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Análise e Contabilidade de Custos Scheilla de Freitas Silva Rosso ADMINISTRAÇÃO Juiz de Fora - MG 2016 Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica © Este caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal Sudeste/MG o Ministério da Educação e a Universidade Federal de Mato Grosso para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. Equipe de Revisão Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Juiz de Fora Coordenação Institucional Wilson dos Santos Almeida Coordenação de Produção de Material Didático Impresso Michelle de Oliveira Abraão Diagramação Weiner Esmério Batista de Oliveira Guilherme Henrique Melo Silva Pedro Henrique Ventura Rodrigues de Almeida Revisão de Língua Portuguesa Ananda Fernandes Equipe de Elaboração de Conteúdo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Juiz de Fora Reitor Paulo Rogério Araújo Guimarães Diretor Geral do Campus Juiz de Fora Sebastião Sérgio de Oliveira Núcleo de Educação a Distância – IF/JF Francisco Clarete Pereira Vieira Elaboração Scheilla de Freitas Silva Rosso Coordenador do Curso Gilberto de Castro Timotheo Supervisão Pedagógica André Luis Fernandes de Carvalho Projeto Gráfico e-Tec/MEC Ficha catalográfica Apresentação Rede e-Tec Brasil 1 Rede e-Tec Brasil Apresentação Rede e-Tec Brasil Prezado(a) estudante, Bem-vindo(a) à Rede e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma das ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego. É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e as instâncias promotoras de ensino técnico como os institutos federais, as secretarias de educação dos estados, as universidades, as escolas e colégios tecnológicos e o Sistema S. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade e ao promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando os estudantes a concluir o ensino médio e a realizar uma formação e atualização contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao estudante é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas, os polos. Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e da educação técnica - capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Março de 2016 Nosso contato etecbrasil@mec.gov.br Indicação de Ícones 3 Rede e-Tec Brasil Indicação de Ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto, ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizados no texto. Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, artigos, filmes, músicas, sites, programas de TV. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever sobre pontos importantes e/ou questionamentos. Palavra da Professora 5 Rede e-Tec Brasil Palavra da Professora Prezado(a) aluno(a) Seja bem-vindo (a) a disciplina Análise e Contabilidade de Custos. Vamos iniciar nossos trabalhos e para que possamos alcançar o objetivo principal, que é o conhecimento para aplicar na vida profissional, dependerá do seu esforço e empenho. O conhecimento poderá trazer resultados em forma de sucesso profissional, como uma boa oportunidade de emprego, uma promoção na empresa que trabalha, ser aprovado(a) em um concurso, ou até mesmo aplicar no seu próprio empreendimento. Este material foi criado para nortear seus estudos e servir de base para os mesmos; sendo necessário, sempre, expandir os conhecimentos através de outras fontes de consulta, pois, de forma alguma, temos a pretensão de colocar um ponto final nos assuntos aqui abordados. Ele foi feito com uma linguagem de fácil entendimento, com informações úteis na área de Custos, para aqueles que buscam excelência profissional. Além deste caderno de estudos, você contará com o ambiente virtual, onde serão colocados materiais complementares de estudo; além da presença do tutor (a) à distância, que estará sempre à disposição toda vez que se fizer necessário, para tirar dúvidas e ajudá-lo no que mais for possível. No seu polo, você contará também com seu tutor (a) presencial, para lhe auxiliar toda vez que tiver qualquer dúvida na plataforma, como, por exemplo, o envio de um arquivo de tarefa da semana, etc. Então, vamos ao trabalho? Profª: Scheilla Rosso Apresentação da Disciplina 7 Rede e-Tec Brasil Apresentação da Disciplina Amigos estudantes; Bem-vindos à disciplina de Análise e Contabilidade de Custos! Através do estudo desta disciplina, você conseguirá conhecer e aplicar técnicas de gestão de custos ao seu cotidiano profissional, como por exemplo, fazer um rateio de custos de fabricação para mais de um produto. Estamos vivenciando um mercado altamente competitivo e as empresas estão exigindo cada vez mais a excelência de seus profissionais. Portanto você, enquanto futuro Técnico em Administração, precisa agregar conteúdo prático e teórico para atender essa demanda! A gestão de custos se tornou um dos setores mais importantes das empresas, que não podem, simplesmente, aumentar os preços de seus produtos ou serviços, toda vez que sua lucratividade é afetada pela alta dos gastos. A finalidade gerencial da Gestão de Custos, na empresa, é para que se forneça dados necessários para o planejamento e o controle dos gastos, além de utilizar seus recursos de forma otimizada, alinhada com as estratégias definidas pela organização, que poderá ser do ramo de atividade de comércio, indústria ou prestação de serviços. Cada uma dessas atividades, terá suas características próprias de despesas e custos, que devem ser bem geridos, a fim de que a empresa cumpra o seu papel de gerar riquezas. A disciplina de Contabilidade já trouxe algumas abordagens que servirão como base aos nossos estudos, vocês se lembram do DRE - Demonstrativo do Resultado do Exercício? Pois bem, é neste demonstrativo que a empresa lança todos os seus custos e despesas para apurar o seu lucro líquido em determinado período. E quando fazemos a gestão dos custos da empresa, é neste demonstrativo que se evidenciará e evolução da empresa e termos de geração de lucros. Com uma carga horária de 45 horas, vamosaprender a diferenciar custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, classificar custos e despesas, gastos e desembolsos, departamentalização dos custos, margem de contribuição, ponto de equilíbrio, formas de rateio, depreciação, terceirização de serviços, fixação do preço de vendas baseado em custos, valorização dos estoques e mais. Tudo focado na prática empresarial, com exercícios que ajudarão no aprendizado. Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso, essa disciplina foi organizada em aulas, em cada aula iremos abordar um assunto distinto, sempre com exercícios http://moodle.jf.ifsudestemg.edu.br/moodle15/mod/page/view.php?id=5291 http://moodle.jf.ifsudestemg.edu.br/moodle15/mod/quiz/view.php?id=5884 Rede e-Tec Brasil 8 Apresentação da Disciplina propostos no intuito de fixar o conhecimento e motivá-lo nesta trajetória. E, no final deste material, será disponibilizado um guia de solução das atividades aqui propostas. Lembre-se que você não estará sozinho, eu e toda a nossa equipe de trabalho estaremos a sua disposição! Sumário 9 Rede e-Tec Brasil Sumário Apresentação Rede e-Tec Brasil ................................................................................ 1 Indicação de Ícones ..................................................................................................... 3 Palavra da Professora ................................................................................................. 5 Apresentação da Disciplina ......................................................................................... 7 Sumário ........................................................................................................................ 9 Aula 1. Finalidade e Utilização de Custos ................................................................. 13 1.1 O surgimento da Contabilidade de Custos ...................................................... 13 1.2 O custo nas empresas ..................................................................................... 14 1.2.1 Empresas Comerciais ............................................................................................ 15 1.2.2 Empresas Industriais ............................................................................................ 15 1.2.3 Empresas prestadoras de serviços ....................................................................... 16 1.3 Finalidade e utilização de custos ..................................................................... 