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ok Clin peq 02.02.11

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CLÍNICA MÉDICA DE MAMÍFEROS DE PEQUENO PORTE 
Rio, 02/02/2011
Alexandra Woods
AV1
- Neurologia (ouvido)
- Endocrinologia
AV2
- Dermatologia (ouvido)
- Oftalmologia
AV1: 9 pontos, sendo 1 ponto: 0,5 pt de 20 horas de estagio + 1,5 pt de teste artigos = 2,0/2 =1
Sites: IVIS.org ; VIN.com
 
O animal com uma neuropatia qualquer pode apresentar ataxia, paralisia, desvio de cabeca, cegueira cortical, fraqueza motora (paresia), convulsão, quedas, rolamentos, tremores de cabeca, tremores no corpo, que agente chama de tremores de intenção. 
Temos varias manifestacoes clinicas que o paciente com neuropatia pode apresentar. Algumas dessa ai, tem diagnostico diferencial com outros sistemas. O animal pode ter uma alteracao na deangulação, na caminhada por um problema neurologico assim como pode apresentar isso por um traumatismo na área ortopédica. Tem muitas coisas que temos que tirar aqui como doencas diferenciais principalmente ortopédicas.
 Agora lembrar que eu como clinico geral preciso como primeiro objetivo olhar pra essa queixas principais, esses sintomas e estabelecer a localizacao da lesao. 
Eu posso colocar como principais objetivos da neurologia do estudo do sistema nervoso a localizacao da lesao desse sistema nervoso.
Pode acontecer da lesao estar localizada. E pode acontecer de uma mesma lesao ser disseminada pelo SN. Agente chama que algumas lesoes podem ser focais ou multifocais. 
Outro objetivo: tentar estabelecer o prognostico de acordo com a causa. Que quando agente localiza a lesao, agente vai tambem comecar a tecer o prognostico. 
Mediante o estabelecimento da etiologia. Temos que estabelecer qual a etiologia, qual agente está levando aquilo, se é um agente infeccioso, neoplasico, qual o fator que está desencadeando a doenca neurológica, se é um vírus, bactéria, etc.
- 1º objetivo da neurologia: localizar a lesão.
- Prognostico: definir o prognostico, definir a etiologia, o agente etiologico.
- Muitos podem confundir com doencas ortopédicas, então agente pode estabelecer diagnóstico diferencial ou seja, descartar outras doencas não neurológicas.
- As vezes o animal tem a doenca neurológica e tem outras doenças associadas, multissistemica. Ou aquele agente etiologico levou a desencadear uma neuropatia mas tambem uma lesao pneumonica, uma lesao gastrointestinal, temos que ver isso, porque no SN, SNC, SNP, SNA, agente precisa localizar e identificar se está disseminada a lesao e se tem outros sistemas acometidos. É muito comum o sistema oftalmologico estar tambem debilitada, é outro sentido que agente percebe com a alteracao concomitante a uma doenca, ex. doenca fungica, criptococos, ele pode atingir causando lesoes na mucosa nasal alem de lesoes oftalmologicas e SN.
Existem muito mais manifestacoes alem dessa.
Pra um paciente estar normal, ele tem que estar caminhando com atividade motora normal, com consiencia, equilíbrio, então pra isso ser normalidade, eu preciso que esse paciente tenha forca muscular, um correto aprume e posicionamento. Então o paciente está indo bem.
Isso já comeca na inspecao. Se ele tiver uma paralisia ele vai ter que ser carregado pro consultório. E se ele tiver paresia ele vem se “arrastando”
Paralisia: perda definitiva do movimento da atividade motora.
Paresia: fraqueza.
Nós como clinicos, podemos definir:
Ex. paresia no apendice torácico direito: 
Monoparesia: Agente fala: uma monoparesia torácica direita. Um único apendice locomotor envolvido com a fraqueza.
Paraparesia: Se agente fala paraparesia, são os apendices pélvicos. Para = apendices pélvicos. Se ele tiver uma paraparesia ele tem uma fraqueza dos apendices pelvicos.
Hemiplegia: plegia = paralesia. Então uma hemiplegia, um lado do antímero direito do animal: Hemiplegia direita: antimero direito ficou sem movimento.
Mono, hemi e tem tetra. O tetra significa os 4 apendices acometidos.
Paralesia ou plegia: é a perda definitiva da atividade motora. Implica num prognostico desfavorável.
Paresia: fraqueza motora, ou perda transitoria da atividade motora. Coibidno a causa, ajustando a medicação esse animal volta a deangular (a andar)
Mono, tetra ou hemi.
Agente como tem que localizar, agente tem que definir quem é quem aqui. 
SNC: sistema nervoso central: como é o sistema vital, ele tem que ter todo um revestimento, um arcabouco ósseo e tambem a presenca de meninges pra evitar processo de impacto como queda, que venha agravar. O encéfalo está na calota craniana, vc precisa desse arcabouco.
Depois tem as meninges, espessas e finas: paquimeninge, leptomeninge, duramater, e a aracnoide e a piamater. Passando do espaco subaracnóide vc tem o liquor que é importantissimo pra exame diagnostico.
	O SNC é composto do encefalo (que tem a subdivisao: cerebro, cerebelo que é caudal ao cérebro, tronco encefalico que é o encefalo medio ponte e bulbo) e temos a medula espinhal passando o canal vertebral que é um arcabouco osseo tambem que protegem essa medula espinhal.
Quem está veinculado direto pra permitir consiencia, alerta, caminhada, deangulacao, integridade e consciencia do movimento, precisa estar associado ao SNP. Os nervos espinhais diretamente ligados a medula espinhal e os nervos cranianos diretamente inseridos no encéfalo (que são 12 pares).
Temos segmentos medulares: que são os nervos espinhais que estao compondo o segmento medular, cervical, cervico toracico, toraco lombar e lombo sacral.
Ganglios e terminacoes nervosas: essas terminacoes nervosas vao chegar perto pra gente se ligar: conduto auditivo, n.óptico dando condicao pra retina funcionar. Temos os dermatomos que são as terminacoes nervosas na pele. É altamente dolorosa. Animal sente dor porque agente tem corpusculos na pele (corpusculos de pressao, tato, calor), então quando tem um abscesso na pele as terminacoes ficam irritadas. Por isso que o animal muda o comportamento, por causa da dor.
Temos cérebro, cerebelo, encéfalo medio, ponte e depois o bulbo. 
