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27/11/2012 1 ECONOMIA – PROF. ANTONIO ELDER Rio de Janeiro, 01 de Junho de 2011 AULA 6 ELASTICIDADES (CONTINUAÇÃO) E ESTRUTURAS DE MERCADO. AULA 6 •Entender um pouco mais dos conceitos de elasticidade-preço da demanda e da oferta. • Entender as estruturas de mercado OBJETIVOS DA AULA AULA 6 Relembrando: quando as duas forças de mercado (oferta e demanda) se encontram e interagem, determinam o preço do produto. Se um mercado está inicialmente equilibrado (ou seja, OF=DEM), e o preço MUDA, as reações de oferta e demanda são diferentes: REAÇÕES DA OFERTA E DEMANDA SE O PREÇO CAI $$$$$$$… A OFERTA CAI A DEMANDA SOBE AULA 6 Se o preço sobe, a demanda cai; já a oferta, sobe. Essas reações ocorrem por causa das leis que vimos na Aula 3: As Leis explicam o que ocorre se o preço cair ou subir. Mas não permitem saber O QUANTO a demanda cai, ou O QUANTO a oferta sobe. ENTENDENDO O MERCADO �Lei da Demanda: Se o preço sobe, a demanda por X cai. Se o preço cai, a demanda por X sobe. (O preço é o “obstáculo ” para o consumidor) �Lei da Oferta: Se o preço sobe, a oferta de X sobe. Se o preço cai, a oferta de X cai. (O preço é o “prêmio” que anima o vendedor) AULA 6 O GRAU DA REAÇÃO Para conhecer melhor essa reação, é bom sabermos em que medida, em que proporção ela se dá. Queremos saber, por exemplo: se o preço subir 10%, qual será a reação da demanda, em percentual? Já sabemos que a demanda cai (pois o preço subiu), mas quanto? Vai cair 10%? Ou 5%? Como saber? Para isso usamos o conceito de elasticidade: Aplicaremos o conceito à demanda e à oferta de mercado. A elasticidade permite medir a sensibilidade, o grau de mudança em uma variável (por exemplo, na demanda ou na oferta) quando outras variáveis (como o preço) são alteradas. AULA 6 A ELASTICIDADE DA OFERTA A elasticidade-preço DA OFERTA (EpOf) é a medida da sensibilidade dos produtores/ vendedores às mudanças nos preços de determinados produtos. Ex.: Se houver um jogo importante em um estádio de futebol, tornando possível aos ambulantes cobrar um preço maior pela cerveja, surgem vários vendedores do produto! OFERTA ELÁSTICA (grande reação) Se o preço subir, e a quantidade colocada à venda pelos ofertantes crescer muito, dizemos que a oferta é elástica (muito sensível a mudanças no preço). Se o preço cair, e a oferta cair muito, também é uma oferta elástica. 27/11/2012 2 AULA 6 A ELASTICIDADE DA OFERTA OFERTA INELÁSTICA (reação pequena) Se o preço subir, e a quantidade colocada à venda pelos ofertantes crescer pouco, dizemos que a oferta é inelástica (pouco sensível a mudanças no preço). Ex.: oferta de commodities (minério de ferro, petróleo), que não cresce tanto mesmo quando o preço sobe, devido às limitações das reservas). Em resumo, a oferta é ... • Inelástica, se a reação acontecer em baixa intensidade. • Elástica, se a reação ocorrer em grande intensidade. Tratemos agora da elasticidade-preço da demanda. A Epd é o grau de sensibilidade dos consumidores às mudanças nos preços dos produtos. A sensibilidade da demanda é específica para cada produto. A Epd pode ser calculada pela fórmula: Ex.: Se Epd = 0,8, e houver queda do preço de um produto em 10%, qual será a reação da demanda? A ELASTICIDADE DA DEMANDA Epd = ∆% Q ∆% P 0,8 = ∆% Q 10 Q = qtde. demandada ∆ = variação P = preço. ∆%Q = 0,8 x 10 = 8%. A quantidade demandada vai aumentar em 8%. AULA 6 Número de substitutos Peso no orçamento Grau de essencialidade Horizonte de tempo da análise FATORES QUE INFLUENCIAM A Epd DA DEMANDA ELASTICIDADE- PREÇO DA DEMANDA POR UM PRODUTO (Epd) Leia o PDF da tela 5 da Aula online, para entender como cada fator atua. Por exemplo: se houver muitos substitutos para o produto, sua demanda é mais elástica. Se o produto for muito essencial ao consumidor, sua demanda é inelástica (a pessoa é menos sensível ao preço). EPD E TIPOS DE DEMANDA A demanda por um produto pode ser clasificada em 3 categorias, dependendo do valor de sua elasticidade- preço, que é apresentada em módulo: VALOR DA Epd Tipo de demanda Se Ep < 1 Demanda inelástica (∆%Q é MENOR que ∆%P) Se Ep = 1 Demanda de elasticidade unitária (∆%Q é IGUAL a ∆%P) Se Ep > 1 Demanda elástica (∆%Q é MAIOR que ∆%P) AULA 5 GRAU DE REPASSE DO IMPOSTO AO CONSUMIDOR A