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CCJ0009-WL-PA-21-T e P Narrativa Jurídica-Novo-15860

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Título 
11 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
Função argumentativa da narração: a questão do ponto de vista (1). 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Compreender a relação entre fato narrado e produção dos argumentos; 
- Aprimorar a função argumentaƟva de suas narrações; 
- Diferenciar o texto Narrativo do argumentativo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Função argumentaƟva da narração 
2. Narração a serviço da argumentação 
3. Fato e valoração 
Aplicação Prática Teórica 
  
Como veremos, a narraƟva comporta uma função argumentaƟva, pois é da narraƟva que se extraem os fatos e as provas que servem de base 
para que se possa inferir uma determinada valoração e, em seguida, jusƟficá-la, mediante um tipo de argumento. 
Reconhecemos a importância dessa narraƟva, por exemplo, quando nos inteiramos de que o Código de Processo Civil, em seu art. 535, II 
estabelece que é possível embargar uma decisão de mérito quando a fundamentação omiƟr um ponto sobre o qual o Juiz ou o Tribunal devesse ter se 
pronunciado. Isso representa dizer que tudo o que se registra no relatório cumpre uma função argumentaƟva, que se concreƟza na fundamentação. 
Assim, a seleção daquilo que se narra deve ser criteriosa a fim de fornecer base sólida aos argumentos que visam à defesa de uma determinada 
tese. Os esquemas abaixo revelam essa conexão que se opera na construção de um argumento: 
  
INSERIR AQUI O ANEXO 6 
  
  
Questão 
Leia o texto, selecione pelo menos cinco fatos importantes da narraƟva e produza uma tabela à semelhança da que apresentamos nesta aula: 
  
  
Orientações: não é necessário redigir o parágrafo argumentaƟvo ainda. Não se preocupe com qual Ɵpo de argumento estamos produzindo. Nosso 
interesse nesta aula é compreender a relação que existe entre o fato narrado e sua função argumentaƟva, pois, como vimos, a narração está a serviço da 
argumentação. 
  
