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Aula 04 - Dominínio morfosintático

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Livro Eletrônico
Aula 04
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
Décio Terror Filho
curso comprado no site: www.nossorateiodeconcursos.com
 
 
 
 
1 
 
Domínio da estrutura morfossintática do 
período. 
Sumário 
1 – Princípios Gramaticais .................................................................................................. 2 
1 – Estrutura básica da oração ........................................................................................... 4 
1 - Regência ....................................................................................................................................... 6 
2 – Diferença entre subordinação e coordenação dos termos .......................................... 10 
2 – Objeto direto e Objeto indireto ................................................................................................. 12 
2.2.1 Objeto direto ......................................................................................................................................................... 12 
2.2.3 Objeto indireto ...................................................................................................................................................... 18 
3 - Predicativo .................................................................................................................................. 21 
4 – Complemento nominal .............................................................................................................. 28 
2.4.1 Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal ........................................................................ 30 
5 – Agente da passiva ..................................................................................................................... 37 
6 - Aposto ........................................................................................................................................ 38 
7 - Vocativo ...................................................................................................................................... 47 
8 – Adjunto adverbial ...................................................................................................................... 48 
9 – Pontuação com adjunto adverbial “solto” ................................................................................ 56 
10 – Palavras denotativas ............................................................................................................... 63 
3 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................ 74 
4 – Lista de questões ........................................................................................................ 75 
5 – Gabarito ................................................................................................................... 101 
 
Olá, pessoal! 
Nesta aula, falaremos das classes de palavras! 
Mas, para entendermos as classes de palavras, vamos observar alguns princípios gramaticais. 
Décio Terror Filho
Aula 04
Português p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - Pós-Edital
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2 
 
1 – PRINCÍPIOS GRAMATICAIS 
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a morfologia, a sintaxe e a 
semântica. 
 O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase. A base de seu estudo 
são os sinônimos (mesmo sentido), antônimos (sentido oposto), polissemia (palavra de vários 
sentidos), sentido figurado, figuras de linguagem etc. 
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da palavra), a estrutura 
da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes de palavras. Estas classes são os nomes 
dos vocábulos dentro de uma frase. Esses vocábulos podem ser: 
a) substantivo (dá nome aos seres); 
b) artigo (determina o substantivo); 
c) adjetivo (caracteriza o substantivo); 
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio); 
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo); 
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc); 
g) conjunção (liga orações ou palavras); 
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos); 
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres); 
j) interjeição (marca exclamações). 
Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, que é o seu 
desempenho dentro de uma oração. 
Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, dependendo do contexto 
em que é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode desempenhar as funções de sujeito, objeto 
direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já 
um adjetivo pode, além das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de adjunto adnominal. 
O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto adverbial. Das classes gramaticais, as que não 
possuem funções sintáticas são o verbo, a conjunção, a preposição e a interjeição. 
Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação: 
 
 
 
 
 
Décio Terror Filho
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3 
 
Classe de Palavras Função sintática 
 
 
 
Substantivo 
 
 
 
(valor substantivo) 
 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
 
Adjetivo 
 
(valor adjetivo) 
Aposto 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
Artigo (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 (valor substantivo) Núcleo do complemento nominal 
Pronome Núcleo do aposto 
 Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
 (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 (valor substantivo) Núcleo do complemento nominal 
 Núcleo do aposto 
Numeral Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
 (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
Advérbio Adjunto adverbial 
Verbo 
 
 
(sem função sintática) 
Preposição 
Conjunção 
Interjeição 
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4 
 
 
Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um elemento de 
consulta, para que você compreenda melhor a diferença entre morfologia, semântica e sintaxe; pois, 
quando a prova junta os conteúdos numa só questão, isso ajudará muito. 
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de palavras. 
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de palavras (substantivo, 
adjetivo, advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral, interjeição, preposição e conjunção). 
O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram basicamente nas classes 
“artigo”, “substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”, “verbo”, “pronome”, “conjunção” e “preposição”. 
Como a conjunção tem relação direta com os valores das orações que elas precedem, tal 
classe é vista em aulas de sintaxe do período. 
Há uma aula específica de pronomes, pois o assunto é vasto. 
Há aula específica de verbos, pois esse assunto também é bem vasto. 
Após termos tido uma noção geral das classes de palavras, vamos tratar de cada uma. 
1 – ESTRUTURA BÁSICA DA ORAÇÃO 
Olá, pessoal! 
 A sintaxe trabalha o desempenho de cada palavra na oração. Assim, as palavras vão se 
juntar para ter uma função sintática e serão consideradas termos daoração. Veremos isso com muita 
calma nesta aula, pois isso é muito importante para vários outros assuntos, dentre eles a pontuação. 
Falaremos da sintaxe da oração, com a seguinte pergunta: 
O que é sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Cabe entender basicamente 
que uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com o sujeito 
(de quem se fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na estrutura SVO 
(sujeito→verbo→complemento). 
 
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5 
 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no verbo. A partir dele, 
reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer aqui que você decore todos os termos da 
oração, basta entendê-los, pois a banca CESPE tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova. 
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. Isso ocorreu porque 
eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O candidato”. Se ele está no singular, é natural que 
o verbo também esteja. Já que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome 
a isso de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em qualquer gramática 
por aí. 
Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo? 
Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo, para saber flexionar 
o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância verbal, para esta banca. 
 
Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de concordância 
verbal. Na aula 3, aprofundaremos nisso. 
Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos 
“realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos vocábulos posteriores para terem sentido 
na oração, por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê? 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem sentido. Isso 
ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. Por isso falamos que o verbo 
é transitivo. Sozinho, não consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. 
Dessa forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” e “certeza” 
completam o sentido destes verbos. 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um obstáculo. Havendo 
uma preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a preposição, o trânsito é livre, direto. 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o termo que vem em 
seguida é seu complemento verbal direto. Já o complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o 
trânsito está dificultado (indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
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Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é chamado de transitivo 
direto (VTD). Na frase 2, como há preposição exigida pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é 
transitivo indireto (VTI) e seu complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos 
pelo verbo: um(direto) e outro(indireto). 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o complemento verbal 
direto é o objeto direto (OD) e o complemento verbal indireto é o objeto indireto(OI). 
1 - REGÊNCIA 
Como entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois necessita de um 
complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo de “Regência”, pois ele exige, rege o 
complemento. Se é um verbo que exige, é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo na 
gramática que trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a qual 
aprofundaremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. 
Veja: 
 
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter transitividade. Nomes 
como certeza, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, etc são chamados de transitivos porque 
necessitam de um complemento para terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, 
obediência a alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é fiel a 
algo ou a alguém. 
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual é chamado de 
complemento nominal (CN). 
Note que os complementos são elementos exigidos por verbo ou nome. Assim, são termos 
subordinados. 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito na frase; por 
exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, podemos dizer que ele mora longe. 
Neste caso o nome “longe” deixou de ser transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
 2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
 
Regência Verbal 
Sujeito Predicado 
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ficou implícito. Por isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do verbo. Se há um nome 
que exige complemento, então temos a Regência Nominal. 
Veja a frase 4 na próxima página: 
 
 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A expressão “de sua 
aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o nome “certeza”: certeza de sua 
aprovação. 
 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para descobrirmos quais preposições 
iniciam o complemento nominal. 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 (VTD + OD + CN). 
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum complemento verbal. 
Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura posterior, naturalmente inseriremos uma 
ou mais circunstâncias. A essas circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer 
que o candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a causa da 
viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas 
são as circunstâncias básicas, mas há mais e veremos isso adiante. Então veja como ficaria: 
 
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer 
verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na 
frase 4, poderíamos inserir o adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. 
 
