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* * * Promoção da Saúde no Brasil Paulo Marchiori Buss Presidente da Fiocruz Conferência apresentada ao I Seminário Brasileiro de Efetividade da Promoção da Saúde Rio de Janeiro, 10 de maio de 2005 * * * SAÚDE: “COMPLETO ESTADO DE BEM – ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL E NÃO APENAS AUSÊNCIA DE DOENÇAS” (OMS, 1949). DÉCADA DE 1950 PRIORIZAÇÃO EXCESSIVA DA MEDICALIZAÇÃO DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA, EM DETRIMENTO DA PREVENÇÃO E DO CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE OS ÚLTIMOS 35 ANOS (1970 – 2005) - I Década de 70 – Crise dos sistemas de saúde: Ineficácia, ineficiência, iniqüidades e crise de credibilidade, face à transição demográfico-epidemiológica: envelhecimento e mudança nos padrões nosológicos, medicalização, desenvolvimento tecnológico e explosão de custos e gastos. Novas concepções do processo saúde-doença-cuidado, mais globalizantes, articulando saúde e qualidade de vida. Informe Lalonde (1974) – CAMPO DA SAÚDE: Biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização da atenção à saúde. “Até agora, quase todos os esforços da sociedade canadense destinado a melhorar a saúde, assim como os gastos setoriais diretos, concentraram-se na assistência médica. Entretanto, as causas principais de adoecimento e morte têm origem nos outros três componentes do conceito” (A New Perspective on the Health of Canadians). * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE OS ÚLTIMOS 35 ANOS (1970 – 2005) - II Saúde para Todos no Ano 2.000 (1977) – 30a. Assembléia Mundial de Saúde Conferência - Internacional sobre Atenção Primária de Saúde (1978) – Declaração de Alma Ata (URSS) Oito elementos essenciais para alcançar saúde para todos: educação dos problemas de saúde prevalentes; prevenção e controle. promoção do suprimento de alimentos e nutrição adequada. abastecimento de água e saneamento básico apropriados. atenção materno-infantil, incluindo o planejamento familiar. imunizações contra as principais doenças infecciosas. prevenção e controle de doenças endêmicas. tratamento apropriado das doenças comuns e dos acidentes. distribuição de medicamentos básicos. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE OS ÚLTIMOS 35 ANOS (1970 – 2005) - III 1986 – Carta de Ottawa sobre Promoção da Saúde I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Canadá) 1988 – Declaração de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Austrália) 1991 – Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis a Saúde Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Suécia) 1993 – Carta do Caribe para a Promoção da Saúde I Conferência de Promoção da Saúde do Caribe (Trinidad y Tobago) 1997 – Declaração de Jacarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI em diante – IV Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Jacarta) 2000 – V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (México) * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE OS ÚLTIMOS 35 ANOS (1970 – 2005) - IV A ONU “PREPARA” O MUNDO PARA O SÉCULO XXI 1990 – Cúpula Mundial da ONU sobre a Criança (Nova York) 1992 – Conferência da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92) 1993 – Conferência da ONU sobre os Direitos Humanos (Viena) 1994 – Conferência da ONU sobre Populações e Desenvolvimento (Cairo) 1995 – Conferência da ONU sobre a Mulher (Pequim) 1995 – Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Social (Copenhague) 1996 – Conferência da ONU sobre Assentamentos Humanos (Habitat II) (Istambul) 1996 – Cúpula Mundial da ONU sobre Alimentação (Roma) 2004 – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ONU- Nova York) * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE MARCOS HISTÓRICOS NO BRASIL - I Década de 70 Crítica ao modelo assistencial vigente, centrado exclusivamente na assistência médica e no hospital Medicina Social e a emergência das ciências sociais na análise dos problemas e das intervenções em