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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 267 O sensor de direção é constituído por uma grimpa conectada a um sistema de alavancas o qual aciona uma das penas registradoras de direção (cada uma atua nas direções corresponden- tes à metade da rosa-dos-ventos, N-E-S e S-W-N). O sensor de velocidade média consiste num conjunto de três conchas, dispostas simetricamente, à semelhança do que ocorre com os ane- mômetros totalizadores. A rotação das conchas movimenta mecanicamente a terceira pena regis- tradora, fazendo-a traçar um gráfico em zig-zag da "distância percorrida" pelo vento. O registro desta última pena é cumulativo e a alternância da linha traçada (em zig-zag) ocorre, nos modelos mais comuns, a cada intervalo de 10.000 m. Finalmente, o sensor de velocidade instantânea (de- tector de rajadas) está representado por um tubo de Pitot (sistema de pressão sucção), o qual aciona dinamicamente a quarta pena registradora e possibilita verificar a ocorrência de mudanças bruscas na velocidade do vento. Por se tratar de instrumento relativamente grande, não é apropriado para determinações a pequenas alturas do solo e tampouco pode ser usado no estabelecimento de perfis de vento. São encontrados em estações meteorológicas convencionais, para registro do vento a 10 m de altura, cuja velocidade e direção são requeridas aos estudos sinóticos. 2.1.5 - Anemômetros sônicos. Um anemômetro sônico consiste em três pares emissores-receptores de som, ortogonal- mente orientados. Cada par é capaz de detectar sutis variações entre o instante da emissão e o da recepção de sinais sonoros. A velocidade de escoamento do ar é deduzida indiretamente, a partir das alterações que provoca na propagação do som. O instrumento pode ser instalado de maneira que os pares detectores fiquem orientados nas direções leste-oeste, norte-sul e zênite- nadir (segundo os eixos x, y e z do referencial local), passando a fornecer diretamente as compo- nentes zonal (u), meridional (v) e vertical (w) da velocidade do ar. 2.2 - Observação do vento em níveis elevados da atmosfera. A forma mais simples de observar o vento em níveis atmosféricos afastados da superfície é acompanhar a trajetória de um balão que se desloca livremente na atmosfera. O monitoramento da posição do balão pode ser ótico (balão-piloto) ou eletrônico (radioventossonda). 2.2.1 - Sondagens óticas. Um balão-piloto é um simples balão de borracha (em geral vermelho ou branco), inflado com uma certa quantidade de hidrogênio ou hélio e lançado na atmosfera. A razão de ascensão do balão é teoricamente conhecida (Tabela VII.1). Logo, se for medido seu ângulo de elevação (E) e seu azimute (A) a intervalos regulares, é possível estimar sua trajetória na atmosfera. Esses ângulos são obtidos, minuto a minuto, com o auxílio de um teodolito ótico que difere dos conven- cionais (empregados em levantamentos topográficos) porque a objetiva forma com a ocular um ângulo de 90 o. A distância horizontal da projeção do balão (L) ao ponto de origem, em um dado minuto t,
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