 
 
 
 4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
 
 
 
Regência Nominal 
Sujeito Predicado 
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Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI). 
Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, dizemos que eles são os núcleos (palavra mais 
importante) do predicado, assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e complemento nominal 
em todos eles. 
Falta apenasum tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se flexiona de acordo com ele. 
O verbo “estava” serve para ligar esta característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de 
ligação, e o termo que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se flexiona de acordo 
com ele. Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo seria “tranquila". A essa flexão 
de um predicativo em relação ao sujeito damos o nome de Concordância Nominal. Na gramática, 
há um capítulo só para a concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um 
dos pontos principais, mas isso veremos em nossas próximas aulas. 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu predicado é chamado de 
Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
 
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também pode fazer parte do 
predicado verbo-nominal; e isso será visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte 
estrutura: 
Predicado 
Verbal
VTD+OD
VTI + OI
VTDI + OD 
+ OI
VI
Predicado
nominal
VL Predicativo
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Pronto, reconhecemos os tipos de verbos, agora falaremos um pouco sobre o sujeito. Ele é 
um termo da oração do qual se declara alguma coisa. Possui um núcleo (palavra de valor substantivo) 
e geralmente algumas palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. 
 
Veja a oração abaixo: 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
 
 
O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se no plural porque o 
substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por ser a palavra principal dentro do sujeito 
e não ser antecedido de preposição, possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo 
“foram” a concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também 
(concordância nominal). Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem para caracterizá-lo: 
“As”, “primeiras” e “de Joaquim”. Essas palavras têm a função sintática de adjunto adnominal, cujo 
papel é caracterizar o núcleo e se flexionar de acordo com ele (concordância nominal). Note que, 
dentro do sujeito, apenas a expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma locução; 
assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. 
Veja as funções sintáticas: 
 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
4. tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
5. viajou. 
 VI 
6. estava tranquilo. 
 VL + predicativo 
 
 
 
 
 
Concordância verbal 
Concordância nominal 
Regência verbal 
Regência nominal 
Sujeito Predicado 
Predicado 
Verbal 
Predicado 
Nominal 
sujeito Predicado nominal 
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 Com base no que vimos até agora, percebemos a estrutura básica dos predicados verbal (VTD 
+ OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI) e nominal (VL + predicativo). Portanto, podemos observar que 
não pode haver vírgula entre sujeito, verbo e complementos. Observe as orações anteriores. Elas 
não possuem vírgula, justamente porque são constituídas de termos básicos da oração. 
Atente ao fato de que os objetos direto e indireto servem para completar o sentido do verbo 
e o complemento nominal serve para completar o sentido do nome. Lembre-se também de que o 
predicativo existe para caracterizar o sujeito. 
2 – DIFERENÇA ENTRE SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO DOS TERMOS 
O termo subordinado é aquele que depende de outro para ter sentido. Assim, complemento 
verbal ou nominal são termos subordinados. 
 
Cada termo tem seu núcleo (palavra mais importante). Havendo mais de um núcleo, 
passamos a ter uma relação de coordenação: 
 
 O termo “A indústria e o comércio” é o sujeito composto (os núcleos “indústria” e “comércio” 
estão coordenados), o verbo “absorvem” é transitivo direto e o termo “muitos profissionais de nível 
superior e técnico” é o objeto direto (termo subordinado), cujo núcleo é “profissionais”, e os termos 
“muitos”, “de nível superior e técnico” são os adjuntos adnominais. Dentro deste adjunto adnominal, 
há termos enumerados, coordenados: “superior” e “técnico”. 
 
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11 
 
 
1. (CESPE / IHVDF Médico – 2018) 
Fragmento do texto: Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me 
levou ao pediatra. Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na 
porta da fábrica em frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os 
médicos davam injeções enormes na bunda das crianças. 
O sujeito da forma verbal “parou” (linha 3) é “fábrica” (linha 3). 
Comentário: Note que sujeito é termo de quem o verbo fala e, via de regra, não é precedido de 
preposição. Note que o termo preposicionado “da fábrica” é apenas adjunto adnominal do núcleo 
“porta”. Na realidade, o sujeito de “parou” é “o futebol”. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
2. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos 
enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por 
causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa. Hospitalizados eram 
só os pobres, e Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam 
próximos à sua casa. Viajou por toda a Europa, visitando hospitais. 
A inserção de uma vírgula logo após o termo “Hospitalizados” (linha 4) manteria a correção 
gramatical do texto. 
Comentário: O termo “os pobres” é o sujeito, “eram” é o verbo de ligação e “hospitalizados” é o 
predicativo do sujeito. Assim, não cabe vírgula entre o predicativo e o verbo de ligação e a afirmação 
está errada. 
Gabarito: E 
3. (CESPE / TRE BA 2017 Técnico – 2017) 
Fragmento do texto: Os votos nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, 
compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior 
Eleitoral, votos apolíticos. Logo, os votos em branco e os nulos são votos que, a princípio, não 
produzem resultado nem influenciam no resultado do pleito. Ao comparecer às urnas no dia das 
eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou nulo pode fazê-lo por diversas razões. Esses 
motivos podem embasar tanto a postura dos que votam em branco quanto a dos que votam nulo, 
pois o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo, não é razoável diferenciar o voto 
em branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do ato, a sua real motivação, que é a 
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invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão que motiva cada eleitor a votar em branco 
ou nulo; entretanto, em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado. 
Assinale a opção que apresenta termo que desempenha a mesma função sintática que “a razão” 
(linha 9), no texto.a) “o mesmo” (linhas 8 e 9). 
b) “votos estéreis” (linha 2). 
c) “o Tribunal Superior Eleitoral” (linhas 2 e 3). 
d) “dúvida” (linha 10). 
e) “resultado” (linha 4). 
Comentário: Veremos na aula de concordância que, quando o verbo transitivo direto ligar-se ao 
pronome “se”, este é chamado de apassivador e o termo não preposicionado será o sujeito paciente. 
Assim, “sabe” é seguido do pronome apassivador “se” e “a razão” é o sujeito paciente. Mas tudo 
veremos com mais aprofundamento na aula de concordância, ok?! 
 Agora, devemos achar a alternativa em que o termo destacado também ocupe a função de 
sujeito. 
 Na alternativa (A), o termo “o mesmo” ocupa a função de predicativo. Note que o verbo “é” 
é de ligação e “o resultado final” é o sujeito. 
 Na alternativa (B), o termo “votos estéreis” é apenas o adjunto adnominal do núcleo 
“categoria”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o termo “o Tribunal Superior Eleitoral” é o sujeito do verbo 
“denominou”. 
 Na alternativa (D), veremos na aula de concordância que o verbo “há”, no sentido de existir, 
é impessoal, isto é, não tem sujeito, e o termo não preposicionado “dúvida” é o objeto direto. 
 Na alternativa (E), o verbo “produzem” é transitivo direto e “resultado” é o objeto direto. 
Gabarito: C 
2 – OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO 
2.2.1 Objeto direto 
Vimos que esse termo é o complemento de um verbo transitivo direto. Ele tem como núcleo 
um substantivo ou palavra de valor substantivo. 
Perdi os documentos. 
Note que “documentos” é o núcleo (palavra mais importante do termo) do objeto direto e é 
um substantivo. O objeto direto se apresenta de diferentes formas. 
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I - Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase, antecipa-se o objeto, 
colocando-o no início da frase, e depois é repetido por meio de um pronome oblíquo átono. A esse 
objeto repetido damos o nome de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção 
no diálogo, como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua postura 
diante do fato: 
- O que você acha desta roupa? 
- Essa roupa, ninguém a quer. 
A expressão “Essa roupa” é o objeto direto e o pronome “a” é o objeto direto pleonástico. 
Neste caso, ocorre a vírgula. 
II - Objeto direto preposicionado: aquele cuja preposição não é exigência do verbo, que é 
transitivo direto, mas ocorre por ênfase, para se evitar ambiguidade ou por necessidade do próprio 
complemento. 
Amo a Deus. (ênfase) 
Cumpri com a minha palavra. (ênfase) 
Ele puxou da espada. (ênfase) 
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade) 
Ninguém entende a mim. (necessidade do pronome “mim”) 
Note que os verbos amar, cumprir, puxar, atingir e entender não regem preposição, porque 
são transitivos diretos. Normalmente as provas perguntam se foram esses verbos que exigiram a 
preposição, mas nesses casos não foram eles que a exigiram. 
Nos três primeiros exemplos, perceba que pode haver a seguinte estrutura oracional: Amo 
Deus; Cumpri a minha palavra; Ele puxou a espada. A inserção da preposição, então, não foi exigida 
pelo verbo, ela apenas enfatiza o complemento. 
No quarto exemplo, se não houvesse a preposição “A” no início da expressão “Aos mais 
desfavorecidos”, certamente o leitor teria dificuldade em identificar o sujeito (Essas medidas 
atingiram os mais desfavorecidos ou os mais desfavorecidos atingiram essas medidas?). Essa dupla 
possibilidade de interpretação é chamada de ambiguidade. Numa situação formal, deve-se evitar 
essa ambiguidade para que o texto seja o mais claro possível. 
No último exemplo, tem-se o pronome pessoal oblíquo tônico “mim”. Se não houvesse a 
preposição, esse pronome deveria ser oblíquo átono “me”. Isso será visto na aula de pronomes. 
III - Objeto direto interno (ou cognato): 
Foi visto que verbos intransitivos são aqueles que, por terem sentido completo, não 
reclamam um complemento (objeto). É comum, no entanto, o emprego desses verbos com um 
objeto, representado por um substantivo da mesma área semântica do verbo. Muitas vezes, o 
complemento tem o radical do verbo: 
Ele vive uma vida feliz. Dormi o sono dos justos. 
“Os sonhos mais lindos sonhei....” “E rir o meu riso...” 
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 Essas estruturas são admissíveis em composições de canções, poemas ou prosas com fundo 
literário. Numa linguagem objetiva, com fundamentação argumentativa, essa construção deve ser 
evitada. 
IV – Os pronomes oblíquos átonos “me”, “te”, “se”, “o”, “a”, “os”, “as”, “nos”, “vos” cumprem 
a função sintática de objeto direto: Comprei um carro (comprei-o.). 
Vamos a algumas questões! 
 
