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ok clin peq 18.05.11

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CLÍNICA MÉDICA DE MAMÍFEROS DE PEQUENO PORTE 
Rio, 18/05/2011
Alexandra Woods
Doenças parasitárias da pele de cães e gatos
Otocaríase
	Otodectes cynotis
Prurido (hipersensibilidade), otite ceruminosa, asintomatica 
Diagnostico: otoscopia, cerumen
Otocaríase
É o parasita do ouvido, é o otodectes cynotis. 
É um parasita muito particular, todo o ciclo é feito dentro do conduto auditivo externo, ele não faz lesão na pele. O ouvido externo faz parte da dermatologia, porque é constituído pelo mesmo tecido que constitui o resto do corpo.
Esse parasita não faz lesão no corpo, só vai causar alteração dentro do ouvido externo. No máximo o que ele faz é passar de um ouvido pro outro no animal.
É altamente contagioso, passa de um animal pro outro. 
É zoonose. Acomete cão, gato, furão, alguns animais selvagens e até humano.
É um acaro de superfície, ele fica sobre a pele, ele não penetra na epiderme, ele fica andando em cima da pele do ouvido. Quando ele está andando ele causa uma irritação, e esse é o problema, porque essa irritação que vai desencadear o prurido, que pode ser maior ou menor dependendo da resposta de sensibilidade do animal.
Tem uns que cocam muito a orelha com sarna otodécica, e têm outros que nem manifestam sinais clínicos.
Como é um ácaro muito contagioso, quando agente faz o diagnostico em 1 animal na casa, agente tem que tratar todos e olhar a orelha de todos os animais da residência. Porque o que acontece: vc trata o animal que está doente, que está manifestando sintomas, ai ele fica bom, e o outro em casa é portador assintomático. Então tratar tanto cão quanto gato.
1º sinal clínico do ácaro além do prurido: quando o ácaro está andando no conduto a primeira respostado ouvido externo a qualquer agressão e a qualquer irritação é o aumento da produção de cerume. 
O ouvido do cão não tem cera visível, se tem é porque tem alguma coisa estimulando o aumento da produção.
Com a cronicidade, vc vai ter aumento do cerume e se o animal tem muita sensibilidade a esse ácaro, ele vai começar a desenvolver a otite infecciosa (vai ser falado na próxima aula teórica).
Queixa principal vai ser sempre o prurido otológico, o animal balança muito a cabeça.
Diagnostico é visual, é fácil. A técnica mais eficiente é a otoscopia, o otoscópio tem um aumento de 4x e vc consegue ver o parasita andando na superfície do ouvido externo. Existe formas menos técnicas que vc também consegue, se vc pegar o cerúmen com cotonete, com swab, um cerúmen escuro, é enegrecido, com qualquer lente de aumento vc vê pontinhos andando sobre o cerúmen escuro. Se vc esfregar esse cerúmen em cima de qualquer fundo escuro, consegue ver o parasita andando ali em cima.
Principalmente: animais com menos de 1 ano de idade. É comum no filhote quando sai da mãe, está no ambiente com vários animais, com a imunidade baixa.
Outra forma, mas vc tem que ter o microscópio:
Cerúmen, esfregaço na lamina de vidro, e leva ao microscópio aumento de 4x, vc já vê o acaro. 
Não tem que mandar pro laboratório pra investigar, porque é tão simples, não tem porque deixar de fazer o diagnostico da otocariase.
Começa a acumular o excesso de cera, que parece sujeira, mas não é. O ouvido normal não acumula cera, toda vez que tem um acumulo de cera é porque tem alguma coisa irritando o ouvido, a 1ª coisa que vc tem que pensar é otodécica.
É um ácaro muito grande, fácil da gente ver.
Se tiver um canil, os filhotes que nascem tem a sarna, é porque a mãe passou pros filhotes, sendo que a mãe é portadora assintomática.
2) otocaríase
Tratamento:
Deltametrina (loção) 2 gt, por 10 dias.
Tiabendazole (loção) 2 gt, por 10 dias.
Fipronil (spray) 2 jatos/ouvido e cabeça 15 d – 2 aplicações
Diazinon 7 d (aprovado no Brasil)
Invermectina 0,2-0,4 mg/kg 15d 2 aplicações VO (cuidado!)
Tem tratamentos a base de loção com a substância que mata o parasita como:
- Loção de deltametrina, que não se sabe se vende hoje em dia.
- Tiabendazole, é uma loção anti-fúngica ou seja, usada pra micose, que também tem ação sobre o ácaro.
Como fazer a loção: 
	Pingar 1-2 gotas em cada ouvido 1x ao dia por 10 dias. é um tratamento diário, e se vc tem mais animais na casa, vc tem que fazer em todos esse tratamento.
Tratamentos mais recentes:
Fipronil (spray) ou a defemoprina (que foi falado no tratamento da escabiose): esses 2 também funcionam. 
Como usar:
Fazer 2 jatos na entrada de cada ouvido, são 2 aplicações com intervalos de 15 dias. Ai vc aproveita e faz um jato na cabeça também porque tem ácaros passando de um conduto pro outro. Tratar todos os animais na casa.
O diazinon é um antiparasitário que vem na base de medicamento otológico, é o natalene. É o único medicamento aprovado e liberado no Brasil pro tratamento dessa sarna (mas agente usa todos os outros). Só deve usar esse produto comercial se realmente tem o ácaro, porque ele tem antiparasitário, antiinflamatório e antibiótico. Se vc tem um animal com otite que não tem acaro, não tem porque vc usar esse remédio, senão vc acaba irritando e usa o medicamento sem necessidade. Agora, se tem o ácaro, pode usar sem problema nenhum. A bula manda usar 7 dias.
Diazinon é toxico pra gatos nem coelhos. 
A ivermectina por VO ou SC (o melhor é por via oral), na dose da escabiose é de 0,2-0,4 mg/kg por via oral, 2 aplicações com intervalos de 15 dias.
Cuidados: a ivermectina não pode usar na raça collie nem similares e nem animais com menos de 2 meses de idade
A ivermectina se torna o tratamento mais viável ex. pra canil, abrigo, ou o fipronil também, porque vc compra um frasco pequeno de 100ml e vc consegue colocar em todos os animais, vc faz 2 aplicações em cada ouvido e 1 na cabeça do animal, espera 15 dias e faz de novo, pode até fazer uma 3ª aplicação pra ter certeza e resolve o problema.
Quando chega o representante, vc tem que perguntar: Qual a base, como funciona, traz trabalhos pra ver e ai vc começa a usar o produto.
Lembrar que tem que tratar todo mundo. E quando tem otite, tem que tratar a otite também.
