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11 ( pedagogia ) ( angelica paulina lasch gilmara pitt silvia ficagna fernanda mayara de oliveira ) ( A criação de um Projeto de Intervenção (em uma comunidade) Interdisciplinar com o tema contemporâneo transversal previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ‘Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras’ ) ( São Carlos 2021 ) ( angelica paulina lasch gilmara pitt silvia ficagna fernanda mayara de oliveira ) ( A criação de um Projeto de Intervenção (em uma comunidade) Interdisciplinar com o tema contemporâneo transversal previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ‘Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras’ ) ( Trabalho de Pedagogia apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bime stral na disciplina de Produção Textual em Grupo Orientador: Prof. Claudia Macharete Bezerra ) ( São Carlos 2021 ) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 4 3 PROJETO 6 4 CONCLUSÃO 10 REFERÊNCIAS 11 INTRODUÇÃO A sociedade, nos últimos anos, tem sido objeto de muitas mudanças o que tem levado ao aparecimento de novas realidades educativas e, ao mesmo tempo, tem desencadeado um acréscimo de exigências feitas aos professores e à escola. Em virtude da diversidade cultural, social, étnica e religiosa presente no espaço educacional, surge a necessidade da qualificação dos profissionais para uma educação que valorize as diferenças dentro do espaço escolar e considere a diversidade como princípio do respeito às diferenças e, também, como o reconhecimento da diversidade de saberes produzidos pela humanidade. O processo de formação da prática docente sempre esteve direcionado a uma perspectiva etnocêntrica de nossa cultura, e isso, consequentemente, influenciou e, ainda, influencia a prática educativa para a valorização somente de uma cultura em detrimento de 300 Anais da VI Semana de Integração Inhumas: UEG, 2017, p. 296-319 outras. Por esse motivo, desenvolver uma postura de enfrentamento de possíveis manifestações de preconceito e discriminação contra a diversidade de culturas dentro da sala de aula constitui-se em um desafio para muitos profissionais que não se encontram preparados para lidar com as diferenças, o que corrobora ainda mais para a negação dessas diferenças no co Para se pensar em uma escola, na perspectiva de uma Educação Intercultural (EI), é necessário repensar a estrutura escolar, reconsiderando tanto a organização como as concepções fundamentais que viabilizem tal proposta. Para se trabalhar com a diversidade é fundamental considerar as singularidades e o reconhecimento das diferenças. Hernández (1998, p. 55) pontua que a escola deve ensinar o aluno “questões substanciais para a sua vida e conectá-lo com o mundo fora da escola [...]”. Considerando esse pensamento, Morin (2000) pontua que a educação precisa promover um conhecimento que seja suficientemente capaz de apreender os problemas globais e fundamentais, inserindo os conhecimentos locais nessa perspectiva. A partir dessa perspectiva, Morin (2000) afirma que educar para a diversidade é colocar em evidência a multidimensionalidade e a complexidade, integrando essa dinâmica à diversidade cultural e situando-a à condição humana. DESENVOLVIMENTO Estamos vivendo em uma rede complexa de processos de globalização e de mundialização, que nos remete às novas construções identitárias que, em jogo, no ponto de vista da educação, nos coloca de frente a novos questionamentos e formas de ver e entender o mundo através dessas mudanças. Nessa perspectiva, apontamos para a escola e para a diversidade de desafios que seus profissionais têm acolhido em seus espaços de ação, no intuito de estarem atualizados e prontos para responder, com práticas inovadoras, a essa “mudança social contemporânea”. A educação escolar sempre esteve associada à ideia de progresso e desenvolvimento e de condição primordial para mudanças sociais, principalmente com relação às desigualdades. Vale assinalar que enfatizamos a ideia de que a escola precisa ser o lugar privilegiado de reconhecimento das diferenças, lugar de hospitalidade, onde todos possam atuar de maneira democrática, coerente com o valor da igualdade e lutando contra todas as formas