. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183 8.1 Introduc¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183 8.2 Mercados Dome´sticos de Ti´tulos de Renda Fixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 8.2.1 Mercado de títulos públicos – open market . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 8.2.2 Mercados de títulos privados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 8.2.3 Mercado entre instituições financeiras e o público em geral . . . . 194 Matemática Financeira Moderna — Prova 5 — 10/12/2010 — Maluhy&Co. — página (local xiii, global #13)i i i i i i i i Sumário xiii 8.3 Mercado Internacional de Ti´tulos de Renda Fixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 8.3.1 Eurobonds . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 8.4 Principais Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 8.5 Formula´rio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 8.6 Leituras sugeridas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 8.7 Exerci´cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 9 Operações de Crédito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 9.1 Introduc¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 9.2 Cobranc¸a do IOF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 9.2.1 Uma única prestação: base mensal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 9.2.2 Uma única prestação: base diária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 9.2.3 IOF sobre pagamentos periódicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 9.3 Operac¸o˜es de Cre´dito a Pessoas Fi´sicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 9.3.1 Crédito direto ao consumidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 9.3.2 Crédito pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217 9.4 Operac¸o˜es de Cre´dito a Pessoas Juri´dicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217 9.4.1 Operações de hot-money . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217 9.4.2 Capital de giro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218 9.4.3 Desconto de duplicatas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 9.5 Principais Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223 9.6 Formula´rio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 9.7 Leituras sugeridas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 9.8 Exerci´cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 Estudo de caso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228 Índice Remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 Matemática Financeira Moderna — Prova 5 — 10/12/2010 — Maluhy&Co. — página (local 1, global #15)i i i i i i i i Capítulo 1 Regimes de Capitalizac¸a˜o 1.1 Juros As pessoas são impacientes no sentido de que preferem consumir tanto quanto puderem no presente. Uma possível razão para isso é a finitude da vida. Assim, confrontadas entre consumir hoje e consumir amanhã, elas escolherão consumir hoje, a menos que sejam recompensadas por postergar o consumo presente. Essa recompensa, em geral, significa consumir mais no futuro. Por exemplo, a utilidade de consumir 5 maçãs hoje é maior do que consumir as mesmas 5 maçãs amanhã. Dito de outra forma, o valor do consumo futuro é descontado, de tal sorte a ser menor hoje do que o consumo presente de uma mesma quantidade de bens. Quem empresta certa quantia de dinheiro sacrifica o consumo presente de bens e, por esse sacrifício, exige uma recompensa ou prêmio auferido pelo recebimento de juros. Os juros significam, portanto, uma recompensa ou um prêmio pela espera. Só estamos dispostos a adiar nossos planos de consumo se pudermos aumentar suficientemente nosso consumo no futuro.¹ Por sua vez, quem toma dinheiro emprestado está disposto a pagar um prêmio para aumentar seu consumo presente de bens ou investir num negócio que lhe proporcionará retornos compensatórios no futuro. Portanto, em cada momento do tempo ocorre uma transferência intertemporal de poder de compra entre os agentes econômicos – pessoas, empresas e governo – em função de suas preferências ou necessidades intertemporais. Numa economia monetária, com um mercado financeiro sofisticado, essa transferência de poder de compra assume as mais variadas formas contratuais: títulos, ações, empréstimos etc. 1. O fenômeno dos juros independe da existência ou não da inflação. Ou seja, a taxa de juros é sempre positiva, pois é um prêmio para induzir as pessoas com capital a substituir o consumo presente de bens pelo consumo futuro. Na presença de inflação, o conceito de taxa de juros deve ser redefinido. Até o Capítulo 6 não será considerado o fenômeno da inflação. Matemática Financeira Moderna — Prova 5 — 10/12/2010 — Maluhy&Co. — página (local 2, global #16)i i i i i i i i 2 Matemática Financeira Moderna Suponha, por exemplo, que uma quantia de $ 100.00² seja emprestada por determinado período, e que proporcione, ao final desse período, uma recompensa, um juro de $ 20.00. Seja P = 100 o principal, o valor aplicado ou o valor presente; J = 20, os juros ou prêmio pela espera; e S = 120, o montante, o valor acumulado, o valor capitalizado ou o valor futuro. Ao final do período considerado, o valor aplicado, ou principal, é acrescido dos juros. Portanto, podemos escrever: S = P + J = 100 + 20. (1.1) Normalmente, os juros são expressos em relação ao principal por meio da taxa de juros (i), que pode ser cotada em termos decimais ou, mais usualmente, em percentuais. i = juros principal = J P ⇒ i = J P × 100%. (1.2) Portanto, podemos escrever: J = iP. (1.3) Substituindo (1.3) em (1.1), obtemos: S = P(1 + i). Logo, no exemplo considerado, a taxa de juros é dada por i = 20 100 = 0.2 ou 20% e o montante da aplicação é igual a S = 100(1 + 0.2) = 120. Em nosso exemplo, a taxa de juros é de 20% no intervalo de tempo considerado. Se esse intervalo for de um ano, a taxa de juros é de 20% ao ano. Ou seja, num prazo de um ano, ganhar-se-ia a quantia de $ 20.00 para cada $ 100.00 aplicados. A remuneração é sempre relativa a determinado intervalo de tempo: ano, mês, dia. Assim, parece ser bastante simples a expressão da taxa de juros: percebe-se determinada quantia de dinheiro em determinado intervalo de tempo. No entanto, há várias formas e convenções utilizadas pelo mercado financeiro para expressar a taxa de juros que, muitas vezes, introduzem inúmeras confusões e desencontros, pois “a lógica e a prática dos negócios nem sempre estão de acordo” [1]. A primeira 2. Não há necessidade de especificar a moeda em que são feitas as contas, dada a universalidade do assunto. Por isso, usa-se apenas o símbolo $ para denotar valor. Seguindo o padrão da maioria das calculadoras, programas matemáticos e planilhas de cálculo, propositada- mente usa-se o ponto para separar os decimais dos inteiros. Eventualmente, usa-se a vírgula para separar milhares de milhões, conforme o padrão inglês. Isso deve facilitar a aprendizagem. Matemática Financeira Moderna —