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TRANSCRICAO DE CLINICA DE PEQUENOS II DO DIA 23-02-2011

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TRANSCRIÇÃO DE CLÍNICA DE PEQUENOS II DO DIA 23-02-2011
ENDOCRINOLOGIA
As doenças endócrinas, elas vão se manifestar por duas situações básicas diferentes: Um a doença endócrina ela se manifesta por uma hipersecreção do hormônio, então a glândula, ela sofre uma alteração, geralmente quando você tem uma hipersecreção, a gente vai ver, você tem uma glândula tumoral ou por uma hiposecreção do hormônio. Então as doenças endócrinas, elas não vão se dividir, ou elas vão se manifestar, ou você tem o hormônio sendo secretada em excesso, ou elas vão se manifestar, quando você tem uma deficiência do hormônio, então os conceitos de fisiologia são importantíssimos. Quem lembra qual a função de cada hormônio, só precisa saber a etiologia. O hipertireoidismo felino se manifesta por um Adenoma da Glândula Tireoide, Adenoma é um tumor, tumor hipersecretor, então tudo aquilo que a glândula da tireóide faz, no hipertereoidismo vai estar exacerbado, no hipotereoidismo exatamente o contrario, no hipotereoidismo a gente tem uma destruição da glândula tireóide, por infiltrado inflamatório, por uma degeneração, e isso faz com que a glândula pare de produzir, então toda aquela função do hormônio tireoidiano vai estar deficiente no organismo, então sabendo a fisiologia, sabendo a função do hormônio fica fácil entender o resultado da doença. Outro acontecimento importante, a grande parte dos hormônios, eles não tem um alvo especifico dentro do organismo, então as doenças endócrinas elas vão ser multisistemicas, os sintomas eles vão ser variados, então não existe somente um único sintoma, porque todo organismo é afetado, porque os hormônios agem dentro das células, os receptores são geralmente intracelulares e dispersos por todo o organismo, os hormônios tem a função de ativar algum mecanismo celular, por exemplo: o hormônio tireoidiano, ele vai ativar a função protéica e de hipoporteinemia dentro da célula ??,e isso esta disperso pelo organismo todo, a insulina vai colocar glicose para dentro da célula, existem células do organismo que não precisam da insulina para receberem glicose, o Sistema Nervoso não precisa, mas o resto todo precisa, um animal com Diabetes pode apresentar “n” sintomas, o Cortisol tem a função principalmente, de Gliconeogenese, ele faz catabolismo de carboidratos, de proteínas para realizar a gliconeogenese, então olha quantos tecidos vão fazer parte, isso é o que a gente tem que entender, isso que ,às vezes, torna difícil o diagnostico da doença endócrina num primeiro momento, porque o proprietário vai chegar queixando-se, como nós mesmos, quem tem hipertireoidismo geralmente procura um cardiologista, começa a apresentar taquicardia, taquiarritmia, não vai procurar diretamente um endocrinologista, na veterinária é a mesma coisa, quantas vezes a gente vai atender um diabético quando ele esta em cetoacidose diabético, quando ele começa a vomitar, ele chega com a queixa de vômito, existe clinica mais inespecífica do que isso, ai vai, vomito já a algum tempo, emagrecimento, polifagia, aí você vai começar a suspeitar, ou então vai apresentar queixa de poliúria, polidipsia, que é também uma outra queixa comum mais relacionadas diretamente a diabetes, temos que ter uma visão aberta dentro do estudo das doenças endócrinas.
Hipotireoidismo:
A Glândula Tireoide no cão e no gato, ela é diferente do ser humano, no ser humano ela é como se fosse uma borboleta, localizada aqui, ela é uma única estrutura, com dois nódulos, mas ela é unida, no cão e no gato ela são distintas, elas são localizadas aqui na altura dos primeiros anéis braquiais lateralmente, não são palpáveis, fisiologicamente elas não são palpáveis, elas vão ser palpáveis em algumas situações, principalmente no hipertireoidismo felino, no hipotireoidismo canino, existem alguns endocrinologistas que referem conseguirem palpar no inicio da doença, quando a glândula está um pouquinho mais aumentada, mas na rotina clinica isso não é possível, diferente do gato.
Para relembrar a anatomia, nesta região, aderida a glândula tireóide, temos a glândula paratireóide, que no hipotireoidismo canino, ela não tem grande importância, mas no hipertireoidismo felino ela vai ter importância porque nos vamos ver que o tratamento do hipertireoidismo felino é tratamento curativo é por cirurgia e nessa cirurgia o que geralmente fica comprometido é a paratireóide, mas no cão, no hipotireoidismo canino isso não tem importância. Por que estou falando no hipotireoidismo canino e no hipertireoidismo felino? O cão tem hipertireoidismo e o gato tem hipotireoidismo, mas num grau muito pequeno que de uma forma geral, seria até insignificante, então o hipotireoidismo é uma doença clássica do cão e o hipertireoidismo é uma doença clássica do gato. A doença pode acometer as duas espécies, os sinais clínicos seriam os mesmos, se um dia vocês atenderem um gato com hipotireoidismo ele vai apresentar, os mesmos sinais clínicos do cão com hipotireoidismo, por isso a gente vai falar só do cão agora. Histologia, então aqui o esquema, aqui uma lamina, vamos ter vários folículos, formados por células cubóides epiteliais, e aqui dentro uma substancia coloidal, dentro dessa substancia coloidal vamos ter a tireoglobulina junto com uma molécula de iodo que vai fazer a formação dos hormônios, os hormônios são formados justamente por essas células epiteliais, isso é uma histologia de uma glândula normal. 
Agora a fisiologia, toda vez que a gente vai estudar uma doença endócrina, principalmente para entender o diagnostico, a gente tem que entender como aquele hormônio é formado, porque os testes diagnósticos específicos eles vão estar baseados ou na estimulação dessa glândula ou na supressão da ação dessa glândula e realmente as doenças que são hiposecretoras, os testes mais específicos seriam os testes de estimulação e as doenças que são hipersecretoras os testes mais específicos são os testes de supressão.
