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Doenças microbianas do Sistema Respiratório

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Doenças microbianas do Sistema Respiratório 
A cada respiração, inalamos vários 
microrganismos; por isso, o trato respiratório 
superior é a principal porta de entrada de 
patógenos. São as mais comuns e mais 
nocivas. 
 
 
 
O trato respiratório superior apresenta várias 
defesas anatômicas contra os patógenos 
transmitidos pelo ar. As vibrissas (pelos 
rígidos do nariz) vão filtrar o ar para que os 
microrganismos possam ser retidos. O nariz é 
revestido por uma membrana mucosa que 
contém células secretoras de muco e cílios 
para que os microrganismos possam ser 
removidos. A porção superior da garganta 
contém uma membrana mucosa ciliada 
importante para filtração do ar. O muco 
umidifica o ar inalado e retém as partículas de 
pó e microrganismos presentes. Os cílios 
auxiliam no processo de remoção das 
partículas em direção à boca para que elas 
sejam eliminadas. 
O sistema respiratório pode ser dividido em 
duas partes: trato respiratório superior 
(algumas bactérias o afeta, como a Bordetella 
pertussis- na região da traqueia) e inferior 
(Mycobacterium tuberculosis- região dos 
alvéolos). 
 
 
 
Infecção do trato respiratório superior 
causada pelos Streptococcus do grupo A 
(gram-positiva), consiste em unicamente os 
Streptococcus pyogenes (causa também: 
infecções na pele, nos tecidos mole, 
impetigo, erisipela, endocardite bacteriana). 
 
Sua patogenicidade é acentuada por sua 
resistência à fagocitose. São capazes de 
produzir estreptoquinase que vão lisar os 
coágulos de fibrina e as estreptolisinas que 
são citotóxicas para as células dos tecidos, 
principalmente as hemácias e os leucócitos. 
 
 
 
Artemisa Costa Barata 
Estrutura e função do sistema 
respiratório 
Faringite estreptocócica 
 
 
 
Causada pelo Streptococcus pyogenes, 
quando produz a toxina eritrogênica 
(acontece quando a bactéria foi infectada por 
um bacteriófago lisogênico- as informações 
genéticas dele foram incorporadas à 
bactéria). A toxina causa uma erupção de cor 
avermelhada na pele, reação de 
hipersensibilidade à toxina circulante, 
também produz febre alta; a língua adquire 
aparência manchada semelhante ao morango. 
Tratamento: penicilina benzatina, 
eritromicina. 
 
 
 
Começa com dor de garganta, febre, é 
seguido por indisposição e edema no 
pescoço. Corynebacterium diphtheriae é um 
bastonete positivo não formador de esporos, 
sua morfologia é pleomórfica, 
frequentemente pode ser claviforme e não se 
coram homogeneamente; forma uma 
membrana cinzenta rígida na garganta (em 
resposta à infecção) que contém fibrina, 
tecidos mortos e células bacterianas, ela pode 
bloquear completamente a passagem de ar 
nos pulmões. Principal fator de virulência da 
toxina diftérica é um complexo de exotoxina 
chamada tipo AB que vai inibir a síntese de 
proteína. Transmissão através de gotículas de 
secreções respiratórias ou contato com a pele. 
Mesmo que os antibióticos penicilina e 
eritromicina controlem o crescimento da 
bactéria, não destroem a toxina diftérica; por 
isso, tem que usa a antitoxina. 
Corynebacterium se desenvolve no ágar 
telurito. 
 
 
 
Coqueluche ou tosse comprida. Cocos 
bacilos gram-negativo, pequeno aeróbico 
obrigatório. As linhagens virulentas possuem 
uma cápsula, as bactérias fixam-se 
especificamente às células ciliadas da 
traqueia. Primeiro impede a ação dos cílios e 
progressivamente os destrói, isso impede o 
movimento do muco através do sistema 
elevador ciliar. A Bordetella pertussis produz 
várias toxinas, a citotoxina traqueal é uma 
fração da parede celular da bactéria e é 
responsável pela lesão que essas bactérias 
causam aos cílios, a toxina pertussis entra na 
Febre escarlate/escarlatina 
Difteria (Corynebacterium diphteriae) 
Coqueluche (Bordetella pertusis) 
Artemisa Costa Barata 
corrente sanguínea e está associada aos 
sintomas sistêmicos. Quando a ação dos 
cílios é comprometida, ocorre um acúmulo de 
muco nessa região e a pessoa infectada tenta 
desesperadamente tossir para eliminar esse 
acúmulo, o som causado é um som uivante. É 
uma bactéria que pode ser crescida em Agar 
carvão. Tratamento: macrolídeo 
(eritromicina, azitromicina, claritromicina). 
 
 
 
Bastonete delgado, aeróbico obrigatório. 
Tempo de geração ~20 horas (crescimento 
lento). A coloração é especial, chamada 
Ziehl-Neelsen. Estima-se que 9 milhões de 
pessoas vão desenvolver tuberculose a cada 
ano e mais de 2 milhões de mortes anuais por 
causa da bactéria. É a bactéria que mais mata, 
provavelmente 1/3 da população está 
infectada. 
 
 
 
 
 
 
Mycobacterium é inalada, chega aos alvéolos 
e serão ingeridas pelo macrófago alveolar. 
 