4. (CESPE / IFF Cargos de nível superior – 2018) 
Fragmento do texto: Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a 
atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-
alçado à presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira. 
A assinatura de Goulart saiu estampada no Diário Oficial da União em 21/12/1961, mais de treze 
anos após a apresentação do primeiro projeto da lei educacional ao parlamento brasileiro. 
No texto o termo “a primeira LDB brasileira” (ℓ.4) exerce a função sintática de 
a) sujeito. 
b) predicado. 
c) objeto direto. 
d) objeto indireto. 
e) adjunto adverbial. 
Comentário: O verbo “promulgou” é transitivo direto, o termo “João Goulart” é o sujeito e “a 
primeira LDB brasileira” é o objeto direto. Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
5. (CESPE / IHVDF Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos 
saem em disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que 
nunca viram. Mas podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. 
Na linha 3, os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos 
em que se inserem. 
Comentário: O verbo “encontrar” é transitivo direto e “um amigo” é o objeto direto; já o verbo 
“Estão” é de ligação e “preparados” é o predicativo. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
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6. (CESPE / TRE TO Analista – 2017) 
Fragmento de texto: Quer dizer: apesar de o uso do voto ser ancestral, a organização do sistema 
eleitoral tem origem no século XVII, com o surgimento de governos representativos na Europa e na 
América do Norte. É o sistema eleitoral que diz como é escolhido um representante ou decidida uma 
questão. 
Na linha 3, o termo “o sistema eleitoral” exerce a função de sujeito da locução verbal “é escolhido” 
(linha 4). 
Comentário: A expressão “o sistema eleitoral” não tem relação com a locução verbal “é escolhido”, 
pois ambas expressões estão em orações diferentes. Note que esta locução verbal tem relação com 
o sujeito “um representante”. Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
7. (CESPE / TRE PE Analista – 2017) 
Fragmento do texto: No quadro da democracia liberal, cidadania corresponde ao conjunto das 
liberdades individuais — os chamados direitos civis de locomoção, pensamento e expressão, 
integridade física, associação etc. O advento da democracia social acrescentou, àqueles direitos do 
indivíduo, os direitos trabalhistas ou direitos a prestações de natureza social reclamadas ao Estado 
(educação, saúde, seguridade e previdência). 
No texto, a expressão “osdireitos trabalhistas” (ℓ. 4) 
a) restringe a referência da expressão “direitos do indivíduo” (ℓ. 3 e 4). 
b) exerce a função de sujeito da forma verbal “acrescentou” (ℓ. 3). 
c) exemplifica os “direitos do indivíduo” (ℓ. 3 e 4). 
d) exerce a função de aposto. 
e) exerce a função de complemento direto da forma verbal “acrescentou” (ℓ. 3). 
Comentário: O verbo “acrescentou” (linha 3) é transitivo direto e indireto. Equivocadamente, o 
autor utilizou a dupla vírgula para separar o objeto indireto “àqueles direitos do indivíduo” e o termo 
“os direitos trabalhistas ou direitos” é o objeto direto composto. 
 Assim, a alternativa (E) é a correta, pois o termo “os direitos trabalhistas” completa o sentido 
do verbo “acrescentou”, por isso é o complemento direto da forma verbal “acrescentou”. 
Gabarito: E 
8. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Assistente Gestão – 2016) 
Fragmento do texto: Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. (...) 
 Nem mesmo o berço histórico da cidade existe mais, arrasado devido à destruição do Morro 
do Castelo em 1922. (...) 
 Há outros exemplos. Olinda, fundada em 1537, orgulha-se de ser patrimônio cultural da 
humanidade, mas esse título não lhe foi conferido em razão dos testemunhos que sobraram da 
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cidade antiga, em grande parte substituída por construções em estilo eclético ou art déco do início 
do século passado. (...) 
 Em suma, não é muito comum encontrarem-se vestígios materiais do passado nas cidades 
brasileiras, mesmo naquelas que já existem há bastante tempo. (...) 
 Independentemente de qual tenha sido o estoque de materialidades históricas que tenham 
conseguido salvar da destruição, as cidades do país vêm hoje engajando-se decisivamente em um 
movimento de preservação do que sobrou de seu passado, em uma indicação flagrante de que muita 
coisa mudou na forma como a sociedade brasileira se relaciona com as suas memórias. 
Assinale a opção que apresenta um termo que exerce a função de objeto direto na oração do texto 
I em que ocorre. 
a) “esse título” (linha 5) 
b) “o berço histórico da cidade” (linha 2) 
c) “vestígios materiais do passado” (linha 8) 
d) “muita coisa” (linha 13) 
e) “cidades” (linha 1) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “esse título” ocupa a função de sujeito de “foi 
conferido”. 
 A alternativa (B) está errada, pois “o berço histórico da cidade” ocupa a função de sujeito do 
verbo “existe”. 
 A alternativa (C) está errada, pois “vestígios materiais do passado” ocupa a função de sujeito 
do verbo “encontrarem”. 
 A alternativa (D) está errada, pois “muita coisa” ocupa a função de sujeito do verbo “mudou”. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “Há” está no sentido de existir. Na aula de 
concordância, vemos que esse verbo não possui sujeito. Ele é transitivo direto e o termo “cidades” 
é apenas o objeto direto. 
Gabarito: E 
9. (CESPE / TRE PI Analista Judiciário – 2016) 
Fragmento do texto: O que talvez atraia seja a simplicidade do modelo — sem contar, naturalmente, 
o fato de que a alteração tende a beneficiar os grandes partidos. Hoje, o número de cadeiras a que 
uma agremiação tem direito na Câmara dos Deputados guarda relação com o total de sufrágios 
recebidos pela sigla (ou coligação). Figuras desconhecidas podem obter uma vaga no Poder 
Legislativo graças ao voto de legenda e ao desempenho de seus aliados, célebres ou não. Nada disso 
ocorre sob o distritão. Funcionando como um pleito majoritário, o formato premia os candidatos 
mais populares de uma circunscrição. 
Os termos “grandes” (linha 2) e “mais” (linha 7) desempenham a função de adjuntos adnominais nas 
orações em que aparecem. 
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Comentário: Na linha 2, o verbo “beneficiar” é transitivo direto e o termo “os grandes partidos” é o 
objeto direto, cujo núcleo é “partidos” e os termos “os” e “grandes” são os adjuntos adnominais. 
 Na linha 7, o verbo “premia” é transitivo direto e o termo “os candidatos mais populares de 
uma circunscrição” é o objeto direto, cujo núcleo é “candidatos” e os adjuntos adnominais são “os”, 
“populares” e “de uma circunscrição”. Observe que o vocábulo “mais” modifica o adjetivo 
“populares”. Assim, é um advérbio, ocupando a função de adjunto adverbial de intensidade. 
 Por tudo isso, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
10. (CESPE / TRE PI Analista Judiciário – 2016) 
Fragmento do texto: Figuras desconhecidas podem obter uma vaga no Poder Legislativo graças ao 
voto de legenda e ao desempenho de seus aliados, célebres ou não. Nada disso ocorre sob o distritão. 
Funcionando como um pleito majoritário, o formato premia os candidatos mais populares de uma 
circunscrição. Como consequência, votos dados a um determinado postulante são pessoais e 
intransferíveis. 
Os particípios “desconhecidas” (linha 1) e “dados” (linha 4) exercem funções sintáticas distintas nas 
orações em que ocorrem. 
Comentário: Na linha 1, a locução verbal “podem obter” tem como sujeito o termo “Figuras 
desconhecidas”, cujo núcleo é “Figuras” e o adjunto adnominal é “desconhecidas”. 
 Na linha 4, o verbo de ligação “são” tem como sujeito o termo “votos dados”, cujo núcleo é 
“votos” e o adjunto adnominal é “dados”. 
 Como a questão afirma que as funções sintáticas são diferentes, está errada. 
Gabarito: E 
11. (CESPE / DPU Analista – 2016) 
Fragmento do texto: A partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto 
com o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser garantida nas cartas 
constitucionais. 
Na linha 2, o pronome “Sua” delimita o significado do substantivo “importância”, funcionando, na 
oração em que ocorre, como um termo acessório. 
Comentário: Na linha 2, o verbo “atravessou” tem como sujeito o termo “Sua importância”, cujo 
núcleo é “importância” e o adjunto adnominal é “Sua”. 
 É papel do adjunto adnominal ser caracterizador que delimita o significado do núcleo. O 
adjunto adnominal é um termo acessório da oração, por isso a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
 