16 1.3.1 Finalidade contábil ............................................................................................... 16 1.3.2 Finalidades gerenciais e de controle .................................................................... 16 1.4 Resumo ............................................................................................................ 17 1.5 Atividades ......................................................................................................... 17 Aula 2. Terminologias de Custos .............................................................................. 19 2.1 Gastos .............................................................................................................. 19 2.2 Desembolso ..................................................................................................... 20 2.3 Custo ................................................................................................................ 20 2.4 Despesa ........................................................................................................... 20 2.4.1 Despesas Administrativas ..................................................................................... 20 2.4.2 Despesas Comerciais ............................................................................................ 21 2.4.3 Despesas Financeiras ............................................................................................ 21 2.5 Investimento ..................................................................................................... 21 2.6 Perda ................................................................................................................ 22 2.7 Resumo ............................................................................................................ 22 2.8 Atividade ........................................................................................................... 22 Aula 3. Classificação e Nomenclatura de Custos ..................................................... 25 3.1 Custos de produção ......................................................................................... 25 Rede e-Tec Brasil 10 Sumário 3.1.1 Materiais ou insumos ...........................................................................................25 3.1.2 Mão de obra direta ...............................................................................................25 3.1.3 Custos diretos .......................................................................................................25 3.1.4 Custos indiretos ....................................................................................................26 3.1.5 Custos fixos...........................................................................................................26 3.1.6 Custos variáveis ....................................................................................................26 3.2 Resumo ............................................................................................................. 27 3.3 Atividades.......................................................................................................... 27 Aula 4. Custos de Aquisição ...................................................................................... 31 4.1 Introdução ......................................................................................................... 31 4.2 Composição do custo de aquisição:................................................................. 31 4.3 Resumo ............................................................................................................. 33 4.4 Atividades.......................................................................................................... 33 Aula 5. Custo com Pessoal e com Terceiros ............................................................. 37 5.1 Custos com pessoal ......................................................................................... 37 5.1.1 Mão de obra direta ...............................................................................................38 5.1.2 Mão de obra indireta ............................................................................................39 5.2 Custos com terceiros ........................................................................................ 39 5.3 Resumo ............................................................................................................. 41 5.4 Atividade ........................................................................................................... 42 Aula 6. Custos Patrimoniais ....................................................................................... 43 6.1 Depreciação ...................................................................................................... 43 6.2 Amortização ...................................................................................................... 43 6.3 Resumo ............................................................................................................. 44 6.4 Atividade ........................................................................................................... 44 Aula 7. Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio ................................................. 47 7.1 Introdução .........................................................................................................47 7.2 Custeio por Absorção Integral .......................................................................... 48 7.3 Custeio Direto ou Variável ................................................................................ 50 7.4 Departamentalização ........................................................................................ 51 7.4.1 Departamentos produtivos ou diretos .................................................................51 7.4.2 Departamentos de serviços ou indiretos ..............................................................51 7.4.3 Centro de Custos ..................................................................................................51 Sumário 11 Rede e-Tec Brasil 7.5 Rateio direto ..................................................................................................... 52 7.6 Resumo ............................................................................................................ 53 7.7 Atividades ......................................................................................................... 54 Aula 8. Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio ............................................ 57 8.1 Margem de Contribuição.................................................................................. 57 8.2 Ponto de equilíbrio ........................................................................................... 58 8.2.1 Cálculo do ponto de equilíbrio ............................................................................. 59 8.3 Resumo ............................................................................................................ 60 8.4 Atividades ......................................................................................................... 60 Aula 9. Fixação do Preço de Venda Baseado em Custos ........................................ 63 9.1 Introdução ........................................................................................................ 63 9.2 Técnica do mark-up ......................................................................................... 64 9.2.1 Mark-up divisor .................................................................................................... 64 9.3 Resumo ............................................................................................................ 67 9.4 Atividade ........................................................................................................... 68 Aula 10. Valorização dos Estoques ........................................................................... 69 10.1 Introdução ...................................................................................................... 69 10.2 Método de Avaliação de Estoques ................................................................ 70 10.2.1 PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai ...................................................... 