Pra ca vem as inervacoes da medula espinhal e os segmentos medulares que são divididos pra diagnostico. Ex. vc tem animais que tem lesao só na toracolombar, e tem outros animais que tem a lesao em toda a medula espinhal, por processos degenerativos, comeca na lombosacral e vai caminhando cranialmente. Isso é importante que agente reconheca porque é o primeiro objetivo da neurologia que é localizar a lesão. 
Mesmo agente não sendo neurologistas, vamos falar até onde o clinico pode ir. Isso vai favorecer o diagnostico rápido já que é um sistema vital, por isso precisa de um diagnostico rapido pra não ter sofrimento do nosso paciente e tambem chegar no neurologista ele ficar feliz porque os exames foram realizados.
Um animal em estaçao: temos os hemisferios cerebrais direito e esquerdo. 
O desvio de cabeca pode ser tanto cerebelar quanto vestibular. 
Queda, rolamento, ataxia, pode estar restrito ao cerebelo. Mas muitas das causas são multifocais, então o animal vai tendo outras perdas, outros débitos, principalmente ao nivel de nervo craniano. 
Onde estão os nervos cranianos:
1ºolfatório e 2º óptico: par: estao a nivel de cerebro.
Encéfalo medio, ponte e bulbo fazem parte do tronco cerebral. Então quando a lesao chega em tronco cerebral, o prognostico é mais reservado. Porque: é onde estão o 3º ao 12º par de nervos cranianos. Então é facil localizar se vc souber fazer os testes dor nervos cranianos.
Vc vai vendo onde está tendo deficit. Ex. deficit de degluticao, etc. fratura de mandibula, lingua protusa, 9º par de nevo, vago, hipoglosso acometido, e acessorio também.
10 – 12º par: lesoa em tronco cerebral.
Sistema vestibular periférico localizado proximo ao conduto auditivo. Temos o 8º par de nervo, relacionado ao sistema vestibular. 
Ex. animal chega com o conduto estenosado, tem calcificacao de cartilagem, tem uma imagem de calcificacao de bula timpanica, otite grave, media, chegando a interna, vc tem o envolvimento de sistema vestibular periférico. 
Então aquilo ali, antes de vc pensar num tumor ou alguma coisa, vc pensa numa simples otite. As vezes pode ter tumor no canalhorizontal e estar se infiltrando pra dentro do conduto e causando lesao de desvio lateral de cabeca. 
O sistema vascular periférico é muito sensível.
Sistema vestibular central: está proximo a regiao da medula oblonga ou bulbo. São mais relacionados a alteracoes multissistemicas como virus, doencas fungicas, etc.
Segmentos medulares: primeiro é cervical (C1-C5). O segundo segmento é cervico torácico é de (C6 – T2). Toracolombar é de (T3 – L3). A lombosacra é de (L4 – S1 e S2). Essa divisao é importante pra casos de analise do liquor, pedidos de exames, etc. localizando bem a lesao vc pode fazer uma radiografia pra ver se tem envolvimento tumoral ou entao uma compressao de medula ou entao uma descontinuidade no canal medular, esses 3 faz com a radiografia, é simples. 
Um teste que localiza a lesao. 
Muitas vezes o liquor indica se tem alguma doenca e a origem dessa doenca (se é bacteriana ou fúngica, etc).
Tudo vai ser favorecido se vc tiver um tempo hábil pra fazer a anamnese. 60% do diagnostico das neuropatias estão numa boa anamnese.
Tem doencas infecciosas, ex. botulismo, pode comecar cranial e evoluir até ter uma parada respiratoria por causa de paralisacao da musculatura diafragmatica. 
Ex. vírus da sinomose, normalmente pega a regiao toraco lombar e o animal fica com os apendices locomotores pelvicos parados, paraplegicos. O virus vai causando uma desmielinizacao, destruindo a bainha de mielina, muitas vezes ele vai ascendendo e levando a uma tetraparesia. 
Fora outros agentes, ex. parasitarios, etc. que podem levar a lesoes multissistemicas.
Tem determinadas doencas, ex. meningoencefalite granulomatosa que pode comecar só no olho e depois o foco do cortex cerebral e da convulsao depois ela vai afetar a parte de deangulacao de movimentos. Fora as doencas que compartilhem pele e sistema nervoso. 
Tem lesoes auto imunes. Ex. lupus que é multissitemico, mas pode causar alteracoes no estado de alerta, consciencia do animal. 
Ex. hipotireoidismo pode dar sindrome vestibular. O hipotireoideu pode ter ressecamento de olho por alteracao na producao de lagrima. 
As doencas hormonais podem causar alteracao neurologica. Assim como as doencas metabolicas, então as encefalopatias.
O hipotálamo, subtalamo, talamo, epitalamo, nessa regiao do cerebro, se chama sistema limbico. O hipotalamo controla a saciedade, ingesta de agua, ingesta de alimento, então ele faz esse controle, alem de termometria, ele faz uma termoregulaçao. 
Ex. cadela que come a cria. Existem alteracoes no sistema limbico, as alteracoes psicologicas e psiquiatricas estão relacionadas a essa área, porque no sistema limbico tem, o animal vem com o instinto de protecao de maternidade. Tem algumas racas que são agressivas, mas tem animais dentro dessas racas que são super dóceis. Ex. pitbull. 
Tem alguns animais que já nascem com alteracoes. Como tem pessoas que já nascem com desiquilibrios, a bipolaridade, algumas outras doencas que tem transtorno de humor, tudo isso está no sistema limbico que é na regiao temporal. 
Tem o cérebro, tem o revestimento osseo e tudo, mas se eu fizer uma fratura por um acidente qualquer, onde há um traumatismo, toda vez que há lesao no SNC vai causar um aumento da PIC. 
Ex. animal com crise convulsiva uma atras da outra, porque eu tenho que dar corticoide? Porque eu tenho que entrar com um diuretico osmotico? Porque faz aumento da PIC. Senao vai erniar o cerebelo. Se esse animal se mantiver a noite inteira fazendo crise e o proprietario não levar numa emergencia, vc pode ter danos cerebrais não só por morte do neuronio como tambem por edema, compressao e hemorragia. 
Tudo que pode levar a um trauma, ou uma atividade parostistica de despolarizacao constante (convulsao), vc pode ter aumento da pressao intracraniana.
ex: animal que nasce com alguma anomalia. Ou animais que desenvolvem um tumor cerebral, de repente ele faz uma hidrocefalia, pois aumentou a PIC. 
O animal que está dentro do carro fechado, ai vc faz a termometria está super alta, por volta de 42ºC, o animal chega a desompensar. Agente pensa no figado, que o animal faz diarreia, pensa mais em outra coisa e esquece o SN que está sofrendo tambem.
