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Enterobactérias - Escherichia coli

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Enterobactérias - Foco em E. coli 1
Enterobactérias - Foco em E. coli
Características das enterobactérias
→ São bacilos gram negativos 
→ Compreende +- 50 gêneros com mais de 100 espécies 
→ Crescem bem nos meios de culturas comuns 
→ A grande maioria é membro da flora normal intestinal 
→ Algumas são invasivas, outras toxigênicas 
→ Principais agentes de infecção urinária, intestinal comunitária e hospitalar
Habitat
→ Intestino normal ou patológico 
→ Localizações extra-intestinais: sangue, urina, SNC, tecido celular subcutâneo
Gêneros
→ Escherichia 
→ Salmonella 
→ Shigella 
→ Proteus 
→ Citrobacter 
→ Klebsiella 
→ Enterobacter
→ A diferenciação dos gêneros e espécies é feita geralmente por provas bioquímicas e 
PCR 
→ Dentro das espécies é por sorotipagem
Diagnóstico laboratorial
→ Gram: mais útil em bactérias invasivas pois gera a mobilização de neutrófilos e 
leucócitos. Já que bacilos estão presente naturalmente na flora 
→ Cultura (Mac Conkey e S.S): Mac Conkey seletivo para família enteral e SS seletivo 
para Salmonella e Shigella
→ Sobre Mac Conkey: pH 7, 36 C, carboidrato lactose, indicador de pH. É possível 
ver se cresceu e se mudou a cor. Ao mudar a cor indica que o pH mudou. Quando o 
pH muda quer dizer que a bactéria utilizou a lactose (lactose +). Se crescer e não 
mudar a cor (lactose -)
→ Provas bioquímicas
→ Explicação das provas bioquímicas As colônias são colocadas nos tubos de ensaio 
com várias substancias: glicose, lisina, ornitina, citrato, ramnose. temp. 36, pH 7 
glicose era verde ficou amarelo -> glicose + 
lisina era roxa pode ficar amarela -> lisina +
Enterobactérias - Foco em E. coli 2
→ T.S.A
→ (estreptococos não poder ser em ágar simples) 
Agar simples para enterobactérias, depois espalha a bactéria, depois insere os discos. 
Deixe na estufa. Depois observa-se o halo de inibição
→ Provas sorológicas (em casos de surtos) 
→ Exames complementares: biologia molecular e PCR
Patogenicidade
As Enterobactérias podem causar infecções intestinais e extra intestinais.
Extra intestinais: podem ser localizadas ou sistêmicas:
→ Localizadas: I.T.U (pielonefrites, cistites), pneumonias, meningites, endocardites, 
abcessos etc. 
→ Sistêmicas: Bacteremias e Septicemias
Gênero escherichia
Características
→ Gênero mais estudado
→ Mais facil de conseguir, presentes no intestino humano e animal. Presente nas 
fezes.
→ Crescem em Agar simples, cresce rapidamente, se divide a cada 20 minutos;
→ Cepas patogênicas são causas de infecções invasivas e toxigênicas (intoxicações)
→ toxinas responsáveis pela sintomatologia do paciente; na hora do preparo do 
alimento as bactérias morrem, mas liberaram muitas toxinas. As toxinas 
termorresistentes permanecem e podem gerar a sintomatologia. Ao chegar no 
estomago algumas são resistentes ao ácido do estômago.
→ Número 1 em infecções urinárias (Escherichia coli)
→ 80 a 90% das i. u. são por e. coli (em mulheres) crianças que usam fraldas; idosos 
que usam fraldas; sexo anal seguido de sexo vaginal
→ Papel crucial nas áreas de contaminação fecal de alimentos 
→ Indicadores de higiene em UAN
→ Unidade de alimentação nutricional: Restaurante, lanchonete etc 
→ E. coli está no intestino humano e animal. Caso seja positivo, pode ser por higiene 
inadequada pós banheiro; higiene inadequada dos alimentos que podem ter vindo 
contaminados da origem; água usada no local pode estar contaminado
Fatores de virulência
→ Pili (aderência): importante na I.T.U
→ Aderência a mucosa por PILI (fator de colonização)
Enterobactérias - Foco em E. coli 3
→ Habilidade de invadir as células epiteliais intestinais
→ Cápsula polissacarídica: importante nas infecções sistêmicas
→ Pessoas que perdem o baço podem estar mais suscetíveis
→ Toxinas: importantes nas intoxicações intestinais
→ Exotoxina Termolábil – Termosensível: destruída pelo calor à 65ºC por até 15min 
→ Exotoxina Termoestável – Termoresistente: destruída 100ºC por até 30min a 2h 
→ Endotoxina
Patogenicidade
→ Escherichia coli – flora intestinal normal 
→ Patogênica – em locais extra intestinais:
→ Infecções urinárias 
→ Septicemia 
→ Meningite neonatal 
→ Anemia hemolítica 
→ Insuficiência renal
