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Fonética e Fonologia do Português

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: Português V
Coordenador: Elaine Alves Santos Melo
AD2 – 2021. 1
Questão 1. Leia o Texto I e responda o que se pede:
a) Observe o comportamento das vogais nas palavras - QUANDO – ENCHE- POEMA – BELEZA- identifique o fenômeno comum a toda elas, a seguir separe-as em dois grupos, dissertando sobre o critério adotado para realizar tal procedimento. (1,0 ponto) 
Resposta: Nos exemplos apresentados, o fenômeno comum a todas as palavras é a presença de uma consoante nasal que pode ocupar a posição de ataque das sílabas ou de Coda. No primeiro caso, ela nasaliza a vogal antecedente, sendo este um fenômeno fonético. Já quando a consoante nasal ocupa a posição de Coda, ela é capaz de opor significado sendo produzida, portanto, uma distinção fonêmica. Assim, as palavras listadas acima podem ser divididas em dois grupos: vogal nasalizada e vogal nasalidade fonológica.
B) Retire da primeira estrofe uma palavra passível harmonização vocálica e discorra sobre o fenômeno. (1,0 ponto)
 Resposta: O exemplo a ser utilizado do texto é a palavra “Menina”. O processo de harmonia vocálica ocorre quando há a assimilação de um ou mais traços vocálicos. Segundo Trask (1996, p. 383), a harmonia vocálica ocorre devido a um acordo em relação a um ou mais traços fonéticos. Afirma, também, que a harmonia se estabelece quando a qualidade de uma vogal é alterada para se tornar similar a outra vogal na mesma palavra fonológica. A coprodução de uma vogal tônica com uma vogal pré-tônica possibilita assim haver harmonia como decorrência de coarticulação antecipatória: a tônica influencia a produção da vogal que a precede, independentemente de consoante interveniente. Essa influência pode se dar potencialmente tanto na dimensão da altura quanto do ponto de articulação. No entanto, justamente por ser planejado e implementada na língua, a coarticulação pode ter grau menor ou maior, admitindo inclusive bloqueios no processo.
O grau de coarticulação vogal a vogal é condição necessária para a harmonia vocálica, mas não é condição suficiente. Quando a coarticulação é tal que modifica a qualidade percebida da vogal pré-tônica, então houve harmonização entre as vogais em questão como M[e]nina que passa a ser M[i]nina. 
Questão 2. Leia o texto II e responda o que se pede:
Marque as alternativas corretas e corrija as afirmações equivocadas. (1,0 ponto)
a.( ) Nas palavras “percurso” e “espacial”, há arquifonema Sibilante.
b. (Verdadeiro) Nas palavras, “garota”, “geometria”, “seria” e “preciso”, a consoante rótica é um tepe.
c. (Verdadeiro) Nas palavras “samba”, “luz” e “carrega” há três arquifonemas consonantais distintos.
d. ( ) Nas palavras “observação” e “fluir” a consoante Rótica é um tepe.
e. ( ) Há arquifonema nasal em “nosso” e “sentimento”.
Correção da letra A: Há arquifonema sibilante apenas na palavra “espacial”.
Correção da letra D: Nas palavras “observação” e “fluir” a consoante rótica é um r forte. 
Correção da letra E: Há arquifonema nasal apenas na palavra “sentimento”.
Questão 3. No texto II, considere o dialeto carioca e observe as seguintes palavras:
“achávamos”, “enxugando” e “respeito”. Nas três palavras listadas, há um segmento consonantal comum. Descreva-o articulatoriamente e reflita sobre a relação fonema/fone/grafema no processo de ensino aprendizagem do português. (1,0 ponto)
Resposta: Em comum temos o som de /S/ representando o fonema CH como consoante fricativa alveopalatal desvozeada.
Questão 4. Leia o texto abaixo e responda o que se pede:
O texto III é uma tirinha que usa o refrão da música Garota de Ipanema de Tom Jobim e Vinicius de
Moraes. A partir das palavras apresentadas no texto III, diferencie vogal nasal e vogal nasalizada. (2,0 pontos)
Resposta:
No caso da vogal nasalizada (nasalidade fonética), uma vogal oral assimila traços de nasalidade da consoante nasal que está na sílaba vizinha. É um fenômeno gradual e se realiza de forma diferente, dependendo de cada dialeto. Na palavra “cana”, por exemplo, a vogal oral tônica /a/ apresenta um som nasalizado em virtude de sua proximidade com a consoante nasal /n/: [kã n]. Na palavra “comigo”, a vogal pretônica /o/ pode sofrer nasalização, em alguns dialetos, em função de sua proximidade com a consoante nasal /m/: [kõmig], /komigo/.
No caso da vogal nasal (nasalidade fonológica), não há variação em sua pronúncia, ocorre, obrigatoriamente, em todos os dialetos. Ortograficamente, pode-se reconhecer a vogal nasal quando se tem uma vogal seguida de uma consoante nasal /m,n/ na mesma sílaba como em “mundo”, “linda”, “enche” ou quando a vogal vem grafada com o til como em “tão”.
Questão 5. - Com base no dialeto carioca, faça a Transcrição Fonética e a Fonológica das palavras destacadas da charge abaixo (2,0 pontos)
a. Olha- [‘oyɐ] /’o ʎa/
 b. Couve - [‘kovi] /’kove/
c. Linda – [‘lîdɐ] /’liNda/
 d. Ritmo - [‘x itə̆mo] /’x itmo/
e. Mais – [‘maiʃ’] /’maif/ ou /’maiS/

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