70 10.2.2 UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai ........................................................ 70 10.2.3 Custo médio (Ponderado / Média Ponderada Móvel) ........................................ 70 10.3 Resumo .......................................................................................................... 71 10.4 Atividade......................................................................................................... 72 Palavras Finais .......................................................................................................... 73 Guia de Soluções....................................................................................................... 75 Aula 01: .................................................................................................................. 75 Aula 02: .................................................................................................................. 75 Aula 03: .................................................................................................................. 75 Aula 04: .................................................................................................................. 75 Aula 05: .................................................................................................................. 76 Aula 06: .................................................................................................................. 76 Aula 07: .................................................................................................................. 76 Rede e-Tec Brasil 10 Sumário Aula 08: ................................................................................................................... 76 Aula 09: ................................................................................................................... 77 Aula 10: ................................................................................................................... 77 Referências ................................................................................................................. 79 Currículo Sintético da Professora .............................................................................. 80 Aula 1 – Finalidade e Utilização de custos 13 Rede e-Tec Brasil Aula 1. Finalidade e Utilização de Custos Caro (a) estudante: Vamos iniciar, aqui, nosso estudo e espero que possamos construir um conhecimento de forma prazerosa e, para que isso seja possível, conto com seu empenho e dedicação. Sempre que necessário, para expandir o conhecimento, busque outras fontes e tire as dúvidas utilizando a plataforma. Nesta aula, iremos abordar temas introdutórios como o surgimento da Contabilidade de Custos, os objetivos a serem alcançados pelo estudo da disciplina, necessários na formação de um profissional com conhecimentos para atender a demanda de mercado. Então, vamos lá? Ao final desta aula, leia os objetivos da aula mencionados acima e observe se você conseguiu atingi-los. E lembre-se: Você é capaz, desde que se empenhe e tenha disciplina! 1.1 O surgimento da Contabilidade de Custos A contabilidade surgiu da necessidade de registro do comércio que existia nas principais cidades da Antiguidade. Além da troca e venda de mercadorias e serviços, surgiu a necessidade de se registrar a cobrança de Impostos. Tanto os homens, como os governantes, à medida que aumentavam seus recursos de posses, precisavam tê-los Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Entender como surgiu a Contabilidade de Custos; Compreender a finalidade e utilização de custos; Apurar os custos das mercadorias ou produtos vendidos de acordo com a atividade econômica; F o n te : h tt p s :/ /g c o n t. w o rd p re s s .c o m /a -c o n ta b ili d a d e -d o - m u n d o -m o d e rn o / Rede e-Tec Brasil 14 Aula 1 – Finalidade e Utilização de Custos em registro, pois não era possível memorizar tudo, além da necessidade que tinham de analisar como poderiam fazer aqueles recursos renderem mais. Surgiu, posteriormente, as pessoas que administravam as riquezas de terceiros e era necessário controle e a prestação de contas, e isso era praticamente impossível sem os registros. Pense: Como seria naquela época quando as posses das pessoas não eram registradas, ou seja, muitos nem sabiam ao certo o que possuíam! Pesquise sobre isso! Após o surgimento dos primeiros registros, se deu a evolução, onde o homem, como um ser inteligente, logo começou a encontrar formas de organizar esses registros, que começaram a ser classificados de acordo com a sua natureza, agrupando em “Contas”; como por exemplo, rebanhos, metais, escravos, etc. Com o desenvolvimento da humanidade, foram surgindo novos procedimentos contábeis como o inventário, para que pudesse fazer um levantamento dos bens. Com o surgimento da IndústriaArtesanal, mineração e metalurgia e comércio exterior começou-se a utilizar os livros caixas, onde se fazia os registros dos pagamentos em dinheiro e já utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito. Com a chegada do Capitalismo, em meados dos séculos XVII e XVIII, gerando uma acumulação de capital e alterando as relações de trabalho, a contabilidade foi se aperfeiçoando e surgiu a necessidade de se focar nos custos comerciais e industriais, onde aparecem os primeiros registros de custo de aquisição, transporte, tributos, mão de obra, armazenamento, juros sobre o capital, entre outros. A Contabilidade de Custos surgiu da Contabilidade Financeira, na Revolução Industrial, onde se havia surgido a necessidade de se avaliar os estoques na Indústria. 1.2 O custo nas empresas Com um mercado altamente competitivo, onde atuam as organizações, tornou-se extremamente necessário uma boa gestão de custos para aumentar a lucratividade. O raciocínio é o mesmo, se pensarmos da seguinte forma: se estamos gastando mensalmente mais que o valor que ganhamos, não podemos exigir Aula 1 – Finalidade e Utilização de custos 15 Rede e-Tec Brasil do nosso empregador que aumente nosso salário, o que podemos fazer, para colocar nossas contas em dia, é gerir melhor as saídas, ou seja, economizar, cortar gastos desnecessários. É isso que as empresas bem geridas fazem, quase todo o tempo, procuram reduzir os gastos, sem comprometer suas atividades. 1.2.1 Empresas Comerciais Nas empresas comerciais, são levados em consideração os custos de aquisição e as despesas de comercialização e administração; e não existem os custos de produção, como nas empresas industriais, que veremos a seguir. O custo da mercadoria vendida (CMV), é calculado através da equação: O custo da mercadoria vendida é um dos custos na empresa. Para conhecermos o custo total, é necessário apurar os custos comerciais e administrativos, que normalmente são fixos. E estes, caso a empresa seja departamentalizada, é necessário utilizar um instrumento de rateio de custos, que veremos mais à frente. O mais importante é que os custos estruturais da empresa sejam absorvidos pelas mercadorias que são vendidas. 1.2.2 Empresas Industriais Nas empresas industriais temos os custos de aquisição e também o de industrialização. Nesse caso, o custo de aquisição corresponde às matérias primas e outros materiais que são adquiridos de terceiros, que irão compor o custo de produção ou transformação, que deverão ser apropriados aos produtos que serão produzidos em um determinado período de tempo. A equação do custo do produto vendido (CPV) é expressa da seguinte forma: Onde: CPV é o custo do produto vendido. CPV = EI + CO + CT – EF CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final Rede e-Tec Brasil 16 Aula 1 – Finalidade e Utilização de Custos EI é o estoque inicial de matérias primas, materiais, produtos em processo e produtos acabados. CO são as compras de matérias primas e materiais. CT é o custo de transformação do período em questão. EF é o estoque final de matérias primas, materiais produtos em processo e produtos acabados. Podemos observar que, a fórmula das empresas industriais, leva em consideração, também, o custo de transformação que não tem nas empresas comerciais, que apenas vendem o que a indústria produz. 1.2.3 Empresas prestadoras de serviços Nas empresas prestadoras de serviço, temos a apuração dos custos, como nas indústrias, porém, com a diferença de que o produto é intangível, pois se trata de um serviço. 