3) Demodiciose
- Demodex canis, transmissão 
- Localizada (30% corpo)
- Generalizada
- Juvenil => Def. imunológica congênita
- Adulto => doença imunossupressora
- Diagnostico 
- Lesões secundárias: alopecia..... celulite!
- Prurido secundário
O demodex é um agente que faz parte da microbiota da pele do cão. A maioria dos cães traz na pele o demodex. 
Não é uma sarna contagiosa, não há contagio, o animal doente não passa pra outro animal.
O ácaro vive no interior do folículo piloso. E quando a situação é favorável, ele começa a se proliferar, ai ele destrói o folículo, o pêlo cai e ai ele abre a porta pra infecção secundária.
O que favorece a proliferação desse ácaro: 
Disfunção imunológica geneticamente programada, ou seja, o animal nasce com essa disfunção genética, ele nasce com a deficiência numa linhagem especifica de linfócito T pra esse ácaro, linhagem que controla a proliferação desse ácaro, com isso o problema não é o ácaro, é a disfunção que ele tem. Essa disfunção não interfere em nenhum outro problema imunológico no animal, ele não é um animal imunossuprimido ou nada disso, ele nasce, faz a disfunção e por isso consegue proliferar e ai ele desenvolve a doença. Então o individuo nasce com o sistema imunológico deficiente, especificamente de linfócito T pra esse ácaro.
Outra situação que pode fazer essa sarna proliferar: numa fase da vida que ele tem uma doença imunossupressora que abaixa o sistema imunológico dele. Ele é assintomático toda a vida dele, mas por uma doença imunossupressora, que baixa todo o sistema imunológico dele, favorece ele a desenvolver a sarna demodecica. 
Qual vai ser a diferença de um pro outro:
O que tem a disfunção imunológica geneticamente programada: Desenvolve logo no 1º ano de vida ele desenvolve. 
O que adquire a imunodeficiência pode desenvolver em qualquer fase da vida.
O animal que tem sarna demodécica por uma doença imunossupressora, a sarna demodécica é a ponta do iceberg. 
Ex: proprietário relata que nunca teve problema de pele, nunca teve sarna e ai com 6-7 anos vcdescobre que ele tem sarna demodécica. Vc tem que tratar a sarna demodécica, mas vc tem que descobrir o porquê. 
Doenças imunossupressoras que ele pode desenvolver:
Ex. doenças endócrinas como: hiperadreno, hipotireoidismo, neoplasias, diabetes mellitus. 
Outra situação que também existe:
O animal apresenta a sarna demodécica no 1º ano de vida, mas não numa forma muito grave, e de repente essa sarna demodécica se cura sozinha. 
O que também pode acontecer algumas vezes: ele desenvolveu a sarna porque o sistema imunológico dele estava amadurecendo, então esse animal não tem a deficiência genética. 
Ex. pego um filhote na rua que tem deficiência nutricional, que está todo parasitado e tem sarna demodécica. Ai nesse caso eu não posso num primeiro momento dizer que esse animal tem sarna demodécica porque ele tem imunodeficiência genética. Vou tratar a verminose, vou melhorar a deficiência nutricional dele, trato a sarna e espero. Porque aquele animal que é geneticamente programado, que tem a imunodeficiência genética, ele vai apresentar varias vezes depois. 
É comum agente pegar animais de raça apresentando isso, quando vc compra em canil, e em 4-5 meses começa a apresentar a sarna. 
Vamos classificar a sarna demodécica clinicamente pelas características que o animal está apresentando, a sarna demodécica pra saber qual vai ser meu protocolo terapêutico pra esse animal e o meu prognostico pra esse animal:
De acordo com a minha distribuição das lesões, ela pode ser uma sarna demodécica:
Localizada
Generalizada
Localizada
Localizada é que o animal tenha acometido até 30% do corpo, agente considera uma sarna demodécica localizada. Numa sarna demodécica generalizada é quando tem mais de 30% do corpo acometido.
Generalizada
	Tem mais de 30% do corpo acometido.
Outra forma de classificação:
Juvenil
Quando a doença aparece no 1º ano de vida. Classifico como juvenil. A juvenil tem relação com a deficiência imunológica congênita.
Adulta
É aquela que tem relação, que vai aparecer numa idade adulta, naquele animal que não teve no 1º ano de vida e tem relação com a doença imunossupressora adquirida.
Vamos juntar essas 2 classificações e vamos dar o prognóstico.
Prognóstico
Se eu atendo um animal com sarna juvenil generalizada, é a mais grave. Pra esse animal, eu aviso o dono que cura não tem, porque não tenho como curar o sistema imunológico, a sarna eu controlo. O animal pode ficar bom, mas pode não ficar bom. A literatura coloca que cura pra sarna demodécica com qualquer tratamento 80% dos casos, então vc ainda tem 20% dos casos que não respondem. Esse controle, esse animal pode em qualquer fase da vida apresentar de novo. Principalmente em fases que ele tem o estresse fisiológico: 
Ex. Fêmeas no cio. Machos quando sentem cheiro de cadela no cio. 
Isso é um dos motivos que tem que ser castrados. 
2º motivo que eles têm que ser castrados: pra tirar da reprodução. É hereditária, a disfunção genética passa, tanto pelo macho quanto pela fêmea. 
A juvenil localizada: tenho um filhote que apresentou a sarna demodécica no 1º ano de vida, mas a sarna demodécica foi localizada (até 30% do corpo acometido). Essa apresentação pode ser a apresentação que está ali por uma deficiência no sistema imunológico.
Como vou saber isso: Se eu não trato e o animal não evolui pra forma generalizada, é porque posso considerar que ele está “curado”, que o defeito imunológico dele não é congênito.
Esse prognóstico é melhor. A literatura cita que a sarna demodécica juvenil localizada ela não precisa tratada que ela ficaria boa sozinha. Ela tem 2 caminhos: ela pode ficar boa sozinha ou ela pode desenvolver pra forma generalizada. O que eles alegam: o tempo de tratamento é o tempo que ele levaria pra ficar bom sozinho. Ai vai da conduta de qualquer um, vc pode colocar isso pro cliente e ele opta por tratar ou não tratar.
Adulta localizada: 
Sei que é uma doença imunossupressora não muito grave. 
Adulta generalizada:
	É uma doença imunossupressora mais grave.
A sarna demodécica que apareceu na fase adulta vc tem que buscar a doença de base, não adianta ficar tratando só a sarna.
Diagnostico: 
Raspado parasitológico achando o ácaro.
1º, Como vou suspeitar que o paciente tem sarna demodécica?
A primeira suspeita que vai levar agente a suspeitar: é lesão dermatológica em paciente jovem, em animal com menos de 1 ano de idade. Ou animal adulto que nunca teve doença de pele.
E sarna demodécica primariamente não coca! Não é primariamente pruriginosa. O pêlo cai, fica alopecia, se o sistema imune conseguir controlar a infecção secundária o animal chega às vezes todo vermelho e não se coca. 
