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ok clin equi 14.02.11

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Clínica Médica de Eqüinos
Rio, 14/02/2011
Alexandra Woods
Dentro das alterações da cavidade oral, temos que pensar:
Alterações de cavidade oral vai produzir de sinal no cavalo: emagrecimento, salivação, que ai essa salivação pode ser por aumento da sua produção ou por apenas uma incapacidade dele deglutir, então eu vou ter geralmente um aumento de salivação. Ai se eu tiver as aftas na boca, uma gastrite, ai eu posso ter um cavalo com salivação e ai não ser diretamente um problema na cavidade oral.
Qualquer alteração que eu tenha como, úlceras, estomatites, lesões na cavidade oral, feridas causadas por pontas dentaria, esse cavalo vai tender a salivar.
	Então agente entende que eu tenho ou um processo de salivação ou um emagrecimento.
Aquelas 3 coisas básicas: saliva vai estar sendo eliminada porque eu não vou estar conseguindo deglutir, então eu posso ter um problema de deglutição ou posso ter um problema de apreensão do alimento ou eu posso ter um problema de dificuldade de mastigação.
Na dificuldade de deglutição lembra: se eu tenho uma insalivação é porque ou essa saliva está sendo produzida, ou é porque alguma coisa está estimulando essa produção ou porque ele não está conseguindo deglutir. O que agente tem que fazer: investigar. 
Tenho exames auxiliares, complementares: podemos fazer radiografias, endoscopias, o ultrassom é legal porque às vezes ele mostra o foco pra vc fazer alguma coleta de algum material. 
Além desses exames complementares, o que mais vou fazer na boca: inspeção. Eu abro a boca do cavalo e tento olhar com uma fonte luminosa e vejo. Senão eu posso sedar o animal, coloco um abreboca (de preferência o abreboca de catraca) quando coloca o abreboca vc precisa que sedar esse animal, dependendo do processo agente tem que fazer uma sedação geral.
Pra um exame em que vou buscar uma úlcera, presença de corpo estranho, presença de fratura de dente, algum abscesso, vai sentir o cheiro que tem nessa boca, vou observar tártaros, a condição do dente. Cavalos não costumam ter muitos tumores, mas pode fazer carcinoma epidermoide que não é comum, mas pode acontecer. As vesículas, estomatites também não é muito comum encontrar, vamos encontrar estomatite pelo vírus da estomatite, nos EUA encontra-se essas lesões. 
Pontas dentárias, freio, as vezes capim, aqueles talos de capim quando estão muito secos as vezes entra entre o dente e a gengiva e acaba desencadeando um processo inflamatório ali também, muitas vezes contamina, leva a uma contaminação de raiz dentaria e ai vai.
Dentro dessas enfermidades, dessas alterações, uma coisa incessante é que com a qualidade dessa cavidade oral, quanto mais saudável ela estiver, eu tenho um reflexo na saúde desse animal. Ex. se meu animal não come direito, ele vai demonstrar pêlo sem brilho, emagrecimento progressivo, um estado de saúde alterado, agente consegue ver num plantel onde tem o mesmo tipo de alimentação pra todo mundo. 
	Às vezes vc vê coxos coletivos, e esses animais se alimentam junto com outros, então se agente não tiver observando esses bichos direitos, agente pode não perceber que tem um ou outro que não está comendo direito, porque se ele tem uma lesão na cavidade oral, ele tem uma dificuldade em mastigar, pois quando o animal vai mastigar, as pontas dentárias machucam a parede. Então quando o animal vai mastigar então ele apreende o alimento, vai mastigar, aquilo dói a bochecha dele e ele deixa o alimento cair. Então muitas vezes que o animal que come em coxo coletivo agente não percebe isso. Quando ele come num coxo individual fica mais fácil de perceber porque agente vê que tem resto de alimento mastigado e babado, junto com aquele alimento que está sem baba. 
No coxo coletivo vamos ver que no plantel quando tem um que está meio diferente dos outros, isso pra um peão mais cuidadoso, rápido ele vê, agora quando é um peão mais desleixado agente vê o negócio está mais grave.
Traumatismos: são importantes. Os próprios traumatismos nos lábios, cavalo agente sabe que faz uma busca, ele seleciona seu alimento, ele vai com o lábio superior buscando o alimento, muitas vezes se tiver ponta de prego, farpa de madeira, qualquer coisa que tenha nessa busca pode se ferir.