de desigualdades, de preconceitos e discriminações possíveis, que não consigam desencadear o processo de decadência de seu papel primordial. Dessa forma, a escola tem a responsabilidade de participar na construção do projeto de desenvolvimento de todo país que se diz democrático e, a partir de sua ação crítica, consiga neutralizar os efeitos negativos nas vidas de todos que passam por ela. Em particular, no Brasil, a questão multiculturalismo apresenta uma configuração própria, "onde as relações interétnicas têm sido uma constante através de toda sua história, uma história dolorosa e trágica principalmente no que diz respeito aos grupos indígenas e afrodescendentes" (CANDAU, 2011, p.17). Como o multiculturalismo é permanente aqui em nossa realidade, o mediador de conhecimento deve estar consciente do seu plano de ensino, pois este plano é o registro das conclusões do processo de previsão das atividades docentes e discentes; nele o professor deverá atentar-se em analisar sua clientela: desejos, realidades, necessidades e, claro, possibilidades para estar desempenhando uma mediação de qualidade, ser sistemático ao refletir sobre os recursos disponíveis para o ensino aprendizagem do aluno, pelo fato de estarmos em região de fronteira onde é predominante outras raças, etnias, religiões, culturas e outros aspectos relevantes. O professor deve estar em aberto às realidades encontradas em sala de aula, para encontrar maneiras de poder mediar os conhecimentos, os valores morais e éticos e para discernir como inserir esta criança em uma sociedade cuja tônica é a diferença. Quanto à formação de professores, é preciso considerar que o trabalho com as diferenças culturais, linguísticas e outras deve proporcionar tanto ao professor quanto ao sujeito aprendiz a superação de suas limitações pessoais, para que ambos tenham responsabilidade ética e promovam uma escola de qualidade para todos. A preparação para a futura prática pedagógica no contexto de fronteira não pode ser reduzida a receituários ( PEREIRA, 2009, p.117). Ponto este que deve estar em questão de reflexão e ação, professores deverão previamente serem preparados em sua formação e continuar seus estudos, só com a busca incansável de conhecimentos o professor poderá alcançar uma excelência na qualidade de ensino. O professor será o causador desta diferença que poderá ser imitada por outros professores através de seu plano de aula, onde o professor especifica e operacionaliza os procedimentos de cada aula que será ministrada. O plano de aula deve estar adaptado às reais condições dos alunos: suas possibilidades, necessidades e interesses. Ao elaborar o seu plano de aula, o professor deve levar em conta as características dos alunos e partir dos conhecimentos que eles já possuem. Por isso, é importante que o professor faça uma sondagem do que os alunos já sabem sobre a serem desenvolvidos ( REVISTA ESCOLA, 1972, p.6 ). O professor deverá conhecer a especificidade de cada um de seus aluno, já que o multiculturalismo refere-se às inúmeras mudanças demográficas e culturais, afetando as realidades contemporâneas, produzindo efeitos negativos e positivos em todos os espaços sociais, diferenças estas de raça, etnia, gênero, sexualidade, cultura, religião, classes sociais, idade, deficiência física, sensorial ou psíquica ou quaisquer outra que marca um indivíduo ou grupo social. É crucial o professor estar preparado para esta realidade, que poderá encontrar dentro das salas de aula, a qual deve estar metodicamente no seu plano de ensino e no plano de aula, a fim de que o processo ensino aprendizagem realmente ocorra e o aluno seja respeitado em suas especificidades, vale dizer em seu multiculturalismo.PROJETO PLANO PARA O PROJETO TEMA DO PROJETO: Diversidade Cultural na Escola JUSTIFICATIVA: O projeto Diversidade Cultural na Escola visa uma discussão com os alunos e com toda a comunidade escolar sobre identidade cultural existentes em nosso país, no âmbito individual, social e coletivo, buscando entrelaçar diversas linhas de conhecimento interdisciplinar em Língua Portuguesa, Historia, Geografia, Artes etc. OBJETIVOS: GERAL: Abordar as diversidades culturais, bem como suas particularidades, através, do processo de conhecer, descobrir, interagir, crescer