saúde “O Dilema Preventivista” (Sérgio Arouca, 1975) Os Projetos Comunitários e a atenção primária (Montes Claros e Niterói) Renovação da ENSP. CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde - 1976) ABRASCO (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde - 1979). * * * Década de 80 Luta pela redemocratização do país: 1985, Nova República Movimento da Reforma Sanitária 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde, (participação da saúde pública e segmentos populares.) Afirmação de princípios da promoção da saúde (sem este rótulo), da determinação social do processo saúde-doença e da inter-setorialidade (sem este rótulo) 1986-1988 – Constituinte com participação da corrente de pensamento e ação política do Movimento da Reforma Sanitária. Em 1988, Constituição Federal com amplas características de promoção de saúde. PROMOÇÃO DA SAÚDE MARCOS HISTÓRICOS NO BRASIL - II * * * CONSTITUIÇÃO FEDERAL - LEI DO SUS Carta de Ottawa: 1986; VIII Conferência Nacional de Saúde: 1986; Constituição Federal: 1988; Leis do SUS (8.080 e 8.142): 1990 Art. 196 (CF): “A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Lei 8.080 (art.2º): “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso a bens e serviços sociais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país (par. 3º). * * * CONSTITUIÇÃO FEDERAL - LEI DO SUS Universalidade Gratuidade Integralidade: promoção, prevenção, assistência e reabilitação; assistência farmacêutica Descentralização Direção única em cada esfera de governo Controle social Financiamento público Participação complementar da iniciativa privada: mix público privado na prestação dos serviços Regulação: ANVISA; ANS * * * SUS – CONTROLE SOCIAL Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Saúde Composição paritária Estado – Sociedade Aprovação da Política e dos Planos de Saúde Funcionamento regular, com efetividade variada Conferências de Saúde Nacional e de outras instâncias, a cada 4 anos, também com composição paritária * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE MARCOS HISTÓRICOS NO BRASIL - III Década de 90 Organização dos Conselhos de Saúde em todos os níveis: controle social formal; composição paritária Estado/Sociedade Civil; representação inter-setorial 1992 – Cúpula da Terra / Rio 92: Agenda 21 1995 – Plano Nacional de Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Sustentável, após a Conferência Pan-americana sobre o mesmo tema. Plano elaborado não sai do papel 1995 – Programa de Agentes Comunitários de Saúde; Programa de Saúde da Família 1998 – Acordo ENSP/FIOCRUZ – ABRASCO – CPHA (Canadian Public Health Association)/CIDA (Canadian International Development Agency). * * * A Saúde da Família constitui uma estratégia para a organização e fortalecimento da Atenção Básica como o primeiro nível de atenção à saúde no SUS Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde embasadas na Promoção da Saúde ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS * * * A estratégia saúde da família proposta pelo governo brasileiro elege a família como núcleo social alvo em um território definido e agrega ainda os princípios da responsabilidade social, interdisciplinaridade e intersetorialidade, além da vigilância em saúde. Atenção básica não é: Saúde pobre, para pobres; Sinal de baixa resolutividade; Lugar para profissionais com baixa qualificação profissional. Atenção básica é: Serviço de alta qualidade e resolutividade; Valorização da promoção e prevenção da saúde; Parte de um sistema hierarquizado. * * * OBJETIVOS DO MODELO DE SAÚDE DA FAMÍLIA Prestar assistência integral, contínua, com resolutividade e boa qualidade às necessidades de saúde da população adscrita; Intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta; Humanizar as práticas de saúde através do estabelecimento de um vínculo entre os profissionais de saúde e a população; Proporcionar o estabelecimento de parcerias através do desenvolvimento de ações intersetoriais; Contribuir para a democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde; Fazer com que a saúde seja reconhecida como um direito de cidadania e, portanto, expressão de qualidade de vida; Estimular a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social. * * * PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA Cada unidade é responsável pelo cadastramento e acompanhamento da população vinculada (adscrita) a uma área (território de abrangência). Cada unidade de saúde da família pode atuar com uma ou mais equipes de profissionais, dependendo do número de famílias a ela vinculadas. Uma equipe é responsável por uma área onde residam entre 600 a 1.000 famílias, com um limite máximo de 4.500 habitantes. * * * PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA TERRITORIALIZAÇÃO Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO (cadastramento) Cadastramento das famílias e dos indivíduos através de visitas domiciliares, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território PLANEJAMENTO BASEADO NA REALIDADE LOCAL Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas * * * Equipe Multiprofissional Cada equipe é composta, no mínimo, por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde. Outros profissionais, como dentistas, assistentes sociais e psicológos, podem ser incorporados às equipes ou formar equipes de apoio. * * * INTERDISCIPLINARIDADE Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações VINCULAÇÃO Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade COMPETÊNCIA CULTURAL Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO DA SF - I * * * INTEGRALIDADE Assistência integral, contínua e organizada, à população adscrita, com garantia de acesso a recursos complementares. A unidade de saúde da família está inserida no 1º nível de ações e serviços do sistema local de assistência, chamado atenção básica. Necessita estar vinculada à rede de serviços, de forma que seja garantida atenção integral aos indivíduos e às famílias e que sejam asseguradas a referência e contra referência para níveis superiores de complexidade. PARTICIPAÇÃO SOCIAL Participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação das ações CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO DA SF - II * * * CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO DA SF INTERSETORIALIDADE Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde FORTALECIMENTO DA GESTÃO LOCAL Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local. * * * Composição Básica: Médico Enfermeiro Auxiliares de enfermagem Agentes comunitários de saúde (ACS) Cirurgião-Dentista Auxiliar de consultório dentário (ACD) e/ou Técnico de higiene dental (THD) SAÚDE DA FAMÍLIA * * * ATRIBUIÇÕES DAS EQUIPES AS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DEVEM ESTAR CAPACITADAS PARA: IDENTIFICAR A REALIDADE EPIDEMIOLÓGICA E SOCIODEMOGRÁFICA DAS FAMÍLIAS ADSCRITAS; RECONHECER OS PROBLEMAS DE SAÚDE PREVALENTES E IDENTIFICAR OS RISCOS AOS QUAIS A POPULAÇÃO ESTÁ EXPOSTA; PLANEJAR O ENFRENTAMENTO DOS FATORES DESENCADEANTES DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA; ATENDER À DEMANDA PROGRAMADA OU ESPONTÂNEA; UTILIZAR CORRETAMENTE O SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA; PROMOVER EDUCAÇÃO À SAÚDE E MELHORAR O AUTOCUIDADO DOS INDIVÍDUOS; INCENTIVAR AÇÕES INTERSETORIAIS PARA ENFRENTAR OS PROBLEMAS IDENTIFICADOS. * * * COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA O PROFISSIONAL MÉDICO: Deve ter sólida formação geral, visto ter por função atender a todos os componentes das famílias, independentes do sexo ou idade. Deve procurar acompanhar os indivíduos, as famílias e a sociedade em todas as fases do seu ciclo vital, e não apenas nos momentos do adoecer. * * * COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA O PROFISSIONAL MÉDICO: Segundo o Ministério da Saúde, suas principais atribuições são: Prestar assistência integral aos indivíduos; Valorizar a relação médico/paciente e médico/família como parte do processo terapêutico; Aproveitar os contatos com