Quais são os hormônios que são produzidos pela glândula tireóide? T3 e T4. Qual é o nome? Triiodotironina – T3 e esse aqui é Tiroxina – T4. Então esses são os dois hormônios produzidos pela glândula tiróide. T3 é a forma ativa e T4 é a forma inativa, e são lançados na circulação numa quantidade menor de T3 e uma quantidade muito maior de T4. Qual é a forma que vai chegar nos receptores celulares, principalmente na mitocôndria? É o T3, mas na circulação, no fígado, no pulmão, principalmente no fígado, nós temos a transformação desse T4 para T3. Por que o organismo lança essa forma inativa na circulação? É uma forma de reserva, o hormônio tireoidiano, ele tem a função, falando de uma forma bem grosseira, de ativação do metabolismo celular, ele vai ativar grande parte das funções celulares, principalmente a produção de energia, por isso essa mitocôndria também tem receptor para ele, isso precisa de uma ora para outra, em função com a atividade daquele organismo, então não daria tempo de esperar a ativação da glândula tireóide para lançar T3 ativo, então ele deixa circulando por um tempo, que no cão é um tempo muito mais curto que no ser humano, a forma inativa. Como essa forma, como esses hormônios eles circulam no organismo? Quem é a substancia carreadora de moléculas dentro do organismo? As proteínas, a maior parte desses hormônios, tanto o T3 quanto o T4 que esta circulando, vão estar carreadas pelas proteínas, a proteína carreadora é a Albumina, e uma pequena parcela vai estar livre é o que a gente chama, e o que só tem importância para gente, o T4 livre. O que é o T4 livre? É uma pequena parcela do hormônio produzido pela glândula tireóide que está circulando sem ser carreada pela albumina.
 Vamos entender o ciclo. Como é que esse hormônio é produzido? Todo hormônio, ele para ser produzido por uma glândula, ele precisa receber um estimulo do que a gente chama de um hormônio precursor, vamos dizer assim, e a maioria desses hormônios precursores, eles são produzidos na Hipófise. Para o hormônio tireoidiano o hormônio precursor é o TSH, então o TSH é produzido na Hipófise, que regula a glândulaTireoide na produção de T3 e do T4, funciona assim, aumenta o metabolismo, esse hormônio para de ser produzido por um mecanismo de Feedback, um mecanismo de diminuição da produção na maioria dos hormônios, por um Feedback negativo, ou seja, quando a hipófise e o hipotálamo, percebem que tem um nível adequado de hormônio tireoidiano circulante, eles diminuem a produção dos precursores. A Hipófise, o TSH e o Hipotálamo, o TRH, que é o hormônio que vai permitir que ela utilize o hormônio, que é o hormônio que vai permitir a liberação do TSH que vai estimular a tireóide. Qual é a molécula que faz esse feedback negativo? É o T4 livre, que é uma pequena parcela que tem o T4 livre, qualquer deficiência na produção desse T4, o T4 livre é o primeiro a sentir e começa a ter interferência nesse eixo.
Quais são as funções do Hormônio Tireoidiano? Ativação do Metabolismo do organismo inteiro, principalmente da produção protéica, produção de energia, produção de calor. Qual a função do organismo que precisa de proteína? Ele vai agir lá no Transcriptase reversa, do RNA, para ajudar na transcrição protéica, então age em tudo quanto é célula, em tudo quanto é sistema.
O que vem a ser o Hipotireoidismo? É a diminuição da produção do Hormônio Tireoidiano, de todas as frações: T3, T4, T4 livre. Essa diminuição da produção tem como consequencia diminuição do metabolismo de uma forma geral. Qual o sistema orgânico vai ser afetado diretamente por essa diminuição da produção? Todos. A única diferença é, isso que é importante, alguns sistemas manifestam os sinais clínicos primeiros, outros vão manifestar mais tardiamente. Como é que vocês acham que o organismo vai “pensar”, na ora de dividir o pouco hormônio tireoidiano que está sendo produzido? Ele vai preservar para os órgãos mais nobres e vai diminuir a chegada para os órgãos menos nobres, por isso que na maioria das vezes os sinais mais marcantes no hipotireoidismo são os sinais dermatológicos, mas não é uma doença dermatológica, junto com os sinais dermatológicos tem outros sinais, e pele não mata, e alem disso tudo, é o primeiro local em que o proprietário observa que esta tendo uma coisa errada. Agora o que realmente aparece primeiro no animal são os sinais de redução de metabolismo. Essa diminuição da produção do hormônio tireoidiano pode ser por um problema aqui, que a gente vai chamar de hipotireoidismo primário, ou hipotireoidismo tireoidiano, ou seja, a doença está na tireóide, mas também pode ser por um problema aqui ou um problema aqui, que é bem menos comum, o mais comum, são problemas diretamente aqui, no tecido tireoidiano, que é classificado como primário ou, aqui ate eu mudei porque segui o livro, mas pode colocar o nome como primário que é na glândula tireóide.
O Hipotireoidismo primário ou que acomete a glândula tireóide, a principal causa é uma doença chamada tireoidite linfocitica, que a gente vai encontrar com maior freqüência no cão, a literatura refere que 75%, 80% dos cães que apresentam hipotireoidismo eles apresentam por Tireoidite linfocitica. O que é Tireoidite Linfocitica? Ocorre um infiltrado inflamatório, linfocite, magrofagos e plasmócitos, destruindo totalmente o tecido tireoidiano. Então você tem um infiltrado inflamatório, constituído por linfocitos, macrofagos e plasmocitos, que invadem a glândula tireóide e destroem os tecidos, se não tem mais tecido, não tem produção. Isso não é de forma aguda, é de uma forma lenta e progressiva, isso pode levar de meses ate anos para acontecer a tireóide totalmente destruída e aqui que começa o problema do diagnostico, que a gente vai ver que é o mais complexo nessa doença. Os sinais clínicos, só vão começar a se manifestar quando 75% dessa glândula tireoide estiver destruída, aí que o animal vai começar a manifestar os sinais clínicos. Por qual sistema? Não sei. Cada animal, cada organismo, vai responder diferente. Então a gente nunca consegue detectar o inicio. O que leva a tireoidite linfocistica? Ainda não se sabe, se classifica como uma doença auto-imune. O que é uma doença auto-imune? É quando o organismo, começa a produzir auto-anticorpos, linfócito, plasmocito, tudo é anti-corpo, contra determinado tecido, próprio dele, no caso aqui, vai produzir anticorpo contra a glândula tireóide. Distúrbio da hipófise, aqui já seria o hipotireoidismo secundário, o tecido tireoidiano está normal, o que está tendo problema é lá na hipófise, então não está sendo produzido o TSH, tumores hipofisario geralmente podem fazem isso, isso é o menos comum no hipotireoidismo, o que é comum no hipotireoidismo por distúrbio hipofisario é isso aqui, é o aumento do cortisol, mas o cortisol tanto, principalmente exógeno quanto endógeno. Animais que são submetidos a corticoterapia prolongada, o cortisol interfere na produção do TSH, ele impede a ação doTRH na hipófise, e com isso, não tem a produção do TSH, não tem a produção de hormônio tireoidiano. Os animais com hiperadrenocorticismo eles também podem ter hipotireoidismo, e geralmente o que é diagnosticado primeiro é o hipotireoidismo e se esquece que tem o hiperadreno também, é o mais importante ainda, se você suspeita