Lembrar: não é porque ele está todo vermelho que ele tem doença alérgica. 
Apresentação clinica:
Qualquer apresentação.
Vai desde a alopecia (que é a apresentação inicial) até uma celulite. Porque o pêlo caindo, a infecção bacteriana acaba se instalando, então posso ter: foliculite, furunculose, posso ter até a celulite.
	Lembrar que quando a infecção bacteriana se instala, o prurido vem junto. O prurido é secundário a instalação da doença bacteriana.
Formas que agente pode achar no raspado: ovos, ninfa, ácaro. 
Se eu tenho a furunculose e se eu tenho o micro abscesso, eu vou ali, rompo, pego aquele sg mesmo, levo ao laboratório, porque é onde tenho mais chance de achar o ácaro.
Bulterrier: é uma raça que faz muita sarna demodécica, e com a apresentação de doenças de pele muito parecidas. Temos sempre que fazer um raspado. Ele faz muito a pododermatite pela sarna demodécica é freqüente, no queixo, coxa, nariz, etc. 
O pêlo cai na região afetada, fica uma área alopécica.
3) Demodiciose
Tratamento: 
Amitraz!
	- 4ml/L água, 7 a 15 dias
	- 6 sem/6 meses, 60-80%
	- Tricotomia, peróxido benzoila, enxofre
	- Toxicidade: Sol! Sedação 72h (Yohimbina)
	- Não! Pioderma
O tratamento de eleição pra sarna demodécica é o amitraz. Mesmo sendo filhote, não tem porque agente entrar direto com os tratamentos ainda considerados alternativos. Na literatura, o amitraz é o único autorizado pra tratar a sarna demodécica. 
Amitraz: Vc dilui 4ml dessa solução pra cada 1 litro de água. Prepara essa solução na hora de dar o banho no animal, não deixar preparado de um dia pro outro porque potencializa o agente e ai o risco de intoxicação é maior.
Vc primeiro vc dá banho anti-séptico nesse animal (ele já vem tomando banho com algum produto anti-séptico porque ele geralmente tem infecção secundária, ex. peróxido de benzoíla tem melhor ação dentro do folículo piloso, clorexidine), vc faz o pré banho, e depois pega essa solução com uma esponja e vai passando por todo o corpo do animal, essa solução que vc passou de amitraz vc não enxágua, ela é usada como rinse, ela é pra secar no corpo do animal.
Perigo: animal pode se intoxicar com a solução de amitraz ingerindo. Com isso vc coloca o colar elizabetano até ele secar. Outra forma de absorção é pela vasodilatação cutânea que o sol ou um lugar muito abafado, calor faz, então ele não pode ficar exposto ao sol, por 24 horas pra não ter risco de intoxicação. Fazendo isso, vc já minimiza bastante o risco do animal se intoxicar.
O banho é feito 1x por semana. Por um período que pode levar de 6 semanas a 6 meses de tratamento.
Quando vc dá alta pro animal:
Ele vai repelando (vai nascendo pêlo onde tinha área alopécica) vai guardando os locais onde eram pra fazer o raspado em cima destes locais. Quando o animal volta, vc faz o raspado, se não tem mais acaro nenhum, continua tomando banho mais 2 semanas, e volta. Se nessa segunda vez que ele voltou, vc raspou e não viu mais ácaro, ele ainda toma mais 2 banhos e suspende.
Vc só dá alta quando faz 2 raspados de pele negativos com intervalos de 15 dias e nesse período ele continua tomando banho. 
Pra controlar o animal:
A coleira de amitraz consegue controlar a recidiva e vc manda castrar esses animais. E lembrando que em qualquer situação de estresse fisiológico, qualquer doença pode voltar a lesão. 
	A coleira de amitraz está no mercado como curativa, mas a forma generalizada ela nãocura. Na localizada é até uma tentativa boa, ao invés de dar o banho vc coloca a coleira de amitraz e pode ser que isso segure ou pode ser que não.
O que acontece: 
Sintoma da intoxicação: animal fica extremamente prostrado, quase em estupor. Nessa situação vc tem que lavar imediatamente com água fria o produto que está sobre a pele e orientar a proprietária a levar ao veterinário. 
Vc pode fazer o tratamento sintomático: administrar uma fluidoterapia pra aumentar a pressão do animal e o banho vc consegue reverter. 
Antídoto: yohimbina. A atropina não é antídoto!
Se der reação ao amitraz, não colocar a coleira de amitraz pra controle!
Outros tratamentos (caso tenha reação ao amitraz):
Casos refratários:
Milbemicina 2mg/kg/dia 90 a 120 dias. (caro)
Invermectina: 0,4-0,6mg/kg diariamente por 90-120 dias. VO
Moxidectina: 0,5mg/kg/3d (efeitos colaterais)
A invermectina é a mais usada. 0,4-0,6mg diariamente por um período mínimo de 90 dias, podendo chegar até 120 dias.
Nem pensar em usar naqueles casos em que não pode usar a invermectina. Pros animais que não pode usar a invermectina, temos a opção de usar a moxidectina. 
A moxidectina era moda há um tempo atrás, e os protocolos que encontram na literatura são os mais variáveis. Deve ser usado a cada 3 dias.
O problema da moxidectina é: Tem efeito colateral imediato independente da raça. O 1º efeito colateral é o gástrico, mas tem animais que vomitam, apresentam sialorréia e chegando até efeitos neurológicos (ataxia, estupor). 
A milbemicina hj em dia não conseguimos mais usar pra tratar porque ela não tem mais no mercado só a milbemicina, só associado ao fenuron ou ao praziquantel. Então se um dia voltarem a fazer só essa composição sem associação é um fármaco muito segura. 
Agente só faz o banho com amitraz depois que tratou a doença secundária, com lesões fechadas. Então se tem lesão de pioderma profundo agente não entra com amitraz, vamos esperar o pioderma melhorar.
Prurido: 
Controlo o prurido da sarna demodécica com antibiótico 
Se quiser fazer um anti-histamínico, mal não faz.
Mas não pode fazer corticóide de jeito nenhum!
Pulga e carrapato
Como parasitas eles não causam lesão, a lesão deles é muito branda. Vão ser problema quando o animal faz alergia, a DAPE. Carrapato ainda faz um pouco mais de alergia no local da picada.
Cães
- Pulga
- Carrapato (hipersensibilidade, hemocitozoários)
- Cheyletiellose (jovens, queratina, descamação dorso, “caspa andante”) passa o pente, ela cai na mesa e sai andando. É zoonose, pica humano também.