proporção do imposto que os produtores repassarão aos consumidores depende da Epd: Tipo de demanda Grau de repasse do imposto Elástica Repasse MENOR (alta sensibilidade dos compradores à subida de preço) Inelástica Repasse MAIOR (menor sensibilidade dos compradores à subida de preço) O no. de empresas atuando no mercado também influencia. Poucas empresas (mercado concentrado), menor temor de perder clientes: maior repasse Note que mesmo repassando o imposto, o produtor pode ter perdas de receita, por vender menor quantidade. Estruturas de Mercado • Observamos que as relações entre compradores e vendedores seguem padrões diferentes dependendo do tamanho deste mercado, do número de vendedores, do número de compradores e, até mesmo, do tipo de produto comercializado. Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação genérica dos diversos tipos de mercados. 27/11/2012 3 Estruturas de Mercado � Concorrência Perfeita: Um mercado de concorrência perfeita é aquele que se caracteriza por: • Existência de um grande número de vendedores e compradores; • O produto transacionado é homogêneo; • Há perfeita mobilidade de fatores de produção; • Há livre mobilidade de empresas no mercado; • Pleno conhecimento: todos os agentes conhecem todas as condições do mercado todo o tempo; • As empresas não são formadoras e sim tomadoras de preços, advindos do mercado. Estruturas de Mercado Monopólio: características • O setor é a própria firma; • Existe um único produtor que realiza toda a produção; • A oferta da firma é a oferta do setor/do mercado; • A demanda da firma é a demanda do setor/do mercado; • A firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo; • Existe concorrência entre os consumidores Estruturas de Mercado Oligopólio: características � É uma estrutura de mercado que podemos encontrar nos setores da indústria (automobilística, farmacêutica etc.), no transporte área e rodoviário, químico, siderúrgico, dentre outros; � É a forma de mercado em que há um pequeno número de firmas em um dado setor ou um pequeno número de firmas que dominam um setor com muitas empresas; � As empresas produzem produtos que são substitutos entre si. Aula 07: FUNDAMENTOS DA TEORIA DA FIRMA: Teorias da Produção e dos Custos de Produção e Maximização do Lucro Total FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – PROF. ANTONIO ELDER Rio de Janeiro, 02 de Junho de 2011 AULA 7 16 • Entender a teoria da produção. • Entender a teoria dos custos. • Compreender a maximização do lucro total OBJETIVOS DA AULA O resultado de uma empresa está relacionado à sua produção, aos custos dessa atividade e ao tipo de mercado em que ela atua. O que A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO mostra? As várias possibilidades de se combinar os recursos de produção, para obter a quantidade desejada do produto. Vamos supor que a empresa use somente 2 fatores de produção, trabalho e capital. Exemplo de uma função de produção: Significa que a Quantidade de Produto Q depende da combinação de certa quantidade de trabalho (N), com uma certa quantidade de capital (K), dentro de um período de tempo (t). AULA 7 TEORIA DA PRODUÇÃO Qx = f (N, K)/t) 1 8 27/11/2012 4 Os horizontes de planejamento (e portanto de estudo das teorias) são o curto prazo e o longo prazo. AULA 7 PRODUÇÃO CUSTOS CURTO PRAZO CURTO PRAZO LONGO PRAZO HORIZONTES DE PLANEJAMENTO Para entender a diferença entre curto e longo prazo, devemos compreender os tipos de fatores. LONGO PRAZO 1 9 AULA 7 TEORIA DA PRODUÇÃO: TIPOS DE FATORES Fator Fixo: sua quantidade não varia como volume de produção (ex.: tamanho fixo de uma fábrica, que tanto pode produzir 10 unidades como 100 unidades de uma mercadoria). Fator Variável: a quantidade utilizada varia com o volume de produção. (ex.: número de trabalhadores contratados, que podem trabalhar em 1 turno de produção, ou em até 3 turnos em épocas de pico da produção). Consideramos K (equipamentos, instalações físicas da empresa) como fator fixo, e N como fator variável. 