Lembrem: hipotálamo, subtalamo, talamo, epitalamo, está tudo dentro do sistema limbico.
Agente tem que lembrar como é o aspecto do neuronio: condutor que é o axonio que é onde tem a bainha de mielina e as sinapses que são os dendritos pra um único neuronio passar a informacao pro outro neuronio. 
Ex. quando agente fala que tem convulsao focal, em 30 min virou convulsao generalizada. Porque: aquele grupo inicial de neuronios comecou a se interligar com outro passando informacao, a informacao é a despolarizacao da celula.
Aqui é tato, agente chama de neuronio nociceptor porque é da dor. Nocicepção é da dor.
Tenho que localizar a lesão e descartar outras doenças não neurológicas.
O que um prego que perfurou a pata do animal pode causar: 
Primeiro afetou uma parte aferente de estimulo, chegou pelos nervos periféricos na area medular, chega na sinapse com cerebro que codifica a dor. O cerebro manda retirar o apendice locomotor. Agora o que pode causar também essa perfuracao: tardiamente: tétano.
Cuidado: apendice locomotor torácico é mais proximo ao cérebro, então muito cuidado com os animais, ex. em obras, essas coisas todas. Vc tem que ficar atento em não fechar uma ferida que vc ainda não sabe o que causou, pois o clostridium tetanum vai viver muito bem ali. qual antibiotico vou usar: penicilina. Essas sacadas vamos ter que ter.
Temos que ter uma atividade motora e uma atividade sensitiva. Isso quer dizer que: o estímulo chega por via aferente, é a via sensitiva. Chega ao SNC é feita a leitura daquele estímulo e a via motora é eferente, pra retirar o apendice locomotor. 
Tudo isso está relacionado com a placa motora presente em músculo, receptores na pele sensitivos (dermatomos) que são altamente sensiveis. 
Ex. queimadura de 2º grau: animal pode desidratar, porque toda vez que vc tem uma queimadura vc desidrata, e alem do que, vc está lesando os dermatos daquela regiao ali.
Uma coisa que é importante de lembrar:
	Cada terminacao nervosa onde tem chamada intumescencia que é onde está a agregacao dos nervos perifericos partindo para os apendices toracicos e pelvicos. O animal tem uma intumescencia ao nivel de C6 – T2 que vai desencadear o plexo na regiao braquial. Um conjunto de nervos ali localizados partindo de terminacoes nervosas pra os apendices locomotores. Então ele tem C6 – T2 e em L4 – S1 S2. 
Ex. érnia de disco intervertebral, extusao, protuso, etc. se acontece ao nivel dessas 2 áreas de segmento medular o prognostico ainda é mais reservado.
Na regiao C6 – T2 tem a regiao interescapular, ali é o mais dificil pra uma incisao cirurgica. Se vc lesar essas intumescencias vc vai ter o animal com perda de movimento.
Essas intumescencias estão a nivel de medula, mas o que agente lembra: que elas dao origem a plexos distantes: plexo braquial e plexo lombosacral.
Foto abaixo:
Olfatório e óptico estão inseridos dentro dos hemisférios cerebrais. 
O óculo motor em diante vai ser localizado no tronco cerebral. (3º par em diante: tronco cerebral)
Cérebro e suas divisoes: (foto acima) 
Cada lobo desse é importante pra identificarmos:
- lobo frontal: responsavel pela inteligencia, deflagrar a atividade motora.
- lobo parietal: responsavel pela regiao de dor, portal da dor, e pressao.
- lobo temporal: é onde está o sistema limbico que é responsavel pelo instinto de amamentação, instinto de aleitamento, instinto de maternidade, que é a regiao psicomotora.
- lobo occipital: parte de ocular, visao.
Ex. cérebro que não tinha circunvoluções, cérebro liso. Lisencefalia, que é um cérebro liso, é uma anomalia. Pode vir junto ou não da hipoplasia cerebelar. Às vezes o animal não teve a formação plena do SN. 
Ex. tem um tumor nessa região temporal, vc já sabe que vai mudar o comportamento do animal. Pode mudar pra raiva, intolerância, alem de te dar alteração no sistema vestibular. Pois está próximo aosistema vestibular central.
Por isso que o objetivo é localizar a lesão.
 
Sistema nervoso periférico: responsavel pela atividade motora. 
Sistema nervoso autônomo: órgaos e vísceras. Sistema neuro vegetativo
Simpatico e parassimpatico comandam a atividade visceral e a atividade dos órgaos.
 
- Descrever as anormalidades neurológicas
- Caracterizar o inicio e a progressão da doença é pra saber se a doença é progressiva, se é aguda, se é crônica, se foi súbito o aparecimento. O mecanismo de ação da doença vai te ajudar a saber qual é o agente envolvido.
- localizar a lesao no SN
- descrever qualquer ocorrência de doença não neurológica (pode ser ortopédica, cutânea, auto imune, hormonal)
- listar diagnósticos diferenciais
- realizar exames complementares (pra diagnostico e prognostico)
As doenças, em todos os sistemas seguem esse ritual: DAMNITVP. 
Degenerativo: A doença degenerativa vai envolver animais de meia idade à idosos pois é um processo degenerativo.
Anomalias: são animais neonatos. Ele nasce com uma anomalia e caminha na vida dele com ela. É um processo estável.
Doenças metabólicas: podem variar de 2 anos até acima de 5 anos. Por que: já vimos que tem raças predispostas a doença. 
Ex. gato persa com predisposição pra rim policístico, ai faz a insuficiência renal e ai pode fazer uma encefalopatia e ai ele pode ser novo. 
Ex. Cocker spainel dourado que é sensível a doenças genéticas a nível renal. Como também o maltes, lhasa. Vc pode ter displasia renal nesses animais.
Metabolito, se tiver predisposição genética vai acontecer em animais jovens, as vezes com meses de idade.
Agora, normalmente vc tem uma encefalopatia hepática em animais idosos, com mais idade. Assim como as doenças uremicas.
- Neoplasias: também. Exceção de linfoma que acontece com animais com meses de idade. Essa neoplasia pode atingir animais acima de 6 anos. Exceto linfoma que pode atingir animais filhotes ainda ou então na puberdade.
- nutricional: melhorou muito, porque agente tem ração comercial equilibrada. Muito desses animais não estão tendo doenças nutricionais. Mas as vezes o déficit de tiamina em gato pode acontecer, mas vc pode encontrar esses animais mais pro interior que o manejo ainda é feito com comida.