- Larva Ancylostoma sp (extremidades)
- Dirofilariose (nódulos ulcerados, cabeça, tronco)
- Pediculose 
Cheyletiellose: 
No Brasil ainda não detectou esse parasita. Ele é um ácaro, parece com o otodex, porém é um pouco maior, ele faz galeria na camada córnea e ele causa uma descamação. Quando ele descama, a casquinha que solta da pele gruda nas costas desse parasita. Por isso eles chamam de “caspa andante”. 
O diagnóstico é: passa um pente, a caspa cai na mesa e ela começa a andar, por isso o nome de “caspa andante”. 
	É zoonose, ele pica agente também. Mas no Brasil ainda não se encontrou.
Larva migrans
	O cão pode fazer igual ao ser humano. Vão ser lesões papulares nas patas.
Pediculose
	É o piolho e lêndea. O piolho do cão come o pelo. 
	Diagnostico é visual: abriu e viu, o piolho anda na pele do animal.
	Geralmente o animal tem a pelagem feia, etc. é doença de cão filhote.
O tratamento com invermectina não funciona bem, o que vai funcionar são os sprays ou os banhos com deltametrina, fibronil spray, qualquer shampoo pra pulga e carrapato vai funcionar (fiprobil spray, etc.) 
O remédio por via sistêmica não tem um bom efeito, só pros dermatófitos que vai ser mais freqüente pro gato.
Gato
- Pulga
- Cheyletiellose (descamação, dermatite miliar)
- Demodiciose (imunossupressão): contagiosa, pruriginosa e superficial. Diferente do cão!
- Lynxacarus radovski (dermatite miliar, descamação). Não é parasita, é um ácaro que fica no pelo. Lesão é branda, não causa prurida. No gato de pelagem escura fica cheio de pontinho branco, no gato de pelagem clara fica cheio de pontinho preto. O grande problema é a epidemiologia do ácaro não é muito conhecida. Então se vc pega um fipronil, etc. ele desaparece, mas daqui a pouco ele está cheio de novo. Na mesma gaiola uns podem ter e outros não, não se sabe o porquê. É difícil de controlar, não se sabe como é o contagio, como vem, se fica ou não no ambiente, etc.
 - Pediculose (prurido, anemia)
A pulga é o mesmo problema do cão.
 
Cheyletiellose: Também faz a mesma coisa que no cão
Sarna demodécica no gato:
	É totalmente diferente da sarna demodécica do cão.
	É o demodex gatoy e demodex enjoy
	É superficial, é contagiosa (de gato pra gato) e pruriginosa. 
	Geralmente as lesões são na face.
	Rara de acontecer.
Lynxacarus radovski
	É um ácaro. As pessoas se confundem com piolho porque é um acaro de pêlo, ele fica no pêlo, ele fica pra cima e pra baixo no pelo, só que fica grudadinho no pêlo, tanto o ácaro quanto o ovo do ácaro.
	A lesão que ele causa é branda, uma leve descamação, não causa prurido.
	O aspecto é ruim. Porque se o gato tem a pelagem escura, esse ácaro tem 2 cores, a parte anterior dele é mais marrom e a posterior é branquinha, então no gato de pelagem escura, fica cheio de pontinho branco. No gato de pelagem clara fica cheio de pontinho preto. 
	Vulgarmente chamado de ácaro sal com pimenta. 
	A epidemiologia desse ácaro não é muito conhecida. 
	Vc pega um fipronil, uma deltametrina, dá um banho nele e desaparece, em pouco tempo o gato está cheio de ácaro de novo. Outra coisa: numa mesma gaiola, um gato vive infestado e outros podem não ter. Temos que explicar ao proprietário que é difícil de controlar porque não se sabe bem como é o contágio, como ele vem, se fica ou não no ambiente, etc.
	Diagnostico: puxa o pelo, coloca no microscópio e no menor aumento vc já vê. 
Pediculose
Lembrar que o piolho do gato, geralmente é mais hematófago e ai desencadeia anemia se tem muita infestação.
É muito contagioso, tem que tratar todos os gatos da casa (pois é espécie específica, não passa pra cão nem pra gente)
Prurido
Doenças alérgicas em cães e gatos
Não existe doença alérgica sem prurido, é o prurido é primário.
Na doença alérgica o prurido é primário. O animal se coca e depois faz a lesão. 
Só que quando chegam pra gente muitas vezes chegam muito lesionados em função do que esse prurido faz. 
Ver em aula de fármaco a terapêutica das doenças alérgicas
Prurido 
	- Sensação de irritação cutânea que estimula o impulso de coçar
	- mediadores do prurido:
		- Citocinas (interleucina1)
		- Ecosanoides (leucotrienos e prostaglandinas)
		- Histamina
		- Peptídeos
		- Fator ativação plaquetária
		- Enzimas proteolíticas
As mesmas fibras (vias) que levam o estímulo da dor são as mesmas que levam o estimulo do prurido, que são as fibras A e C. 
Tem autores que consideram o prurido como um nível de dor.
O que é importante saber: que os mediadores de prurido principalmente no cão e no gato, não é só histamina. No homem a histamina tem um papel muito mais significativo do que no cão e no gato. Por isso que os anti-histamínicos têm o efeito muito efêmero. A tendência dos autores é dizer que anti-histamínico não funciona pra cão e gato, mas agente ainda vê alguns animais que respondem, muito mais até pela ação lá no SNC de sedação do que pela ação em receptor periféricos.
	
No desencadeamento do prurido encontramos: Ecosanoides (leucotrienos e prostaglandinas), Histamina, Peptídeos, Fator ativação plaquetária, Enzimas proteolíticas. Vemos todos esses fatores também nos processos de inflamação, por isso que o prurido responde no cão muito melhor a AIE (quem dera que respondesse ao não esteroidal) em função dessa característica.
Mediadores do prurido são liberados, vão, estimulam os receptores neurológicos que estão na derme, esses receptores levam o estimulo até o córtex e ai vc tem a resposta do prurido.
Lembrando que a resposta do prurido pode vir emforma de: Escarificação, lambedura excessiva de uma região (o proprietário não associa), mordiscar excessivamente um lugar ou rasquear (se esfregar na parede, no chão). Tudo isso são formas de prurido que trazem como conseqüência a automutilação. 
O animal cocando o tempo todo com a boca, podemos ver acúmulo de pêlo no periodonto, e pêlo embolado na região ventral (que é porque ele está cocando muito, lambendo muito, fica um bololô que são sinais sutis que temos que buscar na hora do exame físico) e o resto do pêlo normal.
Prurido -> sintoma mais comum em dermatologia
Ectoparasitas:
	Pulgas
	Sarnas
	Carrapato
	Pulga
Agentes infecciosos:
	Pioderma superficial
	Malassezíase
Alergias
	Atopia (é a mais pruriginosa, é a mais compricada)
 	HÁ (hipersensibilidade alimentar)
	DAPE (dermatite alérgica a picada de ectoparasitas)
	DAC (dermatite alérgica por contato)
	O prurido é o sintoma mais comum na dermatologia que está ligado a doença alérgica primariamente, mas também está ligado a outras doenças. É isso que agente tem que pensar. É primário também nas doenças parasitárias (nas sarnas, escabiose, piolho, carrapato e pulga).
