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1. OBJETIVO Estudar o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, e, medir o valor da aceleração da gravidade. 2. INTRODUÇÃO / MODELO TEÓRICO Nesse experimento estamos analisando o movimento de um carrinho, que será caracterizado como Movimento Retilíneo Uniforme Variado. O Movimento Retilíneo Uniforme Variado é caracterizado pela trajetória retilínia e pela aceleração constante, o que nos dá as condições necessárias para a realização do experimento: trajetória retilínea e ∑ ⃗ , que pela 2ª Lei de Newton nos dá , se esse somatório for constante em todo movimento então . A primeira condição é alcançada já que usaremos um trilho de ar reto. Já a segunda depende que exista uma força resultante, e que possamos calcular o seu valor. Sendo assim, temos que anular as forças de atrito, já que os coeficientes de atrito não são conhecidos. A força de atrito carrinho – superfície de contato é anulada com o uso do trilho de ar, a segunda é anulada quando ajustamos os parafusos que produzem a centelha de maneira que ele não enconste na fita termossensível. Assim o que resta é o esquema a seguir [Figura 1]: Como o ⃗⃗ tem uma componente x e uma componente y, temos que decompor as forças [Figura 2]. Figura 2: Decompondo as forças Como vemos na figura a força responsável pela a acelração é a componente da força peso no eixo x. Assim, relacionando a Figura 2 com a Figura 1 temos a seguinte expressão: ∑ ⃗ ⃗ ⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ ⃗ ⃗ (1). O valor de g esperado é o valor encontrado na literatura, que é de: ( ) . Outra fórmula importante é a que relaciona a frequência com o período (2). Ela será importante para calcular o intervalo de tempo entre cada ponto da fita. (2). MESA θ �⃗⃗� �⃗⃗⃗� �⃗⃗� �⃗⃗⃗� y x y �⃗⃗�𝑦 �⃗⃗�𝑥 Para calcular a aceleração do sistema e a aceleração da gravidade é necessário fazer um ajuste linear, ou seja, a melhor reta do gráfico v X t e a X senθ respectivamente. As incertezas experimentais deste experimento são as da distância percorrida pelo carrinho( ), a dos intervalos de tempo, ou seja, a incerteza do centelhador (que é desprezada quando comparada com a da distância), a incerteza da velocidade, a do seno de θ, a da aceleração do sistema e a da aceleração da gravidade. A da velocidade e do seno são alcançadas a partir da propagação da incerteza, a partir do método de derivadas parciais ( ) ( ). A da aceleração do sistema e a da aceleração da gravidade são encotradas a partir do ajuste linear. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O uso do trilho de ar para um experimento exigem certos cudidados. Um deles é a verificação da instalação elétrica do centelhador, a má instalação pode causar pequenos choques e/ou a queima do centelhador. Além desse cuidado deve prestar atenção na colocação da fita termosensível. A posição e o tamanho devem ser decididos antes. A posição deve ser a que melhor aproveitar o movimento, e o tamanho deve ser decidido a partir da frequência do centelhador, ou seja, a partir da quantidade de pontos que se quer ter. Para um melhor resultado teste o movimento antes de colocar a fita. Como o experimento necessita que a aceleração seja diferente de zero, o plano deve estar inclinado. Para isso usamos blocos de madeira. A altura desses blocos deve ser maior que 5 cm e menor que 18 cm, para ser significante e para não danificar o equipamento. Assim o seno do ângulo θ pode ser medido a partir de: (3). Como , e , então e . O experimento deve ser montado conforme o esquema [Figura 3]. Figura 