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Espondiloartropatias Soronegativas • Grupo de doenças inflamatórias, crônicas, auto-imunes, que incluem algumas doenças distintas, porém com algumas características em comum. • "Soronegativa" se refere ao fato que estas doenças são Espondiloartropatia Soronegativa • "Soronegativa" se refere ao fato que estas doenças são negativas para o fator reumatóide. • Os diferentes tipos incluem: o Espondilite Anquilosante; o Artrite Psoriática; o Artrite Reativa; o Espondilite Enteropática. • O que é o Fator Reumatóide? o Anticorpo encontrado em 90% dos pacientes com artrite reumatóide. Espondiloartropatia Soronegativa o Pode estar presente também em outras doenças, nem sempre indicando o “reumatismo". o Ocorre também em outras doenças inflamatórias e auto-imunes, infecções crônicas e malignidades. o Pode ser detectável em 1-4% de pessoas saudáveis e em 25% de idosos saudáveis. • Estas doenças possuem as seguintes condições em comum: o Há presença de sacroileíte e espondilite. o Ocorre agregação familiar (10 a 20% dos casos). Espondiloartropatia Soronegativa o Ocorre agregação familiar (10 a 20% dos casos). o O fator reumatóide não está presente. o Possuem relação com o HLA-B27. • Glicoproteínas presentes nas membranas de quase todas as células nucleadas e, em concentração especialmente elevada, nos leucócitos. • Encontrado em 80 a 90% das pessoas com EA. Espondilite Aquilosante Introdução • Doença inflamatória crônica que afeta os tecidos conectivos, acometendo articulações da coluna, quadris, ombros e outras regiões. • Acometimento ascendente, podendo atingir todos os• Acometimento ascendente, podendo atingir todos os segmentos vertebrais, causando limitação dos movimentos e invalidez. • Não possui cura, mas com tratamento precoce pode ser bem tolerada. • Sexo: 5H:1M. Introdução • Faixa etária: 15 - 35 anos, sendo muito rara após os 40 anos de idade. • Quando se manifesta antes da adolescência é descrita como espondilite anquilosante juvenil.como espondilite anquilosante juvenil. • O predomínio da doença em homens jovens (a partir da fase de maturidade sexual) suscita questões sobre a importância dos hormônios sexuais na gênese da EA. Etiologia • Caracteriza-se pelo surgimento de dores na coluna de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna e diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com• A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercícios e piora com repouso. • No início, a EA costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. • A dor pode ser amenizada ao dobrar o corpo. Etiologia • Ocorre expansão limitada do peito devido ao envolvimento das articulações entre as costelas. • Os sintomas podem piorar, diminuir ou parar em qualquer estágio. • Os ossos das vértebras da coluna crescem, formando pontes entre as vértebras, às vezes envolvendo completamente as juntas, impedindo assim que ela se mova, causando a rigidez denominada anquilose. • Algumas pessoas podem ter apenas uma série de leves dores e desconfortos, durante vários meses, sem entretanto incomodá-las demais. Etiologia • Com a progressão da doença, a deterioração do osso e da cartilagem pode levar à fusão na coluna ou nas articulações periféricas, afetando assim a mobilidade. • Espondilite x Artrite Reumatóide:• Espondilite x Artrite Reumatóide: o AR: mais comum em grupos etários mais velhos e nas mulheres. o EA: acometimento das articulações periféricas são mais raros; ausência de nódulos subcutâneos; ausência do fator reumatóide. Etiologia • Os órgãos e tecidos mais afetados pela espondilite anquilosante são: o Articulações da coluna vertebral, quadris, ombros, joelhos, etc; o Ossos; o Olhos; o Coração; o Pulmão; o Sistema Nervoso Central. • No início do quadro, predomina a dor axial intensa; • Na evolução, também aparecem o espasmo muscular paravertebral e as limitações funcionais, que contribuem para o desenvolvimento da “Postura de Esquiador”. Quadro Clínico para o desenvolvimento da “Postura de Esquiador”. • Postura de Esquiador: o Retificação da coluna lombar, o