	Prurido secundário: nos agentes infecciosos. Malassezíase, pioderma superficial, ainda mais se o animal tem uma hipersensibilidade a esses agentes, o animal vai coçar muito.
	Depois vem as alergias. Dentro das alergias, a atopia é a mais pruriginosa, é a mais complicada, é a grande vilã das alergias.
Terapia anti-pruriginosa
	Independente da causa do prurido, eu sempre vou associar uma terapêutica anti-pruriginosa, agora lembrando que prurido só resolve quando agente retira a causa.
Nas doenças parasitarias, nas doenças infecciosas é mais fácil. Na doença alérgica, dependendo do alérgeno é mais complicado.
	Alérgeno fácil da gente retirar: o parasito. DAPE. Seja fungo, carrapato, vou lá, controlo e o animal vai para de coçar.
DAC: eu descubro qual o contato, o que faz ele produzir a reação e tiro.
Hipersensibilidade alimentar: se eu descobrir qual é o antígeno alimentar que está causando problema eu tiro da alimentação dele. Já é um pouco mais complicado.
Atopia: é a dermatite alérgica a aeroalérgenos. Os alérgenos estão em suspensão no ar, então o contato é constante, então o tratamento é difícil. Então pra essas situações a terapêutica pruriginosa tem que ser um pouco mais efetiva.
Anti-histamínico
(mesmo slide da aula de fármaco)
1º ponto da terapia: Antipruriginoso, ou seja, o anti-histamínico. 
Estudar caderno de farmaco
Corticoterapia sistêmica
Droga mais usada e abusada na dermatologia veterinária.
Média ação < 36h supressão adrenal -> terapias prolongadas
	Prednisona, prednisolona, triancinolona, metilprednisol
Dose antiinflamatória
Período de indução 7 a 10 dias => redução
Os corticóides são os medicamentos mais efetivos para o controle do prurido no cão e no gato, principalmente a curto prazo. 
Então vc faz corticóide, se o animal é alérgico, se o animal é atópico ele para de coçar em 3 dias. Isso é até uma forma de diagnostico, é uma informação na anamnese importante.
O problema do corticóide são os efeitos colaterais, que são rápidos: imunossupressão, animal com hiperadreno ele faz poliúria, polidipsia e polifagia, hiperadreno induz a diabetes (então o uso de corticóide pode induzir a diabetes), o hiperadreno faz atrofia de musculatura. Corticóide pode causar hepatopatia, depósito de cálcio. Se fizer uso contínuo por tempo prolongado, muitas vezes os efeitos colaterais são irreversíveis porque é um medicamento que traz beneficio a terapêutica e traz malefício do efeito colateral.
Só vamos usar o corticóide em situações pra tirar o animal da crise. E tem que deixar isso muito claro pro proprietário e só pra aquela situação que é realmente alérgica e que não tem infecção secundária junto (isso é o ponto primário pra prescrever uma corticoterapia, ter a certeza que não tem infecção secundária associada).
	Corticóides que agente mais usa na dermatologia veterinária para o controle de prurido:
Usamos os corticóides de media ação. Não pode usar de longa ação!
Quais são usados:
	Prednisolona, Prednisona, triancinolona (não tem no Brasil), metilprednisolona (que agente não tem sozinha, só temos o acetato de metilprednisolona, e quando vc coloca o sal vc transforma uma molécula que era de media pra uma ação prolongada, então agente não faz)
Dose do controle do prurido: 
Dose antiinflamatória do corticóide. Vejo na tabela a dose antiinflamatória do corticóide.
Ex. dose antiinflamatória da prednisona e da prednisolona é de 0,5mg/kg. 
Tempo que agente usa de corticóide:
Usamos no período de 7 a 10 dias no máximo. Nesse período o animal tem que ficar sem coçar, se não parou de coçar, o seu diagnostico está errado ou tem alguma coisa complicando a doença alérgica.
Evitar se ele passar de 10 dias de uso. O animal sempre faz poliúria, polifagia e polidipsia, mas tudo é reversível e não fica com seqüela usando até 10 dias.
Quando agente terminar de usar o corticóide, agente vai reduzindo a dose gradativamente.
Quando eu começo a reduzir a dose, eu não tenho mais ação terapêutica , se a causa da alergia está ali, o animal volta a coçar. Por isso que agente tem que tentar controlar tudo nesse período de 10 dias. 
Fazendo a corticoterapia com intervalo mínimo de 3 meses de uma corticoterapia pra outra.
Ácidos graxos essenciais:
- Omega 6 (linoléico) e 3 (linolênico)
- Ação antiinflamatoria moderada
- Filme protetor
- Associado anti-histamínico, corticóide 
Falamos em fármaco nos nutracêuticos.
Eles vão atuar de que forma no controle do prurido: eles não são anti-histamínicos e eles não controlam o prurido, mas vamos ver que na atopia principalmente o animal tem uma deficiência na barreira de proteção no filme protetor, as células são mais soltas, e isso favorece a penetração dos antígenos, então vc suplementa com ácidos graxos (Omega 3 e 6) com isso vc melhora a constituição dessa barreira, com isso vc tenta minimizar a penetração desses antígenos. Isso sozinho não funciona, ele é um coadjuvante, é uma das terapêuticas que agente usa. Vamos ver que na atopia agente vai somando os efeitos das terapêuticas.
Os anti-histamínicos costumam a ter uma resposta melhor quando associado aos ômegas. 
E às vezes vc consegue reduzir a dose do corticóide quando vc associa o Omega. 
Lembrando que: O efeito do acido graxo é a longo prazo, só vai começar a ver o efeito com 30-40 dias de uso. E se é um animal alérgico, com alergia crônica e que não tem cura, é um medicamento que ele vai tomar pro resto da vida.
Cuidado: Tem referencia de pancreatite porque é oleoso. Então temos que usar com cautela nas raças que tem tendência a fazer pancreatite como ex. schinauzer 
Às vezes vc tem incompatibilidade por diarréia. 
Dose: É um dos poucos que agente usa com a recomendação da dose da bula.
Tópica
- Efeito efêmero 
- Atópico -> reduzir absorção alérgeno per cutâneo 
- Frio (banho)
- Mentol 0,25 – 2%, cânfora 1 a 5%, timol 0,5 a 1%
- Umectantes (pele ressecada > limiar prurido)
- Extrato de aveia -> antipruriginoso, suavizante
- Xampu hidrocortisona. 