que o animal tem hipotireoidismo e esse animal está fazendo glicocorticóide, você tem que suspender por 30 dias esse glicocorticóide, para submeter esse animal a um teste de cortisol, senão você vai ter um falso positivo. Os glicocorticóide interferem nos receptores hipofisarios. Eles param a produção de TSH, porque eles não permitem que o TRH, não tem o hipotálamo que produz o TRH, que estimula os receptores na hipófise, que vai produzir o TSH, o corticóide ele age aqui, então ele impede a ação do TRH nesses receptores, você não tem produção do TSH, mais a tireóide está normal, e até a própria hipófise está normal, o que você tem é uma molécula, que está ocupando um local com um receptor de um hormônio porque está sendo produzida ou administrada em excesso. O TSH e o T4 livre vão estar baixos. E mais raro ainda, embora já foi visto, 2 ou 3 casos aqui na faculdade, é o Hipotireoidismo congênito, em medicina humana é conhecido como cretinismo, é por isso que as crianças quando nascem fazem o teste do pezinho, que vai ver o nível de hormônio tireoidiano, porque essas crianças, esses cães, eles nascem com deficiência total de hormônio tireoidiano, porque o cachorrinho quando nasce, no primeiro ano de vida ele tem 3 vezes mais a quantidade de hormônio tireoidiano que vai ter quando adulto, porque ele está crescendo, o metabolismo dele é muito mais acelerado. Então ele nasce com deficiência em algumas dessas partes desse eixo e ele não produz o hormônio tireoidiano, então ele tem toda uma alteração física, geralmente eles tem nanismo, é muito confundido com deficiência de GH, eles tem, uma característica muito importante, é o aumento da língua, que parece uma língua edematosa, ele tem um retardo, no ser humano fica uma criança retardada mesmo, isso na medicina humana não existem mais com o teste do pezinho, se tem já repõe o hormônio e já resolve. Nos casos dos cães não, quando você recebe os animais, são animais com 3, 4 meses que já rodaram e até você chegar a isso, geralmente eles morrem. O que chama mais atenção é o nanismo, tem mais alteração que não está mais lembrando. No hipotireoidismo congênito o animal nasce com deficiência de produção de hormônio.
Apresentação clinica, com relação a epidemiologia, de agora em diante o que vamos está falando é sobre conduta diagnostica, porque o mais difícil no hipotireoidismo é o diagnóstico o tratamento é super fácil, não temo os efeitos colaterais que vocês lembram da farmacologia, Do que se trata o hipotireoidismo lá na fármaco?, não falou, é para nós lembrarmos. A droga raramente causa efeito colateral, tanto é que é usada de forma errada em vários animais que não tem hipotireoidismo, então a única dificuldade no hipotireoidismo, diagnostico, porque os testes específicos, eles são muitos falhos, não existe nenhum teste especifico que de 100% de segurança, então antes que você solicitar testes específicospara a tireóide, você deve ter dados na sua ficha, dados na sua conduta clinica que solidifiquem ao máximo a sua suspeita diagnostica e isso já começa aqui na determinação clinica, na epidemiologia, idade, é uma doença de cão adulto, idoso, raramente você vai ver em animais jovens, e ser for jovem você tem que ter um critério maior para pensar, esquecer do congênito, não estar falando do congênito agora, está falando da Tireoidite Linfocitica, então idade, de 5, 6, 7 anos, alguns livros falam que é uma doença de raças de porte médio a grande, acomete com menos freqüência as raças de porte pequeno, mas acometem também. Não tem predileção sexual, tanto machos quanto fêmeas são acometidos, com relação a distribuição racial, muitas vezes está relacionada com a raça que está predominando naquele momento, hoje em dia a raça que está predominando é o Shitzu, o Pag já prenominou mas já caiu de novo, buldog Frances, então as doenças que marcam essas raças são as que vão predominar, mas de qualquer forma o hipotireoidismo é uma doença onde a gente ver com mais freqüência no Golden retriever, Labrador, são animais que apresentam com uma certa freqüência maior, o Cocker spaniel ainda é, mas em qualquer outra raça pode dar isso, no Shitzu a gente ver, no Poodle a gente ver, no Bull terrier, na época que o Dogue alemão estava em moda surgia bastante, isso ajuda mas as vezes atrapalha. 
Sintomas, o livro fala: Os Hormônios Tireoidianos tem efeitos em múltiplos órgãos, todos os sistemas são afetados pelo Hipotireoidismo. Então não existe um único sinal patognomonico, o que a gente tem que buscar é, independente da queixa principal, é se existe outros sinais, uma coisa que a gente tem que ter na mente é o Hipotireoidismo não vai poder esta presente com um único sinal, só com problema dermatológico, não tem como, mesmo que o proprietário não traga aquilo como queixa principal, você tem que detectar na anamnese ou no exame físico. Os sinais metabólicos eles vão estar presentes sempre, ele coloca aqui que 85% dos animais vão apresentar alterações metabólicas gerais, Que se manifesta de que forma? Diminuição da atividade física, letargia, sono exagerado, que para o proprietário isso muitas vezes não é problema, Beagle uma raça que tinha muito e que atualmente ninguém mais cria. Imagina um Labrador, dentro de um apartamento de 80 metros quadrados, se dorme o dia inteiro, o proprietário não vai se queixar disso, isso não é normal, e você vai buscar na anamnese, intolerância ao frio, é aquele Cocker que gosta de ficar com roupinha, Cocker é um cachorro de clima frio, ele vai gostar de ficar esparramado em cima de água, é o Labrador preto que meio dia está deitado lá no sol, isso não é normal, porque o Hormônio Tireoidiano é o que faz a termo regulação, isso é um sinal, isso na anamnese tem que observar bastante, Ganho de peso, aqui tem que ter cuidado, o animal ganha peso, mas quando a gente vai ler os estudos de obesidade, num gráfico, o hipotireoidismo tem uma fatia muito pequena, relacionada a obesidade, então o ganho de peso no hipotireoidimo é um ganho de peso de 2Kg, 3Kg, no máximo acima do peso do animal, mas o que chama a atenção do proprietário é que ele não aumentou a ingesta de comida, não está comendo mais, isso pode ser uma suspeita diagnostica, não é porque o animal é obeso que ele é hipotireoideo, hoje em dia se sabe que a maioria das causas de obesidade é comportamental, é o proprietário que dá comida em excesso, o animal que tem necessidade de se exercitar e não se exercita,então ele vai ficar obeso, Intolerância ao exercício é diferente de letargia, que é em relação a dormir muito, intolerância ao exercício é aquele cão que começa a diminuir a sua disposição para caminhar, ele caminhava um quarterão inteiro, agora ele não caminha, ele quer caminhar, ver a coleira, pega, pula, mas quando ele esta andando fica mais cansado, isso é intolerância ao exercício. Aqui uma Beagle, caso nosso que tinha ganho de peso, e mixe edema, isso aqui é um sinal marcante no Hipotireoisdimo, essas dobras aqui na face é um infiltrado de mucopolissacarideo, que acometem os cães com hipotireoidismo, que dá essa cara de tristeza, vocês vão ver na literatura Fascies Tragicas, parece que está sempre triste, porque isso pesa, dobra aqui, o olho cai, dá essa aspecto de tristeza, e o ganho de peso, essa cadela era só hipotireoidismo. 