Freio: pode ferir a comissura labial, dependendo do freio, dependendo do ajuste do freio, se está começando a ser amansado, vc pode ter aquelas férias. Geralmente essas feridas se recuperam rápido, então geralmente não temos muitos problemas nesses ferimentos.
Traumas sobre a língua: língua por que ele pode cortar essa língua, ele vai lamber o sal. Às vezes está no curral das vacas, o coxo de vaca é feito de azulejo normalmente, e ele vai lamber aquilo ali e pode cortar a língua. 
Alguns cavalos podem perder um pedaço da língua, acontece quando o peão passa o cabresto, veste o freio no cavalo e se esquece da língua, quando ele passa o cabresto e amarra, a língua fica presa, aquilo ali corta a língua, e ai dependendo, não tem o que fazer, o estrago é muito grande. Se ele fica com o toco da língua, ele não consegue se alimentar direito. Se ele come num coxo coletivo, os outros comem muito mais rápido do que ele. Então dependendo do proprietário ele vai ser sempre um cavalo mais magro, um cavalo mais lento. 
Se ficar naquela situação, o que pode acontecer: ele não tem a mobilidade da língua que seria necessária, muitas vezes ele começa a morder a ponta da língua e ai ele não consegue se alimentar direito, porque ele vai apreender e a língua atrapalha. 
Ferimentos nos lábios, ferimentos na língua, as fraturas podem acontecer. 
Potro com 1 ano que quer ser macho, começa a jogar pés pro lado e pro outro, e acaba fraturando outro potro. Fratura provocada por briga entre garanhões. Quanto mais novo, melhor o prognostico (dependendo da situação), e quanto mais velho, pior o prognóstico. Se for potro, retira os dentes de leite afetados e deixa os definitivos crescerem.
Uma outra alteração que agente tem, uma enfermidade, é o que agente chama de fenda do palato ou fenda palatina,. A fenda palatina é congênita e vai acontecer por uma má formação, não há junção das pregas palatais, falta fusão dessas pregas e conseqüentemente eu tenho um vão aberto de ligação da cavidade oral com o seio nasal. E ai essa fenda pode ser grande ou pequena. Quanto maior a fenda, pior o prognóstico. Quanto menor a fenda, menos ruim o prognóstico. Agente vai observar regurgitação nasal, podemos ter uma pneumonia secundaria, quanto maior essa fenda maior a probabilidade dele fazer uma aspiração e ai agente tem o desencadeamento de uma pneumonia secundaria. Se ele aspirar ele vai ter, se esse leite/alimento for parar no pulmão ele vai desencadear uma pneumonia. Quanto maior a fenda, maior a quantidade de alimento que vai ser exteriorizado pela narina.
Vou diagnosticar pela sintomatologia, vamos observar a eliminação desse leite/alimento. E na inspeção agente consegue verificar a fenda. Quanto a fenda é maior quando agente abre a boca do cavalo agente consegue ver essa fenda. 
Existem situações em que agente tem essas fendas, em aqueles animais que tem uremia, uréia e creatinina elevada (não é muito o caso dos eqüinos, geralmente agente vê mais em cães) que acabam fazendo aquelas fendas no palato.
Diagnostico diferencial: disfagia (porque não se alimentam direito e acabam não deglutindo), megaesôfago (que não é comum no eqüino) e pneumonias por outras causas.
Tratamento: cirúrgico, deve ser feito a junção, agente deve fazer a aproximação e suturtar, faz a incisão e fecha a fenda. A literatura cita que a decência de sutura é muito grande, então o resultado positivo não chega a 70%. Então dependendo do animal, vale fazer ou não. E outro ponto importante, ate que ponto ele pode transmitir essa má formação. Dados também falam que vc tem que fazer 3 vezes a cirurgia de aproximação, pra vc dentro desses 70% ter sucesso. 
