o volume de produção (ex.: tamanho fixo de uma fábrica, que tanto pode produzir 10 unidades como 100 unidades de uma mercadoria). Fator Variável: a quantidade utilizada varia com o volume de produção. (ex.: número de trabalhadores contratados, que podem trabalhar em 1 turno de produção, ou em até 3 turnos em épocas de pico da produção). Consideramos K (equipamentos, instalações físicas da empresa) como fator fixo, e N como fator variável. 2 0 O curto prazo é o período no qual a quantidade de pelo menos um dos fatores de produção não será alterada; ou seja, ao menos um dos fatores será considerado fixo. O longo prazo é o horizonte de tempo no qual pode-se mudar as quantidades de qualquer fator de produção. Logo, nenhum fator é considerado fixo; todos serão variáveis. AULA 7 DIFERENÇA ENTRE CURTO E LONGO PRAZO Já no longo prazo, pode-se pensar em ampliar a fábrica, ou abrir /fechar filiais; varia a capacidade instalada. No curto prazo, a empresa não muda sua capacidade instalada, varia o grau de utilização dessa capacidade (trabalha com capacidade ociosa / pleno emprego). 2 1 Característica: A empresa vai aumentar as quantidades de capital (K) e de trabalho (N) ao mesmo tempo, no mesmo percentual. Isso corresponde a aumentar a escala (volume da produção e tamanho da fábrica), o que origina os ... O crescimento do Produto pode ser de 3 tipos: Rendimentos crescentes ou Economias de escala: produção cresce em % maior que o aumento dos fatores. Rendimentos constantes de escala: produção cresce no mesmo % de aumento dos fatores. Rendimentos decrescentes de escala: produção cresce em % menor que o aumento dos fatores. AULA 7 PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO ...RENDIMENTOS DE ESCALA: mudança no volume do Produto quando se aumentam as qtdes. de ambos os fatores. 2 2 AULA 7 PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO Como saber qual é o limite máximo de trabalhadores? Oberva-se a Produtividade Marginal, que é a variação na qtde. do produto, quando se contrata mais um trabalhador. Quando a PMg do Trab. = 0, o produto atinge o máximo: Característica: A empresa objetiva obter o volume máximo de produção. Para isso, aumenta a qtde. de trabalho N (já que não tem como aumentar o K), até o limite máximo de trabalhadores (pois o espaço físico e máquinas estão fixos). N Q PMg 1 15 15 – 0= 15 2 35 35 – 15 = 20 3 47 47 – 35 = 12 4 47 47 – 47 =12 2 3 AULA 7 PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO “No início o produto cresce a taxas crescentes, depois o crescimento do produto desacelera e chega a zero.” Isso porque estamos colocando mais e mais pessoas em um espaço limitado, que comporta um máximo de trabalhadores. Se contratar além disso, começam a surgir trantornos que causam queda do produto. Se a empresa contratatasse o 5º. trabalhador, notaria queda no produto, pois ultrapassaria o limite máximo de funcionários para aquele espaço. Por que isso ocorre? A PMg do trabalho também é chamada de “rendimento do trabalho”; é a contribuição de cada trabalhador para a variação na qtde. do produto. Na medida em que se aumenta o no. de trabalhadores, observamos agir a Lei dos Rendimentos Decrescentes: 2 27/11/2012 5 AULA 6 No curto prazo temos 5 conceitos principais de Custos: �Custo Fixo (CF): gastos com o fator de produção fixo �Custo Variável (CV): gastos com o fator de produção variável �Custo Total (CT): soma dos custos fixos e variáveis CT = CF + CV �Custo Médio (CMe): é o custo por unidade CTMe = (CT / Q) ou CTMe = CVMe + CFMe �Custo Marginal (CMg): È a variação no custo total, quando se produz mais uma unidade de produto. CMg = ∆ CT CUSTOS NO CURTO PRAZO 25 AULA 7 Q CF CV CT CMe CMg 0 10 0 10 - - 1 10 5 15 15 / 1 = 15 15 – 10 = 5 2 10 8 18 18 / 2 = 9 18 – 15 = 3 3 10 10 20 20 / 3 = 6,7 20 – 18 = 2 Abaixo, um pequeno exemplo da aplicação desses conceitos de custos: CUSTOS NO CURTO PRAZO 26 AULA 7 A longo prazo, como se pode variar a quantidade de todos os fatores de produção, qualquer custo será classificado