e apropriar-se de novos repertórios de forma prazerosa rica e envolvente. ESPECÍFICOS · Pesquisar as diferentes culturas na instituição para serem trabalhadas nas atividades; · Pesquisar as diferentes culturas na comunidade; · Trabalhar a interação família escola; · Propiciar a interação de todos os segmentos da escola; · Possibilitar a construção da valorização da cultura africana e brasileira, buscando uma verdadeira identidade cultural; · Promover a valorização cultural através da leitura e interpretação de textos afro-brasileiros, refletindo sobre este tema; · Estimular a formação de opiniões, atitudes e valores que desenvolvem cidadãos críticos e éticos para a consciência étnico-racial; · Trabalhar a auto-estima no educando para que este possa se relacionar com seus pares; · Fomentar no educador, a postura, a ética, a educação e a construção de uma auto-estima positiva; · Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando e forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades, e percepção de suas limitações; · Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos e cuidando da própria saúde e bem-estar; · Estabelecer vínculos afetivos e de troca com os adultos e seus pares, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de interação e comunicação social; METODOLOGIA: A metodologia utilizada neste projeto contempla uma ação educativa que visa garantir que a criança compreenda e contemple a diversidade cultural. Ainda, que as trocas de experiências entre crianças sejam respeitados, inclusive nas produções individuais. Tudo isto levando em conta o prazer lúdico (co)gerador do processo de produção. Diante destes elementos, o professor deve estar atento no redimensionamento das atividades propostas quando houver necessidade. A utilização de recursos como TV, vídeo, computadores em sala de aula, internet,visita a escolas e espaços culturais, ida ao teatro, cinema, entre outros, garante situações de aprendizagens significativas no percurso do desenvolvimento da criança. Assim, nesta organização, estes conhecimentos são (re)pensados e(re)vistos enquanto percebimento de um aprendiz que lida com indivíduos em uma sociedade em constantes mudanças. Durante o processo de construção deste projeto é importante afirmar que este estará em consonância com a Proposta Pedagógica da Instituição. Sendo assim, o trabalho será dividido em várias etapas que deverão estar em consonância entre si como: · Interação dos grupos/turmas através de jogos de percepção e observação do corpo como um todo brincadeiras, músicas de conhecimento comum a todos. · História o uso da arte de contar histórias para apresentar diversos contos . observação de figuras humanas nas imagens. · Após leitura de histórias, uso de desenhos e (re)interpretação) destas. · Valorização da ação artística e o respeito pela diversidade cultural. · Trabalho individual e em grupo respeitando o limite e o potencial de cada um. · Criação de trabalhos manuais através de pinturas, colagens, modelagens, texturas, etc. A partir daí iniciam-se os ensaios de fala, coreografias, leitura, escrita, etc. O professor com o conhecimento do grupo como um todo, pode inferir apresentando sugestões indicando materiais, tipos de ações adequados a cada criança ou grupo. É essencial que este trabalho requer uma integração plena entre alunos,professores e funcionários da instituição, além de pais e comunidade, pois o desenvolvimento depende da participação de todos, pois envolvem diferenciados conteúdos cada um em seu segmento. Para planejar cenários, fantasias, adereços, máscaras, entre outros, o desenvolvimento de oficinas entre os participantes devem ser uma constante para que sejam confeccionadas todo o material a ser utilizado. As atividades desenvolvidas durante este período podem ser assim distribuídas: · Valorização e respeito ao outro; · Respeito às diversas culturas; · Noção de pesquisa; · Noção de tempo e espaço; · Escrita e leitura; · Respeito às regras sociais, etc. HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O PROJETO: · Respeito às regras sociais; · Autonomia; · Criatividade; · Comunicação; · Expressão critica; · Trabalhar a oralidade; · Hábito de ler e interpretar histórias; · Hábito de