- doenças infecciosas: qualquer idade. Assim como as inflamatórias
- imune: acima de 5 anos.
- iatrogênica: qualquer idade, é vc que está fazendo abuso do uso de medicações, uso irracional de determinadas drogas. Ex. barreira hematoencefalica, determinadas drogas por serem pequenas moléculas acabam atravessando essa barreira, causando lesões no SN.
- idiopática, é o único critério que agente usa descartando todas as outras causas
- traumático: qualquer idade
- vascular: animal idoso, mas melhorou muito. Ex. alteração de carótida
- hipóxia: pouca vascularização cerebral, por causa das doenças cardiogenicas.
- parasitaria: geralmente são as oportunistas. Ex. toxoplasmose, niospora caninum, etc.
Lembrem: eu como clinico, atendendo um cão com neuropatias, eu tenho que botar em mente, localizar a lesao e tenho que ter certeza que a lesao é neurológica. Depois disso pela minha anamnese, o proprietário vai me contando como evoluiu o caso. 
Agente pensa assim: as doenças neurologias podem evoluir de diversas formas: quando agente tem uma anomalia, seja ela qual for, ex. animal nasce com um déficit neurológico de nervo cranianos, ou não enxerga tem desvio de globo ocular, etc. vamos supor que tem uma cegueira cortical, com desvio de globo ocular, estrabismo, não deglute (lesão no nervo cerebral). Isso é comum na hidrocefalia, ele vai nascer, vai crescendo e os sintomas não vão alterar, a convulsão que ele vai ter vai ser tratada e ele não vai evoluir para uma cura porque ele tem uma anomalia, até que ele venha a óbito.
O gráfico acima, agente traça na nossa cabeça quando estamos diante de um processo que já nasceu o filhote, que é intra-uterina e na fase neonatal.
A letra B, agente diz que são as doenças metabólicas, degenerativas, e neoplásicas. Porque, esse paciente começou com alguns sintomas como: desvio de cabeça, depois andando em círculos, depois ficou sem enxergar. E os sintomas vão sendo cada vez mais acelerados e se juntando o animal uma com a outra e mesmo com a terapêutica o animal vem a óbito. Os processos degenerativos tanto de cérebro como de medula tem prognostico altamente desfavorável.
As neoplasias se não forem receptadas (pq tem neoplasia primaria do sistema nervoso como tem a metastática, a metastática ainda é pior) as metástases da neoplasia são mais graves que as neoplasias que se inserem no SN. Tem algumas primarias do SN que vc consegue retirar que são meningeomas, vc consegue fazer a ressecção cirúrgica, alguns, têm outros que só dá pra fazer uma parcial.
Isso tudo, quando vc está perguntando na sua anamnese: quando começou? Começou por ex, aos 5 anos de idade. Pode ser até TVT pode fazer metástase cerebral, tumor venéreo. Ex. cruzou com uma cadela, depois apareceu com um tumor no pênis depois teve nódulos pelo corpo inteiro e depois da 4ª aplicação sumiu, tem donos que abandonam o tratamento. Então o tumor pode começar com sintomas multissistemicas até chegar ao SNC e lá tem a barreira, mas nessa hora agente tem que saber qual medicamento que pode atravessar essa barreira porque nem todos chegam lá, por isso que seu prognostico fica reservado.
Esse C: doenças traumáticas, infecciosas, vasculares, que vc vai aumentando, ai vc faz o tratamento, os sintomas diminuem (parece que vc tem um controle da doença) ai para, e volta tudo. Ai vc tem que ver, se é agudo ou crônico. Se começou no ano passado é crônico. Mas o que pode ser agudo? o que pode ser agudo numa doença neurológica? Trombo, o animal tava bem e ai teve o trombo. No animal idoso pode ter uma alteração aguda, sem ser traumática, como por exemplo, a síndrome vestibular do animal idoso, não sabe quando acontece, mas ele vai tendo uma alteração a nível de sistema vascular periférico, tem desvio de cabeça, atrofia de musculatura da face, as vezes pode ser tratado com corticóide e as vezes pode ser auto-limitante. 
Mas muito cuidado com o desvio de cabeça, as vezes o paciente tem déficit hormonal (ex. hipotireoidismo).
Agudo são os traumáticos, e crônicos são as doenças metabólicas, doenças vasculares, as doenças neoplásicas. As doenças neoplásicas tem que ter um cuidado especial, porque deixa quieto, se o tumor cresce, dá hemorragia e edema, pode de repente agudizar.
Considerações gerais do exame: tem que ser sistemático. Começar pelo preenchimento da ficha, vendo a idade desse paciente pra podermos relacionar com exame de TVT, pra qual doença está mais relacionado. E quando for fazer o exame, lembrar que tem casos que o animal não vai poder ser examinado, ficar numa posição de pouca mobilidade. 
As vezes vc entra com o tratamento pra fratura de coluna ou animal que já tem histórico de hérnia, de repente ele teve outra manifestação clinica, teve tratamento com corticóide, sem deangulacao sem nada pra poder manter uniformimente a coluna.
Tem animais que não permitem exame físico porque são agressivos.
Não adianta anestesiar porque vai afetar o exame neurológico.
Vamos ver que o paciente quando tem crise convulsiva, o exame neurológico fica todo alterado, o pos-ictus que é após a crise pode durar 4 dias. O que vc pode fazer é manter o exame, faz depois da crise, mas não considera todos os parâmetros, até pra ver a resposta, se ele está melhorando com a medicação. Na crise e pos crise (Até 3 a 4 dias) ainda tem o exame neurológico alterado. Ex. não enxerga nada, esta só no canto, etc.
Antes de realizar o exame neurológico eu tenho que fazer o exame clínico completo. Descartar outras possibilidades de causa, isso vc faz na anamnese. 
Ou no exame físico como foi o negocio do prego que furou a patinha do animal, que causa a impressão de um problema neurológico (e esse animal já tinha hérnia torácica)
Diferenciar de ortopedia tem que diferenciar, porque às vezes o animal perdeu a propriocepção, anda comum apoio e não com aprumo correto, mas isso pode ser displasia coxo-femural, ruptura de ligamentos cruzados, luxação de patela, e não reagir com membros, ai vc pensa que é uma lesão do plexo braquial, alguma coisa, lembrar que também existe a displasia de cotovelo também. Se não é ortopédico pode ser neuronal.