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12. (CESPE / Médico Perito INSS – 2009) 
Fragmento do texto: O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-
reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e 
ocorreram confrontos generalizados. 
A expressão “confrontos generalizados” desempenha a função sintática de complemento de 
“ocorreram”. 
Comentário: A expressão “confrontos generalizados” não completa o sentido do verbo “ocorreram”, 
porque ela não é um complemento verbal. Na realidade, essa expressão é o sujeito deste verbo. 
 Note que o verbo “ocorreram” está se flexionando no plural, justamente por concordar com 
o seu sujeito “confrontos generalizados”. 
 Nesta questão, na realidade, a banca quis induzir o candidato a pensar que “confrontos 
generalizados” fosse o objeto direto (quando afirmou que este termo completa o sentido do verbo). 
 Assim, não temos que decorar os termos da oração, mas entender o seu emprego. Um sujeito 
não completa o sentido do verbo. Esse papel é dos complementos verbais. Eles, sim, são usados na 
linguagem justamente para isso. 
Gabarito: E 
2.2.3 Objeto indireto 
O objeto indireto pode também ser pleonástico: repetição, por meio de um pronome oblíquo, 
do objeto indireto. 
 Ao amigo, não lhe peça tal coisa. 
 Os pronomes oblíquos átonos que funcionam comoobjeto indireto são “me, te, lhe, nos, vos, 
lhes”: 
Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci. 
 
13. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018) 
Fragmento do texto: O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo 
lhes toca e tange. Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal 
responderia “Bem, obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples. 
Caso seja suprimido o pronome “lhes” (linha 2), a correção gramatical do texto será mantida, embora 
o trecho se torne menos enfático. 
Comentário: É sabido que os verbos “tocar” e “tanger” são transitivos diretos (tocar algo, tanger 
algo). Mas também se admite “tocar a”, “tanger a”, e o próprio texto nos mostra isso. Entende-se 
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do texto que tudo toca e tange a essas pessoas sensíveis. Note que os verbos “toca” e “tange” se 
encontram no singular porque concordam com o sujeito “tudo”. 
 Assim, temos certeza de que tais verbos têm como objeto indireto, neste contexto, o termo 
“a que”. Esse é enfatizado pelo pronome “lhes”, na função de objeto indireto pleonástico, cujo papel 
estilístico é de ênfase. 
 Note: ele não é obrigatório, por isso pode ser excluído da oração, sem comprometer a 
gramaticalidade, apenas tornando o trecho menos enfático. 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
14. (CESPE / TCE PA nível superior – 2016) 
Fragmento do texto: A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente 
ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos 
municipais. 
O termo “ao Poder Legislativo” (linha 2) exerce a função de complemento da forma verbal “prevê” 
(linha 1). 
Comentário: A afirmativa está errada, pois a expressão “ao Poder Legislativo” se encontra na oração 
do verbo “prestar”. Assim, o verbo “prestar” é transitivo direto e indireto, o termo “contas” é o 
objeto direto e “ao Poder Legislativo” é o complemento verbal indireto, isto é, objeto indireto, do 
verbo “prestar”, e não de “prevê”. 
Gabarito: E 
15. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013) 
Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de 
um paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber que estrutura 
discursos de dominação. Assim, não basta proteger o cidadão do poder com o simples contraditório 
processual e a ampla defesa, abstratamente assegurados na Constituição. 
Na linha 3, o termo “do poder” relaciona-se sintaticamente com o termo “o cidadão”, modificando-
o. 
Comentário: Com esta afirmação, a banca CESPE tentou induzir o candidato a pensar que os termos 
“do poder” e “o cidadão” possuem uma relação de dependência, de subordinação. Mas isso não 
ocorreu. O verbo “proteger” é impessoal, isto é, não se refere a um sujeito. Tal verbo é transitivo 
direto e indireto, o termo “o cidadão” é o objeto direto e “do poder” é o objeto indireto. Assim, 
ambos os termos complementam o sentido do verbo, e não há relação sintática entre eles. 
Gabarito: E 
 
