imposição divina, uma interferência dos deuses.
Na Europa as primeiras casas de internação de loucura, sendo instaladas em hospitais, tornando-se assim a loucura retida. Posteriormente, os denominados loucos passaram a ser considerados doentes mentais. Na filosofia de Descartes, que se encontra na base do pensamento moderno, a loucura se vê privada do direito a alguma relação com a verdade (Foucault, 2000). Segundo Amarante (1998) dessa forma, a sociedade Brasileira criou espaços de enclausuramento como suposto tratamento para a doença mental, no entanto, o movimento da Reforma Psiquiátrica foi construindo críticas a esse modelo, revelando formas substitutivas de trabalho. 
2.4	ASPECTOS DAS REFORMAS PSIQUIÁTRICAS
	Nos anos 50 com a crescente industrialização do país, cresce o complexo médico hospitalar, no qual a assistência era prioritariamente previdenciária, os investimentos da esfera pública se destinavam a construção de grandes hospitais para previdenciários e de compras de serviços de hospitais privados (BOLSONI, et.al, 2016).
Autores destacam que na década de 60, com o surgimento de movimentos quebuscavam a mudança do modelo assistencial psiquiátrica, no qual a psiquiatria era questionada, sobretudo suas bases de conhecimento, surgindo da antipsiquiatria que descrevia a loucura como um produto da realidade sócia (LIMA, VIEIRA e SILVEIRA, 2015).
Dessa forma, com o nascimento dos diferentes movimentos da reforma ocorreu sempre em momentos de efervescências políticas e culturais. Assim, os manicômios não apenas cresceram enormemente em número, como se tornaram cada vez mais repressivos (BARROS, et.al, 2018).
Consoante a isso, surgem os primeiros movimentos de reforma psiquiátrica o isolamento, o abandono, os maus tratos e as péssimas condições de hospedagem faziam parte da realidade brasileira daqueles que apresentava doentes mentais (RODOVALHO e PAGORARO, 2016).
A Reforma Psiquiátrica (RP) brasileira inspirou-se no modelo de desistitucionalização italiana. A experiência italiana de reforma propunha que não bastava trocar o local do tratamento ao portador de transtorno mental, mas transforma o movimento num mecanismo capaz de conceber o problema da loucura em cuidar, pensar e integrar tratava-se de colocar a doença entre parêntese e cuidar de pessoas (BRITO BONFADA e GUIMARÃES, 2015).
	Dessa maneira o movimento da reforma psiquiátrica lutou para construir um movimento de construção e buscaram ao reconstruí-lo demonstrar toda opressão e dominação que carregava o conceito da doença mental e de loucura construindo assim, um paradigma de desistitucionalização (REINALDO, PILLON et. al, 2016).
2.5	POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO EM SAÚDE MENTAL
O Art. 2º da Constituição Federal Brasileira (Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) estabelece que “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. Dessa forma, define um modelo de assistência à saúde, pautada nos princípios universal, igualitários, descentralizado, regionalizado e hierarquizado (BRASIL, 1988).
É neste contexto que a construção de políticas públicas e de modos de atenção em saúde mental, surge como uma perspectiva de cidadania das pessoas com sofrimento psíquico e mostra-se como um processo contínuo de luta pela construção e efetivação de direitos (GONÇALVES, SIQUEIRA, PAIVA e SILVA, 2019). 
Assim, tem-se a Política Nacional de Saúde Mental que tem por objetivo consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária, garantindo a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, ou seja, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental (BRAGA E D’OLIVEIRA, 2019).
2.6	 SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS AO MODELO ASSISTENCIAL HOSPITALOCÊNTRICO
	 Em 2001, a Lei No 10.216, de 6 de Abril de 2001, proposta pelo deputado federal Paulo Delgado, também conhecida como Lei Paulo Delgado, instituiu um novo modelo de tratamento aos portadores de transtornos mentais no Brasil (Garcia, De Paula,Freitas, Lamas, Toledo, 2017).
 Assim os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental incluem qualquer forma os serviços alternativos como, reforma asilares e ambulatorizaçao, atendimentos extra-hospitalares, criados para a melhora na qualidade da assistência aos portadores de transtornos mentais (BRASIL, 2001).
 Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta para Casa que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta Política (OLIVEIRA; MARTINHAGO; MORAES, 2009).
2.7	CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de atenção diária fora da unidade hospitalar destinado ao atendimento de pessoas em sofrimento mental. O projeto terapêutico desta unidade prevê o atendimento individualizado e personalizado para cada usuário, feito por profissionais de diversas áreas como psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, profissionais da enfermagem e outros (MAFTUM, SILVA e BORBA, 2017).