Sintomas dermatológicos: O hipotireoidismo não é uma doença dermatológica, você pode ter animal que vai ter só alteração metabólica, que não chega a ter alteração dermatológica, agora, as vezes o proprietário só observa quando tem alteração dermatológica e você vai buscar e já tem o metabólica junto, então 80% dos animais com hipotireoidismo, segundo Dixon, vão apresentar alterações dermatológicas, aí tem: escamas e crostas, alopecia principalmente em áreas de atrito, porque a alopecia em doenças endócrinas, de uma forma geral, não é só no hipotireoidismo, toda doença endócrina que cursa com alopecia, ela tem relação com a inibição da fase do crescimento do pelo os hormônios tireoidianos são responsáveis por estimular a fase de crescimento do pelo, fase chamada de fase Anália??, então se eu não tenho crescimento do pelo, se está lento ou ausente, nas áreas de atrito o pelo vai cai mais fácil, as áreas de atrito são região ventral do pescoço, flanco, tronco, cauda, onde eles se esfregam roçam e a alopecia vai começar primeiro aí. Mixedema que é um infiltrado de Mucopolissacarideo e acido Hialurônico na face do animal e o que forma a mulciana, o que forma a prega do Sharpei é o excesso de mulciana que ele tem naturalmente, nas outras raças isso não existe, só quando tem deficiência do hormônio tireoidiano é que começa a apresentar, isso é uma característica do hipotireoidismo, Infecções dermatológicas secundarias principalmente as doenças bacterianas da pele a gente vai ver, a sarna dermodesica, a dermatofitose, então essas infecções vão aparecer com uma freqüência maior nos animais hipotireoideo, porque o hormônio tireoidiano é responsável pela síntese protéica, e o anticorpo é proteína, e as células são constituídas de proteínas, você vai ter um animal imunossuprimido, não quanto como no hipoadrenocorticismo, Hiperpigmentação, a pele começa a ficar mais escura, em áreas mesmo cobertas com pelos, isso não é característica do hipotireoidimo, isso é característica de algumas endocrinopatias em geral, e a formação de Comedos que são os cravos, se observa nas áreas sem pelo dos animais, no abdomen um monte de cravos, isso é bastante típico do hipotireoidismo, não só, no hiperadreno também faz,.
O animal não tem todas essas manifestações dermatológicas, pode ter uma, duas, pode ter três, mas geralmente o proprietário vai vim por causa de alguma alteração dermatológica, porque é a ora que ele percebe que tem alguma coisa errada.
No hipotireoidismo a pele fica sempre espessada, diferente do hiperadrenocorticismo que vai ver que a pele fica delgada. A pele fica estressada, hiperpigmentada. Pele estressada, com hiperqueratose, paquitermia. Não é só doença endócrina que faz isso com a pele, qualquer animal com doença alérgica pode se apresentar dessa forma. Isso aqui algumas literaturas trazem como sendo mais típicos do hipotireoidismo, que é essa alopecia em região dorsal da cauda, conhecida com o nome de “cauda de rato”, porque é área de atrito, o cachorro fica abanando a cauda, então ele começa a perder pelo nessa região aqui. 
Outros sistemas, sinais que já foram observados, Neuromuscular, vocês já viram com a Adelaide algumas alterações que podem ter como causa de base o Hipotireoidismo, Polineuropatias, dor muscular, você pode encontrar um Cpk até um pouco aumentado animal com hipotireoidismo, doença vestibular periférica, já foi relatada em alguns animais como sendo a causa do hipotireoidismo, então você pode atender um animal com doença vestibular periférica, pedir a dosagem do hormônio tireoidiano para ver como ele se encontra, paralisia do nervo facial, já também encontramos, mais o que a gentemais ver é isso aqui, convulsão e megaesôfago, mas ver dentro do quadro neurológico. Convulsão, vamos que ter o cuidado com as drogas que interferem na dosagem do hormônio tireoidiano, vamos ver que o Fenobarbital é uma delas, mas os animais que tem hipotireoidismo, você vai atender um animal com quadro convulsivo, convulsão já num intervalo curto, você precisa entrar com um fenobarbiltal e você vai precisar dosar o hormônio tireoidiano desse animal, então é uma situação meio complicada, mais quando você detectar, o que chama a atenção, são os animais que você está fazendo todo o tratamento direitinho no controle da convulsão, está tendo que cada vez de aumentar mais a dose do medicamento e o animal está sempre apresentando crise num intervalo cada vez menor, então você dosa o hormônio ele esta extremamente baixo, aí você repõe o hormônio tireoidiano, aí você vê que as convulsões começam a espaçar ou até cessar, não é comum, dos sinais neuromusculares eles não são freqüentes, mais podem acontecer, e dentre eles esta o megaesôfago. Megaesôfago, Quando é que a gente vai suspeitar num hipotireoidismo de um animal com megaesôfago? Qual vai ser o perfil do paciente? Animal velho, animal que nunca apresentou megaesôfago, não é aquele filhotinho, que quando passa da alimentação solida começa a regurgitar, é aquele animal que nunca apresentou megaesôfago que numa determinada idade começa a regurgitar, uma das coisas que você vai verifica é que se ele não apresenta hipotireoidismo.