1.3 Finalidade e utilização de custos 1.3.1 Finalidade contábil As empresas precisam conhecer o valor de seus estoques e apurar o custo dos produtos vendidos, para que possa apurar, através do Demonstrativo do resultado do Exercício DRE, o seu resultado contábil, ou seja, se a empresa apresentou em determinado período: lucro ou prejuízo. 1.3.2 Finalidades gerenciais e de controle O gestor de custos, baseado na apuração dos dados monetários, irá obter informações que o ajudará no planejamento das ações futuras após a organização, análise e interpretação dos dados dos custos incorridos no processo de produção de bens ou prestação de serviços. A Contabilidade de Custos é uma importante ferramenta gerencial na busca do melhor retorno possível do capital investido na empresa, além de me possibilitar a implementação de novas técnicas de controle que podem trazer resultados inclusive no aumento da qualidade. Os custos apurados, anteriormente, irão fornecer dados que ajudarão no processo decisório, aumentando as chances de crescimento e sucesso do negócio, como a fixação do preço de Intangível: que não se pode tanger, tocar, pegar; intocável, não perceptível pelo tato; impalpável, incorpóreo. Fonte:https://www.google .com.br/?gfe_rd=cr&ei=q gh7V8miOsTK8ge1oYLg DA&gws_rd=ssl#q=intan g%C3%ADvel Aula 1 – Finalidade e Utilização de custos 17 Rede e-Tec Brasil vendas, a opção entre compra ou fabricação, a seleção do mix de produtos ou serviços, analisar as alternativas de investimento, aceitar ou não determinado pedido especial, etc. Podemos concluir, então, que as empresas que utilizam da análise de custos estão aumentando, consideravelmente, sua eficiência e eficácia diante dos desafios do mercado altamente competitivo atual. Diferença entre Eficiência e Eficácia: Lembra lá na disciplina Introdução a Administração? Onde você aprendeu esta diferença? Pois bem, releia seu material e entenda bem esses significados! Nos endereços eletrônicos são apresentadas algumas obras como forma de complementar seus estudos: 1.4 Resumo Nessa aula, foi possível demonstrar a evolução da Contabilidade através dos tempos até o início da Contabilidade de Custos e que a contabilidade de Custos foi uma evolução da Contabilidade Financeira. Entendemos a importância da Contabilidade de Custos na gestão das empresas com a finalidade contábil e gerencial. Aprendemos a apurar o custo de aquisição das empresas do ramo industrial e comercial. 1.5 Atividades 1- Qual a diferença entre empresas do ramo industrial e comercial? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Contabilidade de Custos. Disponível em: http://www.maph.com.br/te matica/contabilidadecustos_ objetivosdacontabilidadedec ust os.htm. Acesso em 20/07/2013 História da contabilidade. Disponível em: http://www.portaldecontabili dade.com.br/tematicas/histo ria.htm . Acesso em 20/07/2013 História da contabilidade de Custos. Disponível em: http://www.portaladm.adm.b r/ANC/anc16.htm . Acesso em 20/07/2013 Rede e-Tec Brasil 18 Aula 1 – Finalidade e Utilização de Custos 2- Explique com suas palavras como surgiu a Contabilidade de Custos.? __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 3- A Contabilidade de Custos é aplicada apenas nas empresas Comerciais? Justifique sua resposta. __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________4- Calcule o Custo dos produtos vendidos CPV de uma empresa do ramo Industrial utilizando os dados abaixo: Estoque inicial de produtos acabados – R$ 50.000,00 Estoque final de produtos acabados – R$ 30.000,00 Compras do período: R$18.900,00 Custo de transformação: R$ 10.000,00 Aula 2 – Terminologias de Custos 19 Rede e-Tec Brasil Aula 2. Terminologias de Custos Caro (a) estudante: Na aula anterior, você teve um breve relato do surgimento da Contabilidade e a evolução até a Contabilidade de Custos, entendeu como se calcula os custos de aquisição das empresas do ramo industrial ao comercial. Agora, vamos abordar as terminologias utilizadas na contabilidade financeira e na contabilidade gerencial. Está preparado para continuarmos nesse caminho de busca do conhecimento relacionado a custos? Espero que sim! Caso tenha dúvidas, utilize a plataforma para tirá-las com o seu tutor ou comigo! Vamos em frente, então? 2.1 Gastos Os gastos podem ser considerados como a compra de um produto ou serviço, que gera um sacrifício financeiro para a Entidade, através de um desembolso com a promessa de entrega, ou a entrega de ativos (normalmente dinheiro). Não existe gasto se não há passagem para a propriedade da empresa de um bem ou serviço. O gasto é um termo genérico que pode ser considerado, em uma análise mais aprofundada, como custo, despesa, investimento ou desembolso. São exemplos de gastos: Aquisição de imobilizado, pagamento de honorários para a diretoria, compra de matéria prima, etc. Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Identificar os itens referentes a terminologia relacionada a custos; Reconhecer as expressões inerentes à contabilidade financeira e contabilidade gerencial; Rede e-Tec Brasil 20 Aula 2 – Terminologias de Custos 2.2 Desembolso Pagamento à vista, ou pagamento a prazo, resultante da aquisição de um bem ou serviço. Quando ocorre à vista, ocorre concomitante com o gasto. O desembolso tem relação com o pagamento em si, onde há uma redução de caixa, se o pagamento for à vista, ou o aumento da obrigação no Passivo (contas a pagar, fornecedor), quando for a prazo. 2.3 Custo Para Ribeiro (2011), custo significa gasto com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção ou prestação de serviços. No comércio, a aquisição de mercadorias para revenda é um custo, e na indústria o custo é entendido como a aquisição de matérias primas para produção dos produtos, além da mão de obra para produzir estes bens. Como exemplos de custos, temos a depreciação de uma máquina utilizada na produção, energia elétrica utilizada pela linha de produção. Como as empresas industriais geralmente produzem mais de um produto, existe a necessidade de se fazer um rateio de custos para apropriar os custos de forma proporcional. Existem técnicas de rateio que veremos mais adiante, em nossos estudos. 2.4 Despesa Recursos utilizados na aquisição de bens e serviços, que não são utilizados na produção, na prestação de serviços ou na obtenção de mercadorias para revenda, porém tem a finalidade de obtenção de receita. As despesas estão relacionadas aos gastos ocorridos no estabelecimento comercial, tanto com itens referentes a manutenção das atividades, como aos fatores ocorridos pós- fabricação ou aquisição de determinada mercadoria para revenda (RIBEIRO, 2012). 2.4.1 Despesas Administrativas São aquelas necessárias para administrar a empresa. De maneira geral, são gastos nos escritórios que visam a direção ou a gestão Concomitante: Que se verifica ao mesmo tempo que outro. Fonte: http://www.dicionarioinforma l.com.br Aula 2 – Terminologias de Custos 21 Rede e-Tec Brasil da empresa. Podem ser citados como exemplos: honorários administrativos, salários e encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis de escritórios, seguro de escritório, depreciação de móveis e utensílios, assinaturas de jornais, etc. 2.4.2 Despesas Comerciais Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao consumidor (comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área de venda, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, marketing, estimativa de perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos), etc. 2.4.3 Despesas Financeiras São as remunerações aos capitais de terceiros, tais como: juros pagos ou incorridos, comissões bancárias, descontos concedidos, juros de mora pagos, etc. As despesas financeiras devem ser compensadas com as Receitas Financeiras, isto é, estas receitas são deduzidas daquelas despesas. 