2 0 O curto prazo é o período no qual a quantidade de pelo menos um dos fatores de produção não será alterada; ou seja, ao menos um dos fatores será considerado fixo. O longo prazo é o horizonte de tempo no qual pode-se mudar as quantidades de qualquer fator de produção. Logo, nenhum fator é considerado fixo; todos serão variáveis. AULA 7 DIFERENÇA ENTRE CURTO E LONGO PRAZO Já no longo prazo, pode-se pensar em ampliar a fábrica, ou abrir /fechar filiais; varia a capacidade instalada. No curto prazo, a empresa não muda sua capacidade instalada, varia o grau de utilização dessa capacidade (trabalha com capacidade ociosa / pleno emprego). 2 1 Característica: A empresa vai aumentar as quantidades de capital (K) e de trabalho (N) ao mesmo tempo, no mesmo percentual. Isso corresponde a aumentar a escala (volume da produção e tamanho da fábrica), o que origina os ... O crescimento do Produto pode ser de 3 tipos: Rendimentos crescentes ou Economias de escala: produção cresce em % maior que o aumento dos fatores. Rendimentos constantes de escala: produção cresce no mesmo % de aumento dos fatores. Rendimentos decrescentes de escala: produção cresce em % menor que o aumento dos fatores. AULA 7 PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO ...RENDIMENTOS DE ESCALA: mudança no volume do Produto quando se aumentam as qtdes. de ambos os fatores. 2 2 AULA 7 PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO Como saber qual é o limite máximo de trabalhadores? Oberva-se a Produtividade Marginal, que é a variação na qtde. do produto, quando se contrata mais um trabalhador. Quando a PMg do Trab. = 0, o produto atinge o máximo: Característica: A empresa objetiva obter o volume máximo de produção. Para isso, aumenta a qtde. de trabalho N (já que não tem como aumentar o K), até o limite máximo de trabalhadores (pois o espaço físico e máquinas estão fixos). N Q PMg 1 15 15 – 0= 15 2 35 35 – 15 = 20 3 47 47 – 35 = 12 4 47 47 – 47 =12 2 3 AULA 7 PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO “No início o produto cresce a taxas crescentes, depois o crescimento do produto desacelera e chega a zero.” Isso porque estamos colocando mais e mais pessoas em um espaço limitado, que comporta um máximo de trabalhadores. Se contratar além disso, começam a surgir trantornos que causam queda do produto. Se a empresa contratatasse o 5º. trabalhador, notaria queda no produto, pois ultrapassaria o limite máximo de funcionários para aquele espaço. Por que isso ocorre? A PMg do trabalho também é chamada de “rendimento do trabalho”; é a contribuição de cada trabalhador para a variação na qtde. do produto. Na medida em que se aumenta o no. de trabalhadores, observamos agir a Lei dos Rendimentos Decrescentes: 2 27/11/2012 5 AULA 6 No curto prazo temos 5 conceitos principais de Custos: �Custo Fixo (CF): gastos com o fator de produção fixo �Custo Variável (CV): gastos com o fator de produção variável �Custo Total (CT): soma dos custos fixos e variáveis CT = CF + CV �Custo Médio (CMe): é o custo por unidade CTMe = (CT / Q) ou CTMe = CVMe + CFMe �Custo Marginal (CMg): È a variação no custo total, quando se produz mais uma unidade de produto. CMg = ∆ CT CUSTOS NO CURTO PRAZO 25 AULA 7 Q CF CV CT CMe CMg 0 10 0 10 - - 1 10 5 15 15 / 1 = 15 15 – 10 = 5 2 10 8 18 18 / 2 = 9 18 – 15 = 3 3 10 10 20 20 / 3 = 6,7 20 – 18 = 2 Abaixo, um pequeno exemplo da aplicação desses conceitos de custos: CUSTOS NO CURTO PRAZO 26 AULA 7 A longo prazo, como se pode variar a quantidade de todos os fatores de produção, qualquer custo será classificado como CUSTO VARIÁVEL. Assim, no longo prazo não há custos fixos, somente variáveis. Os conceitos de custos no longo prazo são: � CTMe = (CVMe / Q) CUSTOS NO LONGO PRAZO � CT = CV � CMg = ∆ CV 27 AULA 7 A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO O Lucro Total de uma empresa pode ser calculado por: O ramo da Economia que estuda custo, receita e lucro da empresa se chama teoria marginalista (ou neoclássica). De acordo com esta teoria, toda empresa tem como objetivo obter o maior lucro possível. Isso ocorre quando houver a maior diferença entre a receita total (RT) e o custo total (CT). A condição para que o lucro seja máximo, segundo essa teoria, é que o nível de produção da empresa seja aquele que resulta em receita marginal (RMg) igual ao custo marginal (CMg). LT = RT - CT RMg = CMg 28 A MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO Exemplo: dado um preço = R$2,00, o ganho com a venda da 100ª unidade seria de R$2,00. Caso o custo