Fontes de infecções
→ Reservatório de Escherichia coli inclui seres humanos e animais 
→ A fonte de Escherichia coli responsável por infecções do trato urinário consiste na 
própria microbiota da região periuretral do paciente 
→ A fonte de Escherichia coli que provoca meningite neonatal é o canal de parto 
materno; adquirida durante o nascimento 
→ A Escherichia coli enterotoxigênica é responsável por diarreias leves adquiridas 
pela ingestão de alimentos ou águas contaminadas por fezes humanas
→ "Diarreia do viajante"
→ O reservatório de Escherichia coli O157:H7 enterohemorrágica é o intestino bovino, 
sendo o organismo adquirido por meio da carne mal cozida (boi, ovelha, búfalo)
→ animais que podem ter entrado em contato com essas fezes também podem se 
contaminar: galinhas, patos etc
Mecanismos de patogenicidade
Produção de toxina:
→ Aderência das bactérias toxigênicas por fatores de colonização específicos (adesinas):
→ Exotoxina Termolábil (Termosensível)
→ Endotoxina Termoestável (Termorresistente)
→ resistentes muitas vezes ao suco gástrico também
→ Estas toxinas aderem superficialmente às células epiteliais da mucosa intestinal 
→ Este processo resulta em liberação intensa e prolongada de água e cloretos com 
Enterobactérias - Foco em E. coli 4
inibição da reabsorção de sódio
Invasão tecidual:
No início, fezes aquosas apenas (diarreia), e depois ficam pastosas com sangue, muco e 
pus → disenteria
→ Necrose + processo inflamatório (sangue, pus e muco) 
→ Diminuição da absorção de água e aumento da sua eliminação
→ nas duas a mucosa ficam inflamadas, mas na invasiva ficam mais inflamadas
Patogenicidade das diarreias bacterianas
Síndrome Diarreica: 
produto do intestino delgado 
→ Ação de toxinas bacterianas 
→ A perda de fluidos e eletrólitos causa desidratação
→ Pode levar a acidose metabólica (H2CO3/NaHCO3), coma, 
morte 
→ Caso tenha vomito, pode sofrer alcalose metabólica por perda de ácidos
→ Em casos mais severos pode ser fatal (perde muito bicarbonato de sódio)
→ perda de 15% da água → choque
→ Dor abdominal leve a moderada; dor de cabeça leve
Síndrome Disentérica: 
produto intestino grosso
→ Ação de bactérias invasivas 
→ Intensa reação inflamatória com sangue, pus e muco 
→ Dor abdominal alta; dor de cabeça alta; febre 
→ Carga infectante também é importante nesse caso, quanto mais contaminado maior 
pode ser a sintomatologia
As linhagens produtoras de enterotoxina:
→ Causam inflamação superficial (pequena), 
→ Não invadem a mucosa intestinal, 
→ Causam diarreia aquosa não sanguinolenta
Exceção: Escherichia coli enterohemorrágica O157:H7 (Verotoxina)
As bactérias invasivas tem dificuldade de se instalar no intestino delgado devido:
→ Intenso peristaltismo 
→ Presença de enzimas digestivas 
→ Presença de sais biliares 
→ Presença de resíduos de suco gástrico.
Enterobactérias - Foco em E. coli 5
 Mais de 15% da perda de peso do corpo por desidratação é geralmente é fatal:
→ Volume diminuído de água no sistema circulatório diminui a pressão sanguínea que 
limita o abastecimento de sangue 
para os órgãos vitais causando choque que pode levar a morte
Infecções invasivas e toxigênicas intestinais
Dependendo do fator de virulência as Escherichia coli enteropatogênicas podem ser 
classificadas:
→ Escherichia coli enteropatogênicas clássica (EPEC) 
→ Escherichia coli enterotoxigênicas (ETEC) 
→ Escherichia coli enteroinvasivas (EIEC) 
→ Escherichia coli enterohemorrágicas (EHEC)
E. coli enteropatogênicas (EPEC)
É importante causadora de gastrenterite em crianças, principalmente em países 
subdesenvolvidos.
Sintomas
→ A diarreia é geralmente acompanhada de dores abdominais variável, vômitos, 
náuseas e febre variável 
→ Duração da doença varia de 6 horas a 3 dias 
→ Doença autolimitada em pacientes imunocompetentesMecanismo de ação
→ Aderência a mucosa intestinal com ação invasiva e/ou toxigênica 
→ Transmissão na comunidade, hospitais e berçários ocorre por contato pessoal, 
contaminação de água e alimentos. 
→ Antibioticoterapia é quase sempre desnecessária nas infecções (em pacientes 
imunocompetentes)
Período de incubação
17 a 72 horas
E. coli enterotoxigênicas (ETEC)
Sintomas:
→ Se caracteriza por diarreia aquosa, normalmente acompanhada de febre 
baixa, dor abdominal leve, náuseas e vômitos. 