Sinais cardiovasculares, o hormônio tireoidiano é muito importante para a função do miocárdio, para a contratibilidade, ele tem uma ação inotrópica positiva, que faz contração, acelera os batimentos cardíacos, então quando ele está deficiente, em alguns paciente, não são todos, você vai tem uma contratibilidade miocárdica reduzida, manifestada com uma bradicardia, às vezes difícil de ter, paciente com 70, 80, você agita o animal e ele continua, 80, 70 bpm, é uma coisa que você vai suspeitar. No eletrocardiograma, uma redução da onda do QRS, uma inversão da onda T e uma bradicardia sinusal, então às vezes quando eu suspeito do meu paciente, eu sempre solicito uma avaliação cardiológica para ter mais dado, se ele tiver essas alterações, fico mais segura na ora do resultado hormonal. Essas alterações cardíacas, neuromusculares elas são reversíveis com a reposição do hormônio, então isso é muito importante, se você está suspeitando, se você tem um animal com convulsão animal, com bradicardia, por hipotireoidismo e você repõe o hormônio e o animal não melhora é que seu diagnostico está errado, volta e faz tudo de novo. O fenobarbital vai interferir com a dosagem do hormônio tireoidiano, então qualquer animal que tome fenobarbital ele apresenta valores baixos do hormônio tireoidiano, independente dele ter ou não hipotireoidismo, então temos que ter cuidado.
Outros sintomas que aparecem, sintoma reprodutivo, isso é muito observado, até de uma forma precoce nos animais que são adquiridos para a reprodução, que quando entram na fase reprodutiva e o proprietário não consegue fertilizar, que a cadela emprenhe, ele vai procurar um veterinário para determinar o que esta acontecendo e o hipotireoidismo é uma coisa que ele tem que pensar, agora, hoje em dia, a maioria dos animais são castrados ou se não são, se ele não entra no cio, ou se cruza e não emprenha o proprietário fica feliz, então ele não trás isso como queixa principal na maioria das vezes, a gente tem que buscar os dados: nas fêmeas, como esta o cio, o cio vem com freqüência, de 6 em 6 meses, as vezes eu vejo, as vezes eu não vejo, pode ser por anestro persistente, já cruzou, emprenhou, cruzou e não emprenhou, pode ser problema dela ou do macho, essa infertilidade aqui é para os dois, Galactorreia, isso sim é um sinal reprodutivo com maior freqüência, como queixa principal ou que você detecta com mais freqüência na sua anamnese, é aquela cadela que apresenta secreção láctea direto o tempo inteiro e em grande quantidade, sem estar prenha, sem estar em amamentação. Isso acontece porque o TRH, vamos entender o eixo, se tenho diminuição da produção do hormônio tireoidiano, por uma Tireoidite Linfocitica, O que vai acontecer com o TRH e o TSH? Se tenho diminuição da produção do hormônio tireoidiano. Como eles vão estar? Quem é que estimula a produção ou inibe a produção do TSH e do TRH? T4 livre. Se eu não tenho a produção disso aqui, ou está baixa, o hipotálamo ou a hipófise entende que é para estimular, então na doença tireoidiana a gente sempre vai ter aumento do TRH e do TSH. Por que a prolactina aumenta? Porque o TRH também estimula a produção de Prolactina, TRH aumentado vai aumentar a produção de prolactina, que é produzida na hipófise, essa cadela vai ter galactorreia, isso sim é um sinal, isso vai chamar a atenção para o hipotireoidismo, nos machos, diminuição da fertilidade e da libido, fertilidade, macho cruza e não emprenha, no espermograma diminuição do numero de espermatozóide viáveis, e na libido, mas só é observado em animais que são levados para a reprodução, ou se o proprietário compra um macho e uma fêmea e no que não emprenha o proprietário acha ótimo, tem que buscar isso, não é uma situação normal.
Outros sinais em outros sintomas, aqui o que vai chamar mais atenção é o oftálmico com essa doença aqui, KCS – kerato Conjuntivite Seca, os animais com hipotireoidismo podem cursar com Kerato Conjuntivite Seca, apresentam pelo mesmo motivo que leva a destruição da glândula tireóide, leva a destruição da glândula lacrimal, que é um infliltrado linfocitário também, então não é a deficiência do hormônio, você repor o hormônio não vai melhorar a KCS, tem que tratar com lacrimo mimético. Tem sinal dermatológico, sinal oftálmico. Não é deficiência do hormônio e a doença auto imune que esta acometendo a glândula tireóide, também esta acometendo a glândula lacrimal principal. Lipidose corneal, não é muito comum, é o deposito lipídico na córnea. E no gastrointestinal pode ter uma causa do SCBI – Super Crescimento Bacteriano Intestinal, é um diagnostico etiológico que a gente vai buscar. Vocês viram que não há nada especifico no Hipotireoidismo, e dependendo da literatura vocês vão encontrar muito mais sintomas, que não são tão marcantes, mas vocês podem encontrar também.
Importante: O Hipotireoidismo é um diagnostico clinico, que se complementa com o diagnostico laboratorial, então não adianta você ter só a dosagem do hormônio tireoidiano, se você não tem as alterações clinicas que possam ser compatíveis, você precisa ter certeza, clinico e alguma coisa laboratorial, antes do teste hormonal especifico, nenhum teste hormonal é 100% preciso. Medicamentos como glicocorticóides e fenobarbital vão interferir na produção do hormônio tireoidiano, então, se está fazendo uso de glicocorticóide, vou suspender, esperar 30 dias para dosar o hormônio, se está fazendo uso de fenobarbital eu não posso suspender, eu vou dosar, geralmente quando tem hipotireoidismo, está muito, muito abaixo e tem essa sintomatologia, mesmo com o fenobarbital, eu vou aumentando, entrando com o brometo junto a convulsão não para, aí você entra com o hormônio e a convulsão regulariza. Agora esse paciente que está convulsionado, que pode ser por hipotireoidismo ele vai começar manifestar alguns sinais também de hipotireoidismo, sinais dermatológicos, tinha uma historia antes das convulsões do animal ser mais letárgico, tem que buscar mais coisa no histórico do paciente.
