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Enterobactérias - Shigella 1 Enterobactérias - Shigella Características gerias 4 espécies com mais de 40 sorotipos → Shigella dysenteriae (principal) → Shigella sonnei → Shigella boydii → Shigella flexneri São bastonetes (bacilos) gram negativos Shigella dysenteriae Enterocolite por Shigella → Disenteria bacilar ou Shigelose Patogênese - S. dysenteriae Fonte de infecção → fezes de pessoas infectadas ou de portadores convalescentes → via fecal-oral, água e alimentos contaminados → mosquitos e moscas → vetores Habitat natural → trato intestinal de humanos → NÃO possui reservatório animal Por que é considerada altamente infecciosa? 10 a 100 bacilos (via oral) são suficientes para causar sintomas → grande resistência ao suco gástrico Fator crítico → invasão → algumas linhagens produzem enterotoxinas, mas não é o principal e sim a invasão Como causa disenteria? Invadem as células da mucosa do intestino grosso → Adesão (colonização) → Invasão da mucosa intestinal (multiplicação dentro das células) → Destruição da camada epitelial da mucosa (invasão para outras células) Enterobactérias - Shigella 2 → Reação inflamatória intensa → Fezes com leucócitos, muco e sangue (disenteria) → Formação de microabcessos Se é altamente infecciosa por qual motivo a invasão sanguínea é muito rara? → Reação inflamatória intensa → Formação de microabcessos que "aprisionam" as bactérias no intestino → São eliminadas nas fezes Obs: para isso ocorrer necessário ser imunocompetente, caso contrário pode entrar no sangue Por que não invade a mucosa do intestino delgado? Aderência dificultada → pH → Resíduos do suco gástrico → Sais biliares → Enzimas digestivas → Peristaltismo Período de incubação 1 a 4 dias → dependendo da carga infectante pode ser antes Manifestações clínicas Após o período de incubação (1 a 4 dias) → início súbito de dor abdominal, febre e diarreia aquosa → diarreia inicial é atribuída a ação da exotoxina no intestino delgado → toxina de Shiga Após 1 a 2 dias quando a infecção afeta o intestino grosso → aumento do número de evacuações → fezes ficam mais pastosas por causa do muco, sangue e pus (disenteria) → dor abdominal intensa → febre alta Em imunocompetentes → cerca 50% febre e diarreia ou disenteria desaparece em 2 a 5 dias (espontaneamente) → em casos leves a Shigelose pode se manifestar por diarreia aquosa sem disenteria, durando poucos dias Em crianças, idosos e imunodeficientes Enterobactérias - Shigella 3 → perda de líquidos eletrólitos pode provocar desidratação, acidose metabólica, coma e até morte → em casos mais graves a evacuação pode ser acompanhada por esforço e tenesmo retal, com consequente dor abdominal inferior → pode ocorrer prolapso retal por conta do esforço → casos graves também podem ocorrer em pessoas imunocompetentes com alta carga infectante Severidade da infecção vai depender → condições predisponentes do paciente → carga infectante (10 a 100 bactérias já são suficientes) → virulência da bactéria (caráter invasivo) Diagnóstico laboratorial → Coleta de fezes na fase aguda da doença (coprocultura) → Gram → Cultura (Mac Conkey, S.S) → Provas Bioquímicas → TSA → Sorologia - se necessário → Outras técnicas: reação de P.C.R Imunidade → Um episódio de Shigelose confere imunidade específica ao sorotipo por pelo menos vários anos → Mas os pacientes podem ter episódios adicionais de Shigelose causada por outros sorotipos → 40 sorotipos Tratamento Nas formas leves Autolimitada (cura espontânea não havendo necessidade de antibióticos e inibidores da motilidade intestinal) Em pacientes imunocompetentes Medidas de suporte → Hidratação, usando soluções de reidratação oral ou endovenosa para os casos mais severos → Repouso → Boa alimentação Em casos onde o paciente é hospitalizado Enterobactérias - Shigella 4 → Realizar → Coprocultura + TSA (antes do antibiótico) → Iniciar com antibioticoterapia empírica → Medidas de suporte → Medicação de apoio A terapia empírica antimicrobiana das infecções graves é realizada com: → Azitromicina V.O durante 04 dias → Ceftriaxona E.V durante 2-5 dias Epidemiologia, prevenção e controle → São transmitidas por alimentos contaminados, água, fezes, contato pessoal e vetores → Necessidade de controle sanitários (esgoto, pasteurização do leite, tratamento da água) → Fazer coprocultura de manipuladores de alimentos a fim de identificar portadores → Higienização das mãos antes da manipulação de alimentos → Isolamento de pacientes com disenteria bacilar até que suas coproculturas tornem negativas → Uma vacina oral está sendo desenvolvida → No entanto, como a imunidade é tipo específica, vacina deverá ser polivalente. → O uso profilático de antibióticos não é recomendado Controle do tratamento: Fazer coprocultura: → Colher 3 amostras de fezes consecutivas → 07 dias após término do tratamento com antibióticos Nathália Farias @medicinathy
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