3: Esquema do experimento Para a obtenção da fita utilizamos o centelhador na frequência de 60 Hz (conta-se um a cada três pontos, assim a frequência se torna de 20 Hz)(segundo (4) obeteremos um como intervaldo de tempo entre cada ponto considerado). A fita foi posicionada depois dos 50 cm marcados no trilho de ar e continha aproximadamente 1m. 4. DADOS Primeiro vamos analisar a fita 1, com os dados obtidos construímos uma tabela [Tabela 1]. MESA θ Blocos de madeira para inclinar o trilho h L Tabela 1: Velocidade instantânea em função da distância percorrida pelo carrinho e de um intervalo de tempo da fita 1 t (s) (xi ± 0.1) cm (vi ± 1.4) cm/s 0.05 4.7 0.10 9.5 96.0 0.15 14.3 99.0 0.20 19.4 103.0 0.25 24.6 104.0 0.30 29.8 107.0 0.35 35.3 111.0 0.40 40.9 113.0 0.45 46.6 117.0 0.50 52.6 120.0 0.55 58.6 122.0 0.60 64.8 Com os dados obtidos a partir da fita 2 construímos uma tabela [Tabela 2]. Tabela 2: Velocidade instantânea em função da distância percorrida pelo carrinho e de um intervalo de tempo da fita 2 t (s) (xi ± 0.1) cm (vi ± 1.4) cm/s 0.05 3.1 0.10 6.4 67.0 0.15 9.8 72.0 0.20 13.6 79.0 0.25 17.7 85.0 0.30 22.1 84.0 0.35 26.7 95.0 0.40 31.6 101.0 0.45 36.8 106.0 0.50 42.2 110.0 0.55 47.8 116.0 0.60 53.8 123 0.65 60.1 128.0 0.70 66.6 132.0 0.75 73.3 138.0 0.80 80.4 145.0 0.85 87.8 149.0 0.90 95.3 5. ANÁLISE DOS DADOS Para analisar o experimento temos que comparar os valores esperados com os encontrados, neste caso o único parâmetro que temos é a aceleração da gravidade. Para calculá-la precisamos dos valores de a da fita 1 e da fita 2. Para fita 1 : fazendo o ajuste linear tivemos o seguinte resultado [Figura 4]: Figura 4: Gráfico v X t resultante do ajuste linear da fita 1 A aceleração encontrada foi de ( ) . Para fita 2: fazendo o ajuste linear tivemos o seguinte resultado [Figura 5]: Figura 5: Gráfico v X t resultante do ajuste linear da fita 2 A aceleração encontrada foi de ( ) . Vamos calcular a aceleração da gravidade a partir do ajuste linear do gráfico a X senθ [Figura 6], para isso vamos usar os valores da aceleração e seno encontrados nos experimentos de toda turma [Tabela 3]. Tabela 3: Valores do seno e da aceleração de toda a turma sen θ . 10-2 a (cm/s2) (11.3 ± 0.1) (110.0 ± 1.5) (12.0 ± 0.1) (109.7 ± 2.6) (5.0 ± 0.4) (47.1 ± 1.9) (6.1 ± 0.1) (58.0 ± 3.0) (7.3 ± 0.2) (76.7 ± 1.9) (8.8 ± 0.1) (83.0 ± 3.6) (9.9 ± 0.1) (91.0 ± 2.6) A partir da Tabela 3 fizemos o ajuste linear que resultou em: ( ) . Comparando com a encontrada na literatura temos uma diferença menor que 3σ, o que representa uma diferença não-significativa. 6. CONCLUSÃO O experimento foi satisfatório para estudarmos o M.R.U.V. e para calcularmos a aceleração da gravidade, já que a aceleração nas duas fitas pode ser considerada constante e a aceleração da gravidade encontrada se comparada com a da literatura não mostra uma diferença significativa. 7. APÊNDICE 1: Propagação dos erros a. Propagação do erro do seno: A propagação do erro foi feita a partir do método da derivada parcial. i. Para h = 6,1cm e L = 100cm: ( ) + ( ) ( ) + ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) √( ) ( ) √( ) ii. Para h = 11,3cm e L = 100cm ( ) + ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) √( ) ( ) √( ) b. Propagação do erro da velocidade instantânea:A propagação do erro foi feita a partir do método da derivada parcial. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ⁄ ( ) ⁄ Logo, ⁄ . Sendo꞉ σ = incerteza; v = velocidade média; x = posição; t = tempo; ∆t = variação do tempo.
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