Cisto dentígeno ou Odontoma temporal, porque agente tem esse cisto, esse ossontoma, como sendo o mais comum de ser encontrado no seio temporal. É um tumor, que tem origem epitelial e ele pareceum dente, por isso é chamado de cisto dentigeno, mas não tem nada a ver com o dente, nem tem muito a ver com a cavidade oral propriamente dita, se eu penso num odontoma temporal. Quando agente esta falando da cavidade oral por conta de ser dentígeno, por conta de ser alguma coisa semelhante a dentes, ai agente acaba falando na cavidade oral, até mesmo por que a literatura cita que se eu tenho o cisto num outro seio eu posso ter uma cistulação pra cavidade oral. Odontoma é um tumorzinho, o organismo identifica aquilo como sendo uma formação estranho e aquilo o organismo tenta eliminar, e quando tenta eliminar ele fistula. No caso do odontoma temporal, ele vai fistular na orelha. Nos outros seios (que não é comum) ele pode fistular ou pra fora, na face na altura do seio ou pra dentro. (por isso agente vê ele aqui na cavidade oral)
Ele pode provocar um inchaço, posso ter um aumento do volume ou uma distorção dependendo do local onde ele está do seio que ele está afetando. Seio temporal é mais comum, ou seio maxilar, ou no rostral ou no caudal. Tenho um abaulamento e uma quantidade de pus muito grande sendo produzida.
A fistula do seio temporal vai acontecer na orelha, então geralmente agente vê um pus, um acúmulo de pus na base da orelha (na ponta da voltinha da orelha), e ai o proprietário reclama o seguinte: ele limpa e coloca remédio e ela não cura. O pus fica minando o tempo inteiro, enquanto não retirar a fistula, não sara.
Diagnostico: através da inspeção e da evidencia da fistula. O raio-x vai mostrar o odondoma no seio, e ai eu consigo fechar o diagnostico. 
Tratamento é cirúrgico, eu tenho que abrir esse seio (através da trepanação) com o trepano vou abrir o seio, fazer a retirada do cisto, faço a limpeza do cisto, retiro a fistula (senão ela vai continuar ali aberta e ocorrer uma contaminação). Enquanto não tira a fistula, não vai sarar isso.
O seio temporal é o mais comum, então quando vc tem ele no temporal (que é o que normalmente acontece) ele fistula na orelha. O rostral e o caudal, eles são mais raros de serem encontrados, que quando vc tem nesses seios, vc tem uma fistulação que pode ir pra fora, mas é mais fácil ir pra dentro. (professora viu os 3 casos no Campolina)
Estomatites
	Temos as estomatites infecciosas. Pelo vírus da estomatite vesicular, tem algumas áreas nos EUA que vc tem, mas não é uma coisa muito comum. O importante do vírus da estomatite vesicular são as lesões que eles podem fazer no casco do cavalo. 
	Temos as estomatites causadas por pseudômonas, rodococo equi, cândida. As estomatites mais comuns nos eqüinos são as causadas pelo rodococo equi, em potros por exemplo que não são imunizados, ela é mais comum. As infecções por rodococos vc pode ter tanto uma pneumonia quanto uma gastroenterite grave, e ai muitas vezes vc tem diarréias com apresentação dessas vesículas na boca (um quadro de estomatite).
O que é a estomatite: é um processo inflamatório da mucosa oral, da gengiva. Essa estomatite vai ser causada por alguma coisa, provavelmente ela vai ser secundaria, ou por uma gastrite (porque tomou muito antiinflamatório e fez uma gastrite, que pode fazer a estomatite) ou mesmo pelo processo infeccioso do rodococos. Esse rodococos quando vai pro sistema digestivo, causa uma enterite grave com uma diarréia grave, e se agente não ficar esperto, perdemos o potro. Quanto mais novo o potro mais grave é. Esses potros fazem uma diarréia e se agente não consegue controlar, muitas vezes eles acabam evoluindo para uma pneumonia por rodococos, fica com o pulmão cheio de abscessos e acaba morrendo. A partir do momento que o rodococos está fortalecido, e o sistema imunológico do animal está debilitado, dependendo do tempo, agente não consegue controlar. 
O rodococos pode invadir e causar uma pneumonia e se eu não conseguir controlar ele pode evoluir para uma enterite. Ou ele pode fazer uma enterite, agente não conseguir controlar e ele evoluir para uma pneumonia.
Como que acontece isso: normalmente são pequenas vesículas que evoluem para grandes úlceras. Então alem dessas lesões (vesículas que evoluem para úlceras) eu posso ter formação de úlceras por causas parasitárias, causas mecânicas e causas toxicas. Eu posso ter por ex. intoxicação por fenilbutazona que pode levar a essa formação de vesículas que podem evoluir para ulceras. (diferença de vesícula para úlcera: tamanho. Tenho uma vesícula que pode estourar, e ai a vesícula é superficial e a ulcera já pega camadas mais profundas).