2.5 Investimento Aquisição de bens ou recurso que com intuito de geração de benefícios futuros. A compra de matéria prima é um gasto contabilizado, inicialmente, como investimento e quando tal matéria prima é destinada a produção dos produtos, passa a se enquadrar na denominação de custos. Também são considerados investimentos, os valores gastos na aquisição de bens patrimoniais como máquinas e equipamentos, veículos, imóveis, etc. O retorno sobre a aplicação dos recursos nos investimentos deve ser superior ao montante investido, considerando a perda do uso do recurso financeiro aplicado, como juros ou lucros, ou seja, a rentabilidade que esse capital investido daria, se tivesse sido aplicado em uma aplicação financeira, por exemplo, que daria certa rentabilidade sobre o capital. Rede e-Tec Brasil 22 Aula 2 – Terminologias de Custos 2.6 Perda Tem como característica a anormalidade e a involuntariedade. Podemos considerar como um exemplo, um incêndio, furto, obsoletismo de estoque, um gasto de mão de obra de produção em um período de greve, etc. Não é um sacrifício normal, feito pela entidade, na obtenção de receita. São itens que vão diretamente para as contas de resultado, assim como as despesas. Porém, algumas perdas já são previstas, como por exemplo, os retalhos de tecidos na produção de roupas, que são consideradas perdas normais no processo produtivo. Nesse caso, podem ser consideradas como custo, pois representam um sacrifício feito para obtenção dos produtos, pois desde o planejamento já deve ser considerado. A empresa deve tentar minimizar o máximo possível as perdas, uma vez que representam redução de seus estoques causando prejuízos financeiros. 2.7 Resumo Nessa aula, foi possível conhecer a terminologia e as expressões relacionadas a custos, tais como as definições de gasto, desembolso, custo, despesa, investimento e perdas Com os exercícios propostos, será possível contribuir com o entendimento do conteúdo abordado. 2.8 Atividade 1- Explique a diferença entre Custo e Despesa. __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ Obsoletismo: Qualidade do que é obsoleto (que já não se usa, arcaico, antigo, ultrapassado). Fonte: http://www.dicionarioinforma l.com.br Aula 2 – Terminologias de Custos 23 Rede e-Tec Brasil __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2- Classificar os eventos abaixo, relativos a uma indústria de manufatura, como: Investimentos ( I ) Custo ( C ) Despesa Administrativa ( DA ) Despesa Comercial ( DC ) Despesa Financeira ( DF ) Perda Anormal ( PA ) Perna Normal (PN)seguindo a terminologia de custos vista: ( ) Consumo de energia elétrica no departamento de vendas; ( ) Mão de obra direta utilizada na produção; ( ) Material de expediente roubado; ( ) Consumo de combustíveis dos veículos de entrega das vendas; ( ) Conta mensal de telefone da administração; ( ) Tarifas bancárias debitadas na conta da empresa; ( ) Consumo de água no processo produtivo; ( ) Aquisição de máquinas para a produção; ( ) Compra de matéria-prima; ( ) Depreciação das máquinas de produção; ( ) Depreciação do prédio da produção; ( ) Pintura do prédio da administração; Rede e-Tec Brasil 24 Aula 2 – Terminologias de Custos ( ) Consumo de matérias diversos na administração; ( ) Gastos com pessoal da Contabilidade; ( ) Honorários do pessoal administrativo; ( ) Consumo de matéria-prima; ( ) Consumo de embalagens; ( ) Deterioração de estoques de matéria-prima por enchente; ( ) Publicidade e propaganda; ( ) Frete sobre a venda de produtos; ( ) Impostos sobre vendas; ( ) Sobras de materiais da produção não previstas sem aproveitamento e sem valor comercial; ( ) Salários dos Supervisores de produção; ( ) Consumo de materiais na fabricação de equipamento a ser utilizado na atividade da empresa; ( ) Seguro das máquinas da produção; ( ) Comissão de vendedores. Aula 3 – Classificação e Nomenclatura de Custos 25 Rede e-Tec Brasil Aula 3. Classificação e Nomenclatura de Custos Caro(a) estudante: Na aula anterior, aprendemos a classificar gastos, custos, despesas, desembolso, investimento e perda; agora é hora de saber classificar os custos dando mais um passo, aprofundando mais no assunto, de forma gradativa. Para que isso seja possível, conto com o empenho de vocês, a fim de que possamos criar uma base sólida no conhecimento de Contabilidade de Custos. Então, vamos continuar? 3.1 Custos de produção 3.1.1 Materiais ou insumos São os materiais diretamente aplicados na produção, é a matéria prima que passa por um processo sendo transformada em produto final. 3.1.2 Mão de obra direta Representa os salários e os encargos dos funcionários que trabalham diretamente na produção de bens e serviços comercializados pela empresa. 3.1.3 Custos diretos São os custos que podem ser, imediatamente, apropriados a um só tipo de produto ou serviço sem a necessidade de se fazer um rateio. São exemplos de custos diretos: matéria prima e mão de obra direta, material de embalagem, energia elétrica de uma máquina que produz um único produto. O aluguel de um galpão, normalmente, é classificado como indireto, porque, no espaço Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Compreender a finalidade e importância dos custos de produção; Classificar os custos em diretos e indiretos, fixos e variáveis; Rede e-Tec Brasil 26 Aula 3 – Classificação e Nomenclatura de Custos correspondente, são fabricados diversos tipos de produtos, porém ele pode ser classificado como custo direto, se nesse galpão é elaborado apenas um tipo de produto. Todo custo, cuja parcela pertencente a uma função de custo, pode ser separado e medido no momento de sua ocorrência; classifica- se como direto. O que define a classificação de um custo como direto é a possibilidade de se manter a parcela aplicada exclusivamente em cada um dos diferentes produtos que recebem esse custo no momento da aplicação através de requisição de material. 3.1.4 Custos indiretos De acordo com Crepaldi (2010) os custos indiretos para serem incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério de rateio, uma vez que não podem ser medidos ou estimados diretamente ao produto. Todo custo que não tem relação direta com o produto produzido ou serviço prestado e necessita de cálculo, rateio ou estimativa para sua apropriação é considerado indireto. São exemplos de custos indiretos: aluguel de fábrica que produz vários produtos, manutenção das máquinas de fábrica que produz mais de um produto, energia elétrica que não pode ser associada ao produto. 3.1.5 Custos fixos Os custos de estrutura da empresa, que não guardam qualquer relação com o volume de produtos produzidos ou serviços prestados, são chamados de fixos, ou seja, não variam proporcionalmente de acordo com o volume. Independentemente da quantidade produzida, permanecem constantes e são variáveis em termos unitários. São exemplos de custos fixos: aluguel da fábrica, seguro da fábrica, salário dos vigias e porteiros da fábrica, etc. 3.1.6 Custos variáveis Variam proporcionalmente ao volume produzido. Quanto maior o volume produzido, maiores os custos, e quanto menor o volume produzido, menor os custos totais. Permanecem constantes em termos unitários. Aula 3 – Classificação e Nomenclatura de Custos 27 Rede e-Tec Brasil No caso de não se produzir nada em determinado período, os custos serão zerados. São exemplos de custos variáveis: matéria prima, embalagens, depreciação das máquinas da fábrica, quando for feita em função das horas-máquina. Abaixo um gráfico que representa os custos fixos e variáveis relacionando com o volume de produção e o total dos custos: 3.2 Resumo Nesta aula, vimos os custos de produção, os conceitos sobre as nomenclaturas de custos a fim de aprender a separar os custos diretos e indiretos, fixos e variáveis. Em seguida, para fixar o conteúdo estudado vamos resolver os exercícios propostos e tirar as dúvidas na plataforma, no fórum de dúvidas! 3.3 Atividades 1- Classifique em: Custo ou Despesa / Fixo ou Variável / Direto ou Indireto. Combustíveis de Máquina da Produção Combustíveis dos veículos utilizados pelas vendas Depreciação das máquinas da produção Para ler mais sobre o assunto, acesse: http://www.portaldecontabili dade.com.br/tematicas/cust o-fixo-variavel.htm acesso em 05/07/2016 Rede e-Tec Brasil 28 Aula 3 – Classificação e Nomenclatura de Custos Depreciação dos computadores do administrativo Salários da Vigilância Salários da Administração Mão de obra direta Salários dos Supervisores de Produção Honorários da Diretoria Material de Embalagem* Matéria-Prima Direta Matéria-Prima Indireta Publicidade e Propaganda Fretes sobre Compra de Matéria-Prima Fretes sobre a venda de produtos ou mercadorias Gastos com Transporte de Pessoal da produção Gasto com água e esgoto Gasto com energia elétrica do administrativo e vendas Gasto com energia elétrica da fábrica Gasto com telefone * Pode ser indireto, quando se tratar de embalagens comuns a vários tipos de bens. 2) A indústria de salgadinhos produziu 40.000 unidades de salgados, em um determinado mês e teve os seguintes gastos: Item Valor em R$ Farinha de Trigo 1.000,00 Margarina 80,00 Depreciação do Fogão 200,00 Comissão do Vendedor 2.000,00 Ovos 70,00 Aula 3 – Classificação e Nomenclatura de