→ Em indivíduos desnutridos e imunodeficientes, a gastrenterite pode durar 
semanas, levando a um quadro de desidratação grave 
→ Nos casos leves é autolimitada, sem tratamento médico
Período de incubação
8 a 44 horas
Enterobactérias - Foco em E. coli 6
E. coli enteroinvasivas (EIEC)
→ Acomete crianças maiores e adultos 
→ É transmitida através da água e/ou alimentos, contaminados ou contato pessoal
Sintomas
→ Disenteria: cólicas abdominais intensa, febre alta e mal estar geral 
→ Fezes com eliminação de sangue, pus e muco
Período de incubação
Varia de 8 a 24h
Mecanismo de ação
→ Consiste de intensa inflamação e necrose da mucosa do íleo terminal e do cólon
→ Sensível a muitos atbs
Tratamento (gastroenterites por e. coli toxigênicas ou invasivas)
Em quadros graves:
→ Em neonatos, crianças menores de 1 ano, idosos, desnutridos, imunodeficientes ou 
portadores de patologias, a doença pode evoluir para forma grave 
→ Artrite, cistite, meningite, endocardite, pneumonia etc. 
→ A criação de resistência a vários fármacos, representa um problema nas 
gastroenterites por Escherichia coli toxigênicas ou invasivas
Paciente deve ser hospitalizado (em casos graves):
→ Iniciar com antibioticoterapia empírica 
→ Realizar → Coprocultura + TSA (copro de preferencia antes do início da 
antibioticoterapia) 
→ Medidas de suporte 
→ Medicação de apoio.
A terapia empírica das infecções invasivas graves:
→ Ampicilina. V.O durante 05 dias OU 
→ Cefalosporina de 3º geração: Ceftriaxona E.V durante 2-5 dias
E. coli enterohemorrágica (EHEC)
Sintomas: Escherichia coli O157:H7
→ Colite hemorrágica 
→ Dores abdominais intensas e diarreia aguda, com sangue e febre baixa. 
→ Período de incubação de 3 a 8 dias, porém pode variar conforme a carga infectante 
e imunidade do paciente 
→ A duração da doença varia de 02 a 08 dias
→ Cerca de 10% dos pacientes com colite hemorrágica evoluem para Síndrome 
Hemolítico-Urêmica. (S.H.U.)
Enterobactérias - Foco em E. coli 7
Síndrome hemolítico-urêmica (S.H.U)
Causada pela E. coli enterohemorrágica O157:H7
→ Anemia hemolítica 
→ Insuficiência renal aguda 
→ Trombocitopenia
Importante: em geral, todas as pessoas estão vulneráveis a adquirirem infecção por 
microrganismos que causam a S.H.U, porém sua ocorrência é mais frequente em 
menores de 5 anos e em pessoas idosas de idade avançada.
→ A anemia hemolítica e a insuficiência renal ocorrem porque a toxina (verotoxina) 
lesa a superfície do endotélio de pequenos vasos sanguíneos, assim como na 
superfície do epitélio renal.
→ As hemácias que atravessam a área danificada tornam-se intensamente distorcidas 
em seguida, sofrem lise.
→ A morte das células endoteliais dos pequenos vasos sanguíneos resulta em uma 
anemia hemolítica
→ A morte das células epiteliais dos rins leva à insuficiência renal
→ Com trombocitopenia ocorre hemorragias
O tratamento da diarreia causada por linhagens O157:H7 com antibióticos, aumenta 
o risco de desenvolvimento da S.H.U por aumentar a quantidade de toxina 
(verotoxina) liberada pelas bactérias em processo de morte
Tratamento da S.H.U
Conjunto de medidas de suporte geralmente em UTI 
→ Transfusão sanguínea 
→ Transfusão de concentrado de plaquetas 
→ Hemodiálise 
→ Controle da pressão arterial 
→ Suporte nutricional adequado 
→ Oxigenação
Tratamento
Infecção não complicada do trato urinário inferior
ITU baixa → cistite
→ Nitrofurantoina: de 7 a 10 dias. V.O 
→ Ciprofloxacina: de 7 a 10 dias. V.O
Septicemia e ITU alta (Pielonefrite): 
→ Por E. coli requer tratamento com antibacterianos endovenoso: Cefalosporina de 
terceira geração: Cefotaxima, associada ou não a um aminoglicosídeo, como a 
Gentamicina ou Trobamicina
Enterobactérias - Foco em E. coli 8
Meningite neonatal: 
→ Muitas vezes é administrada uma combinação de ampicilina e cefotaxima (E.V)
A terapia com antibacterianos geralmente não é indicada para doenças diarreicas e 
disentéricas por Escherichia coli em Imunocompetentes
Medidas de suporte: 
→ Hidratação, usando soluções de reidratação oral ou endovenosa para os casos mais 
severos 
→ Repouso 
→ Boa alimentação
Antibacterianos: somente em casos específicos
→ imunodeficientes, doença de base, alcoólatras, aidéticos, diabéticos, desnutridos 
etc
Epidemiologia
A maioria das infecções é endógena, isto é, infecções da própria flora normal 
intestinal. 
→ Infecções urinárias 
→ Septicemia 
→ Meningite
Nathália Farias
@medicinathy

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