Outra coisa que também interfere são as doenças não tireoidianas, vocês vão encontrar em algumas literaturas esse nome aqui, Eutiroideu Doente, que é um animal que não tem doença tireoidiano, ele tem outra doença, geralmente uma outra doença crônica, uma insuficiência renal, uma insuficiência cardíaca, uma nefrite, uma doença dermatológica crônica, e essa doença crônica ela reduz a produção do hormônio tireoidiano, ele não tem doença tireoidiano, o que acontece quando a gente está doente, não tem mais fome, só quer dormir,só quer ficar parado, o nossometabolismo baixa também, para a gente repousar e o organismo agir mais em função da doença, então por isso todo animal doente, ele vai ter o hormônio tireoidiano um pouco mais baixo, se você suspeita que o animal tem doença tireoidiana, você primeiro tem que controlar qualquer doença crônica que esteja se manifestando, principalmente processos infecciosos de pele, a sarna dermodecica, infecção renal, para depois você dosar o hormônio tireoidiano, senão você vai ter mais um falso positivo.
Como vamos conduzir o diagnostico, passo a passo – 1º sinais e sintomas clínicos, estão presentes, não é um só, são vários, o embasamento no seu exame clinico tem grande chance desse animal ter hipotireoidismo, - 2º passo excluiu já os medicamentos e as doenças não tireoidianas, não esta tomando corticóides, tratou as infecções, agora a gente vai começar os testes, antes dos testes específicos, a gente vai fazer os testes bioquímicos e hematológicos, para buscar mais dados que podem estar alterados que vão solidificar este diagnostico, o que é difícil no hipotireoidismo é o diagnostico da doença. A gente vai encontrar na hematologia, 40% dos animais com hipotireoidismo podem apresentar anemia normocistica normocromica, quantas doenças causam anemia normocistica normocromica? Mas é mais um dado, nos testes bioquímicos tem que dosar quando se suspeita que o animal tem hipotireoidismo colesterol e triglicerídeos, 80% dos pacientes com hipotireoidismo vão apresentar hipercolesterolemia com e ou triglicerídeo aumentado, porque o hormônio tireoidiano ele interfere diretamente na produção e principalmente na excreção do colesterol, por isso que a gente tem a formação dos comedos, o ganho de peso, no metabolismo lipídico. Só o hipotireoidismo aumenta o colesterol como doença endócrina? Hiperadrenocorticismo, diabetes, tudo isso, o hipertireoidismo pode aumentar o colesterol, mas é mais um dado. Função hepática, quando você tem essa disfunção lipídica o paciente pode fazer uma lipidose, pode começar a fazer uma esteatose lipidose, acumular gordura no fígado, então 30% dos pacientes podem apresentar FA ou GGT aumentado, então são os testes básicos que a gente vai buscar, buscando alguma positividade para fortalecer o meu diagnostico, só depois disso tudo e que a gente passa para os testes específicos, então o 4º passo seria os testes endócrinos. O hipotireoidismo é uma doença hiposecretora, para as doenças hiposecretoras os testes para diagnostico básicos seriam os testes tentando estimular a produção dessa glândula, o teste mais especifico seria administrar o hormônio TSH nesse animal para ver se ele vai produzir, esse seria o teste mais especifico, dosar o hormônio tireoidiano antes, aplicar o TSH e dosar o hormônio tireoidiano depois e aí comparando a 1ª amostra com a 2ª amostra o que eu teria se ele fosse hipotireoideo? As duas amostras iguais, se ele for hipotireoideo por hipotireoidite linfocitica ele não teria aumento nenhum, só que esse teste não é disponível, o teste TSH é espécie especifico e a gente não tem TSH canino viável para isso, e aí que começa o erro, porque aí a gente precisa dosar a produção de hormônio e o hormônio tireoidiano tem uma produção muito instável, por isso que a gente vai ter tanto falso negativo, e isso faz com que a gente tenha que ter muito critério no diagnostico. T3 é um teste que a gente nunca vai fazer porque é o mais instável porque o T3 vai estar em maior quantidade dentro da célula, então ele pode estar dentro da célula e produzindo normalmente, então esquece T3, é onde a gente vai ter mais erro, mais confusão na ora do diagnostico. Como é que eu espero que o TSH esteja num animal com hipotireoidismo? Aumentado. Hipófise – tireóide –TSH vai estimular para produzir T3 e T4, a fração que estimula é T4 livre, quando está reduzido aqui ele estimula, então na doença tireoidiana os níveis de T4 livre estão baixos, se está baixo a hipófise que esta normal, na maioria dos casos ela vai estar, vai esta produzindo cada vez mais TSH, então o que eu espero na doença Tireoidiana? Encontrar sempre o TSH aumentado, isso não é regra geral, 20% dos animais normais, sem doenças tireoidianos apresentam, níveis de TSH abaixo do normal, é da fisiologia deles, então você pode encontrar, o animal ter hipotireoidismo e não aumentar o TSH, esse é o problema, a gente faz, mais ter o TSH normal não exclui esse animal de ser hipotireoideo, se você tem ele aumentado é hipotireoideo, agora estar dentro do parâmetro normal, não exclui dele ser hipotireoideo. T4Total, ele é usado como um exame de triagem, ou seja, quando ele está normal você exclui que esse animal seja hipotireoideo, agora se ele está reduzido ele pode ou não ser hipotireoideo, então o T4Total baixo, ele sozinho não significa que esse paciente seja hipotireoideo, agora se ele está normal tem quase 99% de chance de não ter hipotireoidimo. Agora, um dos mais precisos é o T4Livre pelo método de Diálise ou método Bifásico, ele é o que vai lhe trazer um pouco menos de erro quando está reduzido, estando normal está normal. O ideal é fazer sempre TSH, o T4Total e o T4Livre, e aí, um animal que você não vai ter duvida que ele seja hipotireoideo vai apresentar, TSH alto, T4Total baixo, posso até não fazer esse aqui, mais só tendo o TSH alto e o T4Total baixo já é um diagnostico um pouco mais seguro, se não faço esse e faço esse tenho mais segurança ainda. Agora, lembrando que a metodologia da dosagem dos hormônios tireoidianos ainda é o RIE – Radio Imune Ensaio, nos livros ainda falam que provavelmente vai se ter com a evolução dos métodos não isótopos, que não é o imune ensaio, você vai usar os métodos de fluorescência, Elisa para a dosagem no sangue, mas precisa padronizar, a padronização só existe pelo RIE, então é esse que a gente vai usar, não aceitem invenção de laboratórios ate que isso saia em literatura. Outro detalhe, o TSH ele é altamente espécie especifico, então não pode ser em laboratório humano, tem que ser feito em laboratório veterinário e tem que ser o TSH canino, são detalhes extremamente importantes que a gente tem que ter na ora do diagnostico para que não tenha erro, porque é um diagnostico simples mas difícil de se interpretar. Na diálise o soro passa por uma membrana de dialise, ele é filtrado, o que interfere nesses exames são as moléculas, proteínas, então essa membrana de diálise ela filtra grandes moléculas, permitido que passe somente as moléculas do hormônio, outras substancias passam mais a maioria fica presa ali e depois esse soro vai para a máquina de radio imune, o Bifasico é tratado com calor, passa por duas fases onde ele é aquecido ate uma determinada temperatura onde vai inativar determinadas proteínas, o objetivo final é o mesmo.