Causas parasitárias: posso ter aquele caminho de parascaris, que lesiona a mucosa. 
Causas mecânicas: capim que pode entrar entre a gengiva e o dente.
Causas tóxicas: substancias que intoxicam. Ex. fenilbutazona. Uso prolongado de AINE’s acaba levando a essas ulcerações. Dependendo, podem ser consideradas estomatites e não infecciosas.
Sinais: às vezes não tem sinal, às vezes é assintomático. As vezes eu tenho disfagia, inapetência, salivação e se for infecciosa eu vou ter febre associada. 
Os processos de gastrite quando estão no inicio, alguns estudos mostraram que com a utilização da endoscopia começamos a descobrir as coisas como por ex.: com 3 dias de flumexine eu já tenho uma gastrite instalada, imagina com a fenilbutazona. As vezes vc não chega a ter a intoxicação propriamente dita, mas vc já tem uma gastrite desencadeando e vc já começa a observar porque esse animal tem uma gastrite, e muitas vezes vc não tem excesso de saliva pq ele deglute, as vezes vc tem um aumento na produção de saliva que não é tão grande que ele não consiga deglutir tudo. Então vc pode ter no processo inicial da gastrite vc não tem ulcera, vc tem gastrite, começa a formação de pequenas vesículas, vc tem aumento na produção de saliva, mas ele deglute e agente não percebe, muitas vezes sendo assintomático.
Tratamento: retirada da causa. Então tem que procurar o que está causando essas ulcera e vesículas. Lavagem com agente anti-séptico por ex, clorexidine. A partir do momento que vc tira a causa, resolve o problema, a cicatrização (recuperação) acontece de forma rápida. 
Calculo e fístula salivar
	Os cálculos vão acontecer como qualquer outro cálculo, concreções que vão acontecer por precipitação, e precipitações de componentes salivares, isso vai fazer com que eu tenha uma obstrução da passagem dessa saliva. Quando essa obstrução é total eu posso ter a formação de uma fístula. Não é uma coisa muito comum, normalmente cavalo não tem calculo salivar.
	Eu tenho mais comum calculo na glândula parótida e muitas vezes eles se acumulam no canal de estenon. Vc pode ter pequenos cálculos que podem ser como areia, e vc pode ter um calculo só, uma pedrinha feita. É mais fácil agente encontrar esses pequenos em forma de areia.
Podemos encontrar também nas glândulas mandibulares no canal de Barton e nas glândulas sublinguais. É raro mais raro, porem podemos encontrar.
O que vou encontrar: posso encontrar um aumento de volume da glândula propriamente dita ou um aumento do canal, dependendo da onde está o calculo, ele é duro, endurecido se for um calculo grande. Posso ter um calculo maior ou cálculos múltiplos pequenos. Quanto mais concentrado for, mais duro vai ser, indolor. Quando agente aperta, se for tipo areia vamos perceber a crepitação. 
Nesses casos, como vou tirar: se tenho esse aglomerado pequeno, tipo areia, muitas vezes a manipulação, a massagem faz ele eliminar pela boca. Nos cálculos grandes vamos ter que fazer uma incisão pra fazer a retirada. Se eu tenho um calculo obstruindo tudo, ou uma fistula formada eu ai sim, vou fazer a incisão, retirada do calculo e tenho que fazer retirada da fistula. Às vezes agente consegue com solução de iodo forte, queimar essa mucosa da fistula, produz uma agressão forte nessa mucosa, causa reação inflamatória e ai cicatriza. Só conseguimos a cicatrização se agente destruir a mucosa, se não destruir, a fistula vai ficar lá, sendo um orifício de contaminação.
Pequenos: remoção bucal. Grandes: remoção cirúrgica. Fistula está diretamente relacionada ao comprometimento vesical queela está fazendo na glândula e seu tamanho. Posso fazer aplicação tópica de repulsivo (aplicação de solução a base de iodo antes citado) e cirúrgico fazendo a extirpação total, então se eu tirei o calculo (abri pra tirar o calculo) eu já aproveito e tiro a fistula.