Seu principal objetivo é investir na reabilitação das pessoas, ou seja, os sujeitos devem ser capazes de se manter no contexto da família e da comunidade, com oportunidades de moradia, convívio, trabalho e lazer. A manutenção dos laços sociais para estas pessoas é um grande passo para a não institucionalização da pessoa em sofrimento mental (RUIZ e AGILO, 2018).
2.8	 SERVIÇOS DE RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS
Os Serviços de residências terapêuticas (SRT) visam a reorganização do modelo assistencial para o portador de transtorno mental que estava há muito tempo hospitalizado. Respeitando os direitos dos usuários como cidadãos, fazendo uma construção progressiva de sua autonomia nas atividades da vida cotidiana, domésticas e pessoais (MUNIZ, et al., 2015). Desse modo, sendo inserido por meio de: programas de alfabetização, reintegração social, reinserção no trabalho, serviços comunitários e estímulos à participação de usuários e familiares em associações (SANTOS, et al., 2015).
 Os serviços de residências terapêuticas destinam a esses grupos ou usuários equipes, principalmente de enfermagem para essas residências que realizam visitas a função de organizar as atividades nas residências, projetos individuais e em grupos, reuniões semanais com os moradores para a discussão do cotidiano (SANTOS, et al., 2015).
2.9	CENTROS DE CONVIVÊNCIA E CULTURA
	Entre os anos de 2003 e 2006, o Ministério da Saúde promoveu a avaliação da inclusão dos Centros de Convivência e Cultura nas redes de atenção à saúde mental das grandes cidades. Dispositivo altamente potente e efetivo na inclusão social das pessoas com transtornos mentais em tratamento, a implantação dos Centros de Convivência e Cultura nos municípios necessita, como requisito prévio, de resposta pública efetiva e consolidada para os transtornos mentais severos e persistentes (OLIVEIRA, 2015)
	O processo de discussão dos Centros possibilitou ao Ministério da Saúde a recomendação, especialmente a partir de 2005, da implementação destes dispositivos em municípios com uma boa rede CAPS. A política de financiamento para estes serviços ainda está em construção, e, a partir de 2006, passa a ser articulada junto ao Ministério da Cultura uma estratégia de inclusão destes serviços no programa de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura do Brasil.
2.10	ATENDIMENTO À SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA
	O Ministério da Saúde estimulou ativamente nos últimos anos a inclusão, nas políticas de expansão, formulação, formação e avaliação da Atenção Básica, de diretrizes que remetessem à dimensão subjetiva dos usuários e aos problemas mais graves de saúde mental. Essas diretrizes têm enfatizado a formação das equipes da atenção básica e o apoio matricial de profissionais de saúde mental junto a essas equipes.
A partir de 2005, os indicadores de saúde mental passaram a fazer parte do elenco de indicadores da atenção básica, embora a mudança no Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) ainda não tenha entrado em vigor. Em 2006, foram incluídos parâmetros para ações de saúde mental na atenção básica (entre outros) nas diretrizes para a Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde - PPI, publicados na Portaria GM nº 1097, de 22 de maio de 2006, e intensificou-se o esforço de garantir o acesso da população, em especial nos pequenos municípios brasileiros, à atenção em saúde menta.
2.11	PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA
	Na história brasileira de atendimento a pacientes com doenças mentais, o tratamento de longa duração tem se baseado no isolamento de pacientes em hospitais psiquiátricos. Isso produziu um grande número de pessoas que vivem longe da sociedade há muito tempo e precisam de um apoio especial para se reintegrar à sociedade (KURIMOTO, PENNA, NITKIN, 2017).
A Lei nº 10.708,de 2003, deu início ao “Plano Ir para Casa” (PVC), que garante a prestação de assistência de reabilitação psicossocial aos doentes mentais egressos de hospitais psiquiátricos (inclusive custódia e psiquiátrica) para atendimento e acompanhamento igual ou superior a dois anos (LI, LIU, HUANG, 2016).
Esse programa visa à restituição do direito de morar e conviver em liberdade nos territórios e também a promoção de autonomia. Dessa forma, assume papel central nos processos de desistitucionalização e reabilitação psicossocial das pessoas com história de internação de longa permanência, conforme indicado pela Lei 10.216 de 2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica (TAVARES, CORTEZ e MUNIZ, 2014).
O PVC faz parte do processo de Reforma Psiquiátrica, que visa reduzir progressivamente os leitos em hospitais psiquiátricos; qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar como as CAPS e as SRTs e leitos de saúde mental em Hospitais Gerais e incluir as ações da saúde mental na Atenção Básica (TAVARES et. AL, 2016).
2.12	PERFIL ASSISTENCIAL DA ENFERMAGEM ANTES E APÓS A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL
	No início, a psiquiatria no Brasil tinha como objetivo conter e afastar os doentes mentais das ruas das cidades, estes eram cuidado por irmãs de caridade onde aplicavam as práticas religiosas para o cuidado indo de encontro com o saber médico (ALMEIDA e MAZZAIA, 2018). 
