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276_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
262
Para melhor analisar o campo do vento, podem ser traçadas, sobre as cartas meteorológi-
cas, linhas que unam pontos com mesma direção do vento, chamadas isogônicas e linhas que
unam pontos onde o vento apresenta a mesma velocidade, ditas isotacas.
2. Anemometria.
Chama-se anemometria (do grego anemós, que significa vento) à determinação quantitati-
va do vento, em termos de sua velocidade (módulo) e direção. Os instrumentos usados com essa
finalidade são ditos anemógrafos ou anemômetros conforme efetuem, ou não, o registro da velo-
cidade, ou simultaneamente da velocidade e da direção. Os equipamentos anemométricos podem
ter saída analógica, digital ou ambas. 
Alguns modelos são acopláveis a unidades de gravação em fita magnética, para que os
dados sejam ulteriormente processados em computador, com a vantagem de evitar o árduo tra-
balho da conversão de informações analógicas (gráficos) em digitais e de suprimir completamente
sua transcrição e digitação (que normalmente introduzem erros).
2.1 - Observação do vento à superfície.
Inúmeros instrumentos foram concebidos para determinar o vento próximo à superfície,
desde o rústico cata-vento de Wild, até os modernos sensores sônicos. 
2.1.1 - Cata-vento de Wild.
O cata-vento de Wild é um grosseiro instrumento mecânico (Fig. VII.4), constituído por um
detector da direção e um indicador da velocidade do vento. Esses sensores são instalados, na
extremidade de um mastro, a cerca de 10 m acima da superfície do solo.
O detector de direção, ou grimpa, é uma peça em forma de seta, tendo, em uma das ex-
tremidades, duas aletas e, na outra, uma massa de compensação esférica, cuja única função é a
de manter o equilíbrio. Um pouco abaixo dela há quatro varetas, alinhadas, ortogonalmente, se-
gundo os pontos cardeais. A posição das varetas é ajustada no momento da instalação do cata-
vento, tomando-se como referência o norte geográfico (verdadeiro) local.
Havendo vento, a grimpa gira em torno do seu eixo vertical, apontando sempre para o se-
tor do horizonte de onde está soprando. A posição da grimpa em relação àquelas varetas permite
que se estime, aproximadamente, a direção do vento, desde que o observador esteja bem próxi-
mo da base do mastro. 
O indicador de velocidade do cata-vento de Wild é uma placa retangular de metal, presa
por uma das arestas a um eixo horizontal, solidário ao próprio eixo de rotação da grimpa. Isto
mantém a placa sempre perpendicular à direção do vento. Não havendo vento (situação de calma-
ria), a placa permanece na posição vertical. Com o aumento da velocidade do ar, porém, ela se

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