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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 271 dT/dt = ∂ T/∂ t + (∂ T/∂ x)(dx/dt) + (∂ T/∂ y)(dy/dt) + (∂ T/∂ z)(dz/dt). Finalmente, lembrando que dx/dt, dy/dt e dz/dt são, respectivamente, as componentes u, v e w do vetor velocidade: dT/dt = ∂ T/∂ t + u(∂ T/dx) + v(∂ T/∂ y) + w(∂ T/∂ z). (VII.3.1) Escrita na forma vetorial tem-se: dT/dt = ∂ T/∂ t + rV .∇ T. (VII.3.2) Essa expressão é bastante geral pois, como se disse inicialmente, T poderia representar uma outra propriedade física qualquer. Efetivamente d /dt é um operador (diferencial total): d /dt = ∂ /∂ t + rV .∇ (VII.3.3) e mostra que a variação temporal total de uma determinada propriedade do fluido resulta de duas contribuições distintas: uma puramente local (∂ /∂ t) e outra decorrente do transporte ( rV .∇). Holton (1979) oferece um interessante exemplo que torna bastante claros os conceitos aqui expostos. Imagine-se que a pressão atmosférica ao nível médio do mar decresça 3mb/180 km em direção a leste e que um navio, movendo-se para leste a 10 km/h, verifica uma mudança na pressão de -1mb/3h. Qual seria a variação de pressão observada em uma ilha junto da qual o navio está passando ? Tomando-se x orientado para leste, como habitualmente, a variação local da pressão (p) observada na ilha seria: ∂ p/∂ t = dp/dt – u ∂ p/∂ x ∂ p/∂ t = –1mb/3h – (10km/h)( –3mb/180km) = –1mb/6h exatamente a metade do valor observado a bordo. Note-se que ∂ p/∂ t indica a tendência baromé- trica registrada no navio, deslocando-se com uma velocidade u. 3.3 - Equação da continuidade. A relação funcional que exprime o princípio da conservação da massa, sob o ponto de vista da Física Clássica, é a equação da continuidade. Para demonstrá-la considere-se um para- lelepípedo de controle (imóvel), de volume unitário, com arestas indeformáveis (∆x, ∆y e ∆z) ori- entadas segundo os eixos do referencial local (Fig. VII.8). Através de suas paredes imaginárias escoa um fluido com velocidade (tridimensional) r V . Se (ρ u) ∆y∆z designar o fluxo de massa que penetra na face oeste do paralelepípedo e ∂ (ρu)/∂ x indicar a variação do fluxo por unidade de comprimento na direção de x, então o fluxo na face leste, saindo do paralelepípedo, será {ρu + [∂(ρu)/∂x] ∆x }∆y∆z (desprezando termos de se
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