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282_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
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após o lançamento (t = 0), é calculada através da expressão:
h = L tgE, (VII.2.1)
sendo a altura do balão (h), determinada a partir da razão ascensional (Tabela VII.1), variável com
o tamanho do balão e com a densidade do ar. Obtida a distância ao local de lançamento e o azi-
mute, a cada minuto, é possível traçar a projeção da trajetória do balão sobre o plano do horizon-
te: uma poligonal, sob escala, unindo os pontos (p0, p1, p2, p3 etc.) correspondentes às projeções
de sua posição na atmosfera, em minutos sucessivos (t0, t1, t2, t3 etc.), sendo t0 o do lançamento.
TABELA VII.1
ALTURAS (m) CALCULADAS PARA BALÕES-PILOTO DE 30 E
DE 100 GRAMAS, NOS PRIMEIROS 20 MINUTOS DA SONDAGEM.
MINUTO 30g 100g MINUTO 30g 100g
1 216 350 11 2070 3300
2 414 670 12 2250 3580
3 612 980 13 2430 3855
4 801 1285 14 2610 4130
5 990 1585 15 2790 4405
6 1170 1880 16 2970 4675
7 1350 2170 17 3170 4945
8 1530 2455 18 3330 5215
9 1710 2740 19 3510 5485
10 1890 3020 20 3690 5755
A velocidade média do vento no nível (zn), atingido no enésimo minuto após o lançamento,
é estabelecida dividindo-se a distância (m) entre os pontos p n–1 e p n+1 da poligonal, corres-
pondentes aos minutos t n–1 e t n–1, pelo intervalo de tempo (60 segundos). A direção média é
computada transportando-se graficamente a linha que une aqueles pontos (p n–1 e p n+1) para a
posição que representa o local de lançamento (p0) e medindo-se seu azimute.
Seria possível determinar a direção e a velocidade do vento, mesmo que não se soubesse
a razão de ascensão do balão, empregando-se dois teodolitos, separados por uma distância co-
nhecida, operados simultaneamente. 
Por se tratar de um processo ótico, as sondagens com balões-piloto não podem ser feitas
em dias muito nublados, especialmente se as nuvens presentes forem baixas. Para sondagens
noturnas é necessário prender ao balão uma pequena lanterna, nem sempre adequadamente vi-
sível. Esses inconvenientes tornam difícil o uso de balões-piloto, que praticamente não são mais
usados.

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