Urgência e emergência: às vezes o animal chegou traumatizado (atropelado, queda), lembrar que chega em choque, desidratação, anemia severa. Isso tudo vc tem que controlar pra poder ir conversando com o proprietário.
ICC levando a uma fraqueza ou sincope. Trombos, etc.
Tudo isso é diagnostico diferencial.
Exame Neurológico
Exame Físico Neurológico
Reações posturais
Nervos cranianos
Atividade motora, músculos
Reflexos espinhais e funções viscerais
Sensibilidade, dor superficial e profunda
O principal objetivo da neurologia é localizar a lesão. Então a avaliação neurológica, se fundamenta nesses 5 itens, só que vc só consegue localizar a lesão mediante isso daqui: porque os nervos periféricos estão aqui, ou vc localiza uma alteração a nível de nervo, envolvendo ou não o encéfalo, ou ao nível de nervos espinhais envolvendo ou não a medula diretamente, ou compressão externa extra-dural, o que seja. 
Então os testes das reações posturais por alguns neurologistas têm sido feita quase incompleta, vc precisa segurar o cão pra fazer alteração de postura de colocação de apêndice e isso as vezes demora ou causa desconforto porque o animal é grande. 
Mas esse dá pra vc localizar a lesão e ao mesmo tempo ter seu prognostico, que é outro objetivo da neurologia e realizar suas suspeitas clinicas. Porque suspeitas clinicas no plural? Porque vc sai a partir do exame neurológico com 2 ou 3 possíveis suspeitas que vão se confirmar com exame complementar.
Do 2-5 vc tem como localizar a lesão + prognósticos + suspeitas clínicas. 
O 5º está como último porque tem que ser avaliado por ultimo mesmo, que é o reflexo nociceptivo (ou também chamado de reflexo dor), que se for testado no começo altera todo o seu exame neurológico. Então o teste da dor superficial e profunda deve ser a última coisa a ser avaliada no exame neurológico.
Etapas do exame neurológico
Isso aqui que temos que questionar: qual é a qualidade de consciência do animal? 
Agente viu que o cérebro se divide em região frontal, temporal, parietal e occipital. Então quando estamos vendo o quadro do animal estar em alerta, o que é estar em alerta? É estar atento a tudo, atento ao movimento, atento ao som, a tudo que acontece no consultório, então isso é um grau de normalidade. 
A consciência está relacionada à região frontal principalmente do córtex cerebral. É o estado de consciência, que vc joga um biscoito, chinelo e ele vai pega e traz, ele tem esse reflexo de resposta.
Como agente considera os estados alterados de consciência?
Temos 3 estados alterados de consciência:
- Depressão (demência, embotamento): é um estado alterado de consciência em que o animal só está respondendo a estímulos sonoros. Cessado o estímulo sonoro ele volta ao estado de depressão. 
 Ex. animais desidratados, com doenças infecciosas como a parvovirose, animais com sinomose na fase inicial da doença. Eles estão alheios ao que está acontecendo, mas se houver um estimulo sonoro ele volta a ter consciência normal, e ai quando cessado o estimulo sonoro ele volta ao embotamento.
- Estupor/torpor – é um segundo estágio mais avançado. Estado alterado de consciência em que o animal só responde se houver um estimulo tátil. Pode ter som e ele não presta atenção pode ter um ruído e ele está alheio, mas se houver um processo tátil, tocar no animal, tentar chamá-lo com auxilio da mão ele responde uma vez cessado o estímulo ele volta ao estado de estupor ou torpor.
- Coma – já é um estado de inconsciência profunda. Ele não responde nem ao estimulo sonoro, nem ao tátil, mesmo sendo um estimulo muito forte. Ele está alheio completamente porque ele está num estado de inconsciência, um estado mais grave. 
Um paciente no coma pode reverter pro estupor, as vezes isso acontece por choques neurogênicos ou choques anestesiológicos (não retornar da anestesia) ai depois de muita fluidoterapia e usar o antídoto. Ex. se vc usar o doxapram, alguma coisa nesse tipo pra reverter o quadro.
Nesse momento, eu posso dizer que localizei a lesão? Pode, inicialmente pode. Tem uma alteração é porque tem alguma coisa acontecendo no cérebro, mas vc não para por ai no exame neurológico porque a lesão pode ser focal ou multifocal.
O agente etiológico pode causar lesões focais ou multifocais no SN, então eu tenho que dar seqüência ao exame neurológico. 
Analise subjetiva e presuntiva: 
Qualidade da consciência: tem delírio? Tem comportamento anormal? Tem respostas inadequadas aos estímulos?
 Isso vamos ver durante a mediação dos estímulos com esses pacientes. Ver como está a resposta dele, que é a parte subjetiva da analise, aqui só temos uma analise subjetiva e presuntivo. É um diagnostico presuntivo. Um diagnóstico presuntivo é quando eu estou supondo (não tenho certeza absoluta, mas estou supondo) que tem alguma coisa acontecendo no córtex cerebral, por isso que é presuntivo, eu tenho que dar seqüência porque quando eu fizer a analise dos nervos cranianos eu fecho melhor o meu diagnóstico.
Nível de consciência e estado de alerta:
Postura (presuntivo)
Desvio de cabeça. É uma das manifestações clinicas da neuropatia pode ser os desvios, ex. desvio de cabeça principalmente. 
Então isso postural não fecha diagnóstico, mas também faz diagnostico presuntivo da localização. 
O desvio da cabeça está relacionada a problemas de ouvido médio, 8º par de nervo craniano. Então pode sugerir uma relação com otites media e interna. 
Estação (base ampla)
É quando o animal mantém os membros torácicos e pélvicos abduzidos (abdução: é abrir o apoio, afastar do tronco, são os membros abduzidos, base ampla, mantém os apêndices locomotores amplos abertos. Adução é trazer pra próximo do tronco, próximo do corpo).
Se eu só me ativer a isso eu não posso dizer que é alteração de medula. Normalmente faz isso pra poder dar suporte do corpo, muitas vezes o paciente que tem doença medular pode ter isso. Mas onde temos isso também? Em pacientes com cardiopatias, pra respirar.
Na sua inspeção vc vai ver o animal com os membros abduzidos, mas tem que se certificar se tem ou não doença neurológica, e se tiver, vc tem complicadores em outros sistemas. Normalmente isso pode te sugerir doença medular, estou só presumindo, vou fechar só depois.
Decúbito permanente
O animal não levanta pra nada, ele está paralítico. E isso faz úlceras de pressão (=escaras), que são locais onde tem a colocação de articulação (que tem membros como jarrete, etc.) que fica cheio de lesão, úlceras, que significa dizer que o animal está muito tempo num mesmo posicionamento. Vc tem que de vez em quando mudar o decúbito. 
