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Eleco Apostila de prática 2012-2 (1)

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de casas com cobertura > 50 %, 
TC = número total de casas, no caso, 25 
- presença/ausência de: Cecropia sp. (embaúba), epífitas e lianas. 
 
Esses dados serão compilados e enviados para o coordenador de cada grupo, e deverão ser 
discutidos no relatório. A discussão deverá ser baseada na Tabela 1, onde estão algumas 
expectativas sobre as variáveis medidas de acordo com o estágio sucessional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20
Tabela 1. Características estruturais esperadas para as florestas úmidas em função do estágio 
sucessional (modificado de Guariguata & Ostertag 2001). 
 
Parâmetros Floresta secundária jovem 
Floresta secundária 
tardia Floresta “madura” 
Área basal total* Baixa intermediária alta 
Distribuição dos 
tamanhos de PAP 
baixo coeficiente de 
variação (CV**) 
coeficiente de variação 
(CV) intermediário 
alto coeficiente de 
variação (CV) 
cobertura do dossel Baixa intermediária alta 
lianas e epífitas Ausentes Raras comuns 
Cecropia Presente Rara rara 
*A área basal total é o somatório das áreas de cada árvore. Perímetro é 2pir, e a área pir2. 
**Coeficiente de variação: CV=(desvio padrão/média)x100. 
 
Prática de Mata – Medidas 
 
Cobertura do dossel (%): 
Presença/ausência de lianas e epífitas: 
Presença/ausência de Cecropia: 
 
Árvore PAP (cm) Área (cm2) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
Área basal total 
(somatório das áreas): 
 
 
 
 21
Cálculos 
Calcular área basal, onde: 
Perímetro = 2 pi r 
Área basal = pi r2 
Calcular coeficiente de variação (CV): 
CV = (DP / média) * 100 onde: DP = desvio padrão 
DP = √1/n-1 ∑(cada valor observado - média)2 
 
Tabela 2. Compilação dos dados de todos os grupos. 
 
Parâmetros Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Grupo 8 
Área basal total* 
Distribuição dos 
tamanhos de 
PAP 
 
 
cobertura do 
dossel 
 
lianas e epífitas 
Cecropia 
 
 
As respostas para as questões abaixo servem para um melhor entendimento da prática e ajudarão na 
elaboração da questão da prova. 
 
 
1) Como você definiria: sucessão, distúrbio e mata secundária? 
2) Dados os resultados da prática e o que foi discutido durante ela, que características 
estruturais mudam numa floresta na medida em que a sucessão avança? 
3) A entrada de novos indivíduos (recrutamento) é necessária à manutenção das populações 
de árvores. Você espera que a densidade de regenerantes de espécies arbóreas varie ao 
longo da sucessão? Qual é o recurso que determina esse padrão? 
4) A floresta é homogênea? Discuta. 
 
 
 
 
 
 
 22
5) Como acontece a ciclagem de nutrientes numa floresta? Utilize a figura abaixo como um 
guia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) As espécies presentes no início da sucessão diferem daquelas presentes em estádios mais 
tardios? Quais estratégias dos organismos estão associadas a cada tipo de ambiente? 
 
 
Leituras recomendadas 
 
Baraloto, C. & Couteron, P. 2010. Fine-scale microhabitat heterogeneity in a Franch Guiana Forest. 
Biotropica 42: 420-428. 
Guariguata, M.R. & Ostertag, R. 2001. Neotropical secondary Forest succession: changes in 
structural and functional characteristics. Forest Ecology and Management 148: 185-206. 
Morellato, L.P.C. 2000. Introduction: The Brazilian Atlantic Forest. Biotropica 32: 786-792. 
Oliveira-Filho, A.T. & Fontes, M.A.L. 2000. Patterns of floristic differentiation among Atlantic 
Forests in Southeastern Brazil and the influence of climate. Biotropica 32 793-810. 
Ricklefs, R.E. 1993. A Economia da Natureza. 3ª Ed. Guanabara Koogan S.A. Capítulo 23. 
Townsend, Begon & Harper 2006. Fundamentos em Ecologia. 2ª Ed. Ed. Artmed. Capítulo 9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 23
PRÁTICA DE BROMÉLIA 
 
As bromélias têm um importante papel no funcionamento de vários ecossistemas. Estes 
organismos influenciam na erosão das rochas através do seu enraizamento, que auxilia na formação 
do protosolo em regiões em estágio sucessional baixo. As bromélias servem como facilitadoras para 
a germinação de outras plantas, bem como devido a sua capacidade de reter água, propiciam 
condições que favorecem a manutenção de várias espécies animais. 
 As bromélias que acumulam água no seu interior (também conhecidas como bromélia-
tanque) podem ser consideradas como um ecossistema. No tanque das bromélias são encontrados 
produtores primários, consumidores primários e secundários e decompositores, bem como 
concentrações relativamente elevadas de matéria orgânica morta e de nutrientes. Sua coluna d’água 
apresenta as mesmas variações de temperatura, pH e concentrações de nutrientes e oxigênio que são 
observadas em lagos profundos, em escalas de centímetros. 
 Cada bromélia possui características especificas devido às condições físicas, como local 
onde a mesma se encontra, exposição ao sol, tipo e quantidade de matéria orgânica acumulada em 
seu interior, grau de abertura de suas folhas, etc. Como conseqüência destas diferenças, os tanques 
formados pelas bromélias apresentam características distintas, fazendo com que cada bromélia seja 
um ecossistema próprio. Muitas vezes bromélias vizinhas são completamente distintas. 
A prática de bromélias será realizada no jardim no entorno da sede do PARNA Serra dos 
Órgãos. Neste local, há diversas bromélias que foram apreendidas pelo IBAMA e ali plantadas. 
Embora não seja uma paisagem natural, essas bromélias oferecem uma excelente oportunidade para 
estudar o microecossistema de seus tanques. Nesta prática os alunos medirão alguns parâmetros 
físico-químicos da água acumulada nos tanques. A profundidade da coluna d’água e a largura do 
copo central da bromélia serão medidas com uma régua. Os valores de pH e concentrações de 
oxigênio serão medidos na superfície e no fundo das bromélias, através do uso de um pHmetro e 
oxímetro de campo. A temperatura será determinada com um termômetro de bulbo e a incidência 
luminosa sobre a bromélia-tanque com um luxímetro. O volume d’água será mensurado com um 
sistema feito com frascos de vidro, parecido com os sugadores utilizados em coletas entomológicas. 
Parte da água coletada para determinação do volume será transferida para frascos transparentes, 
sendo os valores de turbidez, coloração e clorofila-a determinados relativamente a partir da 
comparação visual dos mesmos. Todos os resultados encontrados serão tabulados em um quadro 
branco e uma discussão será conduzida no próprio local da prática, abordando as diferenças e 
semelhanças encontradas entre estes microecossistemas, alguns conceitos básicos de limnologia e a 
relação entre os parâmetros mensurados. 
 
Parâmetros Limnológicos 
 
Características Bromélia1 Bromélia2 Bromélia3 Bromélia4 Bromélia5 Bromélia6 
[O2] mg/l e % 
 
pH 
 
Temperatura(Cº) 
 
Diâmetro (cm) 
 
Profundidade(cm) 
 
Material em Suspensão 
 
Volume (ml) 
 
Clorofila-a
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