Ex de aplicação tópica de repulsivo: tem um calculo que estava obstruindo e fez uma fistula, esse calculo passou muito tempo e o organismo deu uma amolecida, vc vai lá e aperta ele e consegue dissolver, e ai vc consegue sem ter que fazer a cirurgia eliminar esse cálculo. Mas essa fístula continua, ai se vc não quer abrir, vc pode tentar a aplicação tópica. Esse repulsivo vai fazer com que haja uma destruição dessa mucosa da fistula, causa um processo inflamatório grande que ai sim, vc tendo destruição da mucosa vc consegue ter a cicatrização e ai fecha. Não significa que vai funcionar sempre, se não funcionar o repulsivo vc vai ter que abrir e fazer a retirada da mucosa, fazendo retirada da fistula cirúrgica.
Hiperplasia do palato duro (travagem)
Vou observar o palato ultrapassando a linha dos dentes incisivos. Vc observa a linha incisiva dos dentes incisivos e vc vê o palato passando um pouco e ai quanto maior for essa travagem, mais evidente vai ser a visualização disso.
Causas: trauma leve e constante. Ex. tenho um cavalo velho que come milho duro, constantemente ao longo da sua vida (ex. cavalo de carroceiro), esse traumatismo leve e constante acaba levando a essa hiperplasia. No inicio é um processo inflamatório dolorido, isso atrapalha o cavalo na sua apreensão de alimento. 
Quando eu estou no inicio do processo, essa travagem vai atrapalhar a apreensão, ela não atrapalha a mastigação, a não ser que eu tenha um defeito (quando os incisivos não se encontram, e na mastigação ele acerta a travagem com os incisivos inferiores), mas normalmente o que acontece: isso vai atrapalhar o animal na apreensão, porque se esta muito grande ou dolorida, quando ele apreende o alimento bate naquilo e às vezes dói. E ele pode soltar o alimento dentro do coxo, então ele vai comer mais devagar, ele vai apreender o alimento mais devagar, depois que ele apreendeu o alimento ele vai mastigar normalmente.
Depois se não dói mais, fica aquela coisa dura, sem sensibilidade, ele vai apreender o alimento e não vai sentir nada, ele vai sentir sempre que ele tiver pegando um alimento muito duro, mesmo depois, aquilo vai incomodar, e vamos perceber um problema na apreensão.
Os cavalos que mordem madeira, engolidores de ar, cavalos que ficam presos muito tempo, esfregando o dente na madeira, isso tudo desgasta muito os incisivos superiores e com isso acaba tendo uma exposição maior 
(intoxicação de cavalo por criolina: tratamento: antídoto é o carbonato de sódio, soro bicarbonatado)
Causas fisiológicas: quando está mudando os incisivos, o meu palato fica exposto. A partir do momento que o potro está com 2 anos e pouco, na época das mudas, as mudas ocorreram, os dentes definitivos estão crescendo, ele vai ter momentos em que ele tem travagem. Mas nesse momento ele pode ter problema de apreensão porque aquilo está exposto, se ele pegar alimento mais duro aquilo pode machucar. 
Se ele vive no pasto e só come capim, dificilmente vai ter problema na apreensão porque capim é macio (a não ser as toras grossas de capim, alimentos grosseiros e mais duros, isso incomoda e acaba desencadeando um processo inflamatório ali no local, que passa logo, depois que o dente cresce que o dente cresce e cobre aquilo ali).
	Causas secundárias as lesões dorsais a cavidade oral: problemas dentários de pré-molares e molares, principalmente os molares. Qualquer lesão que eu tenha que desencadeie processos inflamatórios nessa parte posterior da cavidade oral, qualquer problema nos molares podem acumular na frente. Então posso ter conteúdo acumulado fazendo com que eu tenha um edema no palato. Muitas vezes não é nem do trauma que aconteceu, foi por um problema que teve lá trás. E quando eu resolvo esse problema, eu resolvo o problema da travagem.
	Acúmulos de fluidos que aconteçam por um processo inflamatório posterior, podem ir se acumulando e por conta disso vc ter aumento do palato.
Vou associar a travagem (pq estou vendo que meu palato está pra fora) e vou associar a mastigação. Porque se ele tem um problema lá trás e ele não esta conseguindo mastigar direito, tenho que abrir a boca toda do cavalo pra avaliar toda a boca.