Terapia tópica: tem como objetivo reduzir a absorção do alérgeno percutâneo. E o outro objetivo: o atópico tem tendência genética a uma pele mais seca, geralmente a pele é mais seca, então pele ressecada coça (ex. descascando de praia agente coça). O atópico tem tendência a coçar normalmente, se a pele dele é seca, ele coça mais ainda. Isso está provado, é genético.
	A hidratação da pele do atópico é uma conduta favorável para o controle do prurido. A hidratação é sempre depois do banho e vc pode fazer mais 1 a 2x por semana mesmo sem banho (os sprays contendo os umectantes e os emolientes)
O uso de umectantes e emolientes (ver no caderno de fármaco).
	
Dermatites alérgicas 
Representam 30% das dermatopatias.
Reações de hipersensibilidade -> resposta imune -> dano a pele
Prurido -> principal manifestação clínica
O que é dermatite alérgica: 
Tenho uma reação de hipersensibilidade a uma determinada substancia (antígeno), essa reaçãode hipersensibilidade libera as substancias pró inflamatórias e causam dano a pele. O que vai causar o dano a pele é o prurido. A pele vai se apresentar com aspecto de inflamação e prurido. Então o animal coça e o auto-traumatismo que vai trazer a principal conseqüência dessa resposta imunológica. 
Como a resposta de hipersensibilidade vai se formando no individuo: 
Porque um indivíduo responde mais rápido e outro responde mais lentamente ao mesmo antígeno sendo os 2 tendo a mesma disfunção genética:
Esses indivíduos são geneticamente programados para responder de uma forma mais exacerbada a uma determinada substância que é o antígeno. O animal nasce e começa a ser exposto a aquele antígeno. 
Ex. uma ninhada de 3, um nasce com hipersensibilidade a pulga, 2 não nasceram. São expostos desde filhotes a pulga (antígeno) o antígeno vai estimular o linfócito B (que é produtor de Ac) à produção de IgE especifica pra ele, essa IgE vai sendo depositada na parede do mastócito, e dentro do mastócito temos grânulos contendo as substancias pró-inflamatórias. Então são expostos a pulga, produziu IgE, que vem e se liga ao mastócito, que fica marcado na memória antigênica desse mastócito. Toda vez que ele for replicado, ele é replicado com essa memória antigênica. Ai de novo ele é exposto a pulga, mas pra cada IgE que os 2 filhotes que nasceram sem hipersensibilidade a pulga, o que nasceu produz por exemplo, 10 IgE. De novo é exposto a pulga, tem isso tudo produzido de novo, e cada vez que é exposto ele tem uma proteção, quanto mais vezes ele é exposto, mais rápido ele vai produzir essas IgEs. Ele ainda não está manifestando os sinais alérgicos, ele vai manifestar quando ele tem uma quantidade X de IgE na parede do mastócito que vai formar essas pontes e vai promover a liberação das substancias inflamatórias. No animal alérgico ocorre muito mais rápido do que nos animais não alérgicos. 
O que isso quer dizer: como ele é alérgico, ele sempre teve pulga!
Resposta: o animal foi se sensibilizando. 
Outra pergunta: mas os outros filhotes também têm pulga, porque só ele está apresentando essa resposta?
Resposta: porque os outros não são geneticamente programados para produzir essa carga exacerbada de Ig contra aquele antígeno.
Isso é individual. A resposta alérgica é individual, é genética. 
A partir do momento que ele está sensibilizado a carga antigênica que ele precisa pra desenvolver os sinais clínicos vai ser cada vez menor.
Ex. o proprietário levou o animal na rua, nem viu que ele foi picado porque a pulga desce logo em seguida, e chega em casa se coçando desesperadamente, porque? Porque toda essa reação foi deflagrada.
Se o animal teve pulga uma vez ou outra, ele pode vir a manifestar a alergia à pulga com 4-5 anos de idade.
Agora se o filhote teve contato direto com pulga, provavelmente com 1 ano ele já vai manifestar a alergia. 
- hipersensibilidade mais comum cães e gatos (40%)
- Ag saliva da pulga -> Ctenocephalides felis felis
Infestação x DAPP
- Não tem relação com quantidade de parasita
- Pode ser sazonal (depender infestação ambiente)
DAPE:
	Hoje em dia sabe-se que o carrapato desenvolve o mesmo tipo de reação que a pulga, e às vezes é até mais difícil de vc diagnosticar porque o animal começa a manifestar os sinais quando ele está infestado da larva.
	É considerada a doença alérgica mais comum do cão e principalmente dos gatos. Quando agente pensa em alergia em gato, primeira coisa que vamos pensar é alergia a ectoparasita (e no gato, especialmente a pulga). 
	O antígeno está na saliva da pulga, então a pulga precisa picar o animal pra injetar saliva pra começar a desenvolver todo aquele processo e para depois desenvolver a alergia. O principal representante da doença alérgica é a Ctenocephalides felis felis que é a pulga do gato, tanto pro gato quanto pro cão. Mas as outras pulgas também fazem.
	Lembrar que não há relação com a quantidade de pulga e o desenvolvimento da doença alérgica e a apresentação dos sinais da doença alérgica. 
Quanto mais exposto ele for, mais rápido ele vai se sensibilizar, numa idade mais jovem e ele vai começar a manifestar os sintomas. Os sintomas são independentes da quantidade. É aquele problema: leva pra passear, pega pulga, chega em casa coçando e o dono não vê a pulga. 
	Pode ser sazonal. Uma época do ano o animal fica horrível, em outra fica bem. Aqui no RJ, temos pulga o ano inteiro, mas em locais mais frios, em época de verão vc tem mais pulga e no inverno não.
	Hoje em dia estamos enfrentado um problema também com o carrapato, com a DAPE por picada de carrapato.
DAPP (dermatite alérgica a picada de pulga)
Sinais clínicos
- localização lombo-sacral, perineal, face posterior MP, abdômen
- Dermatite papulo-crostosa
- Hipotricose, alopecia
- Descamação, escoriação
- Hiperqueratose, hiperpigmentação
DAPP
É uma doença que a localização da lesão ajuda no diagnostico. Aonde vão ser as lesões: no local onde a pulga mais fica no animal. Não precisa ter muita pulga, pois a partir do momento que ele é sensibilizado, uma pulga que aparece, eles vão fazer lesão maior ali, pois é onde vai ter mais mastócito reagindo. 
Locais: região lombo-sacra, faz um triangulo com a base na base da cauda, pois a pulga gosta de ficar nessa região. Às vezes atrás da orelha, e na região posterior dos membros posteriores. São os locais que a pulga mais gosta de ficar. 
É uma dermatite pápulo crostosa, vc passa a mão no animal e sente como se ela estivesse toda encaroçada, as lesões não são muito visuais, são mais táteis. Faz a pápula e uma crostinha na saída do folículo piloso. É uma dermatite bem superficial, raramente vc tem infecção secundária associada, se tiver é uma foliculite.