 
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16. (CESPE / MPU Técnico – 2013) 
Fragmento do texto: Dependerá da adesão dos demais ministros o êxito de um apelo feito pelo 
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja extinta a prática de esconder os nomes 
de investigados em inquéritos criminais na mais alta corte do país. 
Na linha 1, a expressão “o êxito” exerce função sintática de complemento direto da forma verbal 
“Dependerá”. 
Comentário: O verbo “dependerá” é transitivo indireto. Seu objeto indireto é o termo “da adesão 
dos demais ministros”, e o sujeito é o termo “o êxito de um apelo”. 
 Sabendo-se que o complemento direto de um verbo é o objeto direto, percebemos que a 
afirmativa está errada, pois “o êxito” é sujeito. 
Gabarito: E 
17. (CESPE / ABIN nível médio – 2010) 
Fragmento do texto: Tais dilemas decorrem, por exemplo, da tensão entre a necessidade de segredo 
governamental e o princípio do acesso público à informação ou, ainda, do fato de não se poder 
reduzir a segurança estatal à segurança individual, e vice-versa. 
A retirada da preposição de em “do fato” (linha 2) — que passaria a o fato — implicaria prejuízo à 
estrutura sintática do texto. 
Comentário: Aproveitarei esta questão para enfatizar a diferença entre subordinação e coordenação 
de termos. 
 
 A seta ( ) mostra uma relação de dependência (subordinação), do termo posterior com o 
anterior. Já a organização por linhas diferentes marca a enumeração, coordenação. 
Tais dilemas decorrem da tensão entre a necessidade de segredo governamental 
 e 
o princípio do acesso público à informação 
ou 
 do fato de não se poder reduzir a segurança estatal à segurança individual, 
 e 
 vice-versa. 
 O verbo “decorrem” é transitivo indireto e a expressão “da tensão entre a necessidade de 
segredo governamental e o princípio do acesso público à informação ou, ainda, do fato de não se 
poder reduzir a segurança estatal à segurança individual” completa o sentido deste verbo (relação 
de subordinação). Veja que a expressão “do fato” está coordenada à expressão “da tensão”, pois as 
duas são exigidas pelo verbo “decorrem”. Essas duas expressões são ligadas pela conjunção 
alternativa “ou” e formam o objeto indireto composto. 
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 Com a retirada da preposição “de”, o substantivo “fato” deixaria de ser o segundo núcleo 
desse objeto indireto e passaria a se ligar à preposição “entre”, o que tornaria a estrutura truncada. 
A conjunção “e” liga apenas os dois substantivos “necessidade” e “princípio”. 
 Por tudo isso, a exclusão da preposição realmente implicaria prejuízo à sintaxe e, assim, a 
questão está correta 
Gabarito: C 
18. (CESPE / ABIN nível superior – 2008) 
Fragmento do texto: Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a 
verdade podem ser descritos como o tipo de experiência vivida pelo analista de inteligência no 
contato com o fenômeno acompanhado. Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados 
daquele que produz o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o que de fato 
ocorre é um processo ativo de auto-regulação entre uma pessoa, seus conhecimentos preexistentes 
(a priori) e um novo fato que se apresenta. 
Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que “daquele” (linha 4) 
retoma, por coesão, “fenômeno” (linha 3), precedido pela preposição de, exigida por “dissociados” 
(linha 4). 
Comentário: A preposição “de” realmente é exigida pelo particípio “dissociados”. Porém, o pronome 
demonstrativo “daquele” retoma, por recurso anafórico, “fatos”. Naturalmente haveria dúvida, pois 
“daquele” encontra-se no singular e “fatos”, no plural. Porém a preposição “de” marca a parte de 
algo, assim se entende que os fatos analisados não podem ser dissociados daquele (específico, 
restrito) que produz o conhecimento. Por isso, pode-se flexionar no singular. 
Gabarito: E 
3 - PREDICATIVO 
Esse termo se liga ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É 
representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo, numeral e pronome. 
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal, respectivamente. 
Nestes exemplos,note que o grupo à esquerda é constituído de verbos de ligação mais os 
predicativos. É fácil perceber o predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, que o 
predicativo também se flexionará, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há predicação 
verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam por causa do sujeito, pois são 
complementos verbais ou adjuntos adverbiais: 
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Agora, veremos o predicado verbo-nominal. Ele é composto do predicado verbal, o qual 
possui como núcleo um verbo transitivo ou intransitivo, mais um predicativo do sujeito ou do objeto, 
os quais veremos mais especificamente. 
I - Predicativo do sujeito (pode ocorrer num predicado nominal ou verbo-nominal) 
A estrutura do predicado nominal é: verbo de ligação mais predicativo. Assim, 
 
Ele continua enfermo. 
Eu sou feliz. 
Minha vida é maravilhosa. 
sujeito Verbo de 
ligação 
predicativo do sujeito 
predicado nominal 
 
A estrutura do predicado verbo-nominal é: 
 
 
 O candidato está tranquilo. O candidato está na sala. 
 Os candidatos estão tranquilos. Os candidatos estão na sala. 
 Bom filho torna-se bom pai. Bom filho torna a casa. 
 Bons filhos tornam-se bons pais. Bons filhos tornam a casa. 
 A aula permanece difícil. A aula permanecerá no feriado. 
 As aulas permanecem difíceis. As aulas permanecerão no feriado. 
 Ela ficou triste. Ela ficou na praia. 
 Elas ficaram tristes. Elas ficaram na praia. 
 O paciente acha-se acamado. O estudante achou o local de prova. 
 Os pacientes acham-se acamados. Os estudantes acharam o local de prova. 
 
 
 Predicados nominais Predicados verbais 
 
Predicado 
verbo-nominal 
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O predicativo é constituído de adjetivo restritivo, que acumula uma característica chamada 
de transitória, pois depende da ação verbal para produzir o sentido desejado. Veja: 
Ela confirmou temerosa o crime. 
sujeito VTD predicativo do 
sujeito 
objeto 
direto 
 predicado verbo-nominal 
Durante ou após o ato de confirmar, ela ficou temerosa. Isso é a característica transitória do 
sujeito. Esta característica pode se deslocar na oração, desde que se separe por vírgula para não se 
confundir com o adjunto adnominal: 
Ela, temerosa, confirmou o crime. 
Temerosa, ela confirmou o crime. 
Ela confirmou o crime temerosa. 
Sabendo-se que o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor restritivo que está junto ao 
núcleo, note que a vírgula foi necessária nos dois primeiros exemplos para não se confundir 
predicativo com adjunto adnominal, pois o adjetivo “temerosa” está próximo ao núcleo do sujeito 
“ela”. No último exemplo, a vírgula não foi usada justamente porque não se confunde o predicativo 
do sujeito com o adjunto adnominal, haja vista que o adjetivo “temerosa” está distante do núcleo 
do sujeito. 
II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-nominal) 
Carlos deixou Ana zangada. 
sujeito VTD OD predicativo do 
OD 
 predicado verbo-nominal 
 
Da mesma forma, a característica “zangada” ocorre após o ato de deixar. Por isso é transitória. 
III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-nominal) 
Gosto de meu filho sempre limpo 
VTI OI adjunto 
adverbial 
de tempo 
predicativo 
do OI 
 predicado verbo-nominal 
Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição: 
Chamei-o de louco. 
 