Fundada então, a primeira escola de enfermagem no país, foi a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras no Hospício Nacional dos Alienados, no Rio de Janeiro, em 1890 (que depois se tornaria Escola Profissional de Enfermeiros do Serviço Nacional de Doenças Mentais em 1941, e Escola de Enfermeiros Alfredo Pinto em 1942) sendo inspirada no modelo francês (GUIMARÃES, BORBA, LAROCCA, MAFTUM, 2016).
	Visto isso, apontam que, com essas criações de novos hospícios e a ruptura na organização do modelo de enfermagem religiosa e a medicina, a irmãs de caridade começaram a deixar a assistência e profissionais leigos começaram a assumir saberes médicos (BOLSONI et al., 2015).
Em virtude das mudanças da RP, os profissionais de enfermagem passaram a assumir um papel importante de cuidado e da assistência, tendo também maior embasamento e conhecimento teórico científico, diferentemente do modelo asilar ou manicomial (OLIVEIRA, 2013). No novo modelo de hospital após as mudanças geradas pela RP, tornou-se imprescindível a presença do enfermeiro, após a década de 90, trazendo consigo um grande avanço na enfermagem, onde nos últimos tempos foi feita a implementação do processo de enfermagem (NASI, et al., 2015).
A destarte, a RP trouxe benefícios propostos pelas políticas de saúde mental, o que foi fundamental para o processo de desistitucionalização, alta e reinserção social, fato esse que se faz possível graças à construção teórica, política e ética das redes de cuidados e de profissionais dispostos a mudanças (CORRÊA, 2017).
Segundo o Ministério da Saúde, (2015) a designação do enfermeiro com as novas políticas em saúde mental é imprescindível, este, é responsável na atuação frente ao plano de cuidado individual e em grupo do doente mental, onde através das novas modalidades extra-hospitalares de cuidado, como por exemplo, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Serviços de Residências Terapêuticas (SRT), são importantes que haja um olhar mais aprofundado referente ao paciente e a sua inserção social na comunidade, responsável por trazer de volta a autonomia que lhe foi tirada durante o internamento.
Com esses processos de mudanças, a enfermagem é desafiada a se adequar a um novo campo e reconstruir novas práticas de saúde, como a escuta terapêutica, valorização das influências biopsicossociais e projeto terapêutico individualizado. Passando a enfermagem psiquiátrica a ter um novo modelo assistencial, pautado pela política em saúde mental, visando trabalhar a reinserção social, que podem ser realizadas através de ações educativas, integridade e o cuidado individual (PEREIRA et al., 2014).
2.13 ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E AS NOVAS MODALIDADES DE PROPOSTAS NA ASSISTÊNCIA
	Após diversas leis e portarias que asseguram à saúde mental, a enfermagem conquistou vários campos de atuação, saindo da assistência hospitalar para a assistência psicossocial, onde é apontado que o enfermeiro não só cuida da assistência direta do paciente, mas também da parte gerencial, ou seja, além de garantir que o paciente tenha seu projeto terapêutico individualizado e cuidados integrais, também tem que cuidar da parte administrativa, como preenchimento de documentação e formulários (COFEN, 2018).
	Ressalta-se que a enfermagem psiquiátrica, como uma prática social junto as outras, deve ser entendida como um elemento que participa como voz ativa dentro dessa equipe, isso confirma o compromisso que a enfermagem tem durante toda jornada (TAVARES; CORTEZ; MUNIZ, 2014).
	Algumas modalidades de assistência como o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e urgências psiquiátricas evidenciam certas dificuldades na assistência, revelando a falta de prática, manejo, reconhecimento das crises e identificação, o que revela o déficit nos conhecimentos sobre as novas práticas assistenciais (OLIVEIRA, 2015).
A enfermagem torna-se receptora de questões e influência às condições de trabalho e tem como papel trabalhar as necessidades básicas, mostrando o compromisso com a humanização e relações terapêuticas, incorporando os novos princípios e reconhecendo a existência e os desafios no trabalho da enfermagem para lidar com o cuidado humanizado em saúde mental (OLIVEIRA, et al., 2015). 
O trabalho da enfermagem nos CAPS veio como forma substitutiva do internamento, observando que a equipe de enfermagem consegue perceber e estabelecer um vínculo com os usuários (CARVALHO, et. al, 2015).
 Assim, a enfermagem realiza práticas essenciais oriundas das profissões e inserem-se em vários espaços nos CAPS com o conhecimento da prática e inserção desses profissionais conclui que o mesmo que passaram pelo processo de transição e começaram a ter um papel de protagonistas da RP na assistência ao doente mental (LIMA, 2015).