Tem animal que não tem perda de pêlo, mas vc percebe que onde ele lambe e coça mais, a pelagem fica mais avermelhada, tem alteração na coloração da pelagem porque o animal começa a lamber muito. 
	Geralmente evolui para uma hipotricose, e pra uma alopecia na região acometida, e tem muita descamação seca. Cursa muito com uma desordem seborréica e descamação seca e escoriação.
	Nos quadros crônicos, vc pode ter uma hiperqueratose, a pele fica alopécica e hiperqueratótica chegando às vezes até a paquidermia só no local que a pulga está acometendo o animal. 
Carrapato
	O carrapato: não tem muito padrão. Vc vai ter uma falha toda irregular, descamação, alopecia, todas as lesões são de forma irregular.
	O chou chou geralmente perde pêlo no tronco porque ele tem esse padrão de perda de pelagem, toda a queda de pelagem do tronco dele geralmente cursa com a queda de pêlo na região do tronco. 
Sinais clínicos
	Gatos
		Dermatite miliar
		Alopecia bilateral simétrica
		Lesões CGE
	O gato geralmente com a alergia a pulga desenvolve lesões do complexo granuloma eosinofílico. Uma das principais causas do surgimento de lesões do complexo granuloma eosinofílico é a dermatite alérgica à pulga. 
	Aqui não tem localização! Elas são caracterizadas pela formação de placas e úlceras, então o animal tem alergia à pulga e tem às vezes a formação de uma placa eosinofílica na face interna de membros posteriores, na barriga.
	Então no gato é o contrario, vc vai identificar que aquela lesão é uma lesão do complexo granuloma eosinofílico. A primeira coisa que vc vai ver é se ele tem pulga, e controlar a pulga.
	Existe uma lesão do complexo granuloma eosinofílico que é a ulcera indolente, que são 2 ulceras na boca, que o gato com DAPE faz, e a pulga não passa ali, mas é um padrão de resposta do gato.
	Se vc atendeu um gato com lesão ulcerada, bilateral em lábio superior, provavelmente é uma ulcera indolente. A primeira coisa que agente vai ver é se ele tem pulga ou fazer um bom controle de pulga desse animal.
Outra apresentação da DAPE no gato é a alopecia bilateral simétrica: o gato se lambe, ele tem o prurido e manifesta esse prurido se lambendo excessivamente, e ai é na área.
Atendeu alopecia bilateral simétrica no gato, é uma outra apresentação lesional do gato. Atendeu um gato com isso, a primeira coisa que vou pensaré doença alérgica, DAPE e vou controlar a pulga. Se não melhorou, ai agente vai pensar em outras coisas.
Dermatite miliar: 
É o aspecto pápulo-crostoso que dá na pele do gato, que também é um padrão de resposta e que a DAPP pode causar. 
Se atendeu um gato, passou a mão e sente o gato todo encaroçado, é dermatite miliar, os 2 principais diagnósticos diferenciais são: DAPP e dermatofitose. Tem que pensar sempre nesses 2.
Diagnóstico da DAPE
	Anamnese -> tipo de vida, ectoparasiticidas
	Exame físico: localização lesões
			Pulga, fezes pulga
			Pente pulga 
O diagnóstico da DAPE vou fazer pela queixa principal que está se cocando, está fazendo lesões escoriativas, e ai vc vai ver o tipo de vida do animal, se ele tem alguma característica na vida do animal que ele possa ter contato com a pulga. Vc não pode excluir pulga. Se não faz controle de ectoparasiticida regularmente, não tem como excluir DAPE. 
No exame físico: 
Padrão de distribuição lesional vai ser importante. 
As vezes o animal já chega com a lesão muito evoluída, e ai a pergunta que eu faço que faz parte da anamnese é como iniciou o quadro, onde iniciou a lesão (geralmente em cima do rabo e ai vai espalhando).
Ferramenta que vamos usar:
	O pente pra ver se o animal tem pulga. Agente não passa só no local da lesão, vamos passar onde a pulga costuma ficar (atrás da orelha, base da cauda, etc.) pra achar pulga ou as fezes da pulga.
Diagnostico diferencial
	- Dermatites infecciosas (complicação DA)
	- Parasitárias (escabiose)
	- Dermatofitose
	- Demodicose
- DA, HA, DAC
Como faz diagnóstico pra doença alérgica: nas doenças alérgicas agente diagnostica primeiro excluindo as outras doenças. Então primeiro passo: vou excluir as doenças não alérgicas, doenças pruriginosas que podem ser: sarnas, doenças infecciosas (bacteriana), dermatofitose e às vezes a demodicose. 
Vou fazer esses exames pra ter certeza que não é. Quando excluir isso tudo, eu posso agora dizer pro proprietário que é DAPP
Pra doença alérgica não tem exame laboratorial que diagnostique que é doença alérgica e pelo o que é. 
O diagnostico da doença alérgica é por exclusão e fecho clinicamente com dados da anamnese e exame físico.
	A única coisa que agente pode ter é o exame histopatológico que vai dizer: lesão compatível com doença imunomediada. (é uma doença mediada pelo sistema imunológico, mas ai pode ser alergia e pode ser doença auto-imune)
	Hemograma: às vezes a DAPE faz eosinofilia. A única que pode fazer eosinofilia, as outras nem isso faz.
	Teste alérgico: agente só faz quando agente já sabe que o animal é alérgico e quando eu já tenho suspeita do que ele possa ser alérgico.
	A conduta diagnóstica é clinico, anamnese, exame físico e exames para descartar as outras doenças. 
Tratamento
	Eliminar o parasitismo: Animal (3 semanas)
				 Ambiente
	Prurido
		Anti-histamínico
		AGE (acido graxo essencial)
		Corticoterapia
Sinais secundários -> desordens seborréicas
	Depois que eu descartei as outras doenças, agora vou diferenciar dentro das outras doenças alérgicas. A DAPE é sempre a primeira doença alérgica que agente vai descartar. Quando eu suspeito de DAPE eu não preciso descartar as outras, eu já vou direto empregar a terapêutica pra DAPE: controle do ectoparasita.
Ex. quando suspeito da dermatite atópica, a primeira coisa que eu faço é descartar a DAPE, descartar a hipersensibilidade alimentar, se não são esses 2, ai eu fecho como dermatite atópico.
Na DAPE, ela é a primeira, quando ela vem mais clássica, eu já vou pra prova terapêutica que vai ser meu diagnostico.
Tratamento: eliminar o parasitismo. Se é pulga e carrapato têm que fazer o controle de parasitismo no animal e no ambiente.