a comunidade para abordar aspectos de educação em saúde; Empenhar-se em manter as pessoas saudáveis; Executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em seu território; Executar as ações de assistência, inclusive primeiros atendimentos nas urgências e pequenas cirurgias; Promover a qualidade de vida; Ajudar a desenvolver junto à equipe e à comunidade o conceito de cidadania; Participar do processo de programação e planejamento das ações e da organização do processo de trabalho das unidades. * * * CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS EM UM MÉDICO DE FAMÍLIA GOSTO PELO TRABALHO EM EQUIPE; SENSIBILIDADE PARA ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SOCIAIS; CAPACIDADE DE ADAPTAR-SE A SITUAÇÕES NOVAS; FACILIDADE NO TRATO COM PESSOAS DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS; HABILIDADE EM PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO; EQUILÍBRIO; RESISTÊNCIA À FRUSTRAÇÕES; EMPATIA (SENTIMENTO DE IDENTIFICAÇÃO ENTRE DUAS PESSOAS). * * * É DIFÍCIL SER MÉDICO DA FAMÍLIA? MAS, NO MUNDO DAS ESPECIALIDADES, É POSSÍVEL SER UM GENERALISTA? COMO SE FORMA UM MÉDICO DA FAMÍLIA? POR QUE EXISTE TANTA ROTATIVIDADE ENTRE OS PROFISSIONAIS MÉDICOS NAS UNIDADES? * * * ENFERMEIRO O ENFERMEIRO TRABALHA NA UBS E DIRETAMENTE NA COMUNIDADE. SEGUNDO O M.S., SUAS ATRIBUIÇÕES BÁSICAS SÃO: RESPONSABILIZAR-SE PELAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA, NO NÍVEL DE SUA COMPETÊNCIA; CAPACITAR OS ACS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM; APROVEITAR OS CONTATOS COM A COMUNIDADE PARA PROMOVER AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE; PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA E CONTRIBUIR PARA TORNAR O MEIO AMBIENTE MAIS SAUDÁVEL; DISCUTIR JUNTO À EQUIPE DA UNIDADE E COM OS INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS DE SUA ÁREA DE ATUAÇÃO AS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE CIDADANIA E SAÚDE; PROGRAMAR E PLANEJAR AS AÇÕES E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DA UNIDADE, EM CONJUNTO COM OS DEMAIS PROFISSIONAIS DA EQUIPE. * * * CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS EM UM ENFERMEIRO QUE ATUE NA SAÚDE DA FAMÍLIA GOSTO PELO TRABALHO EM EQUIPE; LIDERANÇA; FACILIDADE EM TRABALHAR COM PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO EM SAÚDE; EMPATIA; CAPACIDADE DE ORGANIZAR GRUPOS E REUNIÕES COMUNITÁRIAS; INTERESSE PELOS ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SOCIAIS DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA; QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ADEQUADA ÀS PRÁTICAS DE SAÚDE PÚBLICA. * * * AUXILIAR DE ENFERMAGEM DESENVOLVE SUAS AÇÕES NA USF, NOS DOMICÍLIOS E NA COMUNIDADE. SEGUNDO O M.S., SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES SÃO: JUNTO COM OS ACS, ATUAR NA IDENTIFICAÇÃO DAS FAMÍLIAS DE RISCO; AUXILIAR OS ACS NAS VISITAS DOMICILIARES; ACOMPANHAR AS CONSULTAS DE ENFERMAGEM; EXECUTAR, SEGUNDO SUA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, PROCEDIMENTOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA; PARTICIPAR DAS DISCUSSÕES E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO DA USF. * * * AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE DESENVOLVE SUAS AÇÕES NOS DOMICÍLIOS DE SUA ÁREA DE RESPONSABILIDADE E PARTICIPA DA PROGRAMAÇÃO DAS UNIDADES ONDE, TAMBÉM, SUAS ATIVIDADES SÃO SUPERVISIONADAS. PARA QUE A RELAÇÃO ENTRE O ACS E A COMUNIDADE SEJA FAVORÁVEL, TORNA-SE INDISPENSÁVEL QUE O ACS, ALÉM DE PERTENCER À COMUNIDADE, TENHA MÉRITOS POR ELA RECONHECIDOS, DEVENDO AINDA SER POR ELA ESCOLHIDO. * * * AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE SEGUNDO O M.S., SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES SÃO: MAPEAR SUA ÁREA DE ATUAÇÃO; CADASTRAR AS FAMÍLIAS DE SUA ÁREA, MANTENDO O CADASTRO SEMPRE ATUALIZADO; IDENTIFICAR INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS EXPOSTOS A SITUAÇÕES DE RISCO; REALIZAR VISITAS DOMICILIARES MENSAIS; COLHER DADOS