 
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19. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019) 
Fragmento do texto: Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de “não” nas 
fuças do pobre cantor e retirou-se protestando em voz alta. 
O deslocamento do termo “furiosa” (linha 1) para imediatamente após a forma verbal “levantou-se” 
(linha 1) manteria a coerência do texto. 
Comentário: A questão trabalha o valor do predicativo do sujeito dentro de um predicado verbo-
nominal. 
 Na estrutura original “uma senhora furiosa levantou-se”, há o sujeito “uma senhora furiosa”, 
cujo núcleo é “senhora” e “furiosa” é o adjunto adnominal, o qual transmite uma característica 
restritiva ao sujeito, isto é, dentre várias senhoras, citamos aquela que se encontrava furiosa. 
 Como deslocamento, passamos a ter um predicativo dentro de um predicado verbo-nominal, 
o qual passa a transmitir, como vimos na teoria, um valor de característica transitória, isto é, 
entende-se que essa senhora levantou-se e se mostrou furiosa. 
 Como a questão apenas pediu a manutenção da coerência, da lógica, a afirmação está 
correta. 
Gabarito: C 
20. (CESPE / PM AL Soldado 2018) 
Fragmento do texto: Sem a mãe, a casa veio a ser um lugar provisório. Uma estação com indecifrável 
plataforma, onde espreitávamos um cargueiro para ignorado destino. Não se desata com delicadeza 
o nó que nos amarra à mãe. Impossível adivinhar, ao certo, a direção do nosso bilhete de partida. 
Sem poder recuar, os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos. 
Seriam preservadas a coerência e a correção gramatical do texto caso o vocábulo “exatos” (linha 4) 
fosse isolado por vírgulas. 
Comentário: Na oração “os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos”, há o 
predicado verbo-nominal, pois o verbo “corriam” é intransitivo e “exatos” é o predicativo sujeito. 
 É fato que, se o predicativo do sujeito, dentro de um predicado verbo-nominal, se posicionar 
próximo ao núcleo do sujeito, a vírgula é obrigatória. Porém, se tal termo continuar na sua posição 
normal, cabe vírgula por ênfase. Assim, a afirmação está correta. Compare: 
Sem poder recuar, os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos. 
Sem poder recuar, os trilhos corriam, exatos, diante de nossos corações imprecisos. 
Gabarito: C 
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21. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018) 
Fragmento do texto: Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade 
de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações 
denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito 
fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento 
e apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao 
qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações 
de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divulgar informações ao 
navegante. 
O sentido do texto seria preservado se o trecho “Todos esses sensores operam integrados em um 
centro de controle” (linhas 5 e 6) fosse substituído por: Todos esses sensores integrados operam em 
um centro de controle. 
Comentário: O deslocamento do adjetivo “integrados” claramente fez mudar o sentido e você já 
percebeu pelo contexto, não é mesmo? 
 Mas vamos confirmar isso pelo que entendemos da função sintática do predicativo do sujeito, 
dentro de um predicado verbo-nominal.Na oração “Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle”, há o sujeito 
“Todos esses sensores”, o verbo transitivo intransitivo “operam”, o adjunto adverbial de lugar “em 
um centro de controle” e o predicativo do sujeito “integrados”. 
 Como há verbo intransitivo e predicativo, notamos que há um predicado verbo-nominal, e o 
predicativo é empregado com característica transitória: todos esses sensores operam em um centro 
de controle e estão integrados. 
 Havendo o deslocamento do predicativo para junto do núcleo do sujeito, para preservar o 
sentido, deve haver o emprego de dupla vírgula: 
Todos esses sensores, integrados, operam em um centro de controle. 
 Como a questão não inseriu a dupla vírgula, tal adjetivo passa a ser um adjunto adnominal, o 
qual passa a uma característica restritiva, delimitadora de sentido. Assim, passamos a entender que 
esses sensores já eram integrados e agora estão operando. Perceba: 
Todos esses sensores integrados operam em um centro de controle. 
 Por tudo isso, notamos que a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
22. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra 
uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o 
pressuposto de que essa regra universal produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos 
integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se eu dou um 
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jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal 
“vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. 
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção” (linha 6), os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam 
como complementos diretos da forma verbal “temos”. 
Comentário: Pela afirmação, a banca nos quer induzir a pensar que os termos “jeitinho” e 
“corrupção” seriam objetos diretos do verbo “temos”. Porém, percebemos que o termo “o jeitinho” 
é, sim, objeto direto do verbo “temos”, mas “corrupção” é o predicativo do sujeito e “virando” é 
apenas um verbo de ligação. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
23. (CESPE / TCE PA nível superior – 2016) 
Fragmento do texto: Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público 
que, por alguma razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se 
nem nas condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não 
está na lei. 
Nas linhas 2 e 3, o termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”. 
Comentário: A afirmativa está correta, haja vista que o verbo “tornar” é transitivo direto, o termo 
“a lei” é o objeto direto e “rigorosa” é o predicativo do objeto direto. Na realidade, o advérbio “mais” 
não faz parte do predicativo, por ocupar o papel de adjunto adverbial de intensidade. 
 Mas a banca tem deixado os intensificadores como parte do termo sintático. Por isso, ela 
confirmou a afirmativa como correta. 
Gabarito: C 
24. (CESPE / BSF nível superior – 2014) 
Fragmento do texto: O próprio microblogue Twitter, intensamente debatido na mídia por sua 
contribuição à concisão, de certa forma cristalizou a tendência à escrita de textos enxutos. Anos 
antes de o microblogue cair na preferência de internautas no mundo inteiro, os blogues já ocupavam 
um lugar privilegiado na Internet, que pela primeira vez oferecia aos usuários a possibilidade de 
escrever, editar e publicar seus próprios textos. 
 A partir daí, navegar pela Internet deixou de ser um ato solitário, em que o usuário apenas 
entrava nas páginas e lia seus conteúdos. Com os recursos de interação cada vez mais expandidos, 
qualquer sítio é um convite a comentários, críticas e observações, o que obrigou os internautas a 
desenvolverem discursos de improviso e a defender seus pontos de vista. 
Os trechos “a tendência à escrita a textos enxutos” (linhas 2 e 3), “um ato solitário” (linha 6) e 
“discursos de improviso” (linha 9) desempenham a mesma função sintática nas orações em que 
estão inseridos. 
Comentário: O verbo “cristalizou” e transitivo direto e o termo “a tendência à escrita de textos 
enxutos” é o objeto direto. 
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 O verbo “ser” é de ligação. Assim, “um ato solitário” é o predicativo. 
 O verbo “desenvolverem” e transitivo direto e o termo “discursos de improviso” é o objeto 
direto. 
 Assim, essas expressões não desempenham a mesma função sintática. 
Gabarito: E 
25. (CESPE / Médico Perito INSS – 2009) 
Julgue a frase quanto à correção gramatical: 
O fato de haver vacinação compulsória, foi apenas mais um dos elementos para que a população do 
Rio, insatisfeita com o “bota-abaixo” e insuflada pela imprensa, se revoltasse. 
Comentário: Vimos que é importante reconhecer os termos básicos da oração para que se evite a 
separação deles por vírgula. Justamente isso foi cobrado nesta questão. 
 Perceba que a vírgula antes do verbo “foi” separou o sujeito do seu predicado. Por isso há 
erro gramatical. 
Gabarito: E 
26. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011) 
Evaristo de Moraes, com a autoridade de quem foi não apenas republicano histórico, mas ativo 
membro da propaganda republicana, ao relembrar as mais remotas origens do movimento 
republicano no Brasil — não das ideias republicanas, cujas primeiras manifestações são encontráveis 
ainda na colônia, mas do movimento republicano organizado —, declarou que foi a frustração que a 
inopinada troca de gabinetes em 1869, com o completo desrespeito das regras então vigentes, 
impôs aos membros mais radicais do partido liberal que levou à cisão desse partido, dando origem 
tanto ao partido liberal radical quanto ao partido republicano. 
Com relação ao emprego dos sinais de pontuação, seria mantida a correção gramatical do texto se 
a vírgula logo após o adjetivo “histórico” (linha 1) fosse excluída e se inserisse uma vírgula 
imediatamente após a forma verbal “foi” (linha 1). 
Comentário: O verbo “foi” é de ligação, o sujeito é o pronome “quem” e o predicativo composto é 
o termo “não apenas republicano histórico, mas ativo membro da propaganda republicana”. Note 
que não pode haver vírgula entre sujeito, verbo de ligação e predicativo. 
 Já a expressão correlativa de adição “não apenas...mas” (que será vista adiante), a qual une 
os dois elementos internos do predicativo do sujeito, pode ser dividida por vírgula, facultativamente. 
 Assim, pode-se retirar a vírgula após “histórico”; mas não se pode inserir a vírgula após o 
verbo de ligação “foi”. 
Gabarito: E 
 