Então Isso me sugere uma paralisia ou uma lesão em tronco cerebral e cérebro. 
Ex. um tumor que atinja o neurônio motor superior. Ai para totalmente de movimentar. Por isso que é presuntivo, eu não posso dizer que é ali ainda.
Postura extensora (“schiff-sherrington”)
São os membros torácicos normais e os membros pélvicos espásticos (rígidos), isso me sugere uma lesão toracolombar entre T3-L3. 
Ex. Atropelamento e houve compressão de medula no segmento medular de T3-L3.
Marcha
Déficit proprioceptivo. 
Pode acontecer: Doença ortopédica, displasia coxo femural, ruptura de ligamento cruzado, luxação patelar, alterações de nervos espinhais. Mas isso é o animal que perdeu a consciência do seu movimento. Ex. o ônibus frear de forma brusca e vc ir pra frente e voltar pro lugar, isso é propriocepção. 
Vc sai do seu eixo e consegue ter consciência pra voltar pro eixo central. 
Como vc faz isso: dobrando a pata, expondo a região metacarpiana na mesa. E ele volta com a pata ao normal. 
Isso tem normalmente uma alteração em doenças também medulares, alteração de nervos espinhais.
Paresia/paralisia (córtex {NMS}, TC{NMS}, ME, nervos esp.perif., músculos).Se o animal chega com fraqueza motora que é a paresia, ou com perda definitiva dos movimentos da atividade motora (paralisia): pode ser córtex cerebral, tronco cerebral, medula espinhal. Ou pode ter lesão em nervos espinhais periféricos ou no músculo. Ele está em decúbito permanente, então ou é tronco cerebral ou é córtex cerebral (porque é onde está neurônio motor superior, que é quem desencadeia o movimento) ou medula espinhal (ME), ou qualquer alteração se for em um apêndice (monoparesia) na inervação ou envolvimento daquele plexo, é num local. 
Ex. Miosites autoimunes, que são desordens neuromusuclares
Andar em círculos (também ch. Marcha compulsiva). 
O animal não consegue deambular pro outro lado, ele só fica com os apêndices andando e a cabeça desviada para o lado da lesão, que é ch. Marcha compulsiva Ipscilateral (para o lado da lesão), Contralateral (contra a lesão).
Ex. tumor a nível cerebral ou teve uma desordem degenerativa. Ele começou com perda focal, tipo parou de andar ou começou com déficit visual, até que ele começou a andar em círculos, isso normalmente acontece quando a massa cresce ou quando o tecido começa a degenerar (quando está tendo morte do neurônio, lise neuronal). Então ele começa a andar pra um lado, ou pro esquerdo ou pro direito, ele não consegue andar em linha reta, só consegue andar em círculos, e sempre pro lado da lesão (Ipsilateral: para o lado da lesão, contralateral: para o lado contrario da lesão). 
Quando tem lesão em cérebro e tem lesão em região vestibular ventral, vc vai ver um tipo de deangulação (andar em circulo) 
Quando a lesão é em córtex cerebral, geralmente é uma massa longa, a maioria das vezes ele faz um espaço maior no eixo, ele faz uma amplitude maior na marcha.
Ex. aumento de amônia no organismo faz o animal andar em círculo, é encefalopatia. Geralmente o animal muda o comportamento
Ataxia ( = incordenação motora)
Isso pode sugerir lesão cerebelar, do cerebelo.
Dismetria de cabeça/membros (hipermetria, hipometria). 
Pode sugerir lesão cerebelar, alteração cerebelar.
Essa dismetria é não ter precisão do comprimento da deangulação que ele vai fazer, do seu movimento, o comprimento da marcha. Às vezes ele faz a marcha curta demais e cai, faz hipometria. Ou as vezes ele faz marcha longa, fazendo hipermetria.
Ele perdeu a noção do comprimento da sua atividade motora.
Tanto a ataxia quanto a dismetria tem a ver com lesão cerebelar.
Reações posturais
Os neurologistas quase não fazem. Mas são testes:
- O teste de saltitamento, vc vai testando apêndice por apêndice, segura 3 apêndices e deixa o animal saltitar em 1 só pra ver se ele tem forca motora, se ele não vai abduzir o membro e cair. Só que isso quase não tem sido feito principalmente em animais maiores que é complicado. Tem outras maneiras de se testar isso.
- Carrinho de mão: segurar os 2 apêndices pélvicos e fazer com que o animal ande com a perda da visão, tirando o reflexo visual.
- Hemi-andadura: antímero do corpo sendo testado, torácico e apêndice locomotor pélvico direito e depois com esquerdo. 
Essas reações posturais vão observar se esse animal tem força muscular, se o tônus muscular dele está viável. Mas isso vc já pode perceber pela própria atrofia, a atrofia ao método de inspeção vc já verifica. Então é mais pra vc ver forca e tônus muscular.
Quase não tem sido usado. É mais usado em filhotes ou em animais de pequeno porte.
Os principais nervos cranianos que agente testa são pra ver esses reflexos ai a fim de determinar se a lesão é sensitiva ou motora. Será que a informação não está chegando ao cérebro ou o cérebro não está decodificando pra mandar a resposta?
Avaliação de nervos cranianos
Olfação/tônus língua
Agente pode fazer com uma substancia que seja palatável, ex. coloca uma ração úmida, um cheiro que não seja nem éter e nem álcool pra não causar alteração pro animal. Geralmente ele começa a perceber o cheiro, quando vc coloca ração de pasta na fonte nasal, ele vai sentir e vai com a língua, ai vc vai testando o tônus da língua conjuntamente.
É muito raro ter animal com Anosmia grave: anosmia é o animal que não sente cheiro, é a não percepção do olfato. 
Ex. Normalmente vc tem uma anosmia em animais que tem secreção nasal, estenose de narina, tumor nasal, tudo que oblitera tudo que fecha, então vc pode ter anosmia (não percepção do olfato) por outras causas que não neurológicas. É muito raro agente ter anosmia de caráter neurológica, afecção de 1º par de nervo craniano.
Reflexo Pupilar
O reflexo pupilar agente está testando a parte consensual , quiasma óptico, reflexo pupilar. (Ler livro Nelson e Couto). 
Apaga a luz, o animal fica em midríase (pupila dilatada), e quando vc infringe a luz ele faz miose. 