Custos 29 Rede e-Tec Brasil Salário do Pessoal da Produção 2.480,00 Queijo 150,00 Gás 20,00 Honorários fixos do Sócio-Gerente 3.000,00 OBSERVAÇÃO: Considere a depreciação e o com salário do pessoal de produção como custo fixo. PERGUNTA-SE: a) Qual o total de custos e o total de despesas? b) Qual o custo fixo total e a despesa fixa total? c) Qual o custo variável total e a despesa variável total? d) Qual o custo fixo unitário? e) Qual o custo variável unitário? f) Qual o custo unitário total? g) Qual a despesa fixa unitária? h) Qual a despesa variável unitária? i) Qual a despesa total unitária? __________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Rede e-Tec Brasil 30 Aula 3 – Classificação e Nomenclatura de Custos _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ____________________________________________________ Aula 4 – Custos de Aquisição 31 Rede e-Tec Brasil Aula 4. Custos de Aquisição Caro(a) estudante: Já estamos iniciando nossa quarta aula e vamos continuar abordando assuntos que são de extrema importância para gestão de custos nas organizações. Vamos agora abordar os custos de aquisição que na verdade é um dos que mais impacta nos resultados da empresa, estão relacionados com as compras da empresa e quando são mal feitos ocasionam uma redução da lucratividade da empresa. 4.1 Introdução Para aumentar a lucratividade de uma empresa tem duas opções: Aumentar as vendas ou reduzir os custos, e o custo de aquisição é um dos fatores que podem impactar tanto positivamente quanto negativamente, por este motivo requer acompanhamento constante. Desta forma podemos concluir que o custo de aquisição é um dos fatores determinantes para o sucesso da empresa. 4.2 Composição do custo de aquisição: O custo de aquisição compreende todos os gastos incorridos para que se coloquem os materiais em condições de utilização. É composto pelo preço, que é o valor total na nota, excluindo os impostos recuperáveis, sendo aqueles em que a empresa sendo contribuinte tem direito de aproveitamento de crédito na escrituração fiscal como ICMS, IPI e as contribuições PIS-PASEP e COFINS não cumulativos, mais as despesas necessárias para Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Identificar os itens que compõe o custo de Aquisição. Entender como o custo de aquisição interfere na lucratividade da empresa. Calcular os custos de aquisição de insumos e materiais diversos; Rede e-Tec Brasil 32 Aula 4 – Custos de Aquisição colocação do bem na empresa, como frete e seguro, quando correm por conta da empresa adquirente. Os descontos comerciais e abatimentos são considerados deduções do preço de aquisição. Os descontos comerciais são parcelas redutoras do preço de venda quando constarem na nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços. Já os abatimentos são descontos concedidos posteriores a sua entrega sobre o preço da mercadoria ou produto que decorrem devido a situações como atraso na entrega, defeitos de qualidade, quantidade e especificações técnicas em desacordo com o pedido, etc. Envolvem também os custos de preparação interna da empresa como: transporte, conferência, verificação da qualidade, das especificações, etc., para efetiva liberação do lote para estocagem. Fonte:http://www.gseducacional.com.br/GSE2_CursosPresImp.html Devemos ressaltar que quando a compra é de mercadorias importadas, devemos considerar também nos custos de aquisição, o imposto de importação, os gastos aduaneiros e o transbordo, assim como a variação cambial verificado até o momento do desembaraço aduaneiro. Matéria-Prima Valor total de compra ( total da Nota Fiscal ) ( - ) IPI a ser recuperado, destacado na NF ( - ) ICMS a ser recuperado, incluso no preço e destacado na NF ( + ) Valor do conhecimento de transportes Pesquise em outras fontes e saiba mais sobre os Impostos Recuperáveis. E procure entender, quando a empresa recupera, como isso se dá? Quem paga estes impostos? Aula 4 – Custos de Aquisição 33 Rede e-Tec Brasil ( - ) ICMS a ser recuperado, incluso no preço do frete e destacado no conhecimento ( + ) Gastos diretos com compras ( + ) Gastos adicionais com importação, se for o caso. Materiais Auxiliares e ou Consumo Valor total da compra (total da NF ) ( + ) Valor do conhecimento de transportes ( + ) Gastos diretos com compras ( + ) Gastos adicionais com importação, se for o caso. 4.3 Resumo Nesta aula, vimos a necessidade de se fazer um acompanhamento constante nos custos de aquisição, uma vez que eles impactam de uma forma significativa na lucratividade da empresa. Podemos entender que o preço da nota fiscal não corresponde ao custo de aquisição e que alguns itens são subtraídos e outros adicionados para que se possa apurar o custo de aquisição das matérias primas, mercadorias e serviços adquiridos. E ainda consideramos que a conferência, transporte interno dentro da empresa e todo trabalho incorrido até o armazenamento também deve ser considerado como custo de aquisição. Percebam que já estamos finalizando a quarta aula e quase se aproximando da metade do caminho da nossa disciplina, espero que estejam animados e estejam percebendo o quanto já evoluímos desde o início do nosso trabalho. Então vamos fixar o que aprendemos nessa aula fazendo as atividades propostas? 4.4 Atividades 1- Empresa fabricante de postes tem como a principal matéria prima o aço. Na última aquisição de 50 toneladas de aço a empresa teve os seguintes gastos: • Valor total da nota fiscal - R$ 165.000,00 • Valor pago pelo frete – R$ 1.500,00 Rede e-Tec Brasil 34 Aula 4 – Custos de Aquisição • IPI incluso no valor total da nota fiscal – R$ 15.000,00 • ICMS incluso no valor total da nota fiscal – R$ 25.500,00 • ICMS incluso no valor do frete pago – R$ 255,00 Qual o custo de aquisição cada Kg de aço sabendo que o IPI e o ICMS são tributos não cumulativos, portanto, recuperados na venda do produto final? 2- A Indústria Alfa S/A adquiriu á vista 30.000 kg de material pelo valor de R$3.000,00 por tonelada. Além do valor das mercadorias a empresa teve os seguintes gastos para disponibilizar o material: • Transporte R$ 75,00 por tonelada • Seguro de transporte R$ 5,00 por tonelada No valor de compra das mercadorias incidiu 12% de ICMS e sobre o valor dos transportes, incidiu também 12% de ICMS. Pede-se: a) Qual o valor total desembolsado pela empresa para adquirir os materiais? b) Qual o Custo total do material adquirido? c) Qual o custo de cada tonelada de material comprado? 3- Suponha que a compra de uma determinada matéria prima no valor de R$20.000,00. Sobre essa de aquisição incidiram IPI de 10% excluso e ICMS de 18%, PIS 1,65%, COFINS 7,6% inclusos e ainda a empresa pagou frete no valor de R$2.000,00 com ICMS 12%. PIS 1,65%, COFINS 7,6%, incluso no valor da prestação de serviço. Calcule o custo de aquisição da matéria prima. __________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Aula 4 – Custos de Aquisição 35 Rede e-Tec Brasil _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Aula 5 – Custos com Pessoal e com Terceiros 37 Rede e-Tec Brasil Aula 5. Custo com Pessoal e com Terceiros Caro(a) estudante: Nas aulas passas já vimos os custos fixos e variáveis, os diretos e indiretos de uma forma geral, agora nesta aula nosso foco são os custos com mão de obra que podem ser diretos se estiverem vinculados a produção de bens e serviços, ligados a atividade fim da empresa, ou indiretos se forem gastos que servem para a manutenção da empresa não diretamente ligados a produção como por exemplo, gastos no setor administrativo, comercial, limpeza e conservação, manutenção, etc. Alguns destes gastos podem ser terceirizados, ou seja, contratar outra empresa para prestar serviços, porem vamos ver o que deve e que não deve ser terceirizado em uma empresa. 