2.14	ATUAÇÃO DA FAMÍLIA NO CUIDADO COM PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL
A família precisa ser preparada para participar, opinar, decidir e se responsabilizar pelo cuidado, pois a mesma é de fundamental importância para a manutenção da pessoa com transtorno mental fora da instituição psiquiátrica, o que reforça a necessidade de ser preparada e apoiada pelos profissionais de toda a rede de atenção à saúde.
Entretanto tornam-se parte do tratamento do doente mental, onde trazem experiências complexas que implicam em mudanças muitas vezes radicais não só na vida do paciente como em toda dinâmica familiar (BRUNERO, 2017). 
Atualmente a condição de saúde do usuário é possível quando os familiares acreditam nesta melhora e começam a entender que para isso precisam assumir a responsabilidade no tratamento, não podemos esquecer que estes familiares precisam também de apoio, orientações por parte dos profissionais de enfermagem (KURIMOTO, et.al, 2017).
3	JUSTIFICATIVA
	Os transtornos mentais causam grandes impactos na vida dos portadores e dos seus familiares, possuem alta prevalência, portanto são considerados problema de grande relevância para saúde pública. A saúde mental passou por várias transformações no decorrer dos anos, e vem alcançando um modelo assistencial pautado na humanização, integralidade e na desistitucionalização, com isso é essencial que os profissionais de enfermagem tenham conhecimento sobre a área, trabalhem em equipe e que tenham uma relação de empatia com os pacientes e familiares para que a humanização na assistência em saúde metal seja fortalecida. Desse modo, surge a seguinte indagação: - Qual é o papel da enfermagem na assistência à pessoa com transtornos em saúde mental?
4	OBJETIVOS
4.1	Objetivo Geral
-Analisar a atuação e papel da enfermagem por meio de revisão de literatura nos cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro na saúde mental.
4.2	ObjetivosEspecíficos 
- Descrever a construção da história psiquiátrica e a enfermagem na psiquiatria à atualidade;
- Observar a evolução da prática da enfermagem psiquiátrica associado ao modelo político, histórico e social;
-Apresentar a adequação da enfermagem psiquiátrica ao contexto das políticas de saúde mental atuais.
5	METODOLOGIA
	A escolha metodológica do presente estudo está dirigida a pesquisa bibliográfica descritiva da literatura que se trata de uma revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam esse trabalho científico de estudos publicados acerca da assistência à pessoa com transtorno em saúde mental. Para a qual foram selecionados artigos no banco de dados: CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online). 
Sendo assim, foram utilizadas para as buscas as seguintes palavras chave; Saúde mental; Transtornos mentais, Enfermagem na psiquiatria; Cuidados da enfermagem. Os artigos selecionados foram aqueles com dados e informações através de fontes de bibliografia especializada na área de enfermagem, saúde mental, humanização da assistência de enfermagem em saúde mental incluindo artigos, dissertações e trabalhos entre, em idioma português a ser publicado entre o período de 2015 a 2020.
Foram retirados da pesquisa artigos em duplicatas (estudo publicado em duas ou mais bases de dados), permanecendo apenas em uma base de dados, dos quais foram escolhidos apenas aqueles com o tema propostos. As combinações entre essas palavras chaves foram realizadas em cada base de dados acima citadas. Os artigos foram escolhidos com base nos títulos e resumos, foram excluídos trabalhos que não tinham relação com o tema da revisão.
Desse modo a pesquisa adotou as seguintes etapas: escolha da temática e delineamento do problema de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e exclusão, busca em sites eletrônicos, seleção dos estudos, análise, síntese e interpretação dos mesmos. Os artigos selecionados foram aqueles descritos a história da saúde mental, processo da enfermagem em saúde mental. Os artigos foram escolhidos com base nos títulos e resumos, conforme os descritores, totalizando 2787 artigos, havendo artigos em duplicidades. Entretanto, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados apenas 17 artigos escritos em português com a abordagem do tema.
Após a coleta de todos os dados, foi realizada uma leitura de todos os materiais, as principais informações foram recolhidas, buscando estabelecer uma compreensão e ampliar o conhecimento sobre o tema da pesquisa e elaborar as conclusões a partir dos resultados obtidos.
5.1	ASPECTOS ÈTICOS
	O presente estudo por se tratar de revisão bibliográfica não houve a necessidade de ser submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), visto que, não envolve contato com pessoas, porém respeitou à resolução, que dispõe sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, entre outros. Respeitados os preceitos éticos estabelecidos no que se refere à zelar pela legitimidade das informações, privacidade e sigilo das informações, quando necessárias. Visa, dessa maneira, assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado, tornando os resultados desta pesquisa públicos.
