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Saúde Pública Conceitos importantes para o melhor entendimento da disciplina de saúde pública: • Etiologia: estudo das causas das enfermidades. • Agente etiológico: agente causador da enfermidade. Pode ser vírus, bactérias, protozoários e entre outros. • Epidemiologia: todos os fatores que envolvem a doença. • Patogenia: origem e evolução da patogênica. • Zoonose: doenças transmitidas do animal para os seres humanos. • Tríade epidemiológica: interações entre o ambiente, hospedeiro e agente. Zoonoses de notificação compulsória (Brasil; 2013) Botulismo; Carbúnculo Dengue; Doença de Chagas; Esquistossomose (em áreas não endêmicas); Febre Maculosa; Febre Tifoide; Hantavirose; Leishmaniose Visceral; Leishmaniose Tegumentar; Leptospirose; Malária; Raiva Humana; Tétano; Tuberculose PNCEBT O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), foi instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no ano 2001 com o objetivo de monitorar e controlar os impactos da brucelose e tuberculose na saúde animal e humana. A estratégia de atuação do PNCEBT é baseada na adoção de procedimentos de defesa sanitária, dos quais os seguintes merecem destaque: • A introdução da vacinação obrigatória contra brucelose em fêmeas de 3 a 8 meses de idade, com dose única de vacina viva liofilizada elaborada com amostra 19 de Brucella abortus, que é executada sob a responsabilidade técnica de médico veterinário cadastrado no Serviço Veterinário Oficial SVO - IAGRO;– • A utilização da vacina B19 poderá ser substituída pela vacina contra brucelose não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51, na espécie bovina. • Certificação voluntária de estabelecimentos de criação livres para brucelose e tuberculose; • Controle do trânsito de animais destinados à reprodução e a participação de reprodutores em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações; • Habilitação por meio da Superintendência Federal da Agricultura - SFA de médicos veterinários da iniciativa privada e credenciamento de laboratórios para realização de testes de diagnóstico de rotina para estas enfermidades. VACINAS: A utilização da Vacina Não Indutora de Anticorpos Aglutinantes VNIAA (RB 51) é autorizada– em fêmeas de 3 a 12 meses de idade de propriedades pantaneiras definidas pela IAGRO e em fêmeas que não receberam a vacinação com vacina produzida a partir da amostra B19 na idade de 3 a 8 meses. As fêmeas vacinadas com vacinas produzidas a partir da amostra B 19 devem ser marcadas com o último algarismo do ano de vacinação” (Ex.: fêmeas vacinadas em 2019 devem ser marcadas com “9”, no lado esquerdo da face), e as fêmeas vacinadas com VNIAA devem ser marcadas apenas com “V” no lado esquerdo da face. Atualmente, não existe vacina como forma de controle da tuberculose, e por este motivo, não é uma estratégia de ação do PNCEBT. Os testes para diagnóstico de brucelose e tuberculose são classificados em: • Testes de rotina realizados por médicos– veterinários habilitados, com o objetivo de detecção de rebanhos infectados, saneamento de propriedades e trânsito de animais; • Testes confirmatórios realizados em– animais reagentes a testes de rotina e obrigatório para trânsito internacional, são executados por laboratórios credenciados pelo MAPA. Todo animal que apresenta resultado positivo em testes de diagnóstico de brucelose e tuberculose deve ser marcado com “P” no lado direito da face e eliminado (abatido ou destruído) em 30 dias. O médico veterinário habilitado é o responsável por esta identificação e eliminação destes animais positivos. São competências do méd. veterinário que atua no setor privado, cadastrado no PNCEBT: • Emissão de receituário para aquisição de vacinas contra a brucelose; • Execução da vacinação contra a brucelose das bezerras de 3 a 8 meses de idade; • Responsabilidade técnica pela vacinação de bezerras contra a brucelose realizada por vacinadores treinados e cadastrados; • Emissão de atestados de vacinação contra brucelose. O PNCEBT envolve um grande número de ações sanitárias profiláticas e de diagnóstico a campo. Sendo assim, é necessário habilitar médicos veterinários do setor privado para atuar no Programa. É de sua competência: • Realização de testes de diagnóstico de rotina para brucelose. • Responsabilidade técnica pelo processo de saneamento das propriedades, visando à certificação de LIVRE para brucelose e tuberculose; • Marcação dos animais positivos aos testes de diagnóstico para brucelose e tuberculose com a letra “P”, de acordo com o Regulamento Técnico do PNCEBT; • Desencadear as providências para a correta eliminação dos animais positivos, de acordo com a legislação vigente, seja para o abate sanitário ou destruição; • Cumprir o Regulamento Técnico do PNCEBT e outras normas complementares estabelecidas pelo Departamento de Saúde Animal e pelo serviço de defesa sanitária animal do Estado onde foi habilitado. A credibilidade das atividades propostas neste programa, principalmente a certificação de propriedades, está diretamente associada às ações de monitoramento e fiscalização do serviço veterinário oficial. Todas as atividades propostas precisam ser claramente entendidas pelos pecuaristas e consumidores. Só isso tornará o programa um projeto da sociedade brasileira e permitirá que as ações sanitárias sejam efetivamente cumpridas. Neste sentido, é muito importante que todas as medidas estabelecidas pelo PNCEBT sejam precedidas e acompanhadas por um trabalho de educação sanitária.
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