Sinais: apreensão lenta e dolorosa, grãos podem cair da boca (apreendeu, doeu e deixou cair), emagrecimento progressivo.
Tratamento: eu descobri a causa. Dependendo da causa, se ele tem idade de muda, eu não trato, não faço nada. Se eu tenho um problema na região posterior (molares) eu tenho que resolver o problema dos molares e ai acaba o problema da travagem. Se eu tenho acumulo de fluidos que venham de processos posteriores, edema, que vc resolve esse problema e ele melhora. Se eu tenho uma hiperplasia que atrapalha o animal a apreender, ele tem um dente muito desgastado, eu ai posso fazer a retirada cirúrgica, eu retiro das 2 primeiras pregas, corto rente, sedamos o animal, conter, abre boca, pode fazer uma infusão com anestésico local, coloca o ferro quente (pra fazer a cauterização), vou com o bisturi, retiro as 2 pregas e queimo (cauterizo) , resolveu o problema. Normalmente o animal sai pastando com mais vontade, porque ele consegue apreender o alimento.
Em filhotes: evitar de dar alimentos mais grosseiros.
Condições dentárias
	Temos os incisivos, caninos nos machos, barras e os molares, pré molares e molares. 
Temos 3 incisivos de um lado (dividimos a boca no meio e superior e inferior), os incisivos são os cantos, médios ou pinças (ou 1º, 2º, 3º). Geralmente o dente lobo é o 1º pré molar, que é um vestígio como nosso ciso, alguns cavalos não tem mais e outros tem um vestígio que pode ser grande ou pequeno, depende, normalmente ele está frouxo e não está aderido ao osso.
	A região da barra é a região onde passa a corda, onde segura, que é onde não tem dente pra nossa segurança. 
A formula dentaria: dentes de leite: 24, dentes permanentes 40 ou 42 (se for macho ou fêmea). Isso é importante na travagem, pelo espaço fisiológico, por isso temos que saber 1º, 2º e 3º incisivo.
Os permanentes com 2,5 anos, 3,5 e 4,5. Nesse período vamos ter esses dentes se desenvolvendo, principalmente a partir dos 2,5 anos que é onde ocorre a muda das pinças dos 1os dentes justamente os que estão na frente do palato. A partir de 2,5-3,5 anos é o período em que agente tem uma maior probabilidade de observar o palato passando a mesa dentaria porque houve a muda, e ai até o dente ir se desgastando tem tempo.
O dente do cavalo não vai crescendo, ele vai gastando, como coelho, então eles tem uma raiz enorme de dentes definitivos que ao longo do tempo vai sendo desgastado, cavalo velho pode chegar a ter exposição da raiz. O dente vai sendo gasto até que ele já velho, ele já começa a ter exposição da região da raiz dentária.
Podemos observar uns sinais de idade que é o sulco de Galvani que vai aparecer a partir dos 10 anos de vida, com 15 anos ele está no meio e com 20 anos ele vai estar no final, porque ai vai ter desgaste maior e já não vou ter esmalte para observar.
Por volta dos 7 anos e 14 anos, agente tem a asa de andorinha, porque a arcada superior é mais larga do que a arcada inferior. Então qualquer alteração que eu tenha nessa formação eu vou ter uma alteração nesses dentes, por menor que seja, já existe uma alteração natural. A arcada superior é mais larga do que a inferior, o cavalo faz movimentação de triturar o alimento, então já existe um desgaste natural e eu vou naturalmente ter formação de pontas. Qualquer alteração que ele tenha nessa perfeição dele vai fazer com que eu tenha essas formações/alterações de uma forma de crescimento mais rápida. 
A asa de andorinha vai se formar normalmente por volta dos 7 anos e por volta dos 14 anos, isso é influenciado pelo tipo de alimento que ele come. Ex. se ele fica solto no pasto e só come capim, essa asa de andorinha oudesgaste vai ser mais lento do que se ele for um cavalo de cocheira e come ração, alimentos mais duros que tem desgaste maior. Isso pode influenciar na identificação da idade, porque cavalos de cocheira vão aparentar pouco mais velhos pela leitura dos dentes que cavalos de campo. 
É preciso fazer um exame externo primeiro, avaliar as articulações, e avaliar ele como um todo e a frente abre e vê os incisivos. Coloca o abre-boca, põe coloca a mão dentro e verifica odor, se tem algum odor diferente. 