Tem que ser contralateral também positivo, pra ver o reflexo consensual pra ver lá no quiasma óptico pra ver se está tendo alguma interrupção. 
Vc vê o oculomotor.
(ver de lado também)
Teste de Ameaça
Faz o reflexo de ameaça, com o dedo apontado indo em direção ao olho do animal e o animal tem que piscar. 
Isso é muito usado em centro cirúrgico pra ver se o animal está superficializando da anestesia, pra ver se o animal está em estupor ou em coma, se está voltando do coma. 
E ao mesmo já testa o palpebral.
Palpebral
Beliscando suavemente com uma pinça hemostática essa região da musculatura. Ai vc vai testar o trigêmeo, facial. Em 2 momentos.
Deglutição
Quando vc abre a cavidade oral e traciona a língua cranialmente, já vai ter o engasgo.
Ou quando vc vai dentro da cavidade oral pra avaliar a tonsila ou alguma coisa assim, o animal faz reflexo de engasgo. 
Se o animal não permite isso, quando vc vai dar comprimido pro animal, ai ele engole, ai vc está testando sem levar mordida. Ai vc avalia a deglutição e outra coisa que vc está avaliando pela segunda vez é o tônus da língua. 
Vai com a mão no final da língua com a espátula e faz um movimento.
Ou vc joga água (na seringa) e o animal vai deglutir.
“olho de boneca”
Todos nós, como cães e gatos também quando saímos do nosso posicionamento, fazemos um nistagmo rápido, um nistagmo horizontal rápido e volta pra posição. Vira a cabeça pra um lado e o olho vira pro outro.
Nisso estamos testamos o óculo motor, o abducente. Todos que podem se alterar em forma de estrabismo. 
Se já tem estrabismo isso não vai ser possível, ou se já tem nistagmo horizontal ou nistagmo rotatório ou nistagmo vertical espontâneo, vc está olhando pro animal e ele tem nistagmo direto. 
	I-OLFATÓRIO: substância volátil não irritante
II-ÓPTICO 
desviar de obstáculos
-posição visual
-ameaça visual
-seguir movimentos
-tamanho das pupilas - bate nos obstáculos
III-OCULO MOTOR
-Controle simpático da função pupilar 
-movimentos oculares em planos horizontal 
e vertical (reflexo oculovestibular)
-reflexo pupilar direto e consensual
IV-TROCLEAR -oftalmoscopia 
V-TRIGÊMIO -tônus mandibular
-palpação dos mm mastigatórios
-reflexo palpebral e corneal
-sensibilidade em mucosa nasal
-sensibilidade em face
VI-ABDUCENTE-
Reflexo oculovestibular
	VII-FACIAL 
reflexo palpebral e corneal
-ameaça visual
-tocar em orelhas
-simetria facial
-teste de schirmer
VIII-VESTIBULOCOCLEAR
-reflexo oculovestibular
-reflexo de endireitamento
-observar nistagmo
-bater palmas, testar audição
IX-GLOSSOFARÍNGEO
-reflexo de deglutição 
X-VAGO
-reflexo de deglutição, da tosse e 
reflexo oculocardíaco
XII-HIPOGLOSSO 
-tocar e molhar narinas
-observação e extensão da língua
 
A avaliação de nervos cranianos é feita para localizar a lesão. 
Mas em que região vc localiza com os nervos cranianos? Qual região do sistema nervoso? No cérebro e no tronco cerebral, que se divide em encéfalo médio, ponte e bulbo. 
Quem define isso é a tomografia ou o neurologista.
Reflexos espinhais eu quero localizar minha lesão na medula espinhal.
Reflexos espinhais
Cervical: C1 – C5: é o 1º segmento, segmento medular cervical.
Membro torácico (C6 C7 C8 T1 T2): beliscar ------ retirada
Panículo (T3 – L3): fasciculação (resposta ausente caudal à lesão)
Patelar (L4 L5 L6): ligamento patelar ------retirada
Membro pelvico (L6 L7 S1 S2): beliscar ------ retirada
Períneo (S1 S2 S3): beliscar ----- esfíncter/cauda
Seguindo esses parâmetros dos reflexos espinhais, eu vou localizar a lesão em cada segmento. 
Como agente avalia C1 – C5:
Vou manipular a cabeça pra baixo, faço uma ventro flexão – dorso flexão, uma lateralização de cabeça (cabeça para o lado): C1 – C5. 
Se o animal já chega assim ou é deficiência de potássio ou é calcificação de vértebra cervical. Ou uma otite em fase inicial. Alguma coisa que cause dor ou uma lesão cervical.
Então muitas vezes vc não consegue, só depois do uso de antiinflamatórios que vc consegue manipular bem o pescoço. 
Tenho que descartar de doença ortopédica, e déficit metabólico (porque deficiência de potássio em gato faz a ventro flexão de pescoço). 
Ex. gato desidratado vc vê com ventro flexão de pescoço. E com depressão. Mas ai vc levanta o pescoço, faz tudo e não tem lesão nenhuma. Tem que ver isso, se está muito tempo sem comer, se tem lipidose hepática, deficiência de potássio por diabetes, alguma coisa nesse sentido.
Coloca o animal em decúbito lateral. Vc testa todo o lado esquerdo e depois todo o lado direito em decúbito lateral. Testa todo o antímero. Na região interdital vc faz um leve beliscamento, ai vc vai estar testando C6 – T2. Ele vai fazer uma flexão de apêndice locomotor, tanto torácico quanto testando L6 – S2 (pélvicos)
Ai mudou o decúbito, vc testa a mesma coisa do outro lado. 
Depois vc coloca seu paciente em estação ou decúbito esternal. Na região paravertebral, entre a região torácica e lombar, vc faz um beliscamento com a pinça, vai ocorrer tremores na musculatura (fasciculação). Vai testando, nos 2 lados.
Vai testando o panículo, na região paravertebral de T3 – L3 na região toracolombar vc vai testando, tem que ter tremor na musculatura (fasciculação). Cuidado com animais peludos, tem que afastar bem o pelo e testar a pele mesmo que é onde tem os dermatos, que se chama teste de panículo.
 Se estiver ausente em um ponto, é sinal que a lesão está acima, porque a lesão é sempre cranial à ausência de resposta. A resposta é ausente caudal a lesão.
Lembrar das terminações nervosas, dos nervos periféricos, dos reflexos espinhais, que conjugam caudalmente. 