 
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27. (CESPE / Tribunal de Contas TO nível superior – 2009) 
No trecho “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas”, o sintagma “um homem bonito 
com muitas namoradas” complementa o sentido do verbo. 
Comentário: O sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” não complementa o sentido 
do verbo por não ser complemento verbal (objeto direto ou indireto), na realidade ele caracteriza o 
sujeito “Meu pai”, por ser o predicativo do sujeito. 
 Note que o verbo “ser” (“era”) é tipicamente um verbo de ligação. 
Gabarito: E 
28. (CESPE / ABIN nível médio – 2010) 
Fragmento do texto: Os sistemas de inteligência são uma realidade concreta na máquina 
governamental contemporânea, necessários para a manutenção do poder e da capacidade estatal.Entretanto, representam também uma fonte permanente de risco. Se, por um lado, são úteis para 
que o Estado compreenda seu ambiente e seja capaz de avaliar atuais ou potenciais adversários, 
podem, por outro, tornar-se ameaçadores e perigosos para os próprios cidadãos se forem pouco 
regulados e controlados. 
Os adjetivos “úteis” (linha 4), “atuais” (linha 4) e “perigosos” (linha 5) caracterizam os “sistemas de 
inteligência” (linha 1). 
Comentário: Veja que agora a questão não usa a expressão “completar o sentido”, que cabe aos 
complementos verbais e nominal. Ela usa a expressão “caracterizam”, função típica do adjunto 
adnominal e do predicativo. 
 Esta questão cobrou a relação de subordinação e o paralelismo, isto é, a coordenação. Se 
todos os adjetivos enumerados na questão caracterizassem um só termo, haveria a coordenação; 
porém, não é isso que ocorre no texto. Os adjetivos “úteis” e “perigosos” são predicativos do sujeito 
e se referem a “Os sistemas de inteligência”. Portanto, qualificam esse sujeito. Já o adjetivo “atuais” 
é adjunto adnominal de “adversários”, qualificando-o. Portanto, a afirmativa da questão está errada, 
pois o referente não é o mesmo para todos os adjetivos. 
Gabarito: E 
4 – COMPLEMENTO NOMINAL 
Como vimos no início da aula, a transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes 
(substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que determinados substantivos, 
adjetivos e advérbios se fazem acompanhar de complementos. Esses complementos são chamados 
de complementos nominais e são sempre introduzidos por preposição: 
1) complemento nominal de um substantivo: 
Você fez uma boa leitura do texto. 
sujeito VTD objeto direto complemento nominal 
 Predicado verbal 
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29 
 
Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”. Como é natural o verbo ser 
transitivo, o substantivo também fica transitivo. 
Observe: 
Você leu o texto. 
sujeito VTD objeto 
direto 
 Predicado verbal 
 
Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto) 
Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal) 
2) complemento nominal de um adjetivo: 
Você precisa ser fiel aos seus ideais. 
sujeito locução verbal 
de ligação 
adjetivo na 
função de 
predicativo 
complemento nominal 
 Predicado nominal 
 Quem é fiel é fiel a alguém ou a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” é transitivo, ou seja, 
necessita de complemento. 
 
3) Complemento nominal de advérbio: 
Você mora perto de Maria. 
Sujeito verbo 
intransitivo 
advérbio na função de 
adjunto adverbial de 
lugar 
complemento 
nominal 
 Predicado verbal 
Note que o advérbio “perto” necessita de um complemento: perto de algo ou de alguém. 
Podemos dizer que o complemento nominal é mais uma função substantiva da oração: nos casos 
citados anteriormente, o núcleo dos complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). 
Pronomes e numerais substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem 
desempenhar essa função. Observe o pronome “lhe” atuando como complemento nominal na 
oração seguinte: 
Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa. 
 (fiel a alguém) 
Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com o verbo da oração, 
e sim com um nome que pode desempenhar as mais diversas funções. 
A realização do projeto é necessária à população carente. 
Adj. 
Adn 
núcleo complemento 
nominal 
VL predicativo do 
sujeito 
complemento nominal 
sujeito predicado nominal 
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A banca CESPE não cobra os nomes dos termos na prova; mas, em seu estudo, você pode ficar 
na dúvida quanto à diferenciação entre o adjunto adnominal e o complemento nominal. Segue a 
regra geral. 
2.4.1 Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido com o 
complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida, pois, segundo o que foi visto, o adjunto 
adnominal é constituído de vocábulo de valor restritivo que caracteriza o núcleo do termo de que 
faz parte. Já o complemento nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida 
quando os dois termos são preposicionados. Por exemplo: 
A leitura do livro é instigante. A leitura do aluno foi boa. 
 Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios: 
1º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O termo preposicionado caracteriza o 
substantivo. 
 
O termo preposicionado complementa um 
substantivo, adjetivo ou advérbio. 
 Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo no 
primeiro critério, já saberíamos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois 
completam o sentido do adjetivo “cheio” e do advérbio “perto”, respectivamente. 
2º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O substantivo caracterizado pode ser concreto 
ou abstrato. 
 
O substantivo complementado deve ser 
abstrato. 
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, 
pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um 
ser independente, que conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de 
vidro.” e “Vi a casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois 
caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”, respectivamente. 
3º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O termo preposicionado é agente. O termo preposicionado é paciente. 
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são 
agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos 
nominais. 
 