6.	RESULTADOS
O quadro 1 reúne informações importantes sobre 17 artigos contidos nesta revisão sobre a temática “O Papel Da Enfermagem Na Assistência À Pessoa Com Transtorno Em Saúde Mental”. As variáveis que integram esta figura auxiliam na interpretação e sintetização dos trabalhos científicos, através de comparação dos dados evidenciados na análise dos artigos. Os trabalhos estão dispostos em ordem crescente quanto ao ano de publicação. Distribuição dos artigos de acordo com os autores, ano, local, tipo de pesquisa, principais resultados e conclusões (Cuiabá-MT Brasil, 2021).
Podemos observar no quadro 1 que, dentre os 17 artigos selecionados para este estudo, 53 % representa o ano de 2019, 24 % representa os anos de 2016 e 2017 2014, 2015 e 2018 e 2020 representam 23 % dos artigos, sendo que desses 7 apresenta a historia da enfermagem na psiquiatria e 10 sobre assistência de enfermagem ao portador de transtorno mental. Os artigos apresentaram diferentes características no que se refere ao delineamento metodológico, sendo que todos eles foram encontrados em buscas distintas.
	AUTOR (ES)
	LOCAL
	TIPO DE ESTUDO
	PRINCIPAIS RESULTADOS
	CONCLUSÕES
	PAULA FERNANDA LOPES, ANA PAULA RIGON FRANCISCHETTI GARCIA, VANESSA PELLEGRINO TOLEDO
-2014
	Campinas
	Estudo Qualitativo
	Processo de Enfermagem, quando compreendido pelos enfermeiros dos Centros de Atenção Psicossocial como sinônimo de sistematização da assistência de Enfermagem, pode se tornar mais uma ação técnica, estanque, e não a essência da prática da Enfermagem, que requer conhecimento teórico, experiência prática e habilidade intelectual.
	Percebe-se que os enfermeiros minimizam o cuidado à execução de uma tarefa, ou seja, o preenchimento de um instrumento de coleta de dados; supervalorizam a técnica, alienando-se de um cuidado integral que pode ser obtido por meio do relacionamento interpessoal.
	GISLEANGELA LIMA RODRIGUES CARRARA, GLAUCIA MARIANE DOMINGOS MOREIRA, GRAZIELA MARIA FACUNDES, REJIANE DOS S. PEREIRA, PRISCILA
LAPAZ BALDO
-2015
	São Paulo
	Revisão Bibliográfica
	Nas últimas duas décadas, o Brasil vem sendo alvo de um dos mais importantes processos de transformação no campo da atenção psiquiátrica, com o “Movimento Brasileiro de Reforma Psiquiátrica” (MBRP) que deu inicio no Brasil na década de 70, desenvolvendo se efetivamente na década de 80, que propunha um modelo de intervenção que possibilitasse o resgate de sua cidadania e reinserção social
	Foi possível constatar, a partir da analise dos dados bibliográficos coletados sobre a temática da assistência de enfermagem humanizada em saúde mental, que a reforma psiquiátrica teve influencia na assistência prestada pelos profissionais de enfermagem e que veio com transição de um cuidado hospitalocêntrico segregado para um cuidado desisntitucionalizado humanizado e integral.
	CLAUDIA PELLEGRINI BRAGA, ANA FLÁVIA PIRES LUCAS D’OLIVEIRA
-2016
	São Paulo
	Revisão Bibliográfica
	A partir dessa compreensão, é preciso criar estratégias e possibilidades diversas para que essas narrativas tenham lugar, seja em espaços políticos ampliados. A construção de tais ações constitui-se, ainda hoje com tantos avanços, como um desafio permanente da reforma psiquiátrica.
	 Nesse sentido, é preciso investir permanentemente na construção desse processo, construindo possibilidades no cotidiano dos serviços e em níveis diversos, com o desenvolvimento de projetos que estejam comprometidos, de fato, com a ampliação da participação social de crianças e adolescentes com sofrimento psíquico e a garantia de cidadania
	AMANDA DOS SANTOS MOTA, ANA LÚCIA ABRAHÃO DA SILVA,
ÂNDREA CARDOSO DE SOUZA
-2016
	Rio de Janeiro
	Qualitativa
	O forte resquício do passado também pode in&uenciar na sensação de desvalorização de seu saber, da sua palavra, resultando num posicionamento mais passivo.
	Ha dificuldades para a equipe de enfermagem se fazer presente no espaço de EP, tanto pela própria resistência em se permitir ocupar outros lugares, quanto pelos demais membros da equipe.
Quadro1- Distribuição dos artigos selecionados segundo Autor, Ano, Tipo de Pesquisa, Principais Resultados e Conclusõ.