Patelar 
Agente faz pra testar L4 L5 L6: ligamento patelar
Tônus muscular
Neurônio motor superior (NMS): Ele se insere no córtex cerebral e no tronco cerebral, ou seja ele se origina no tronco cerebral e no córtex cerebral e atua até a região toracolombar (T3-L3)
Neurônio motor inferior (NMI): Se insere nas intumescências cérvico-torácica e lombo-sacra. 
As alterações de NMS são caracterizadas por: 
Reflexos aumentados, Tônus muscular aumentado, (Hipertonicidade, Rigidez) levando a espasticidade (ou seja, rigidez, hipertônico, tônico), com atrofia muscular progressiva (gradual). 
Todas essas alterações são caudais a área de lesão.
NMI: (Características)
Hiporeflexia (diminuição dos reflexos) ou arreflexia (ausência dos reflexos), vai dar flacidez, hipotonia (flacidez) e atrofia muscular rápida (cerca de 7 dias). 
Ex. animal caiu, lesou a parte de inervação periférica daquele apêndice locomotor ou lesou a medula daquela região, rapidamente atrofia.
As alterações são localizadas na área de lesão.
Etapa final do exame agente faz:
- Função do trato urinário
Agente verifica a função do trato urinário:
- Bexiga: flácida ou espástica? 
Ela pode estar os 2, mas se for espástica tem relação com NMS, se tiver flácida tem relação com é NMI. 
Ex. Se já vem urinando: é flácida. (NMI)
Ex. Se é a bexiga que não é calculo, não é tampão uretral, a bexiga está turgida, só urina com movimentação, manipulação, ai é espasticidade. (NMS)
- Sensação e dor
Sensação de dor profunda:
Faz um beliscamento no leito ungueal (como se fosse a cutícula). 
Se estiver normal, não adianta fazer esse exame porque dói. 
Se estiver ausente, se não tiver nenhuma movimentação daquele apêndice vc faz o beliscamento do leito ungueal , isso dói, se ele não sentir nada, é porque a dor profunda está ausente. 
Diagnostico diferenciar: pode ser: trombo, etc. ver se o animal não está cianótico, etc.
Particularidades do paciente geriatra
Massa cerebral reduzida, assim como a ação dos neurotransmissores.
Vai anestesiar um animal idoso, tem que lembrar que tem como ele não voltar da anestesia, mesmo com todos os parâmetros normais, porque teve massa cerebral reduzida, neurotransmissores estão reduzidos, então os estímulos não estão passando todos convenientemente.
Fluxo sanguíneo cerebral diminuído
Tem anestesia pra cães geriatras. Se ele ainda for cardiopata ainda piora isso, se tiver compensado menos mal. É sugerido que tenha bastante ventilação (os cardiologistas sugerem).
Maior susceptibilidade à hiportermia, durante procedimentos anestésicos, pois função do centro termorregulador está diminuída.
Toda droga anestésica vai dar hipotermia, vai dar relaxamento do esfíncter anal, vai ter descensibilização, etc. durante o procedimento anestésico o sistema termorregulador que é o hipotálamo vai estar diminuído, o hipotálamo está menos ativo. 
 
Maior incidência de hipotensão após a indução anestésica relacionada à diminuição da resposta reflexa do SNA (vegetativo).
Tudo está diminuído no idoso: tem menos massa cerebral, tem menor atuação nos neurotransmissores, tem menor vascularização cerebral. Lembrar disso pro tipo de anestesia que vamos usar. Ainda mais se for um idoso epilético.
Exames complementares
Testes diagnósticos
Analise do líquor (LCR). É a ferramenta principal do neurologista. Só que tem um detalhe, tem que ser um neurologista, porque eu posso causar uma parada respiratória ao coletar esse líquor. 
O animal para colher LCR ele tem que estar dentro de um centro cirúrgico, tem que ter uma ampla tricotomia da região cervical, o animal tem que estar anestesiado com tiopental ou anestesia inalatória porque os 2 tem ação anticonvulsivante (porque ao retirar o liquor, se não tiver experiência, pode ter uma crise convulsiva). Por isso que agente usa como contenção química o tiopental ou a anestesia inalatória.
Assepsia do local com clorexidine, ou bupiperidona, com luva, etc. pra não veicular os MO da pele pro liquor.
Coloca o animal em decúbito lateral e faz o animal ficar reto na mesa num ângulo de 90º, retira na cisterna magna, porque ali é perigoso? Porque tem que ser realizado na área subaracnóide, atlanto-axial, vc tem que ir à cisterna magna direitinho pq se vc ultrapassar pode lesar bulbo olfatório, medula, etc. e pode vir a óbito. 
A leitura e citologia tem que ser feita nos 30 primeiros minutos, pq depois disso começa a ter alteração celular ai vc vai ter um falso diagnóstico. Vc avalia a qualidade desse liquor, vc vê analise quantitativa (quantidade de células que tem) e qualitativa. Se tiver pleocitose, é que tem muita célula, ai a célula que está em peocitose que é o aumento de um tipo celular no líquor. 
Ex. pleocitose de eosinófilos: pode ser uma toxoplasmose, neospora, fungos.
Ex. se achar leveduras, mandar para cultura. 
Só pode ser retirado de 0,5 a no máximo 1,0ml em gotejamento para não causar pressão intracraniana. E não pode ser aspirado (igual agente tira sangue), tem que ficar gotejando.
Citologia para verificar se tem célula tumoral, a citologia é uma analise quantitativa.
Verificar se tem PTN no liquor, se tiver é sinal de ruptura de barreira hematoencefálica pelo agente etiológico.
Essa parte de hematologia, bioquímica sérica, urinálise vai ser de acordo com as doenças neurológicas que vierem.
Radiografia: tem sido utilizada principalmente a digital pra avaliação de compressão de disco, extrusão de disco, etc. (TC e RM são melhores do que a radiografia).
Quando não tinha a tomografia, agente fazia uma radiografia simples do canal medular afetado e depois contrastado que é a mielografia.
USG: animais que nasceram com hidrocefalia vc coloca o transdutor pra ver se tem abertura da frontonela. Ou as vezes de órgãos distantes como próstata (se tem tumor), abdômen, Baco, fígado, tudo comprometido,vc tem um diagnostico do que está causando a alteração neurológica.
O raio-x de tórax pra ver se tem massa tumoral no tórax. E ai pode estar indo metastático ao cérebro.
Testes sorológicos e imunológicos
Não são muito rotina, tem PCR, etc., mas a clinica é soberana. A história clinica desse paciente vai te denotar outras coisas.
O liquor é criado no plexo coróide, e passa por todo o espaço subaracnoide dando a lubrificação do encéfalo e da medula.

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