Texto 
Estudante de Medicina atendia pacientes em hospital da Baixada 
Vera Araújo e Mariana Belmont 
Uma equipe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) prendeu, na manhã de ontem, Silvino da Silva Magalhães, 
estudante do 9 º período de Medicina, atuando ilegalmente como médico. Ele foi flagrado dando consultas como ginecologista no Hospital das Clínicas de 
Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O estudante, de 41 anos, atendeu quatro mulheres pela manhã — a úlƟma delas foi uma policial que se passava 
por paciente e que o prendeu em flagrante. Segundo o delegado Ɵtular da DRCCSP, Fábio Cardoso, Silvino usava um carimbo com o próprio nome e o 
número de registro no Conselho Regional de Medicina (Cremerj) de um outro profissional. Além disso, ele Ɵnha, na maleta, o carimbo do dono da clínica, 
o médico Deodalto José Ferreira. 
O estudante Silvino afirmou que atendia há dois anos na clínica como acadêmico, auxiliando os médicos. Segundo ele, o profissional de plantão 
ontem foi fazer uma cirurgia e, por isso, ele teria feito um pré-atendimento a algumas pacientes. Ao ser perguntado se já havia prescrito receitas, ele se 
calou. 
No úlƟmo domingo, O GLOBO denunciou que hospitais, médicos e cooperaƟvas contratavam estudantes de Medicina para atuarem como 
profissionais, principalmente para fugir dos plantões de fim de semana. Os alunos receberiam de R$200 a R$1 mil. O caso veio à tona depois da morte, 
no mês passado, da menina Joanna Marcenal, de 5 anos, atendida por um estudante do 4º período de Medicina. O falso médico Alex Sandro Cunha 
chegou a prescrever remédios controlados para Joanna. Segundo o delegado, desde a reportagem do GLOBO, o número de denúncias recebidas pelo 
telefone do Disque -Denúncia (2253-1177) e encaminhadas à delegacia cresceu sete vezes: 
— Recebíamos uma média de cinco denúncias por semana. Na semana passada, foram 35, a maioria na Baixada Fluminense e na Zona Oeste. 
De acordo com o delegado, o Hospital das Clínicas de Belford Roxo é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Cardoso contou que o estudante 
alegou estar sendo supervisionado, mas não havia médicos no hospital no momento do flagrante. Testemunhas ouvidas pelo delegado disseram que um 
boliviano, que também se passava por médico, estaria atendendo na clínica, mas fugiu ao perceber a presença da polícia. O delegado desconfia que ele 
seja um dos médicos oriundos de países da América do Sul que vêm trabalhar no Brasil, embora não estejam legalizados no Cremerj. 
Também foram encontrados com o falso médico receitas assinadas e carimbadas por outros profissionais, além de um receituário especial de cor 
azul, que autoriza a compra de remédios controlados. O delegado Fábio Cardoso informou que Silvino Magalhães responderá pelos crimes de exercício 
ilegal da Medicina (seis meses a dois anos de prisão) e uso e falsificação de documentos (de um a cinco anos de prisão). O estudante vai permanecer 
preso, a menos que um juiz determine a soltura. Cardoso disse ainda que o dono da clínica será inƟmado a depor: 
— Vamos verificar as fichas médicas para saber quantas pessoas ele atendeu nesse tempo. 
No momento do flagrante não havia nenhum diretor ou representante da clínica no local. Segundo a funcionária que estava na recepção, o celular 
do proprietário estava desligado e ela não poderia informar o número. 
A dona de casa Helena Valéria ValenƟm, de 29 anos, foi uma das pacientes atendidas pelo estudante na manhã de ontem. Após ter sofrido um 
aborto espontâneo em casa, ela procurou o Hospital da Posse e foi encaminhada à clínica em Belford Roxo. Segundo ela, Silvino se apresentou como 
ginecologista e obstetra e fez o exame de toque nela, além de prescrever uma vacina. 
— Graças a Deus a polícia estava aqui, do contrário, ele ia fazer uma curetagem em mim — disse Helena. — Ganhei meu primeiro filho nesta 
clínica, no ano passado, e não Ɵve problema algum. 
O presidente do Cremerj, Luís Fernando Moraes, afirmou que, quando o órgão recebe denúncias de estudantes exercendo ilegalmente a profissão, 
encaminha os casos à polícia: 
— Isso é um caso de crime contra a saúde pública, de exercício ilegal da Medicina e falsidade ideológica, por isso, quem tem que invesƟgar é a 
polícia. De qualquer forma, no âmbito do Cremerj, cobramos a responsabilidade de quem contrata, do diretor técnico, e fazemos um procedimento interno 
para invesƟgar. Às vezes, a pessoa que contrata não sabe que se trata de um estudante. Por isso, em cada caso, temos que saber o que houve de fato, se 
o diretor técnico foi iludido. 
Segundo Moraes, no próprio site do Cremerj é possível averiguar a situação do médico e seu CRM. 
— Em tese, podemos pensar que está havendo algum descaso na contratação dessas pessoas. Quanto a médicos que contratam estagiários para 
dar o plantão, isso é irregular. Não se deve colocar ninguém para trabalhar por você, e se você não está em condições de trabalhar, deve colocar um 
médico de verdade para subsƟtui-lo, não um estudante — opina o presidente. — A polícia vem fazendo bem o seu papel de coibir esses casos, 
trabalhando sempre em contato conosco. 
O presidente do Cremerj esclareceu que um estudante pode dispor de um carimbo de acadêmico em qualquer período do curso, desde que o 
carimbo o identifique como tal: 
— O estudante também pode receitar, desde que supervisionado pelo médico, e, nesse caso, ele pode usar seu carimbo de acadêmico. O ideal, 
nesses casos, é que o médico carimbe junto com ele. 
Moraes ressalta que não existe número de CRM de estudantes: 
— O CRM é só para médicos. Se esse estudante usa um carimbo com um número de CRM, então a situação é mais grave ainda. 
  