ouvir; etc. COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS DURANTE O PROJETO: · Confecção de cartazes, jornais, livros referente ao tema abordado; · Observação do meio como forma de pesquisa da cultura local e global; · Visitas à museu, teatro e cinema da cidade, quando houver atividade relevante; · Leitura de materiais variados como livros infantis, jornais, revistas, gibis, sobre a cultura Afro-brasileira; · Rodas da conversa informais e formais; etc. RECURSOS: · Livros de Historias; · CDs; · DVDs; · Fotos; · Mapa-mundi; AVALIAÇÃO: O processo de avaliação deve ser contínuo, através de observações e registros do professor que poderá documentar os progressos do desenvolvimento dos alunos, das habilidades conquistadas como linguagem, escrita, interpretação, expressão, criticidade, comunicação, criatividade, autonomia, respeito as regras sociais, etc. Estes, são o norte para que estes possam agir como (trans)formadores do faz-de-conta para o mundo real. Para que possa se avaliar efetivamente se uma criança ou grupo desenvolve-se saudavelmente deve-se pensar em um ambiente que remete desafios em situações de interatividade podendo ser feita de forma sistemática por todos os envolvidos no processo como afirma ZAMBELLI. REFERÊNCIAS: ALCANTARA, Cecília. Projeto Diversidade Cultural da Eduçaõ Infantil. Slideshare.net. Disponível em: < https://pt.slideshare.net/CECI1959/projeto-diversidade-cultural-na-educao-infantil> Acesso em: 14 de abr de 2021. CONCLUSÃO Educar para a perspectiva intercultural na formação de professores é um caminho que se abre ao reconhecimento das diversidades e acolhimento das diferenças no contexto educativo, pois possibilita ao educador(a) ressignificar e transformar sua prática e postura profissional diante as diferenças culturais e sociais. Desse modo, práticas educativas interculturais devem fazer parte do contexto educativo para o desenvolvimento de experiências diversificadas que valorizem a multiplicidade de conhecimentos e vozes relativas a toda diversidade de classes sociais, gêneros e culturas, bem como os sujeitos nesse processo interativo e intercultural. A prática docente nas perspectivas transdisciplinar e interdisciplinar deve promover um ensino para além do reconhecimento da pluralidade cultural. A partir de um processo educativo multidimensional e complexo, voltado para o conhecimento do sujeito em sua totalidade enquanto ser cultural, ser social, dotado de uma singularidade própria, emotivo, racional, sensitivo etc. Assim, para Moraes (2015, p. 20), “almejamos, assim, uma educação e um processo de formação que integrem as dimensões corporais, psicológicas, sentimentais e espirituais do ser humano, com as dimensões sociais, econômicas, tecnológicas e culturais [...]”. Desse modo, a partir de uma nova perspectiva de educação fundamentada no paradigma emergente da transdisciplinaridade e da complexidade, práticas e concepções interculturais na formação docente para a diversidade. E, estas se configuram espaços de interação e aprendizagens ressignificadas de acordo com a realidade e experiência de vida da pessoa, valorizando as relações entre sujeito, sociedadee natureza. Por esse motivo, a formação docente para diversidade deve considerar estratégias didáticas inovadoras e criativas que contemplem o aluno em suas múltiplas dimensões de aprendizagem e de sujeito. Portanto, entendemos que metodologias criativas e inovadoras possibilitam novas formas de ensinar e aprender a partir de uma nova concepção de educação: dinâmica, complexa e transdisciplinar. REFERÊNCIAS COSTA, E. da. Rosana. SOBRAL, J. Osvaldo. Educação e Diversidade: Educar para a perspectiva Intercultural na Formação de Professores. [s.l], [s,d]. FREITAS, J. P. Andréa. Multiculturalismo e o professor em sala de aula. Portal Educação. Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/multiculturalismo-e-o-professor-em-sala-de-aula/58807> Acesso em: 13 abr. 2021. LUCAS, Sônia. Escolas do Amanhã: Possibilidades Multiculturais?. Rio de Janeiro:2011. ROMERO, E. B. Patricia. Multiculturalismo: Diversidade Cultural na Escola. Porto, 2017. SUYEYASSU, P. Sueidy. Projetos Multiculturais: Um possível caminho a percorrer. São Paulo, 2014.
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