Anormalidades mais comuns antes dos 5 anos
- retração de capa dentaria: ou seja, o dente de leite não saiu, e o de trás fica tentando sair.
- incisivo sem espaço
- ma oclusão 
- falta da erição desses dentes
- Incapacidade de romper e vir o dente
- processo inflamatório, lesões dos adultos.
- vai desgastando as ondas de oclusão e ai eu tenho um crescimento maior e um crescimento menor.
- fraturas, que predispõe a contaminações
- acúmulos de alimentos fazem com que tenha odor desagradável
- ulceras 
A qualidade de vida do cavalo melhora muito quando agente trata dessa condição dentária.
Um dos fatores limitantes muitas vezes está relacionado ao preço.
Eu como clínica tenho que mostrar pro proprietário de uma boa condição dentária, de uma boa condição oral pra saúde do animal. Se eu tenho um atleta, esse atleta precisa se alimentar bem, precisa ter a mastigação boa e perfeita pra que ela consiga aproveitar todo o conteúdo daquele alimento que ele está recebendo.
	Dentro das condições dentárias:
- prognatismo superior e prognatismo inferior.
- dente de lobo
- epúlides
- pontas dentárias 
- caries (não tão muito comuns no eqüino)
- tártaro: agente vai encontrar tártaro principalmente nos caninos, ou nos cantos das pinças, no 3º incisivo. Porque: essas concreções tendem a se acumular nessa região por causa da saída do orifício das glândulas salivares. O cavalo de campo normalmente não faz cálculo, mas os cavalos encocheirados que comem muita ração, concentrado, têm tendência maior a fazer esses tártaros, principalmente nos caninos. 
	Dificilmente vc vai ver tártaro em cima, a não ser os cavalos que comem, que já tem um aprofundamento, velhos, com sujeira, vc acaba tendo uma concreção ali pq vai se acumulando ao longo do tempo. Mas em geral, vão aparecer no canino e no 3º incisivo.
Prognatismo
	Posso ter superior e chamar esse bicho de papagaio. Essas condições são limitantes, não registra cavalo com prognatismo. Quanto maior o grau de prognatismo, pior pra ele, maior vai ser a dificuldade de apreensão. Ai coloca um aparelho ortodôntico, tem cirurgias. 
	Prognatismo inferior, vamos chamar ele de boca de macaco. Vulgarmente é chamado de boca de macaco.
O prognata não pode ser registrado. Interfere na capacidade de apreensão/ingestão de alimento. Quanto mais grave, menos registrado ele vai ser. Alguns tem como corrigir e outros não.
Dente do lobo
	É o primeiro pré molar, é um vestígio na maioria das vezes. Ele não está fixado à maxila (no osso). Ele pode ser mais comum na arcada dentária superior e bem menos comum inferior, então dificilmente agente vai encontrar inferior na mandíbula. Às vezes, dependendo da evolução vc pode ter quase que um orifício dentário, não chega a ser um orifício, por isso que quando vc faz a extração é tranqüilo de fazer.
	Maior problema dele: quando vc coloca o bridão, ou o freio, pega justamente em cima dele, e ele dá como se fossem choquinhos, incomoda pq vc tem uma inervação passando ali, muitas vezes isso dá a impressão que o cavalo está claudicando, porque dá aquele choque e quando dá o choque ele levanta a cabeça, e ai muitas vezes o povo acha que o cavalo está claudicando, e na verdade não está, é o dente do lobo que está ali incomodando.
	Na maioria das vezes, quanto mais evoluído for, maior a probabilidade de ter espaço no osso, e quando tem, ele tem um pequeno espaço ou está fracamente ligado a maxila. Na maioria das vezes não está ligado a maxila.
	O que eu tenho que fazer: a retirada, a extração, que é tranqüilo de fazer, mas eu tenho que sedar o cavalo, pode deitar ele ou fazer com ele em pé com um abre boca.
Posso utilizar um buticao ou uma cureta. 
Epúlide
	É uma hiperplasia benigna, geralmente associada a um tártaro. Existem tártaros que chegam a crescer até mais do que o dente, ai eu tenho essa reação que agente chama de epúlide. Tártaro é comum no canino e no canto do 3º incisivo e em dentes muito velhos. 