específico de produzir a 100ª. unidade também seja de R$2,00, 100 unidades é a quantidade que maximiza o lucro. Se o ganho se iguala ao custo, não há mais estímulo para aumentar o nível de produção. Antes de chegar à 100ª. unidade, a RMg está maior que o CMg: a empresa tem estímulo a continuar produzindo, pois está lucrando na venda. Depois de produzir/ vender a 100ª. unidade, o CMg (por ex., R$3,00) ultrapassa a RMg ; a empresa fica desestimulada a continuar produzindo, pois teria prejuízo na venda da próxima unidade. AULA 7 29 Aula 08: Sistemas Econômicos e o Fluxo Circular da Renda FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – PROF. ANTONIO ELDER Rio de Janeiro, 02 de junho de 2011 AULA 8 30 27/11/2012 6 1. Compreender o conceito de Sistema Econômico, seus elementos constitutivos, seus objetivos e principais tipos atuais. 2. Perceber, através do Fluxo Circular de Renda, como ocorrem os fluxos reais (produtos e fatores de produção) e os fluxos monetários entre os agentes econômicos (famílias, empresas e governo) de uma economia. OBJETIVOS DA AULA • Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pelo qual estar organizada uma sociedade. Engloba: � o tipo de propriedade; � a gestão da economia; � os processos de circulação das mercadorias; � o consumo; � os níveis de desenvolvimento tecnológico e da divisão do trabalho. AULA 8 SISTEMA ECONÔMICO 3 2 ELEMENTOS BÁSICOS De conformidade com sua definição, os elementos básicos de um sistema econômico são: 1) os estoques de recursos produtivos ou fatores de produção, que são: os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra (e/ou as reservas naturais), e a tecnologia; 2) os agentes econômicos: empresas, famílias e governo (e o resto do mundo); 3) o conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, que constituem a base de organização da sociedade. � Objetivos: • Estabilidade Econômica: Para que haja equilíbrio no desempenho da atividade econômica • Equidade ou Igualdade Econômica: Para que um maior número de pessoas se beneficie daquilo que foi produzido • Crescimento Econômico: Para que as necessidades de uma população cada vez maior possam ser atendidas AULA 8 OBJETIVOS 3 4 � Crescimento econômico: refere-se ao produto de uma economia, ou seja, é a soma dos valores das produções de todos os produtos produzidos em um determinado período de tempo (normalmente um ano). � Estabilidade econômica: está vinculada aos níveis de emprego, no sentido de se tentar manter, pelo menos, aqueles já alcançados pela economia; e aos níveis de preços, uma vez que qualquer processo de aumento do nível geral de preços (inflação) é algo totalmente indesejado, pois gera queda do poder aquisitivo principalmente das camadas mais pobres da população. � Equidade ou Igualdade Econômica: está vinculada à melhor distribuição de renda, à redução dos bolsões de pobreza; e a inserção social gradativa do contingente de excluídos. AULA 8 DEFINIÇÕES 3 5 TIPOS DE SISTEMAS ECONÔMICOS Sistema Econômico / Organização Econômica Principais formas: � Sistemade Economia de Mercado (Capitalismo) � Sistema de Economia Centralizada ou de Planejamento (Socialismo) 27/11/2012 7 ECONOMIA DE MERCADO � Sistema de concorrência pura: sem interferências do governo, isto é, o laissez-faire, o mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. � Sistema de concorrência mista: com interferência governamental: atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas: ECONOMIA DE PLANEJAMENTO A Agência o Órgão Central decide a forma em como resolver os problemas econômicos fundamentais de o que, como, quanto e para quem produzir. � Meios de produção (matérias-primas, imóveis e capital): pertencem ao Estado; � Meios de sobrevivência (carros, roupas, televisores etc.) pertencem aos indivíduos. FLUXO CIRCULAR DA RENDA (E DO PRODUTO) FLUXO CIRCULAR DA RENDA (E DO PRODUTO) O governo (ou setor público): �absorve fatores de produção das famílias; �absorve os produtos das empresas; �recolhe impostos; �oferece serviços públicos à sociedade. O Lado Monetário da Economia Prof. Antonio Elder Rio de Janeiro, 08de junho de 2011 Moeda (O que é?) NOME DA ÁREA OU CAMPUS (CAIXA ALTA) – Responsável pela apresentação (caixa alta e baixa) Define-se moeda como qualquer “coisa” que seja amplamente aceita no pagamento por bens e serviços e no pagamento de dívidas, ou seja, é tudo aquilo que serve como meio de troca, no sentido de que é amplamente aceito como meio de pagamento (chamado de M1). 