Atendeu um animal a clinica dele está bastante compatível com hipotireoidite, fez a bioquímica, a única coisa que deu é o colesterol e o triglicerídeo um pouquinho aumentado, fez esses exames, deu TSH normal, T4Total baixo ou fez direto T4Livre, deu um valor muito próximo ao valor mínimo, literatura recomenda, aguarde 6 meses e dose novamente, você tem que entender da doença para jogar limpo desde o primeiro momento, porque o proprietário quer resolver isso agora e prefere o veterinário que já passa o remédio sem nem os exames.
Toda formula de emagrecer tem hormônio tireoidiano, toda vez que você administra hormônio tireoidiano, mesmo no eutireóideo doente, você ativa o metabolismo, você tem uma melhora, você tem uma falsa impressão, que você acertou, em outras situações você pode errar, você tem de 10 a 20% de chance, mesmo fazendo tudo certo de diagnosticar um falso positivo, isso você fala para o proprietário, você observa que errou no seu diagnostico quando o paciente melhora nos 2 primeiros meses e depois não melhora mais, volta a apresentar todos os sintomas, o hipotireoideo mesmo, vai melhorar lentamente e progressivamente, se o quadro dele é dermatológico ele volta a apresentar, mais num intervalo maior, numa intensidade menor, mas aquele que dá aquela melhora e depois cai essessão piores. Às vezes você faz tudo certo, mas o proprietário para de dar o remédio. O problema todo é esse, você conseguir ter certeza que esta lidando com o animal verdadeiramente hipotireoideo.
Tratamento: É com a reposição hormonal, você vai repor no animal o que ele não tinha, a reposição é com a Tiroxina, a forma Levogena da Tiroxina é a Levotoxina, Tiroxina é o T4, estamos dando a forma inativa do hormônio, para que o organismo conforme ele necessite, ele transforme para a forma ativa, a dose de 0,02mg por Kg, duas vezes ao dia, isso é uma dose cavalarmente mais alta que a dose que o ser humano toma, e aqui a gente tem vários motivos. 1º motivo: o T4 no cão fica menos de 24 horas circulando, no ser humano acho que fica alguns dias, então ele precisa de uma quantidade maior, o metabolismo do cão é mais rápido e o principal motivo, o cão absorve muito mal o hormônio tireoidiano, ele vai absorver de 40 a 50% da dose total diária que você está administrando para ele, tem que explicar isso ao proprietário. Dar preferência a Levotiroxina canina, alguns cães absorvem pior ainda a Levotiroxina da farmácia, talvez pelo veiculo. O medicamento deve ser administrado sempre em jejum, nunca junto com a alimentação, o processo de digestão interferem mais ainda com a absorção do medicamento e o tratamento é contínuo, você não está tratando a Tireoidite Linfocitica, primeiro você nem sabe se é Tireoidite Linfocitica, você deve fazer uma biopsia de Tireoide e quando você pega e só tem 20%, a glândula já esta destruída, quando você não pega no inicio, quando você pode entrar com um medicamento imunossupressor, não tem , não existe tratamento para a doença Tireoidiana. A destruição da tireóide vai continuar ate que chega uma ora que não consegue produzir nada, ele vai ter uma produção mínima, senão ele estava morto, mas não o suficiente, então ele precisa repor, isso tem que explicar ao proprietário, que é para o resto da vida daquele animal. A dose pode ser aumentada, se precisar, vai ver na resposta. Você só começa a ver uma resposta boa com 2 meses de tratamento, a partir dos dois meses, se você quiser pode dosar o hormônio e aí para controle a gente dosa o T4total, não dosa mais o Livre, para o controle é o total. A gente deve dosar a quantidade que estou dando, para esse exame eu devo dar o remédio depois coletar o sangue, se não tomar o medicamento vai dar sempre baixo, administrar o medicamento e 4 a 6 horas depois, vou dosar o T4 Total, e aí ele tem que estar dentro dos valores, às vezes até um pouquinho acima, não tem problema, na maioria das vezes a gente nem faz isso, a resposta clinica do paciente já é o suficiente, a primeira coisa que melhora são os sinais metabólicos, o paciente volta a brincar a dormir menos, o mixedema melhora, fica mais tolerante ao frio, isso são os primeiros sinais, os sistemas que estão acometidos eles lentamente vão melhorando, o último sistema que responde é o sistema nervoso central, às vezes vai levar dois a três meses para ter essa resposta e aí, a glândula tireóide ainda está produzindo alguma coisa, só que ela vai parando, pode ser que daqui a 6 meses o animal comece a manifestar alguma sintomatologia, aí você vai e dosa, dando o remédio e dosando, para você ver se aquela dosagem está baixa, é até bom que você tenha uma dosagem inicial que você compara. Estava normal, mais esta menos que estava antes, mais esse paciente só fica bem com uma dose um pouco acima, então é sinal que a dose precisa ser aumentada, isso é a pratica que vai dizendo. 
Efeitos colaterais se chama Tireotoxicose, quando você dá uma dose muito acima de hormônio tireoidiano ou esse paciente não é hipotireoideo, então ele vai se intoxicar, é raro, se manifesta principalmente com vomito, diarréia, hiperexitabilidade, paciente não consegue dormir, é o que a gente vai ver no gato com hipertireoidismo, fica agitado, não é comum, esse é um do problemas da gente ver tanto diagnostico errado, e tanta gente tomando hormônio tireoidiano sem precisar, agora uma coisa a gente tem que lembrar, que o paciente não tem hipotireoidismo, se você começa a dar hormônio tireoidiano para ele você inibe o eixo e aí você pode num futuro desenvolver o hipotireoidismo no seu paciente. Você não pode tirar de uma vez, tem que fazer o desmame para que esse eixo volte a produzir.
TEXTO: HIPERTIREOIDISMO FELINO
Definem Hipertireoidismo: é uma doença multissistêmica resultante de excessiva concentração do hormônio tireóideo ativo triiodotironina (T3) e/ou tiroxina (T4). Profª.: A palavra mais importante é Tireotoxicose, o item hipertireoidismo felino é uma tireotoxicose, os sinais que o animal vai apresentar são os sinais de uma intoxicação pelo excesso de produção do hormônio tireoidiano, então aí definiu.