	AUTOR (ES)
	LOCAL
	TIPO DE ESTUDO
	PRINCIPAIS RESULTADOS
			CONCLUSÕES
	ANA PAULA RIGON FRANCISCHETTI GARCIAI, MARIA ISABEL PEDREIRA DE FREITASI, JOSÉ LUIZ TATAGIBA LAMASI, VANESSA PELLEGRINO
TOLEDOI
-2017
	Campinas
	Revisão Integrativa
	Os 48 artigos foram lidos naíntegra e, destes, foram excluídos 29 estudos, pois 14 discutem o referencial teórico do cuidado de enfermagem em saúde mental sem aproximação com o método do pe; oito abordam temas distintos com a inclusão do processo como método de organização dos resultados; três discutem o cuidado de enfermagem em saúde mental
	Este estudo revelou a fragilidade das evidências encontradas na literatura sobre a aplicação do processo de enfermagem em saúde mental.
	MIKAEL FERREIRA COSTA, TATIANA BARROS DE SOUZA, ADRIANA DOS SANTO ESTEVAM
-2017
	Aracaju
	Revisão Bibliográfica
	No início, a psiquiatria no Brasil visava conter e afastar os doentes mentais das ruas das cidades, estes eram cuidado por irmãs de caridade onde aplicavam as práticas religiosas para o cuidado indo de encontro com o saber médico.
	Pesquisa trouxe um conhecimento amplo sobre o processo de evolução da assistência de enfermagem na saúde mental, proporcionando em um único texto um compilado de informações sobre esse processo, favorecendo um embasamento teórico mais atual, contendo um conteúdo resumido e objetivo sobre a enfermagem em saúde mental, proporcionando uma leitura de forma rápida e um grande conhecimento num único lugar.
	DARA LORENNA FERREIRA DA SILVA
-2018
	Londrina
	Revisão Sistemática
	O estudo analisou que o cuidado protagonizador é construído através da comunicação criativa, do trabalho em rede e na percepção de que a equipe de Enfermagem funciona como uma antena
	A equipe de enfermagem não reduz o usuário às impossibilidades de seu diagnóstico psiquiátrico, usa da comunicação criativa e construção de redes de apoio no território. Ela se constitui como uma antena no cuidado na reabilitação psicossocial. 
	AUTOR (ES)
	LOCAL
	TIPO DE ESTUDO
	PRINCIPAIS RESULTADOS
	CONCLUSÕES
	CLÁUDIA MARA TAVARES, LUCAS MARVILLA MESQUITA
-2019
	Rio de Janeiro
	Revisão Sistemática
	O principal desafio posto para o ensino de enfermagem em saúde mental é levar o aluno a aprender a agir em cenário de incertezas por meio de práticas profissionais sistematizadas, criativas, autônomo-dialógicas e que levem ao desenvolvimento da profissão considerando o trabalho interdisciplinar
	Assim, compreendemos, que o principal desafio contemporâneo para o ensino de enfermagem em saúde mental é motivar o aluno para aprender a agir em cenário de incertezas, por meio de práticas profissionais sistematizadas, criativas, autônomo-dialógicas e que levem ao desenvolvimento da profissão considerando o trabalho interdisciplinar e a complexidade do processo de adoecer humano.
	CARLON WASHINGTON PINHEIRO, MICHELL ÂNGELO MARQUES ARAÚJO, KARLA MARIA CARNEIRO ROLIM, CAMILA MOREIRA DE OLIVEIRA, ALEXSANDRO BATISTA DE
ALENCAR
-2019
	Fortaleza
	Revisão Sistemática
	Os três eixos foram detalhados, aliando as contribuições da literatura, com novas possibilidades de aplicação do arcabouço teórico
	A Teoria das Relações Interpessoais com foco no conceito de counseling possibilita reflexões sobre a representação do enfermeiro como terapeuta e fortalece ações de enfermagem no contexto do cuidado em saúde mental
	CAROLINE M. S M CARVALHO,
CARLA O. S. SANDRA MARIA L O, LIVIA FAJIN, ALINE FABRICIA SANTOS DA SILVA BISTENE, ELEN CRISTINA
FAUSTINO DO REGO
-2019
	Rio de Janeiro
	Pesquisa Bibliográfica Histórica, Exploratória E Qualitativa
	Através dos artigos analisados poderemos mostrar o que a Reforma Psiquiátrica deixou de herança para a saúde mental no Brasil através do importante desenvolvimento das leis durante o seu processo, respeitando a ordem cronológica dos acontecimentos para melhor esclarecimento dos fatos ocorridos
	Então, através do movimento de Reforma Psiquiátrica, começou-se a estudar estratégias para promover adequações no ensino de enfermagem e, assim, a enfermagem começou a ser remodelada, trazendo assim, o que conhecemos como profissão atualmente, com ajudas terapêuticas, diversa tecnologias implementadas para os pacientes com saúde mental, foco no paciente e na capacidade do profissional de agir de forma mais humanizada e qualificada, ou seja, sistematizada.