PARA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DAS FAMÍLIAS ACOMPANHADAS; DESENVOLVER AÇÕES BÁSICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS; PROMOVER EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA; INCENTIVAR A FORMAÇÃO DE CONSELHOS LOCAIS DE SAÚDE; INFORMAR A EQUIPE DA DINÂMICA SOCIAL DA COMUNIDADE, SUAS DISPONIBILIDADES E NECESSIDADES; PARTICIPAR DO PROCESSO DE PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO LOCAL DAS AÇÕES DE SAÚDE O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE É O ELO DE LIGAÇÃO ENTRE A USF E A COMUNIDADE. * * * CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS EM UM ACS LIDERANÇA; EMPATIA; DINAMISMO; DISCRIÇÃO; CAPACIDADE DE PLANEJAR E PROGRAMAR; GOSTO POR AÇÕES EDUCATIVAS; SIMPATIA; ENTENDER A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DE SEU TRABALHO; CONHECER A SUA COMUNIDADE. * * * PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL O M.S. ATRIBUI AS SEGUINTES RESPONSABILIDADES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL: PARTICIPAR DO PLANEJAMENTO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EQUIPE; IDENTIFICAR AS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO COM RELAÇÃO À SAÚDE ORAL; EXECUTAR MEDIDAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE, ATIVIDADES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS EM SAÚDE ORAL; EXECUTAR AÇÕES BÁSICAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA; SENSIBILIZAR AS FAMÍLIAS PARA A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE BUCAL; DESENVOLVER AÇÕES INTERSETORIAIS PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL. * * * CIRURGIÃO - DENTISTA ATRIBUIÇÕES: REALIZAR EXAMES CLÍNICOS PARA DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO; REALIZAR OS PROCEDIMENTOS CLÍNICOS PREVISTOS PELA NORMA OPERACIONAL BÁSICA – NOB – SUS/96 E NORMAS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE – NOAS – MS/2001: PROCEDIMENTOS COLETIVOS; APLICAÇÃO DE FLÚOR; APLICAÇÃO DE CARIOSTÁTICO; APLICAÇÃO DE SELANTE; CONTROLE DE PLACA BACTERIANA; ESCARIAÇÃO; RASPAGEM, ALISAMENTO E POLIMENTO; CURETAGEM SUPRAGENGIVAL E POLIMENTO DENTÁRIO; SELAMENTO DA CAVIDADE COMCIMENTO PROVISÓRIO;OUTROS. ENCAMINHAR, QUANDO NECESSÁRIO, OS USUÁRIOS PARA NÍVEIS DE MAIOR COMPLEXIDADE; REALIZAR ATENDIMENTO INICIAL NAS URGÊNCIAS; REALIZAR PEQUENAS CIRURGIAS; PRESCREVER MEDICAMENTOS DE SUA ÁREA DE ATUAÇÃO; EMITIR DOCUMENTAÇÃO SOBRE ASSUNTOS DE SUA COMPETÊNCIA; ESTABELECER PLANO DE PRIORIDADES LOCAIS; COORDENAR AÇÕES COLETIVAS PARA A PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE BUCAL; SUPERVISIONAR SEUS AUXILIARES * * * A CONSTRUÇÃO SOCIAL A CONSTRUÇÃO SOCIAL DO NOVO SISTEMA DE SAÚDE EXIGE MUDANÇAS NA CONCEPÇÃO DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA, NO PARADIGMA SANITÁRIO E NA PRÁTICA SANITÁRIA. A CONCEPÇÃO SAÚDE/DOENÇA DEIXA DE SER CENTRADA NA DOENÇA É CENTRADA NA SAÚDE NEGATIVA POSITIVA * * * A CONSTRUÇÃO SOCIAL O PARADIGMA SANITÁRIO DEIXA DE SER FLEXNERIANO E PASSA A PRIVILEGIAR A PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE. A PRÁTICA SANITÁRIA NÃO SE FIXA NA ATENÇÃO MÉDICA MERAMENTE CURATIVA, E MANTÉM A VIGILÂNCIA DA SAÚDE. A ORDEM GOVERNATIVA DA CIDADE PASSA A SER A GESTÃO SOCIAL. * * * A CONSTRUÇÃO SOCIAL SAÚDE DA FAMÍLIA HETEROGENEIDADE IMPACTO REALIDADE ORIENTAÇÃO POR PROBLEMAS LONGITUDINALIDADE CO-RESPONSABILIDADE ADSCRIÇÃO INTEGRALIDADE PRIMEIRO CONTATO HIERARQUIZAÇÃO PROGRAMAÇÃO LOCAL PLANEJAMENTO LOCAL INTERSETORIALIDADE * * * RESUMINDO: CADA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA É CAPACITADA PARA CONHECER A REALIDADE DAS FAMÍLIAS PELAS QUAIS É RESPONSÁVEL E PARA ELABORAR, COM A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, UM PLANO LOCAL QUE VISE ENFRENTAR OS DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE Exemplos de programas e iniciativas do nível federal - I Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica Reorganização da atenção básica, com adscrição de família a equipes multiprofissionais e ações abrangentes de promoção, prevenção e assistência. Agentes Comunitários de Saúde Parte da equipe de saúde da família; em certos locais, atua sozinho, com práticas de promoção e prevenção. Bolsa Família e Renda Mínima Complementação da renda familiar, com recursos da União, para melhoria da alimentação e das condições de saúde e nutrição, além da educação fundamental. