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AULA 7 - NEURO

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MENINGOENCEFALITE 
AULA 7 
INTRODUÇÃO 
• A meningite é definida como uma inflamação das meninges e LCR. 
• Quando acometem o parênquima chamamos de encefalite (em geral associado com déficits focais – 
paresia, diplopia, etc). 
• Doença com alta morbimortalidade (30%) e cerca de 66% dos pacientes têm sequelas. 
• Causados por diversos agentes infecciosos (bactérias, vírus ou fungos), assim como por agentes não 
infecciosos como o trauma,doenças inflamatórias, medicamentos , neoplasias, entre outros. 
• Emergência infecciosa que necessita de intervenção precoce. 
• A epidmeiologia depende do agente infeccioso, condições socioeconômicas, meio ambiente, etc. 
FISIOPATOLOGIA 
• Nos casos das infecciosas, os agentes colonizam o organismo e podem penetrar a barreira da mucosa, 
principalmente do sistema respiratório. 
• Pela corrente sanguínea, ele consegue atingir o SNC, atravessando a barreia hematoencefálica, 
estabelecendo-se no espaço subaracnóideo, encontrando no LCR (não possui complemento, anticorpos 
e macrógafos, mas é rico em substrato) um meio adequado para proliferação e desenvolvimento. 
• A inflamação causada tem como consequência o recrutamento de células do sistema imune, como os 
neutrófilos e todo esse processo termina lesando mais ainda as membranas vasculares da barreia. 
• Esse infiltrado celular compõe o exsudato inflamatório seroso presente no LCR. 
• Associadd a isso, há um edema vasogênico para a chegada de sangue adequadamente ao encéfalo, 
porém, pode causar HIC. 
• Ademais, pela reação inflamatória, podem ocorrer tromboflebites. 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
• O Conoravírus modificou bastante o panorama dos agentes etiológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Incidência em < 5 anos, 
especialemente em 
lactentes entre três e 
doze meses. 
MENINGITE BACTERIANA POR MENINGOCOCO 
• Neisseria meningitidis (meningococo) 
• Bactéria gram- 
• Principais subgrupos: A, B, C, W135 e Y. 
• Um dos mais incidentes junto com o pneumococo. 
• Brasil: quase a totalidade dos meningococos é sensível 
 à penicilina cristalina. 
BACTERIANA 
2 
• O tipo C é a mais frequente das meningites meningocócicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A Listeria Monocytogenes é mais associado com pacientes com algum grau de imunosupressão. 
Além disso, tem maior incidência nos extremos de idade (<5 anos e >60 anos), usuários de 
corticoides, etilistas e HIV+. -> COBERTURA COM AMPICILINA 
• Dependo da flora hospitalar, o imunossupresso tem risco ao gram negativo, em especial a pseudômonas. 
• Dos agentes fúngicos, o importante é o criptococo, também no contexto da CIDA/HIV/AIDS. 
 
 
• Principais: enterovírus, poliovírus, echovírus, coxsackie A, coxsackie B e outros enterovírus. 
• Geralmente evoluem com quadro benigno (90%). 
 
 
 
 
 
 
 
MENINGITE BACTERIANA POR H. INFLUENZAE 
MENINGITE BACTERIANA POR PNEUMOCOCO 
MENINGITE TUBERCULOSA MENINGITE VIRAL 
• Após a vacina contra 
a Hib, houve queda 
de cerca de 90% 
• Mais frequente em menores de 5 
anos. 
• Maior letalidade quando 
comparada com N. Meningitidis 
e Hib. 
• Imunossuprimidos, principalmente portadores de HIV. • Principal agente: Enterovírus (90%). 
• Streptococcus pneumoniae (pneumococo) 
• Bactéria gram+ 
• Maior resistência que o meningococo. 
• Aborgagem incial com cefalosporina de 3ª geração. 
 
• Haemophilus influenzae (hemófilo) 
• Bactéria gram- 
• Podem causar infecções assintomáticas ou doenças não invasivas, como: 
bronquite, sinusite e otites, em crianças ou adultos. 
VIRAIS 
3 
TRANSMISSÃO 
• Em geral, é de pessoa a pessoa, através de gotículas e secreções nasofaríngeas. 
• A transmissão oral-fecal é de grande importância, principalmente em infecções por enterovírus. 
• Em geral, após 24hrs de ATBs, podemos tirar o pct da precaução respiratória, visto que, o período de 
transmissibilidade acabou. 
• Neonato normalmente não é uma população acometida por conta dos anticorpos maternos. 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Síndorme da HIC: cefaleia intensa secundária ao edema vasogênico, podendo ser associada a nâuseas e 
vômitos. 
• Síndrome toxêmica: febre, protação e confusão mental. 
• Síndrome de irritação meníngea: sinais de Kerning, Brundzinsk e rigidez de nuca. 
• Em crinaças, geralmente há apenas a febre e RNC. 
• A doença meningocócica pode se apresentar com 3 quadros clínicos: meningite isolada (70%), 
meningococcemia isolada (27%) e doença fulminante (4%). 
• Geralmente a meningite e meningococcemia isoladas iniciam com febre, mal-estar, mialgia, dor em 
membros, prostação e rash maculopapular, petequial ou purpúrico. 
• Nas meningites virais, em geral, o paciente vai apresentar um bom estago geral com sinais de irritação 
meníngea. 
• Enterovírus: associação com manifestações gastrointestinais (vômitos, anorexia e diarreia), respiratórias 
(tosse e faringite) , mialgia e erupção cutânea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Tiberculosa: é dada pelo líquor com aumento de celularidade, principalmente linfomonócitos, e com queda da 
glicorraquia liquórica, tendo um acometimento principalmente na base do crânio; o paciente cursa com 
acometimento dos nervos cranianos (principalmente do terceiro ao oitavo nervo), pois ela infiltra a base do crânio e 
forma uma meningite com um amplo acometimento das meninges (observa-se uma ampla evidência da captação de 
contraste na meninge). 
 
