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CCJ0009-WL-PA-19-T e P Narrativa Jurídica-Antigo-34114

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			 Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
			 TEORIA E PR�TICA DA NARRATIVA JUR�DICA
			
		
		
			Título
			Teoria e Prática da Narrativa Jurídica
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				10
			
 
 Tema
		 Produção de narrativa jurídica valorada: versão da parte ré.
		
		 Objetivos
		 
O aluno deverá ser capaz de:
- Compreender que o silêncio quanto às afirmações da parte autora na narrativa da inicial torna esses fatos não controvertidos;
- Desenvolver técnicas de resposta às questões de fato do caso concreto;
- Modalizar a narrativa jurídica a favor do réu;
- Dimensionar as dificuldades de exercer a defesa em certos casos concretos.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1. Narrativa jurídica valorada
1.1. Diferentes versões sobre um mesmo fato jurídico
1.2. Uso de modalizadores
1.3. Produção Textual
1.4. Técnicas de resposta
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
De acordo com o art. 300 do CPC: “compete ao réu alegar, na contestação, toda a
matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna
o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir� (grifos
inexistentes no original).
Pela leitura gramatical do dispositivo legal, percebe-se que a
contestação é a peça que comporta quase toda a defesa do réu. É nesse
instrumento que o réu deve rebater todos os argumentos do autor, demonstrando,
claramente, a impossibilidade de sucesso da demanda.
Vale dizer ainda que, na contestação, o réu poderá se manifestar
sobre aspectos formais e materiais. Os argumentos de origem formal se
relacionam à ausência de algum tipo de formalidade processual exigida pela lei,
e que não fora observada pelo autor em sua peça inicial.
Essas falhas, dependendo da sua natureza e gravidade, podem
ocasionar fim do processo antes mesmo de o magistrado apreciar o conteúdo do
direito pretendido. A imperfeição apontada pelo réu retiraria do autor a
possibilidade de seguir adiante, ou retardaria o procedimento até que fosse
sanada a imperfeição. Essa é a chamada defesa indireta, quando se consegue
procrastinar o processo.
Já os aspectos materiais se relacionam ao conteúdo de fato ou ao
direito que o autor reivindica, o próprio mérito da causa. É a chamada defesa
direta ou de mérito, na qual o réu ataca o fato gerador do direito do autor, ou
as conseqüências jurídicas que o autor pretende. 
O princípio da concentração (ou princípio da eventualidade)
determina que o réu deve, de uma só vez, em uma única peça – na contestação –
alegar toda a matéria de defesa, tanto processual, quanto de mérito.
Não há possibilidade, como no Processo Penal, de aguardar um
momento mais propício para expor as teses de defesa. No Processo Civil é
necessário que o réu apresente de forma concentrada todas as matérias de defesa
que serão utilizadas na própria contestação.
Diante dessa breve explicação, não é prudente que o réu
desconsidere o poder que tem a sua contestação para a defesa, pois esse é o
momento oportuno para que ele possa bloquear a intenção autoral, sob pena de
não poder mais se socorrer de determinados argumentos de defesa que não foram
alegados tempestivamente. Observe que nem tratamos da revelia...
(Adaptado a
partir de www.jurisway.org.br)
 
Apresentamos
esse breve referencial teórico para esclarecer o mínimo necessário à
compreensão da contestação, porém ressalvamos que somente nos interessam, nesta
oportunidade, as questões relativas à narrativa da resposta. Não enfrentaremos
as alegações de matéria processual, tampouco as de discussão
teórico-doutrinária quanto ao assunto em discussão.
 
Leia
o texto que segue.
Magistrado, que estava em veículo sem placa, alega
ter sido desacatado
AUTOMÓVEL DE JUIZ foi rebocado porque estava
circulando sem placa
Uma agente de trânsito recebeu voz de
prisão do juiz João Carlos de Souza Correa, titular da 1ª Vara de Búzios, que
alegou ter sido desacatado por ela depois de ser parado numa blitz da Operação
Lei Seca, na Lagoa, durante a madrugada de ontem.
O magistrado, que passou no teste do
bafômetro, dirigia um Land Rover preto sem placa, e estava sem a carteira de
habilitação no momento da abordagem. Ao verificar a data da nota fiscal do
carro, a funcionária constatou que o período de 15 dias para emplacamento havia
expirado e informou que o veículo seria rebocado. Segundo a agente, o juiz deu
voz de prisão após ela questionar o fato de ele não saber desse prazo.
— Eu disse: “o senhor é juiz e alega
desconhecer a lei?� Ele disse que eu o estava insultando e que me daria voz de
prisão. Ele queria que o tenente da PM que fica na operação me prendesse. Como
isso não ocorreu, ele deu a voz de prisão e queria que eu entrasse no carro da
polícia. Mas me recusei e fui num carro da Lei Seca até a delegacia —- disse
Luciana Tamburini, que trabalha na operação há dois anos, desde o início da Lei
Seca.
Habilitação de juiz estava com a mulher
dele
O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon)
como desacato. Correa disse que, ao ser abordado pelos funcionários na blitz,
fez o exame e apresentou a documentação do veículo:
— Minha habilitação estava na bolsa da
minha mulher. Estávamos voltando de Búzios, porque foi meu plantão no sábado.
Parei para comer algo e ela foi para casa, com meu documento. Depois, ela levou
a carteira para mim. Sobre o emplacamento, não sabia que o prazo era tão curto.
Vou cobrar do despachante, que não me alertou. Minha placa deve ser entregue
nesta segunda — contou Correa. — Faltou habilidade por parte da agente. Sou um
magistrado. Imagina eu, que faço Justiça, sendo injustiçado. Ela disse: “Ele é
juiz, não é Deus�. Foi desacato.
Luciana confirma que disse a tal frase,
mas contou que estava conversando com um colega sobre a intenção do juiz de
levá-la no carro da polícia até a delegacia. Segundo Luciana, Correa cometeu
outra infração ao retirar o carro retido na blitz e conduzi-lo sem habilitação
até a delegacia. O juiz nega:
— O oficial da blitz permitiu que eu
saísse — garantiu Correa, que já foi investigado pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) devido a sentenças polêmicas proferidas por ele em processos
sobre disputas fundiárias em Búzios. 
A documentação de Correa ficou com
Luciana até eles chegarem à delegacia. Ela, o juiz e policiais que trabalham
dando apoio à blitz da Lei Seca prestaram seus depoimentos sobre o caso e,
depois de ser ouvido, Souza Correa teve seu veículo rebocado.
A agente ainda disse que vai entrar com
uma representação contra o juiz, por abuso de autoridade.
— A prisão foi ilegal. Eu estava no
exercício da minha função. Trabalhando em operações, já tive que me esconder de
tiroteio perto de favela, vi pessoas agredirem agentes e até juiz criando caso
por causa de multa. Mas nunca passei por nada parecido com isso — disse Luciana.
 
Questão 1
Realize
pesquisa legal, doutrina e jurisprudencial sobre o assunto a fim de se
instrumentalizar sobre as possibilidades modalizadoras a favor do réu.
 
Questão 2
Produza
uma narrativa valorada a favor da parte ré. Recorra a farta modalização.

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