como CUSTO VARIÁVEL. Assim, no longo prazo não há custos fixos, somente variáveis. Os conceitos de custos no longo prazo são: � CTMe = (CVMe / Q) CUSTOS NO LONGO PRAZO � CT = CV � CMg = ∆ CV 27 AULA 7 A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO O Lucro Total de uma empresa pode ser calculado por: O ramo da Economia que estuda custo, receita e lucro da empresa se chama teoria marginalista (ou neoclássica). De acordo com esta teoria, toda empresa tem como objetivo obter o maior lucro possível. Isso ocorre quando houver a maior diferença entre a receita total (RT) e o custo total (CT). A condição para que o lucro seja máximo, segundo essa teoria, é que o nível de produção da empresa seja aquele que resulta em receita marginal (RMg) igual ao custo marginal (CMg). LT = RT - CT RMg = CMg 28 A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO Exemplo: dado um preço = R$2,00, o ganho com a venda da 100ª unidade seria de R$2,00. Caso o custo específico de produzir a 100ª. unidade também seja de R$2,00, 100 unidades é a quantidade que maximiza o lucro. Se o ganho se iguala ao custo, não há mais estímulo para aumentar o nível de produção. Antes de chegar à 100ª. unidade, a RMg está maior que o CMg: a empresa tem estímulo a continuar produzindo, pois está lucrando na venda. Depois de produzir/ vender a 100ª. unidade, o CMg (por ex., R$3,00) ultrapassa a RMg ; a empresa fica desestimulada a continuar produzindo, pois teria prejuízo na venda da próxima unidade. AULA 7 29 Aula 08: Sistemas Econômicos e o Fluxo Circular da Renda FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – PROF. ANTONIO ELDER Rio de Janeiro, 02 de junho de 2011 AULA 8 30 27/11/2012 6 1. Compreender o conceito de Sistema Econômico, seus elementos constitutivos, seus objetivos e principais tipos atuais. 2. Perceber, através do Fluxo Circular de Renda, como ocorrem os fluxos reais (produtos e fatores de produção) e os fluxos monetários entre os agentes econômicos (famílias, empresas e governo) de uma economia. OBJETIVOS DA AULA • Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pelo qual estar organizada uma sociedade. Engloba: � o tipo de propriedade; � a gestão da economia; � os processos de circulação das mercadorias; � o consumo; � os níveis de desenvolvimento tecnológico e da divisão do trabalho. AULA 8 SISTEMA ECONÔMICO 3 2 ELEMENTOS BÁSICOS De conformidade com sua definição, os elementos básicos de um sistema econômico são: 1) os estoques de recursos produtivos ou fatores de produção, que são: os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra (e/ou as reservas naturais), e a tecnologia; 2) os agentes econômicos: empresas, famílias e governo (e o resto do mundo); 3) o conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, que constituem a base de organização da sociedade. � Objetivos: • Estabilidade Econômica: Para que haja equilíbrio no desempenho da atividade econômica • Equidade ou Igualdade Econômica: Para que um maior número de pessoas se beneficie daquilo que foi produzido • Crescimento Econômico: Para que as necessidades de uma população cada vez maior possam ser atendidas AULA 8 OBJETIVOS 3 4 � Crescimento econômico: refere-se ao produto de uma economia, ou seja, é a soma dos valores das produções de todos os produtos produzidos em um determinado período de tempo (normalmente um ano). � Estabilidade econômica: está vinculada aos níveis de emprego, no sentido de se tentar manter, pelo menos, aqueles já alcançados pela economia; e aos níveis de preços, uma vez que qualquer processo de aumento do nível geral de preços (inflação) é algo totalmente indesejado, pois gera queda do poder aquisitivo principalmente das camadas mais pobres da população. � Equidade ou Igualdade Econômica: está vinculada à melhor distribuição de renda, à redução dos bolsões de pobreza; e a inserção social gradativa do contingente de excluídos. AULA 8 DEFINIÇÕES 3 5 TIPOS DE SISTEMAS ECONÔMICOS Sistema Econômico / Organização Econômica Principais formas: � Sistema