Qual a principal Etiologia? É uma hiperplasia adenomatosa benigna. O que é mais comum, unilateral ou bilateral? Bilateral, então uma hiperplasia adenomatosa bilateral benigna. Qual a outra etiologia que pode ter? Um carcinoma de tireóide, que não é comum, acomete segundo esse autor 2%, é o menos freqüentes, o mais comum então é uma tumoração benigna, ou seja, que não tem metástase, mais ela vai ser maligna entre aspas, em função da tireotoxicose que ela esta promovendo, e aí o que ele suspeita como sendo a causa que esta levando a apresentação dessa tireotoxicose, dessa hiperplasia modular benigna? A alimentação, até hoje é o mais suspeitável, nada ainda definido, Isso em função do que? no Brasil quase não se falava em hipertireoidismo. Em 1993, um veterinário foi questionado pela platéia Por que aqui no Brasil não tinha casos? Porque as rações estão chegando agora aqui no Brasil, a gente não pode disser que é verdade, ele aí no texto ele não afirma, mais a presença do excesso de iodo nas rações, as latas que tem iodo, a presença de uma quantidade aumentada de iodo, principalmente na alimentação, e a tireóide ela capta ela precisa de iodo, então ela começa a captar esse iodo, e o tecido começa a ficar hiperplásico, dando esse tumor benigno mais que passa a ser hipersecretorio, a gente não pode afirmar, não pode passar isso para o proprietário, devem ter estudos mais recentes. De um tempo para cá, aqui no Brasil, a partir de 2000 e 2001 começou o diagnostico e agora é diário o diagnostico de gato com hipertireoidismo. A caixa de areia é provavelmente pela presença de iodo ali, pelo contato, lambe. Temos que evitar que o gato tenha, a partir do momento que o gato tem, tirar o iodo, mudar não vai adiantar nada, isso não é reversível,você tem que operar. 
Apresentação clínica: perfil epidemiológico do gato com hipertireoidismo. Gatos mais velhos, não de meia-idade, é doença de gatos de idade acima de 10 anos, agora com o diagnostico mais precoce, com os veterinários prestando mais atenção, o diagnostico apresenta nessa idade, mais ele fala, que a doença já se instala com o animal com 4 anos, nas doenças endócrinas, como são doenças multissistemicas, a gente tem que conhecer os sintomas, e chegou um gato com qualquer um desses sintomas, o hipertireoidismo tem que fazer parte do diagnostico diferencial. Todo perfil, quando eles faziam triagem de gato estava incluso a dosagem do hormônio tireoidiano, porque pode dar qualquer sintoma, então gato com problema gastrointestinal, problema cardíaco, com problema de comportamento, problema renal, sempre fazem o perfil, independente da idade.
Quais são os sinais clínicos mais comuns? Emagrecimento, com aumento de apetite, aí ele bota moderado, mais o gato fica polifagico, hiperativo, e outra coisa que o proprietário vai notar, intolerância ao calor e outra é a poliúria e a polidipsia , são os sinais clássicos: emagrecimento, polifagia, poliúria, polidipsia, fica hiperativo, aquele gato que mia o tempo inteiro, aquele gato que tinha medo de gente, primeira alteração que você observa no gato é essa mudança no comportamento dele social, é aquele gato que vivia isolado passa a viver no meio das pessoas, não é que ele quer carinho, é porque ele esta angustiado, o metabolismo dele esta muitoalto e mia o tempo inteiro, o tempo todo um miado de angustia e um olhar angustiante, que no inicio o proprietário não percebe, o gato não suporta o sol, vai buscar lugares mais frios para ficar ao contrario do hipotireoidismo. Poliúria, polifagia, podipsia, também tem na Diabetes e gato faz Diabetes, então tem que fazer diferencial com Diabetes, e a poliúria e a polidipisia, o que também é comum no gato a insuficiência renal. A doença tireoidiana ela leva a uma Disfunção renal, mas nem toda Disfunção renal é por Doença Tireoidiana, tem que ter esse conjunto. Outra queixa, gato com diarréia crônica e com vomito crônico, isso não é um sintoma muito freqüente no hipertireoidismo, mais tem que fazer parte do diagnostico diferencial, a dosagem do hormônio tireoidiano. A gente o gato com diarréia crônica com doença pancreática, com doença intestinal inflamatória, com hipersensibilidade alimentar e tem que colocar no diferencial o hipertireoidismo também assim como o gato com vomito crônico e aí nesse texto ele diz que o vomito é mais comum que a diarréia, e parte da triagem inicial, saber se não é porque é um sinal freqüente ainda mais se for um gato velho.
Exame físico. O que a gente vai notar no exame físico desse animal que o vai juntar as suspeitas? Primeira coisa se a gente está suspeitando do hipertireoidismo o Bócio palpável e no gato tem, aí ele explica direitinho a posição que você tem que fazer, as vezes o que acontece é que você não consegue sentir, você hiperextende demais o pescoço, você não fica na posição. Quando é que você pode palpar e não sentir? Quando ela está muito grande, ela pode cair para dentro da cavidade torácica e você não vai identificar aqui na posição do mediastino. Temperatura desse animal = elevada, pelagem desse animal = feia, seca, ressecada, o pelo cai facilmente, pelo é instável.
Exame cardiovascular, taquicardia, choque de ponta forte, musculatura cardíaca no hipertireoidismo hipertrofia, apresenta uma cardiomiopatia hipertrófica, não todos, alguns gatos que vão apresentar a cardiomiopatia hipertrófica, isso no exame radiográfico é fácil de ver, você tem a taquicardia, o choque de ponta, o som de galope, o sopro, e no Rx o que eles chamam de imagem de coração apaixonado é aquele coração grande e redondinho, sugestivo de cardiomiopatia hipertrófica, não é todo gato com hipertireoidismo que tem isso, nem toda cardiomiopatia hipertrófica é por hipertireoidismo, mas a diferença da cardiomiopatia hipertrófica pelo hipertireoidismo ela é reversível. Quais são os outros sistemas que podem estar acometidos? Coração, respiratório que tem taquipneia compensatória, a dispnéia não é tão marcado. O que leva a poliúria e a polidipsia ? metabolismo aumentado, pode ser isso e tem duas coisas mais importantes aqui, você tem comprometimento renal e o potássio está baixo, você tem hipocalemia, e você tem menor concentração na medular do rim, menos absorção de água, isso seriam as causas que levariam a poliúria e a polidipsia.

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