	AUTOR (ES)
	LOCAL
	TIPO DE ESTUDO
	PRINCIPAIS RESULTADOS
	 CONCLUSÕES
	CARLON WASHINGTON PINHEIRO, MICHELL ÂNGELO MARQUES ARAÚJO, KARLA MARIA CARNEIRO ROLIM, CAMILA MOREIRA DE OLIVEIRA, ALEXSANDRO BATISTA DE
ALENCAR
-2019
	Fortaleza
	Revisão Sistemática 
	Os três eixos foram detalhados, aliando as contribuições da literatura, com novas possibilidades de aplicação do arcabouço teórico. 
	Nesse sentido, novas perguntas surgem: como podemos melhorar a nossa aproximação entre teoria de enfermagem e sua efetivação prática? Como os enfermeiros estão se preparando para pensar a disciplina de enfermagem em saúde mental e psiquiatria sob o prisma das teorias de enfermagem? Que novos modelos podem construir para consolidar uma prática de saúde mental e psiquiátrica sensível às especificidades dessa especialidade
	AMANDA ANDRADE ESPINDOLA; PRISCILLA ITATIANNY DE OLIVEIRA SILVA
-2019
	Paracatu
	Pesquisa Bibliográfica
	É essencial que o enfermeiro seja aberto a inúmeras possibilidades, seja participativo nas discussões sobre o processo de reforma psiquiátrica, aprenda a dialogar com discursos distintos sobre saúde mental, aprenda a pensar, saiba conviver com o objetivo e o subjetivo, com a razão e a paixão.
	A assistência de enfermagem humanizada é de grande importância no cuidar do paciente portador de transtorno mental, possibilita uma relação de empatia entre profissionais e pacientes, ocasiona melhoria na qualidade de vida, inserção na sociedade e resgate da dignidade e da cidadania dos indivíduos portadores de transtornos mentais.
	TATIANA BRUSAMARELLO, MARILUCI ALVES MAFTUM, MARIA DE FÁTIMA MANTOVANI,
CAMILA BONFIM DE ALCANTARA
-2019
	Santa Maria
	COORTE
	 A família e a pessoa com transtorno mental precisam receber orientações e suporte para que possam reorganizar seus papéis diante da realidade de conviver com transtorno mental.
	Evidenciou-se que a metodologia da pesquisa-ação vem ao encontro da perspectiva de atuação do enfermeiro no modelo psicossocial de atenção em saúde mental ao oportunizar a educação em saúde com vistas ao cuidado conscientiza.
	AUTOR (ES)
	LOCAL
	TIPO DE ESTUDO
	PRINCIPAIS RESULTADOS
		CONCLUSÕES
	SIMONE COSTA DA MATTA XAVIER, ELAINE ANTUNES CORTEZ
-2019
	Rio de Janeiro
	Qualitativo
	Propõe incorporar a Educação Permanente ao cotidiano para implementação da SAE em Saúde Mental, como norteador do cuidado. 
	Acredita ser instrumento orientador da prática cotidiana do cuidado e facilitador da comunicação entre profissionais, usuários e familiares, respeitando a transparência do SUS.
	Beatriz Soares Pires
-2019
	Campinas
	Pesquisa Bibliográfica
	A consulta de Enfermagem em Saúde Mental deve estar a serviço do fortalecimento das relações de vínculo e confiança com os usuários e assegurar a continuidade do cuidado longitudinal, bem como sua integralidade, uma vez que favorece a integração física e mental por meio de investigações clínicas e a análise sócia histórica da pessoa.
	Diante da temática discutida, fazem-se necessárias algumas observações sobre a formação e assistência de enfermagem em Saúde Mental, com vistas a promover um trabalho coeso que atenda sujeitos e coletivos reconhecidos por cidadania, direitos e subjetividades.
	LUCAS MARVILLA FRAGA DE MESQUITA1 L CLAUDIA MARA DE MELLO TAVARES
- 2020
	Rio de Janeiro
	Revisão Integrativa da Literatura
	SAE e o Processo de Enfermagem objetivam qualificar a assistência de enfermagem. Em ambientes com pessoas que demandam cuidados especiais torna-se uma necessidade urgente, por ser um instrumento capaz de melhorar a qualidade de vida, humanizar o cuidado e promover ações de educação em saúde.
	Papel do enfermeiro tem função singular no estabelecimento de vínculo para garantir um cuidado integral à saúde com os sujeitos e família, de acordo com suas reais necessidades de saúde.