5.1 Custos com pessoal São todos os custos com os trabalhadores, que podem ser os mais diversos possíveis: Salários, Contribuições sociais sobre os salários, Transporte dos funcionários, Auxílio creches, Assistência médica, hospitalar e dentária, Escola, Formação profissional, Treinamentos e capacitação, Férias, Décimo terceiro, Gastos com admissão; E com desligamento na demissão, Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Saber os gastos que compõem os custos de pessoal, Entender gastos e responsabilidades com terceirização. Rede e-Tec Brasil 38 Aula 5 – Custos com Pessoal e com Terceiros Ajuda de custo, Bônus de incentivo, Gratificação por mérito, Horas extras, Descanso semanal remunerado, Feriados pagos, Pagamento de faltas por doença, justificadas, Participação nos lucros, Participação societária, Serviços subsidiados em restaurantes, Recreação, Seguro contra acidentes de trabalho, etc. O tipo de remuneração também pode variar: Com base no tempo: hora, dia, semana, quinzena, mês, etc, Com base na produtividade ou em tarefas executadas: peças produzidas, metros fabricados, unidades vendidas, aulas ministradas, valores de vendas, comissões, etc. Existem também as remunerações complementares que são efetuadas aos empregados por força da lei, negociação individual ou coletiva, ou ainda, através de negociações com sindicatos, que são elas: Assiduidade, Pontualidade, Por não ocorrência de acidentes de trabalho. Adicionais: noturno, por Periculosidade; Insalubridade, Por tempo de serviço (anuênio, quinquênios), etc. 5.1.1 Mão de obra direta Todos os gastos com pessoal, quando podem ser apropriados diretamente na produção, são considerados custos diretos. Aula 5 – Custos com Pessoal e com Terceiros 39 Rede e-Tec Brasil Fonte: https://limpinhoecheiroso.com/2013/01/07/estudo-derruba-mito-sobre-custo-da-mao- de-obra-no-preco-dos-carros-no-brasil/ 5.1.2 Mão de obra indireta Quando não estão ligados na produção, ou seja, não apropriados quer seja por ociosidade ou utilizados em outras funções ou em diversos produtos diferentes, sem possibilidade de apropriação a cada um deles especificamente, tendo que ter o seu total alocado por rateio, são considerados custos indiretos, em um determinado período. Fonte: http://contabilidadesuccess.com.br/index.html 5.2 Custos com terceiros A terceirização é o processo pelo qual um empresa contrata outra para prestar determinado serviço, como objetivos comuns: http://www.guiatrabalhista.c om.br/tematicas/custostraba lhistas.htm https://limpinhoecheiroso.com/2013/01/07/estudo-derruba-mito-sobre-custo-da-mao-de-obra-no-preco-dos-carros-no-brasil/ https://limpinhoecheiroso.com/2013/01/07/estudo-derruba-mito-sobre-custo-da-mao-de-obra-no-preco-dos-carros-no-brasil/ http://contabilidadesuccess.com.br/index.html Rede e-Tec Brasil 40 Aula 5 – Custos com Pessoal e com Terceiros Redução de custos, aumento da qualidade e focar na atividade fim da empresa. Esta prática tem se difundido em todo o mundo, inclusive no Brasil. Temos exemplos de terceirização serviços prestação de serviços específicos como limpeza e segurança. É comum observarmos nas agências bancárias serviço de segurança de empresas terceirizadas. Temos também como exemplo de terceirização satisfatória, os serviços de limpeza no setor de serviços públicos e em outros segmentos, como de educação. A terceirização pode trazer vantagens para as empresas contratantes, desde que seja bem acompanhado para se evitar descontrole, gerando queda na qualidade, e desconhecimento de sua mão de obra, com profissionais sem o perfil desejado para os cargos ocupados, além de ser necessário o acompanhamento se os direitos trabalhistas estão sendo respeitados pela empresa contratada para evitar ações trabalhistas movidas pelos funcionários. Para que a terceirização traga as vantagens esperadas e planejadas, deve-se evitar a terceirização da atividade fim, que é a razão de existir da empresa, para que não perca o foco na qualidade dos produtos e serviços oferecidos, não corra o risco de perder sua identidade e principalmente o seu diferencial competitivo. Outro aspecto importante a ser observado é que o processo de terceirização deve estar alinhado com o planejamento estratégico, com seus objetivos e metas. Fonte: http://asjservices.blogspot.com.br/2012/04/razoes-para-terceirizacao.html Aula 5 – Custos com Pessoal e com Terceiros 41 Rede e-Tec Brasil Apesar das vantagens que se tem na terceirização em um primeiro momento, a longo prazo é necessário observar algumas questões que podem trazer sérios problemas para a empresa como por exemplo, a empresa responder por créditos trabalhistasnão pagos pela empresa prestadora de serviços, aumento do custo de controle sobre o serviço terceirizado, queda na qualidade nos serviços terceirizados, dependência excessiva da empresa contratante pela empresa contratada, perda de bons funcionários, devido a alta rotatividade de mão de obra dessas empresas, prestadoras de serviços, risco ao terceirizar-se setores chave, tais como: Financeiro, Recursos Humanos, Assessoria, Almoxarifado...; clima organizacional comprometido e perda de identidade da empresa devido a terceirizações. Todas estas questões relacionadas devem ser levadas em conta em um planejamento que decide utilizar a terceirização como estratégia organizacional. Por outro lado, devido a alta competitividade existente no mercado atualmente, muitas empresas não veem outra alternativa para focar seus esforços e energia na atividade fim da empresa, terceirizar atividades acessórias. Por este motivo, observamos uma crescente utilização no mercado da terceirização dentro das empresas. Exemplo de Custos com Terceiros • Beneficiamento de Matérias Primas; • Energia elétrica; • Água e esgoto; • Assistência técnica; • Serviços em geral; • Consultorias em geral; • Comunicações, etc. 5.3 Resumo Nesta aula foram apresentados os gastos que compõem os custos de mão de obra. De forma direta, quando podem ser apropriados diretamente aos produtos ou serviços, ou de forma indireta, quando é necessário utilização de rateio para apropriá-los. Veremos as técnicas de rateio mais a frente na nossa disciplina. Rede e-Tec Brasil 42 Aula 5 – Custos com Pessoal e com Terceiros Vimos, também, as vantagens e desvantagens da utilização da terceirização. 5.4 Atividade 1- Explique a diferença entre mão de obra direta e mão de obra indireta. _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 2- Porque não se pode apenas considerar os salários pagos mensalmente como custos com pessoal? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 3- A terceirização é uma prática bastante utilizada, explique os cuidados que se deve ter, para não ter problemas com a terceirização de serviços nas empresas. _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Aula 6 – Custos Patrimoniais 43 Rede e-Tec Brasil Aula 6. Custos Patrimoniais Caro(a) estudante: Continuando nossa jornada de aprendizado, vamos nesta aula nos ocupar em aprender os custos patrimoniais, ou seja, como se calcula e lança na contabilidade os custos de depreciação. 6.1 Depreciação A depreciação corresponde ao desgaste natural dos bens devido ao uso ou obsolescência dos bens, como máquinas, móveis, utensílios, equipamentos e prédios envolvidos no processo produtivo. 6.2 Amortização Podemos chamar de amortização a parcela monetária anual que poderá ser contabilizado como um custo patrimonial através de uma taxa estabelecida pela legislação do Imposto de Renda que será aplicada ao valor do bem, tendo como limite o valor do próprio bem. Os custos patrimoniais, portanto, são representados pela amortização da depreciação dos bens ativos. As taxas de depreciação são determinadas pela Receita Federal de acordo com a utilização dos bens: 1 turno de 8 horas fator 1,00 2 turnos de 8 horas fator 1,50 3 turnos de 8 horas fator 2,00 Assim sendo, se uma máquina, cuja taxa de depreciação é 10% ao ano, mas trabalhando 3 turnos de 8 horas, a taxa pode ser Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Entender o que é amortização e depreciação; Aprender a calcular os custos de depreciação; Rede e-Tec Brasil 44 Aula 6 – Custos Patrimoniais multiplicada por 2,00, o que significa que a mesma pode ser amortizada em 5 anos, ou seja, 20% ao ano. Fonte: https://cpeagleblog.wordpress.com/2015/08/24/creditos-de-icms-pis-e-cofins-sobre- o-ativo-imobilizado/ 6.3 Resumo Nesta aula aprendemos que os custos Patrimoniais, configuram-se monetariamente pela amortização da depreciação dos bens ativos da empresa, através de taxas determinadas pela Receita Federal, que são lançadas na contabilidade. Aprendemos também que essas taxas são aplicadas normalmente se a máquina ou equipamento é utilizada em um turno de 8 horas, se forem utilizadas em dois turnos de 8 horas a taxa deverá ser multiplicada por 1,5, e no caso de utilização em três turnos de 8 horas a taxa deverá ser multiplicada por 2. 