	
Pontas dentárias ou arestas dentárias
	É extremamente importante. O desgaste normalmente vai acontecer, então normalmente faz parte de uma verificação pelo menos a cada 6 meses se existe a formação de ponta dentária. Por que: o cavalo tritura o alimento, posso ter o crescimento na face medial ou na face lateral do dente, dependendo do que está mais largo. Geralmente superior faz ponta na face lateral e inferior faz ponta na face medial. Geralmente as pontas se formam na arcada superior lateralmente e na arcada inferior medialmente. E ai as das arcadas superior ferem mais facilmente as bochechas. Na arcada inferior cortam mais a língua. 
	O que causa: tipo de alimentação, quanto mais duro o alimento, mais rápido elas vão se formar. E a movimentação mesmo que normal da arcada dentária, mesmo normal ela vai acabar acontecendo, e qualquer alteração que eu tenha, isso vai acontecer mais rápido.
	Tratamento: com uma groga, agente desbasta, agente groga aquele excesso de dente. (é tipo uma lixa).
	Essas pontas podem ser responsáveis por: fraturas, podem ser responsáveis por processos inflamatórios que podem levar a aquela travagem ou aquele edema no palato (dependendo do grau de ulcera que agente tem, da localização), pois problemas na parte dorsal fazem com que eu possa ter um edema no palato, então dependendo da intensidade dessas pontas e da lesão que elas causam vc pode ter essa formação, porque: se eu tenho uma ponta, as vezes eu desestabilizo esse dente e pode quebrar, vou fazer uma fratura e desencadear um abscesso, um processo inflamatório e conseqüentemente um aumento do palato.
	As pontas começam como pontinhas e com o tempo vão crescendo. Posso ter formação pra fora quanto pra dentro, pelo desgaste natural. 
Depois que acaba pode passar uma solução de clorexidine. 
Doença periodontal
	É menos comum. Na maioria das vezes está relacionada a traumatismos. Ex: quebrou o dente, começa a infiltrar acumular sujeira e ai vc acaba tendo a doença periodontal
	Tratamento: lavar com clorexidine ou fazer a retirada desse dente.
	Temos um problema com a extração do dente. No exterior, eles chegam a fazer implantes no cavalo, por que: o dente vai desgastando, se ele não encontra o outro, o contralateral, ele vai descer direto. Então um cavalo que não tenha um dente pra que haja o desgaste natural, ele precisa ser desbastado constantemente. Então vai ter que desbastar para que eu mantenha essa mesa dentaria alinhada constantemente.
Cáries ou pupites
	Acabam gerando também essas doenças periodontais. Temos halitose (dente podre), serra o dente, gasta o dente, destrói o esmalte ai vc acaba tendo esse dente se transformando até ficar pretinho.
	Mais freqüente nos animais idosos, então aqueles que recebem ração ao longo da sua vida, ai ficou velho, muitas vezes ele tem esses problemas dentários. A tendência é acontecer. 
Cavalo tem dor de dente: uns sentem e outros não sentem tanto. O limiar de dor é muito individual, alguns sentem, outros não sentem tanto.
	Infecções Peri - apicais: quadros afetam os alvéolos. Podemos ter quadros de sinusite associados a essas infecções dentárias.
Tratamento: ortodôntico ou até mesmo a extração. Se o dente estiver perdido, extrai. Se for um foco de infecção, é preferível extrair, para não deixar o foco de infecção ali. Retira, e desbasta o outro dente, desbastando de tempos em tempos.
Alveoloperiositite: 
Que pode acontecer uma osteomielite e desencadear uma sinusite. Essa sinusite muitas vezes pode ser policistular, e geralmente associada a sinusite agente tem odor fétido, desde uma infecção bacteriana que não tenha nada a ver como dente, mas quando tem a ver com o dente ela vai ter um odor fétido de qualquer maneira.
Como vou avaliar: posso fazer um diagnostico diferencial ate mesmo pela sintomatologia. Posso fazer uma radiografia para identificar. Sinal clínico, vc tem muitas vezes associado febre ou muitas vezes não vai ter.
Fistula: tenho que fazer a trepanação, abre o tampão, faz a limpeza toda, deixa um dreno pra ir limpando todo dia. Se tiver que fazer a retirada do dente, eu faço e ai vai fechar. 
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Senha: clinicaequinos

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