 
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Veja: 
 
Adjuntos adnominais: 
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama) 
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou) 
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu) 
Complementos nominais: 
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada) 
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado) 
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido) 
 
29. (CESPE / PGE PE Analista Administrativo de Procuradoria 2019) 
Fragmento do texto: O desejo por igualdade em nossos dias, ensejado pela Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão, marco da modernidade, segundo Axel Honneth, advém de uma busca por 
autorrespeito. Para Honneth, houve uma conversão de demandas por distribuição igualitária em 
demandas por mais dignidade e respeito. O autor descreve o campo de ação social como o lócus 
marcado pela permanente luta entre os sujeitos por conservação e reconhecimento. O conflito, diz 
ele, força os sujeitos a se reconhecerem mutuamente e impulsiona a criação de uma rede normativa. 
A inserção de vírgula após a expressão “entre os sujeitos” (linha 5) manteria a correção gramatical e 
os sentidos do texto. 
Comentário: Com base no gabarito preliminar, a banca fez uma interpretação de que seria possível 
inserir a vírgula entre os termos “entre os sujeitos” e “por conservação e reconhecimento”, julgando, 
em princípio, que o termo “por conservação e reconhecimento” seria adjunto adverbial. Porém, há 
se perceber que o substantivo “luta” é abstrato e é derivado do verbo “lutar”. 
 Assim, como o termo preposicionado “por conservação e reconhecimento” tem valorpaciente, é complemento nominal, e não adjunto adverbial. 
 Assim, a resposta correta seria a impossibilidade da inserção da vírgula, e o gabarito 
“ERRADO”. Como muitos candidatos entraram com recurso, a banca decidiu anulá-la para evitar 
prejuízo aos candidatos, afirmando que “A inserção da vírgula referida no item implicaria 
ambiguidade ao texto, fato que prejudicou o julgamento do item.”. 
Gabarito: ANULADA 
30. (CESPE / PC SE Delegado de Polícia 2018) 
Fragmento do texto: A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes 
e delegados de atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam 
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procedimentos relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, 
abrem inquéritos e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas. 
Os termos “a crimes contra o público” (ℓ. 3) e “de queixas” (ℓ. 4 e 5) complementam, 
respectivamente, os termos “relativos” e “investigações”. 
Comentário: Lembre-se de que o termo que complementa sentido de nome é o complemento 
nominal, por isso a questão, ao afirmar que os termos “a crimes contra o público” (ℓ. 3) e “de 
queixas” (ℓ. 4 e 5) complementam, respectivamente, os termos “relativos” e “investigações”, 
naturalmente declara que esses termos são os complementos nominais do adjetivo “relativos” e do 
substantivo “investigações”, respectivamente. 
 Note que o adjetivo “relativos” rege a preposição “a”. Assim, conforme o critério 1 da 
diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal, o termo “a crimes contra o público” é 
o complemento nominal. 
 O substantivo abstrato “investigações” rege a preposição “de”. Assim, conforme o critério 3 
da diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal, o termo “de queixas” tem valor 
paciente (as queixas são investigadas) e é o complemento nominal. 
 Por tudo isso, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
31. (CESPE / MPU Analista 2018) 
Fragmento do texto: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados de 
forma que se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa, 
buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial 
e dos direitos humanos. 
Os termos “de gênero” (linha 3), “da igualdade racial” (linhas 3 e 4) e “dos direitos humanos” (linha 
4) complementam a palavra “justiça” (linha 3). 
Comentário: O termo que complementa sentido de nome é o complemento nominal. Assim, a 
questão afirma que os termos “de gênero” (linha 3), “da igualdade racial” (linhas 3 e 4) e “dos 
direitos humanos” são complementos nominais do substantivo “justiça”. 
 Na realidade, é o substantivo abstrato “garantia” que rege o termo paciente “da justiça de 
gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos”. Assim, conforme o critério 3, entendemos que 
esse termo “da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos” é o complemento 
nominal composto, cujos núcleos são “justiça”, “igualdade” e “direitos”. Os termos “de gênero”, 
“racial” e “humanos” são os adjuntos adnominais. 
 Assim, a afirmação está errada, porque “justiça” é apenas o primeiro núcleo do complemento 
nominal, e o termo “de gênero” é adjunto adnominal e não complemento nominal. 
Gabarito: E 
 
 
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32. (CESPE / PM AL Soldado 2018) 
Fragmento do texto: Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro. Principia nas unhas, passa pelos cabelos, 
contagia os ossos, penaliza a memória e se estende pela altura da pele. 
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso o adjetivo “inteiro” (l.1) fosse 
substituído por inteiramente. 
Comentário: Note que “pelo corpo inteiro” é um adjunto adverbial, cujo núcleo é o substantivo 
“corpo” e o adjetivo “inteiro” é um adjunto adnominal. 
 Note que tal termo serve para delimitar o sentido do substantivo “corpo”. 
 Com a troca pelo advérbio “inteiramente”, não haveria mais uma caracterização do 
substantivo, mas a modificação do verbo, transmitindo uma circunstância de modo. 
 Portanto, haveria correção gramatical, mas haveria mudança de sentido, por isso a afirmação 
está errada. 
Gabarito: E 
33. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio – 2018) 
Fragmento do texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da 
redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos 
grandes avanços nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio 
internacional. 
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” (linhas 2 e 3) é exigido pela presença de 
“decorrente” (linha 1), sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização 
mencionadas no texto. 
Comentário: Como a questão afirma que o emprego da preposição de introduzindo “das inovações” 
(linha 2) é exigido pela presença de “decorrente”, ela quer nos induzir a pensar que “das inovações” 
seria o complemento nominal de “decorrente”, mas isso está errado. 
 Na realidade, o adjetivo “decorrente” rege a preposição “de”, a qual inicia o complemento 
nominal composto “da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das 
inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações”. Note que os núcleos desse 
complemento são “redução”, “velocidade” e “avanços”. Assim, “das inovações tecnológicas” é 
apenas o adjunto adnominal, o qual delimita e caracteriza o núcleo “velocidade”. 
 Portanto, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
34. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2016) 
Fragmento do texto: O relato, como o filme, dá conta do trágico percurso de Uirá, da tribo Urubu-
Kaapor, no Maranhão deste século, o qual um dia fica iñaron quando, após muitas desgraças comuns 
ao destino dos índios brasileiros, como fome, espoliação, epidemias, perseguições, perde também 
um dos filhos 
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34 
 
Os termos “trágico” (linha 1), “de Uirá” (linha 1) e “deste século” (linha 2) exercem a mesma função 
sintática, na oração em que ocorrem. 
Comentário: A afirmativa está correta, pois os termos são adjuntos adnominais, isto é, são termos 
caracterizadores de seus respectivos núcleos. 
 Na oração, o verbo “dá” é, neste contexto, transitivo direto e “conta” é o objeto direto. Tal 
substantivo é seguido de seu complemento nominal “do trágico percurso de Uirá”, cujo núcleo é 
“percurso” e seus adjuntos adnominais são “o”, “trágico” e “de Uirá”. 
 A expressão “no Maranhão deste século” é o adjunto adverbial de lugar, cujo núcleo é 
“Maranhão” e os adjuntos adnominais são “o” e “deste século”. 
O relato, como o filme, dá conta do trágico percurso de Uirá, da tribo Urubu-Kaapor, no Maranhão 
deste século. 
Gabarito: C 
35. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2016) 
Fragmento do texto: Ora, um dos argumentos que os “irônicos estrangeiros” mais invocam para isso 
é dizer que nós, Brasileiros, somos incapazes de forjar uma verdadeira trança, uma intrincada teia, 
um insolúvel enredo de “romance de crime e sangue”. Dizem eles que não é necessário nem um 
adulto dotado de argúcia especial: qualquer adolescente estrangeiro é capaz de decifrar os enigmas 
brasileiros, os quais, tecidos por um Povo superficial, à luz de um Sol por demais luminoso, são pouco 
sombrios, pouco maldosos e subterrâneos, transparentes ao primeiro exame, facílimos de 
desenredar. 
(...) 
A gente lê uma coisa dessas e fica até desanimado,

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