Acentuação da cifose dorsal o Projeção da coluna cervical. • Dor na parte inferior das costas que piora à noite ou após um período de inatividade; • Movimentos limitados e rigidez na parte inferior das costas e quadril; • Expansão limitada do tórax; Sinais e Sintomas • Expansão limitada do tórax; • Amplitude limitada de movimentos, principalmente da coluna e dos quadris; • Dor e edema articular nos ombros, joelhos e tornozelos; • Dor nos calcanhares; • Encurvamento postural para aliviar os sintomas; • Fadiga; • Febre branda. • A mais freqüente é a uveíte, podendo ser observada em até 25% dos pacientesà HLA-B 27 positivo. • Cardíacas: o Aortite, arritmias, bloqueio cardíacoà marcapasso. Manifestações Extra-Articulares o Aortite, arritmias, bloqueio cardíacoà marcapasso. • Pulmonares: o Defeito ventilatório restritivo leve, em pacientes com acentuada limitação do diâmetro respiratório, devido à restrição da caixa torácica. • Musculares: o Freqüentes atrofias. • Renais: o Hematúria e proteinúria geralmente leves, o Amiloidose secundária à insuficiência renal, causa freqüente de óbito na EA. Manifestações Extra-Articulares • Neurológicas: o Raras, o Subluxação atlantoaxial, o Síndrome da cauda eqüina, o Fraturas vertebrais traumáticas. • Não existe nenhum exame direto para diagnosticar a espondilite anquilosante. • Exame Clínico: o Dor lombar persistindo por > 03 meses, que melhora Critérios Diagnósticos o Dor lombar persistindo por > 03 meses, que melhora com exercício e não melhora com repouso; o Rigidez lombar de repouso; o Diminuição da expansibilidade torácica. • Exames de Raio-x da Coluna: o Mudanças espinhais características e sacroileíte. • A radiografia simples de bacia é indispensável na EA porque a sacroileíte radiológica é critério obrigatório para o diagnóstico da doença. • O acometimento da articulação sacrilíaca, na avaliação radiológica, pode ser subdividido em: Critérios Diagnósticos radiológica, pode ser subdividido em: o Grau zero: normal; o Grau 1: sacroileíte suspeita ou duvidosa; o Grau 2: esclerose óssea, irregularidade de contornos articulares e erosões ósseas; o Grau 3: alterações verificadas no grau 2, associadas ao pseudoalargamento articular; o Grau 4: anquilose total. • Exames Laboratoriais: o Provas de atividade inflamatória inespecíficas (velocidade de hemossedimentação, mucoproteínas, proteína C reativa). Critérios Diagnósticos o A pesquisa do fator reumatóide e do fator antinuclear revela-se negativa. o Pesquisa HLA-B27 para aconselhamento genético familiar. o É importante salientar que a ausência do HLA-B 27 não exclui o diagnóstico de EA, já que até 20% dos pacientes espondilíticos são HLA-B 27 negativos. • A evolução da doença é imprevisível; regressão e recorrência podem ocorrer em qualquer estágio. • A maioria das pessoas consegue se movimentar normalmente, a menos que os quadris fiquem seriamente comprometidos. Evolução e Prognóstico comprometidos. • Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para sempre. Tratamento • O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde a mesma tenha diminuído, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. • Medicamentoso: o Analgésicos, o Antiinflamatórios, o Relaxantes musculares. Tratamento • Passada a fase aguda da doença, a maioria dos pacientes não necessita de remédios, uma vez que façam parte de um programa regular de exercícios. • Para outros pacientes, pode ser necessário um tratamento contínuo com doses reduzidas (manutenção) de medicamentos. • Cirúrgico: o Utilizado com maior freqüência para restaurar os movimentosde joelho e quadril. Tratamento de joelho e quadril. o Pode ser usado também para posicionar corretamente as costas ou o pescoço daqueles que se tornaram tão afetados pela doença a ponto de não conseguirem olhar para frente. • Reabilitação (Fisioterapia): o Alívio da dor; o Mobilização articular; Tratamento o Alongamento / Fortalecimento muscular; o Orientação postural; o Exercícios respiratórios; o Minimização das deformidades; o Hidroterapia.
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