4 
 
COMPLICAÇÕES 
• Principais bacterianas: perda auditiva, distúrbios da linguagem, retardo mental, herniação, hidrocefalia, 
tromboflebites, AVE, anormalidade motora, distúrbios visuais, síndormes epilépticas e complicações 
piogênicas (abcesso e empiema). 
• Pneumocócica: classicamente ocasionando perda auditiva. 
• Virais: enceflite grave - herpética (VH simples tipo 1 e 2, herpes varicela zoster, adenovírus). Mais 
comum em idosos e imunossuprimidos. 
• Tuberculosa: hidrocefalia e tuberculomas. 
 
DIAGNÓSTICO 
• O diagnóstico clínico é dado pelos achados clínicos. 
• O diagnóstico laboratorial é realizado através do estudo do LCR, hemocultura e raspado de lesões 
petequiais (meningite e meningococcemia). 
• É importante fazer a TC de crânio antes da punção nos pacientes com história ou quadro clínico que 
possa evoluir para herniação: RNC moderada ou grave, >60 anos, sinais neurológicos focais, convulsões, 
papiledema, sinais de HIC e imunossuprimidos. 
• Os sinais vistos na TC são sugestivos de gravidade e de pior prognóstico. 
• É mandatório o início da antibioticoterapia, mesmo na escolha de fazer a TC antes da punção. 
• O tt antimicrobiano não alteram o LCR até as primeiras 6hrs do início. 
• LCR: analisar proteína, glicose (relação soro/líquido), celularidade com diferencia. Ademais, faremos 
bacterioscopia com Gram e cultura com antibiograma. 
 
• EXAMES SOLICITADOS EM SUSPEITA DE MENINGITE: exame quimiocitológico do líquor, 
becterioscopia direta (líquor), cultura (líquor e sangue), contra imunoeletroforese cruzada (CIE – líquor 
e soro) e aglutinação pelo látex (líquido e soro) 
 
 
5 
TRATAMENTO 
 
 
• Idealmente deveria ser introduzida após a punção lombar e coleta do sangue para hemocultura. 
• Porém, na prática, iniciamos empiricamente o tt com Ceftraixone, Ampicilina, Aciclovir e Oxacilina (se 
suspeita de Staphylococcos – infecçao de pele posteeior ou atual). 
• De modo geral, o ATB é administrado por via endovenosa por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, 
dependendo da evolução do pct. 
• A escolha empírica inicial vai ser escolhido de acordo com os agentes para cada faixa etária e exposição 
hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A Dexametasona 0,15 mg/kg 6/6hrs por 4 dias foi comprovada como medicamento adjuvante nos 
casos de meinigite meningocócica e por Hib, visto que, reduz a mortalidade e sequelas. 
 
 
• O tt das meningites virais é feito com Aciclovir nos casos de meningite herpética (HSV1 e 2e VZV). 
 
BACTERIANA 
VIRAL 
6 
VIGILÂNCIA E PROFILAXIA 
• Doença de notificação compulsória. 
• Quimioprofilaxia com Ciprofloxacino/ Rifampicina/ Ceftriaxone para contatos íntimos, expostos de 7 a 
10 dias do início dos sintomas, nos casos de doença meningocócica e meningite por Hib. 
• Em crianças com esquema vacinal completo contra Hib tipo B não precisam receber quimio, exceto em 
imunossuprimidos. 
 
NEUROESQUISTOSSOMOSE 
• Não vem a ser tipicamente uma meningite, mas sim uma mielite, uma mieloradiculite. 
• Os ovos chegam na região da coluna e causam uma reação inflamatória que culmina 
com uma mielite, uma mieloradiculite, onde o líquor analisado desses pacientes tem 
eosinófilo. 
• O tt é realizado a partir do uso de corticoides para cessar a inflamação decorrente do 
ovo do parasita. Posteriormente tratamos contra o parasita.

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