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1 Amaríntia Rezende – Interpretação de Exames Laboratoriais HORMÔNIOS TIREOIDIANOS FUNÇÃO: Controla o metabolismo celular Metabolismo lipídoco, proteico e de carboidratos Estimulam a calorigênese Efeito hiperglicemiante Participa da secreção e degradação hormonal Estimula a eritropoese Afinidade as catecolaminas (efeito simpatomimético) Estimulam a formação e reabsorção óssea. Doença eutireoidea: problemas não tiroideanos que diminuem o T4T e produzem o T3 reverso T4 livre é menos atingido pela doença não tireoideana. Ocorre diminuição da albumina. Não há elevação do TSH. HIPERTIREOIDISMO FELINO Geralmente por adenoma tireideano (primário). Gatos idosos em 95% dos casos eleva T4 total SINAIS CLÍNICOS Hiperatividadede, polifagia, perda de peso Caquexia Anormalidades cardíacas (hipertrofia do VE), taquicardia, efusão, edema pulmonar, hipertensão PU/PD, vômito Alopecia irregular, pelos emaranhados Fezes volumosas e diarréia. ACHADOS LABORATORIAIS Azotemia pela desidratação, poliúria (20%), pré ou renal concomitante (idosos) Hiperfosfatemia sem azotemia (25 a 40%) Leucograma de estresse Diminuição da frutosamina (hipoalbuminemia) Policitemia discreta por desidratação ou anemia arregenerativa por IRC concomitante Presença de hemácias nucleadas sem anemia Elevação de FA (70%) (fígado, ossos e intestino) Elevação discreta de ALT e AST (90%) TESTES DE RASTREAMENTO Dosagem de T4 total (90 a 95%) Palpação do local, exames de imagem Realizar supressão de T3 total Teste de supressão de T3 Obter a amostra basal de T3 total e T4 total Dar 7 doses de T3 (25UG/gato) a cada 8h e 2 a 4h após fazer as mesmas mensurações Animais normais ou com doenças não tireoideanas tem uma diminuição de T4 total em até 50% Animais hipertireoideos: sem alterações de T4 total HIPOTIREODISMO CANINO O hipotireoidismo se caracteriza pela produção ineficiente dos hormônios tireoideanos pela glândula tireóide, com consequente diminuição da atividade metabólica do organismo animal. Mais comum na espécie canina. O hipotireoidismo primário, resultante de uma destruição gradural do parênquima da tireóide. Tireoidite linfocítica ou atrofia idiopática da tireóide - 95% dos casos. O hipotireoidismo secundário (hipofisário) é causado por uma diminuição na secreção de hormônio tireóide-estimulante (TSH), ocorrendo em menos de 5% dos casos. O hipotireoidismo terciário ocorre devido à deficiência na secreção do hormônio liberador de tireotropina (TRH) por neurônios do hipotálamo. As causas iatrogênicas do hipotireoidismo incluem o tratamento com iodo, a administração de fármacos antitireoideanos e a tireoidectomia cirúrgica. Menos comumente, a neoplasia tireoideana bilateral ou a invasão da tireóide por neoplasia metastática pode resultar em hipotireoidismo. SINAIS CLÍNICOS O hormônio tireóideo exerce o controle na taxa metabólica e no consumo de oxigênio na maioria dos tecidos. Sua deficiência resulta na maioria das vezes em alterações metabólicas como letargia, inatividade, ganho de peso sem aumento do 2 Amaríntia Rezende – Interpretação de Exames Laboratoriais apetite, intolerância ao frio, retardo mental e intolerância a exercícios. Sinais cutâneos clássicos incluem alopecia bilateral geralmente simétrica não pruriginosa que poupa a cabeça e as extremidades. Hiperqueratose e hiperpigmentação podem ocorrer. A cauda do animal pode ser afetada sendo denominada cauda de rato. Um acúmulo dérmico de mucopolissacarídeos pode levar a um edema não penetrante denominado mixedema que ocorre particularmente na área facial produzindo a chamada “fácies trágica” clássica, associada ao hipotireoidismo. ACHADOS LABORATORIAIS Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Devido a uma redução de lipólise lipoprotéica periférica, redução de utilização hepática e aumento da produção hepática de colesterol. Anemia arregenerativa normocítica normocrômica discreta é um achado de menor consistência. Devido à ausência de efeito estimulatório direto dos hormônios tireoidianos nos precursores eritróides na medula óssea e a queda nas demandas periféricas pelo oxigênio parecem ser os responsáveis. Contagem de plaquetas pode estar normal ou aumentada. Pode ocorrer aumento de leve a moderado nas atividades da CPK, ALT, AST, GGT e FA, DIAGNÓSTICO O diagnóstico do hipotireoidismo é baseado nos sinais clínicos, testes de função da tireóide e na resposta da terapia de reposição hormonal. Os testes da função da glândula tireóide, que mensuram as concentrações de T4 e fT4 juntamente com a concentração sérica de TSH, são os mais indicados e utilizados para avaliar a função da tireóide em cães suspeitos de hipotireoidismo. TSH canino. TRATAMENTO O tratamento inicial com levotiroxina sódica (T4 sintética) é a droga de escolha para o tratamento de hipotireoidismo. A levotiroxina aprovada para o uso em cães é a Soloxine®. A dose inicial é 22 g/kg (0,02 mg/ kg, VO; dose máxima: 0,8 mg por dia) a cada 12 ou 24 horas com o aumento progressivo quando necessário
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