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE Exemplos de programas e iniciativas do nível federal – II Aleitamento materno Carteiro Amigo Atividade de incentivo ao aleitamento materno, com a utilização de carteiros, que divulgam informações sobre o tema de casa em casa Iniciativa Hospital Amigo da Criança Cerca de 230 hospitais credenciados no país, com práticas de incentivo ao aleitamento nos berçários e entre crianças internadas Política Nacional de Alimentação e Nutrição Leis Federais para adição de micro-nutrientes: ferro e ácido fólico em farinhas; iodação do sal Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (IFF/FIOCRUZ – Instituto Fernandes Figueira) 180 unidades * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE Exemplos de programas e iniciativas do nível federal - III Programa de educação e saúde através do exercício físico e do esporte Núcleos do Agita Brasil Programa de Prevenção e Controle das Doenças Imunopreveníveis (PNI) Vacinas: BCG, Pólio, DTP/HIB (tetravalente), Tríplice viral, Antiamarílica, Influenza (para adultos). Futuro: vacinas contra o rotavirus e 7-valente contra pneumococus Programa Humanização no Pré-Natal e Nascimento Melhoria no acesso à cobertura e à qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério; às gestantes e ao recém-nascido, incluindo práticas de promoção da saúde; registro cívil obrigatório e gratuito. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE Exemplos de programas e iniciativas do nível federal - IV Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama Educação, diagnóstico precoce (Papanicolau e auto-exame de mamas) e tratamento. Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer Capacitação de profissionais em mais de três mil municípios brasileiros: escolas, empresas e comunidades locais. Ação inter-setorial: Registro de produtos; Proibição de venda a crianças e adolescentes; Restrição de publicidade em meios de comunicação; Regulação de teores máximos de alcatrão, nicotina e CO; Maços de cigarro; Proibição de fumar em prédios públicos e aeronaves; Escolas, ambientes de trabalho e unidades de saúde livres do cigarro. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE Exemplos de programas e iniciativas do nível federal - V Escolas Promotoras da Saúde Programa espelho da OMS/OPAS, com iniciativas incipientes, em diversos pontos do território nacional. Programa Saúde do Adolescente Dirigido a todos os jovens entre 10 a 19 anos e caracterizado pela integralidade das ações e pelo enfoque preventivo e educativo. Programa Saúde na Escola Vídeos educativos para compor a grade de programação da TV Escola/MEC. Controle do Álcool Restrições de publicidade e de venda para menores de 18 anos; “lei seca”. * * * PROMOÇÃO DA SAÚDE Outras iniciativas Rede Brasileira de Municípios Saudáveis Comunidades saudáveis: DLIS Manguinhos Mensagens de saúde em telenovelas Grupos de apoio social: alcoolistas, obesos, tabagistas, grávidas, nutrizes, portadores de necessidades especiais Lei do Trânsito: Iniciativa extra-setorial, com importante impacto sobre a morbi-mortalidade; cinto de segurança; “Lei Seca”. Controle de armas. * * * POLÍTICAS PÚBLICAS SAUDÁVEIS PRIORIDADES EM CONJUNTURAS RECENTES NO BRASIL Carga de morbidade e mortalidade, assim como situação sócio-ambiental, indicam as principais políticas públicas implicadas com a promoção da saúde hoje no Brasil: Habitação Saneamento básico: água, esgoto e lixo Segurança alimentar; políticas de alimentação e nutrição Educação: analfabetismo; universalização do ensino básico Renda mínima garantida pela Bolsa Família
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