No controle de parasitismo no animal: a aplicação do produto para evitar a infestação do parasita tem que ser no intervalo menor do que no animal que não é alérgico. Por que: todo parasiticida, vamos usar sempre o “parasiticida (spot on)”. Geralmente o spot on (que fica na glândula sebácea) dura 4 semanas, então entre a 3ª e a 4ª semana ocorre uma queda no nível. Num animal que não tem alergia, ele vai pegar uma pulga ou outra, um carrapato, mas não vai ter problema. Mas quem tem alergia, nessa queda no nível do medicamento, um único parasita que chega ali vai causar todo o sintoma, com isso agente prescreve a cada 3 semanas até ter um bom controle no ambiente.
O que agente usa:
Fludromil, imidaclopride, celamectina, prac-tic (defenotrina), qualquer spot on que indique controle de pulga, desde que seja feito a cada 3 semanas.
Sinais secundários:
	Prurido: se eu tenho um bom controle do parasita, eu posso usar só um anti-histamínico (só se o animal não estiver numa crise muito grave). 
	No prurido grave posso passar corticóide. (obs: se eu passo corticóide eu não uso o anti-histamínico)
	Associo o acido graxo pra potencializar a ação do anti-histamínico.
Esse paciente não vai precisar usar acido graxo pra toda a vida, usar 60 dias, 90 dias, e depois que vc tem um bom controle da pulga, suspende.
Só que é aquilo, não tem cura. Toda vez que o proprietário relaxar e o animal pegar pulga ou carrapato, ele vai se coçar como um louco.
Principais sinais secundários que vamos ter na atopia da DAPE, são as desordens seborréicas. Então agente sempre prescreve o produto anti-seborréico como enxofre, acido salicílico, umectante é bom (pra melhorar o quadro do animal). Depois que ele recupera não há mais necessidade porque ele só faz a lesão quando está exposto ao ectoparasita, ele não tem disfunção genética na pele como o animal atópico tem.
Dermatite alérgica de contato 
(DAC)
É uma das doenças alérgicas mais fáceis de tratar, mas que às vezes o veterinário não consegue chegar ao diagnóstico.
O que é a DAC:
É algum produto, alguma substância que em contato com a pele naquele local (a DAC não faz lesão generalizada), é no local de contato o animal começa a desenvolver uma dermatite. 
Particularidade da DAC:
	Ela não faz lesão generalizada, é no local de contato.
Outra particularidade:
	Lugar de contato prolongado. 
Ex. não é DAC: desinfetante, produto de obra, onde o animal aparece com a lesão 24 horas depois não é alergia, isso é produto cáustico. Num dia estava e no outro não: isso é caustico, não é DAC.
DAC é: passo pano todo dia no chão, no inicio ele não tinha nada, com o tempo, todo dia eu olho a bolsa escrotal dele e está vermelha. Então ele desenvolveu a alergia.
Ex. comecei a forrar a casinha dele com carpete, 3 semanas depois ele começou a apresentar naquele local que ele deita, uma falha de pêlo, eritrema.
- Contato prolongado alérgeno
- Diferenciar dermatite contato
CAUSAS:
Tecidos sintéticos, lã, carpete ...
Desinfetantes, cera, tintas ...
Medicamentos (neomicina, tiuran, talcos...)
Plástico
Coleitas
Gramas
Causas: tecidos sintéticos, lã, carpete, contato prolongado. Desinfetante, cera, tinta, sempre com contato prolongado, na área. 
Plástico a DAC. A vasilha de plástico: o animal vai fazer lesão na boca, porque ele encosta ali e com o tempo vai fazendo esse tipo de lesão. 
Coleira: qualquer uma, depende da sensibilidade, pode ser ao couro, nylon, feltro, ai a lesão vai ser só no pescoço, ele não vai ter mais nada no resto do corpo. Se ele usar uma peitoral, a peitoral vai fazer lesão na região do peito.
Grama: lesão na região ventral. O que desencadeia, o antígeno da grama é a seiva que a grama solta quando é cortada. É o animal que está sempre na grama, e essa grama é cortada semanalmente ou de 15 em 15 dias. Vc coloca o animal no canil quando for cortar e o animal melhora
Medicamento: 
Ex. neomicina, é um aminoglicosídeo que faz muito DAC, mas ela é um pouco mais rápido, vc coloca e no 3-4º dia o animal começa a apresentar uma reação. 
Ex. tiuran: animal que toma banho com tiuran constantemente também desenvolve a DAC.
Sinais clínicos
- Prurido discreto -> generalizado (lambedura)
- Lesões área de contato, baixa cobertura pilosa
- Eritrema, pápulas, hiperqueratose 
Característica da lesão:
A DAC tem características bem particulares:
	O prurido é maisdiscreto. Às vezes o animal lambe excessivamente o local. Não tem tanto prurido, podendo chegar a ser generalizada. O animal lambe, então não tem escoriação, vc não tem infecção secundária.
	A lesão é sempre na área de contato. Ex. se é alguma coisa no chão, a lesão é sempre ventral, e macho faz muito na bolsa escrotal porque a pele é mais fina. Região de pescoço (quando é a cólera), roupa (no inverno, começo a ver falha de pelo). 
	Lesão clássica: eritrema, alopecia, algumas pápulas e com a cronicidade tenho a hiperqueratose. Não passa disso, na área de contato.
Diagnóstico
- Raspado parasitológico
- Cultura dermatófitos;
- Citologia (eosinófilos)
- Lesão x área de contato
Tratamento
	Retirar contato (similares)
	Corticóide tópico (ex. 
	Infecções secundárias (não são comuns)
Diagnostico:
	O que agente pode excluir: sarna, escabiose.
	Fazer raspado parasitológico. Pra excluir uma sarna demodécica, uma dermatofitose, porque como não tem muito prurido não podemos pensar direto na DAC, temos que descartar. 
	Raspado parasitológico, cultura de fungo, citologia (nem vale a pena).
Fecho o diagnóstico:
	Lesão na área de contato. Eu excluo o contato e vejo como o paciente vai ficar.
	
Lembrando que: se ele tem alergia a coleira de couro, ele vai fazer alergia a qualquer outra coisa que tenha couro. Se ele tem alergia a plástico, tem que trocar as vasilhas dele e não pode deixar brincar com garrafa pet, nada de plástico. E lembrar que ele já está sensibilizado, então o menor contato vai fazer com que ele tenha o mesmo quadro.
Tratamento
	Retiro o contato. 
Basta um corticóide tópico, vc passa um creme corticóide tópico. Só se a lesão estiver muito disseminada vc pode fazer um sistêmico e retira o contato. 
Raramente temos infecção secundária.
Ex: pomada de media ação: betametasona, fluorcinolona, etc. se vc usar por muito tempo vc vai ter efeito colateral, mas se usar 1 semana não tem problema.

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