	HÉRCULES RIGONI BOSSATO, ROSANE MARA PONTES DE OLIVEIRA, VIRGINIA FARIA DAMÁSIO DUTRA, CRISTINA MARIA DOUAT
LOYOLA
- 2020
	Porto AlegreQualitativo
	O estudo analisou que o cuidado protagonizador é construído através da comunicação criativa, do trabalho em rede e na percepção de que a equipe de Enfermagem funciona como uma antena.
	A história da Enfermagem Psiquiátrica englobou a sociedade como um todo em prol do desejo de uma melhor qualidade da saúde, uma assistência mais humanizada, individualizada e buscando a melhora do paciente para ele voltar a exercer sua cidadania.
7	DISCUSSÃO DOS DADOS 
A partir da análise dos artigos selecionados foram agrupadas as informações encontradas em categorias temáticas. 
Os 17 artigos foram lidos na íntegra e, deste total de estudos incluídos neste trabalho, representou a maior parte da revisão, demonstrando que a assistência de enfermagem ao portador de transtorno mental vem se desenvolvendo ao longo dos anos, buscando atender as propostas provenientes da Reforma Psiquiátrica, que estabelece aos profissionais de saúde uma prática oposta da psiquiatria tradicional, marcada pelo tratamento punitivo, isolamento e contenções químicas e físicas dos pacientes (LIMA, 2015).
No entanto, Souza (2019), afirma que a enfermagem tornou responsável por uma assistência inovadora e promissora em suas práticas através do surgimento de novos espaços de trabalho, com essa nova realidade o enfermeiro participa de atividades grupos de estudos; reuniões de famílias e de equipe; visitas domiciliares e passeios; e escuta, acolhe e estabelece vínculos com o paciente (SOUZA, 2019).
Desse modo, a possibilidade do resgate das histórias, da reconstrução da cidadania e do direito à vida, surge com o processo de construção do CAPS que traz à tona a história de muitas vidas. O enfermeiro tende a criar novas perspectivas para o seu trabalho em saúde mental, dessa forma representam o papel de uma das partes integrantes do processo de tratamento (SKUPIEN, PINTO e FLORIANO, 2017).
As suas características consistem na mudança de uma pratica de caráter hospitalar para uma prática que envolva novos conhecimentos e princípios no tratamento do portador de transtornos mentais, interage no contexto familiar e comunitário, configurando um avanço na área da saúde mental através interdisciplinaridade e do reconhecimento do outro como ser humano (SANTOS et. al, 2018).
O desempenho do enfermeiro em saúde mental e importantíssimo e para ser eficaz, é preciso preparo e qualificação no processo de cuidar, ajudar e entender seus pacientes. O enfermeiro possui responsabilidades imensas, representam o lado seguro de quem precisa de apoio no tratamento, uma tarefa importante. (MATTOS, 2016).
A enfermagem está cada dia mais atuante e consciente da sua nova função e tem condição de explorar, no desempenho de sua praticas profissionais, diversas modalidades terapêuticas. É essencial que o enfermeiro seja aberto a inúmeras possibilidades, seja participativo nas discussões sobre o processo de reforma psiquiátrica, aprenda a dialogar com discursos distintos sobre saúde mental (ALVES, 2015).
Assim, Rezende (2017), afirma que antes de tudo os profissionais de enfermagem devem estar envolvidos pelo trabalho, com a finalidade de desconstruir paradigmas que desenham o paciente portador de transtornos mentais, que tem noções de periculosidade e de incapacidade como eixos definidores das idéias de louco e loucura (REZENDE, 2017).
8	CONCLUSÃO
A partir dessa pesquisa foi possível constatar, que a partir da análise dos dados coletados sobre a temática da assistência de enfermagem em saúde mental, pode-se compreender que a reforma psiquiátrica teve influência na assistência prestada pelos profissionais de enfermagem para um cuidado desistitucionalizado humanizado e integral.
Assim, torna-se fundamental que os profissionais de enfermagem trabalhem em equipe, pois a relação, a troca de experiências e conhecimentos favorece a assistência humanizada em saúde mental. Contudo, o enfermeiro deve contribuir para a reestruturação do saber social e familiar, integrando ações de cuidado que envolva a pessoa com transtorno mental e sua família de forma integrada.
No desenvolvimento do estudo houve dificuldades para encontrar publicações atualizadas que abordassem o objetivo da pesquisa e a temática que é a o papel da enfermagem na assistência à pessoa com transtorno em saúde mental, apesar de muitos artigos descreverem como foi dada a Reforma Psiquiatra, poucos artigos abordavam a assistência de enfermagem a esses pacientes.   
Diante de tal fato sugiro que novos estudos sejam realizados, na busca por estudos atualizados com intuito de acrescentar conhecimento com isso valorizando o papel do enfermeiro na assistência à pessoa com transtorno em saúde mental.
Considero ainda que os resultados alcançados foram satisfatórios para alcance dos objetivos propostos. 
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