 
Tubérculo (lesão fechada): uma protusão ou 
massa naquela região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artemisa Costa Barata 
Tuberculose (Mycobacterium 
tuberculosis) 
 
Diagnóstico da tuberculose 
 
As pessoas infectadas vão apresentar uma 
resposta à Mycobacterium tuberculosis com 
imunidade mediada por células contra essa 
bactéria. Essa forma de resposta imunológica 
se desenvolve em lugar da imunidade 
humoral, já que a Mycobacterium está 
localizada dentro dos macrófagos. A 
imunidade humoral envolve células T 
sensibilizadas e é a base para o teste cutâneo 
da tuberculina, um teste positivo não indica, 
necessariamente, a doença ativa e sim que a 
pessoa já teve contato. Uma proteína é 
purificada derivada da Mycobacterium 
tuberculosis, é feita a precipitação da cultura 
e injetada cutaneamente. 
Tratamento: izoniazida e rifampicina, com 
tratamento de no mínimo de 6meses. Deixou-
se de usar a estreptomicina, porque ela é 
neurotóxica e nefrotóxica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
É a mais comum, cerca de 2/3 dos casos- 
pneumonia típica. Diplococos gram-positivo. 
Também pode causar otite, meningite e 
sepse. As pneumonias são denominadas de 
acordo com a parte do trato que as bactérias 
vão infectar: pneumonia lobar, 
broncopneumonia (indica que os alvéolos 
estão infectados), pleurisia (as membranas 
pleurais podem ser infectadas, ficando 
inflamadas). Sintomas: alvéolos vão se 
encher de fluidos e isso interfere com aporte 
de oxigênio, os pares de células são 
circundados por uma cápsula densa que deixa 
o patógeno resistente à fagocitose. 
Tratamento: penicilina. Há também vacina. 
 
 
 
Bastonete gram-negativo, membro comum 
da microbiota da garganta. Haemophilus 
indica a necessidade que o patógeno tem por 
sangue. Principal fator de virulência: cápsula 
polissacarídea antifagocitária. Sintomas: 
formação de fluidos nos alvéolos que 
Artemisa Costa Barata 
Pneumonia pneumocócica 
(Streptococcus pneumoniae) 
Pneumonia por Haemophilus influenzae 
interfere no aporte de oxigênio. Tratamento: 
cefalosporina. 
 
 
Da família dos piconavírus. Genoma de RNA 
de sentido positivo simples, usados 
diretamente para síntese de proteínas. Não 
possuem envelope lipídico e tem capsídeo 
icosaedro, são altamente resistentes. 
Transmissão: por contato direto, através das 
mãos ou fômites infectados e inalação de 
gotículas infecciosas. Sintomas: inflamação 
na região nasal, especialmente na membrana 
mucosa, mal-estar geralmente sem febre. 
Causa mais comum de resfriados. Se 
multiplicam na temperatura em torno de 33°. 
Apresentam mais de 100 soros tipos 
diferentes, utilizam os receptores IACM1 
para infectar as células epiteliais e 
fibroblasto. Tratamento: 3-metil-isoxazol se 
insere ao receptor e bloqueia a 
desencapsidação do vírus; a enviroxina inibe 
a DNA polimerase- RNA dependente do 
rinovírus. Não há vacina. 
 
 
Ortomyxovírus. De tamanho médio, entre 80 
a 120 nanômetros, RNA fita simples. 
Partículas pleomórficas, predominante 
esférica e filamentosas. Tem-se os subgrupos 
diferentes, influenza A, B e C. Os vírus do 
gênero influenza vão conter 8 segmentos de 
RNA (em sentido negativo) distintos, são 
importantes, porque seu genoma é 
fragmentado. São envolvidos por uma 
camada interna de proteína e uma bicamada 
lipídica externa.Há numerosas projeções que 
o caracterizam.
 
Existem dois tipos diferentes de projeções, 
chamadas espículas de Hemaglutinina e 
Neuraminidase. As amostras virais são 
infectadas pela amostra do antígeno, ou seja, 
HA ou NA. Tem a capacidade chamada 
deriva antigênica, mutações que altera um ou 
mais aminoácido modificando as duas 
glicoproteínas importantes (HA/ NA). 
Sintomas: febre de 3 a 7 dias, fadiga, calafrio 
e dor generalizada; o resfriado não há febre. 
Há processo de vacinação, vírus é inativado e 
inoculado na população. 
 
Artemisa Costa Barata 
Resfriado (Rinovírus) 
Gripe (Orthomyxoviridae) 
Processo de replicação do vírus: 1)Ocorre a 
replicação; o vírus tem 8 fragmentos de RNA 
de sentido negativo que são liberados no 
citoplasma e são endereçados para o núcleo 
da célula, onde vão passar para RNA de 
sentido positivo que é endereçado para o 
citoplasma e para o ribossomo onde vai 
ocorrer a síntese de proteínas, como as 
neuroaglutinina e hemaglutinina para formar 
as espículas, responsáveis pelo processo de 
infecção do vírus. A liberação do vírus ocorre 
no processo de brotamento, ocorre a 
montagem, capsidamento do vírus, 
brotamento e liberação.
 
 
Referência: 
 TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 10° ed., Porto 
Alegre: Artmed, 2010. 
Artemisa Costa Barata

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