27/11/2012 8 Funções da Moeda �Antes de mais nada, é importante dizer que a moeda (o dinheiro) baseia-se na confiança que cada pessoa tem de que ela (ou ele) será aceita (o) como meio de pagamento pelas demais pessoas. �Funções: Meio de troca: porque realiza transações e pagamentos de dívidas; Unidade de conta: mensura quanto vale (monetariamente) os bens e serviços; Reserva de valor: é um ativo, sendo uma maneira de manter a riqueza. NOME DA ÁREA OU CAMPUS (CAIXA ALTA) – Responsável pela apresentação (caixa alta e baixa) Demanda de Moeda (Definição e Razões)nções da Moeda �A demanda (ou a procura) por moeda pelos indivíduos ou pelas empresas corresponde a quantidade média de dinheiro que o setor privado não bancário retém: Nas mãos das pessoas físicas; Nos caixas das empresas; Nos depósitos a vista dos bancos comerciais. �Razões pela demanda por moeda: Para a realização de gastos: as famílias para consumir, as empresas para produzir; Para prevenção: devido a gastos imprevistos; Para previsão (“especulação”): com liquidez para fazer novos negócios e aplicações. NOME DA ÁREA OU CAMPUS (CAIXA ALTA) – Responsável pela apresentação (caixa alta e baixa) Os Bancos (O que fazem) �Observação: os bancos atraem a moeda (ou dinheiro) do público. Neste sentido, os bancos (comerciais) têm duas funções básicas: $: Obter dinheiro; $: Emprestar dinheiro. � De acordo com a diferença existente entre a taxa de juros que cobram dos demandantes de empréstimos e a que as pessoas que depositam seu dinheiro nas instituições financeiras pagam (ou seja, o chamado spread ), os bancos obtêm lucros. � Na verdade, os serviços oferecidos pelos bancos podem ser assim resumidos: (a) conceder empréstimos; (b) ser cofre de segurança; (c) receber depósitos; (d) realizar transações; (e) e outros serviços, como assessoria financeira. Banco Central e Política Monetária � Banco Central do Brasil • Responsabilidade: é o responsável pelo controle e funcionamento da liquidez da economia e do funcionamento do sistema financeiro do país. • Funções: > Emitir moeda (manual); > Banco do governo; > Banco dos bancos; > Outras: administração e custódia do ouro e das divisas internacionais. Política Monetária • Definição: é o conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros (sendo os tipos destas colocados nas nossas aulas online, além das explicações das relações entre risco, rentabilidade e liquidez) e, em geral, as condições de crédito. • Políticas Restritiva e Expansiva> a) A política monetária restritiva engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de dinheiro e a encarecer os empréstimos (por meio, por exemplo, da elevação da taxa de juros); b) A política monetária expansiva é formada por aquelas medidas que tendem a acelerar o crescimento da quantidade de dinheiro e a baratear os empréstimos (por exemplo, baixando a taxa de juros). Aula 10: Conceitos Introdutórios da Macroeconomia FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – PROF. ANTONIO ELDER Rio de Janeiro, 15 de junho de 2011 AULA 10 48 27/11/2012 9 1 – Complementar a Aula 9 2 - Conhecer as questões fundamentais que trata a macroeconomia. 3 - Perceber os instrumentos de política econômica de que dispõe o governo para conduzir a economia rumo às metas desejadas. OBJETIVOS DA AULA • Conforme já estudamos na aula 8, um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pelo qual está organizada uma sociedade. • O conceito e a idéia de sistema econômico estão relacionados com a visão da macroeconomia. • Pela visão macroeconômica, podemos ver o sistema econômico através da análise: � De curto prazo: diz respeito aos aspectos conjunturais da economia; � De longo prazo: refere-se as condições estruturais da economia. AULA 8 SISTEMA ECONÔMICO 5 0 Questões Conjunturais Definem-se questões conjunturais ou de curto prazo de uma economia: � A elevação do nível do emprego da utilização dos fatores de produção, principalmente do trabalho � E o controle da inflação. � A taxa de desemprego (TD) é a porcentagem de pessoas desocupadas em relação ao total da população (economicamente) ativa (PEA) � PEA = ocupados + desempregados � TD = (desempregados/PEA) * 100 � A falta de emprego gera diminuição de renda e, conseqüentemente, queda no poder de compra e redução do consumo. Com isso, as empresas irão diminuir suas metas de produção, e demissões deverão ocorrer, gerando menos renda, menos consumo e assim por diante. AULA 8 A Taxa de Desemprego 5 2 � Definição: • Considera-se inflação a elevação constante nos níveis de preços de uma economia. Não é, portanto, algo pontual como a alta do preço do pescado na Semana Santa que, logo após o período religioso, regride aos valores anteriores. � Importância do controle da Inflação: • Prende-se ao fato de que uma moeda estável possibilita a manutenção do poder de compra do indivíduo, o que é de total importância, principalmente para os assalariados. � Tipos (Básicos) de Inflação: >> De demanda: ocorre quando a oferta não é capaz de atender a um aumento na demanda agregada da economia. Sua origem, portanto, situa-se no lado dos consumidores, e a escassez relativa que se instala pressiona os preços para cima, configurando a inflação. >> De oferta: origina-se pelo lado da oferta, através do aumento nos custos de produção. Assim, para evitar prejuízos, os produtores são obrigados a repassarem esses aumentos de custos aos preços dos produtos. A continuidade desse processo resulta na inflação de custos. AULA 8 Inflação 5 3 Questões Estruturais � Crescimento Econômico e Desenvolvimento Econômico � De uma maneira geral: • Crescimento econômico se refere à evolução quantitativa do PIB e da renda (per capita) de um país; • O desenvolvimento econômico: >> é um conceito que envolve outros aspectos relacionados com o bem-estar de uma nação, como os níveis de Educação, Saúde, entre outros indicadores de bem-estar; >> é um conceito relacionado a medidas que impactem numa melhor distribuição de renda e diminuição da pobreza, da miséria e da fome. >> obs: subdesenvolvimento é a situação de certos países caracterizada por, por exemplo, fortes diferenças na distribuição interna de renda e elevada pobreza (e/ou miséria). 27/11/2012 10 Políticas Econômicas � Definição • São maneiras pelas quaiso governo administra a economia do país. Seus instrumentos são, de uma maneira geral: >> política monetária (dividida em política de taxa de juros e de crédito); >> política fiscal; >> políticas cambial e comercial Política Monetária � È o conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de moeda (ou dinheiro) e a taxa de juros e, em geral, as condições de crédito no país. � Pretende influir na atividade econômica, atuando sobre o gasto total da economia e, em particular, sobre o gasto das famílias e sobre o investimento das empresas. � Dado que o gasto está relacionado com a quantidade de dinheiro existente na economia e com as condições de crédito, principalmente com a taxa de juros, o BACEN procura controlar ambas as variáveis. � Instrumentos da Política Monetária: emissão, taxa de juros, nível de crédito, redesconto, depósitos compulsórios, compra e venda de títulos públicos (open market). � Políticas monetária restritiva e expansiva Política Fiscal � Definição Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar tributos (política tributária) e controlar as suas despesas (política de gastos). � Objetivos • Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais que podem ser adotadas são a diminuição dos gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária, visando diminuir os gastos da sociedade; • Se o objetivo é maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são diminuir a carga tributária e aumentar os gastos públicos. Políticas Cambial e Comercial São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo. � Política cambial: refere-se a atuação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo, por meio do BACEN, pode: >> fixar a taxa de câmbio: regime de taxas fixas de câmbio; >> permitir que a taxa seja flexível e determinada pelo mercado de divisas >>> regime de taxas flutuantes de câmbio; > Política comercial: diz respeito aos instrumentos de incentivos às exportações e/ou desestímulo às importações, ou seja, refere-se aos estímulos fiscais e creditícios.
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