  
Plano de Aula: 11 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
FATO VALORAÇÃO JUSTIFICATIVA 
1º)     
2º)     
3º)     
4º)     
5º)     
Estácio de Sá Página 1 / 2
Título 
11 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
11 
Tema 
Função argumentativa da narração:a questão do ponto de vista (1). 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Compreender a relação entre fato narrado e produção dos argumentos; 
- Aprimorar a função argumentaƟva de suas narrações; 
- Diferenciar o texto Narrativo do argumentativo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Função argumentaƟva da narração 
2. Narração a serviço da argumentação 
3. Fato e valoração 
Aplicação Prática Teórica 
  
Como veremos, a narraƟva comporta uma função argumentaƟva, pois é da narraƟva que se extraem os fatos e as provas que servem de base 
para que se possa inferir uma determinada valoração e, em seguida, jusƟficá-la, mediante um tipo de argumento. 
Reconhecemos a importância dessa narraƟva, por exemplo, quando nos inteiramos de que o Código de Processo Civil, em seu art. 535, II 
estabelece que é possível embargar uma decisão de mérito quando a fundamentação omiƟr um ponto sobre o qual o Juiz ou o Tribunal devesse ter se 
pronunciado. Isso representa dizer que tudo o que se registra no relatório cumpre uma função argumentaƟva, que se concreƟza na fundamentação. 
Assim, a seleção daquilo que se narra deve ser criteriosa a fim de fornecer base sólida aos argumentos que visam à defesa de uma determinada 
tese. Os esquemas abaixo revelam essa conexão que se opera na construção de um argumento: 
  
INSERIR AQUI O ANEXO 6 
  
  
Questão 
Leia o texto, selecione pelo menos cinco fatos importantes da narraƟva e produza uma tabela à semelhança da que apresentamos nesta aula: 
  
  
Orientações: não é necessário redigir o parágrafo argumentaƟvo ainda. Não se preocupe com qual Ɵpo de argumento estamos produzindo. Nosso 
interesse nesta aula é compreender a relação que existe entre o fato narrado e sua função argumentaƟva, pois, como vimos, a narração está a serviço da 
argumentação. 
  