6.4 Atividade 11. No estudo de custos da empresa X S/A apurou-se os seguintes dados patrimoniais: BENS R$ Vida útil em anos Valor dos computadores utilizados pela Adm. R$ 35.000,00 - 5 anos - Valor dos móveis e utensílios da Administração R$ 55.000,00 - 10 anos Aula 6 – Custos Patrimoniais 45 Rede e-Tec Brasil - Valor das máquinas da produção R$ 180.000,00 – 8 anos - Valor do prédio utilizado pela Adm. R$ 280.000,00 - 20 anos - Valor do prédio utilizado pela produção R$ 320.000,00 - 20 anos Considerando que o método de depreciação é linear pede-se: a. Qual o custo mensal com depreciação linear? E da soma dos dígitos dos anos? b. Qual o valor da despesa mensal com depreciação linear? E da soma dos dígitos dos anos? c. Qual o valor total de depreciação anual da empresa X S/A com depreciação linear? E da soma dos dígitos dos anos? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 2- Usina de açúcar Porto Alegre adquiriu por R$ 100.000,00 uma máquina que será utilizada no processo produtivo. A vida útil dessa máquina e, consequentemente, sua depreciação é determinada com base nas horas de trabalho, sendo estimada em 1.000.000 horas a sua vida útil total. Pergunta-se: a. Neste caso a depreciação é um custo fixo ou variável? Justifique sua resposta. Rede e-Tec Brasil 46 Aula 6 – Custos Patrimoniais b. Sabendo-se que é possível medir o tempo que cada produto fabricado pela empresa utiliza a máquina, o custo de depreciação é direto ou indireto? Justifique sua resposta. c. Sabendo-se que a referida máquina é utilizada na fabricação de açúcar refinado especial e que para obtenção de 1 kg refinado especial ocupa-se20 minutos desta máquina, determine qual o custo de depreciação correspondente? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Aula 7 – Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio 47 Rede e-Tec Brasil Aula 7. Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio Caro(a) estudante: Na aula anterior apresentamos a vocês os custos Patrimoniais, que para ser apropriado aos produtos é necessário que se faça um Rateio e é este nosso assunto desta aula, conhecer os métodos mais utilizados. Para uma boa evolução desta aula é necessário que você revise o conteúdo abordado na disciplina de Contabilidade sobre DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício. Continue se esforçando no aprendizado dos conteúdos apresentados e na resolução dos exercícios propostos para que seu conhecimento se solidifique! Vamos a matéria? 7.1 Introdução A Contabilidade de Custos surgiu na Revolução Industrial devido a necessidade de se registrar os custos que facilitava a avaliação dos inventários, e consequentemente apurar de uma forma mais precisa o Resultado do Exercício. Inicialmente apenas os custos diretos eram apropriados aos produtos, sendo os gastos gerais de Fabricação levados diretamente ao Resultado do período. Os sistemas de custeio se referem à forma pela qual os custos são apropriados aos produtos. Existem alguns métodos que buscam se adequar às necessidades e exigências das Objetivos da aula: Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Definir Sistemas de Custeio; Apresentar os métodos de Custeio por Absorção, e Custeio Direto / Variável Aprender o conceito de departamentalização e centro de custos. Calcular rateio direto dos custos indiretos. Rede e-Tec Brasil 48 Aula 7 – Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio empresas, necessidades essas que podem ser para atender as exigências fiscais ou gerenciais (MARTINS, 2010). Os custos indiretos de fabricação são os que não se pode identificar diretamente aos produtos, sendo necessário fazer rateios para fazer a apropriação. Esses custos indiretos só podem ser apropriados, de forma indireta, ou seja, mediante estimativas, critérios de rateios, que é uma forma de distribuição que pode conter um maior ou menor grau de subjetivismo. Podemos citar como exemplos de custos diretos que devem ser apropriados aos produtos: Aluguel da área ocupada pela fábrica (setor produtivo), depreciação das máquinas e ferramentas industriais, energia elétrica consumida na fábrica, mão de obra indireta (demais funcionários da fábrica), materiais indiretos como lubrificantes, lixas e colas, etc. 7.2 Custeio por Absorção Integral Este método é o mais utilizado, e quando se trata de apuração de resultados para fins societários e tributários ele é o único aceito, pois segue os Princípios Contábeis e é o método aceito pela Legislação Vigente no Brasil. Nele, todos os custos envolvidos na produção de bens e serviços, em determinado período, sendo diretos ou indiretos, fixos ou variáveis são apropriados aos produtos. Os custos e as despesas devem ser separados, pois, as despesas são excluídas e lançadas diretamente contra o resultado do período, no DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício. Os custos dos produtos vendidos terão idêntico tratamento enquanto os custos dos produtos em elaboração ou dos produtos acabados que ainda não foram vendidos serão lançados na conta de Estoques da empresa. Na utilização do custeio por absorção devem ser seguidos os seguintes passos: - Separação de custos e despesas; - Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no período; - Apuração do custo dos produtos em elaboração; Aula 7 – Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio 49 Rede e-Tec Brasil - Apuração do custo da produção acabada; - Apuração do custo dos produtos vendidos; - Apuração do resultado. Esquema ilustrativo de como funciona o método de Custeio por Absorção: Exemplo de cálculo pelo Método de Custeio por Absorção: A Cia. Estrelar apresentou os seguintes dados em X1: Produção de 1.000 unidades totalmente acabadas Custos Variáveis R$ 20.000,00 Custos Fixos R$ 12.000,00 Despesas Variáveis de Vendas R$ 4.000,00 Despesas Fixas R$ 6.000,00 Vendas Líquidas: 800 unidades a R$60,00 cada R$ 48.000,00 Rede e-Tec Brasil 50 Aula 7 – Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio Pede-se: Apure o resultado com base no método de Custo por Absorção: a) Custo da produção do período: (CPP): 20.000,00 + 12.000 = R$ 32.000,00 b) Custo unitário do Produto: 32.000 = R$ 32,00 a unidade 1.000 c) Receita 800 x 60 = R$ 48.000,00 d) Estoque Final: 200 x R$32,00 =6.400,00 Demonstração do Resultado do Exercício - Absorção Conta Valor R$ Receitas de Vendas Líquidas 48.000 (-) Custo dos Produtos Vendidos (800 x 32) (25.600) (=) Lucro Bruto 22.400 (-) Despesas Fixas e Variáveis (6.000 + 4.000) (10.000) (=) Lucro Líquido 12.400 No Custeio por Absorção podemos perceber que o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) contempla os custos Fixos e Variáveis no período somando-se em seguida dividindo os mesmos para quantidade efetivamente produzida para que se apure o custo total por unidade de cada produto. 7.3 Custeio Direto ou Variável Neste método de custeio são alocados aos produtos fabricados somente os custos variáveis. Os custos fixos recebem o mesmo tratamento das despesas, isto é, são levados integralmente para o resultado do período, independentemente se os produtos foram vendidos ou não. Este método é utilizado para fins gerenciais e apresenta as seguintes vantagens: Determinar quais produtos devem ter suas vendas incentivadas, reduzidas ou mesmo ser excluídos da linha de produção; Aula 7 – Estudo dos Sistemas e Métodos de Custeio 51 Rede e-Tec Brasil Indicar o preço mínimo a ser praticado em condições especiais, tal como aceitar ou não um pedido negociado; Decisão entre comprar ou fabricar; Determinação do nível mínimo de atividades em que o negócio passa a ser rentável; Definição, em uma negociação com o cliente, de qual o limite de descontos permitido. 7.4 Departamentalização É chamado de departamentalização a divisão da organização em segmentos, chamados departamentos que são os centros ou departamentos produtivos ou de serviços aos quais são debitados todos os custos de produção neles incorridos. O departamento representa a mínima unidade administrativa de uma organização ou entidade na qual sempre irá existir um responsável. A departamentalização é o processo que consiste em agrupar em departamentos, funções, atividades similares e, consequentemente, os custos relacionados aos mesmos, como forma de mensurar as informações necessárias as tomadas de decisões por parte das empresas (MARTINS, 2010). Os departamentos se dividem em departamentos produtivos ou de serviços: 7.4.1 Departamentos produtivos ou diretos São os departamentos que promovem algum tipo de modificação sobre determinado produto, ou seja, atuam sobre a produção e seus custos são apropriados diretamente. 7.4.2 Departamentos de serviços ou indiretos São os departamentos por onde não passam os produtos, não atuam
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