Texto 
Estudante de Medicina atendia pacientes em hospital da Baixada 
Vera Araújo e Mariana Belmont 
Uma equipe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) prendeu, na manhã de ontem, Silvino da Silva Magalhães, 
estudante do 9 º período de Medicina, atuando ilegalmente como médico. Ele foi flagrado dando consultas como ginecologista no Hospital das Clínicas de 
Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O estudante, de 41 anos, atendeu quatro mulheres pela manhã — a úlƟma delas foi uma policial que se passava 
por paciente e que o prendeu em flagrante. Segundo o delegado Ɵtular da DRCCSP, Fábio Cardoso, Silvino usava um carimbo com o próprio nome e o 
número de registro no Conselho Regional de Medicina (Cremerj) de um outro profissional. Além disso, ele Ɵnha, na maleta, o carimbo do dono da clínica, 
o médico Deodalto José Ferreira. 
O estudante Silvino afirmou que atendia há dois anos na clínica como acadêmico, auxiliando os médicos. Segundo ele, o profissional de plantão 
ontem foi fazer uma cirurgia e, por isso, ele teria feito um pré-atendimento a algumas pacientes. Ao ser perguntado se já havia prescrito receitas, ele se 
calou. 
No úlƟmo domingo, O GLOBO denunciou que hospitais, médicos e cooperaƟvas contratavam estudantes de Medicina para atuarem como 
profissionais, principalmente para fugir dos plantões de fim de semana. Os alunos receberiam de R$200 a R$1 mil. O caso veio à tona depois da morte, 
no mês passado, da menina Joanna Marcenal, de 5 anos, atendida por um estudante do 4º período de Medicina. O falso médico Alex Sandro Cunha 
chegou a prescrever remédios controlados para Joanna. Segundo o delegado, desde a reportagem do GLOBO, o número de denúncias recebidas pelo 
telefone do Disque -Denúncia (2253-1177) e encaminhadas à delegacia cresceu sete vezes: 
— Recebíamos uma média de cinco denúncias por semana. Na semana passada, foram 35, a maioria na Baixada Fluminense e na Zona Oeste. 
De acordo com o delegado, o Hospital das Clínicas de Belford Roxo é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Cardoso contou que o estudante 
alegou estar sendo supervisionado, mas não havia médicos no hospital no momento do flagrante. Testemunhas ouvidas pelo delegado disseram que um 
boliviano, que também se passava por médico, estaria atendendo na clínica, mas fugiu ao perceber a presença da polícia. O delegado desconfia que ele 
seja um dos médicos oriundos de países da América do Sul que vêm trabalhar no Brasil, embora não estejam legalizados no Cremerj. 
Também foram encontrados com o falso médico receitas assinadas e carimbadas por outros profissionais, além de um receituário especial de cor 
azul, que autoriza a compra de remédios controlados. O delegado Fábio Cardoso informou que Silvino Magalhães responderá pelos crimes de exercício 
ilegal da Medicina (seis meses a dois anos de prisão) e uso e falsificação de documentos (de um a cinco anos de prisão). O estudante vai permanecer 
preso, a menos que um juiz determine a soltura. Cardoso disse ainda que o dono da clínica será inƟmado a depor: 
— Vamos verificar as fichas médicas para saber quantas pessoas ele atendeu nesse tempo. 
No momento do flagrante não havia nenhum diretor ou representante da clínica no local. Segundo a funcionária que estava na recepção, o celular 
do proprietário estava desligado e ela não poderia informar o número. 
A dona de casa Helena Valéria ValenƟm, de 29 anos, foi uma das pacientes atendidas pelo estudante na manhã de ontem. Após ter sofrido um 
aborto espontâneo em casa, ela procurou o Hospital da Posse e foi encaminhada à clínica em Belford Roxo. Segundo ela, Silvino se apresentou como 
ginecologista e obstetra e fez o exame de toque nela, além de prescrever uma vacina. 
— Graças a Deus a polícia estava aqui, do contrário, ele ia fazer uma curetagem em mim — disse Helena. — Ganhei meu primeiro filho nesta 
clínica, no ano passado, e não Ɵve problema algum. 
O presidente do Cremerj, Luís Fernando Moraes, afirmou que, quando o órgão recebe denúncias de estudantes exercendo ilegalmente a profissão, 
encaminha os casos à polícia: 
— Isso é um caso de crime contra a saúde pública, de exercício ilegal da Medicina e falsidade ideológica, por isso, quem tem que invesƟgar é a 
polícia. De qualquer forma, no âmbito do Cremerj, cobramos a responsabilidade de quem contrata, do diretor técnico, e fazemos um procedimento interno 
para invesƟgar. Às vezes, a pessoa que contrata não sabe que se trata de um estudante. Por isso, em cada caso, temos que saber o que houve de fato, se 
o diretor técnico foi iludido. 
Segundo Moraes, no próprio site do Cremerj é possível averiguar a situação do médico e seu CRM. 
— Em tese, podemos pensar que está havendo algum descaso na contratação dessas pessoas. Quanto a médicos que contratam estagiários para 
dar o plantão, isso é irregular. Não se deve colocar ninguém para trabalhar por você, e se você não está em condições de trabalhar, deve colocar um 
médico de verdade para subsƟtui-lo, não um estudante — opina o presidente. — A polícia vem fazendo bem o seu papel de coibir esses casos, 
trabalhando sempre em contato conosco. 
O presidente do Cremerj esclareceu que um estudante pode dispor de um carimbo de acadêmico em qualquer período do curso, desde que o 
carimbo o identifique como tal: 
— O estudante também pode receitar, desde que supervisionado pelo médico, e, nesse caso, ele pode usar seu carimbo de acadêmico. O ideal, 
nesses casos, é que o médico carimbe junto com ele. 
Moraes ressalta que não existe número de CRM de estudantes: 
— O CRM é só para médicos. Se esse estudante usa um carimbo com um número de CRM, então a situação é mais grave ainda. 
  
  
Plano de Aula: 11 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
FATO VALORAÇÃO JUSTIFICATIVA 
1º)     
2º)     
3º)     
4º)     
5º)     
Estácio de Sá Página 2 / 2

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