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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 278 geradas na interface superfície-atmosfera (Montheith, 1975). Em resumo, quanto maior a transfe- rência de quantidade de movimento da atmosfera para a superfície, maior a transferência vertical turbulenta de calor e massa. u(z)0 ln (z) ln (zo) u (ln z)= = A u*k u(z) z zo d + zo h Fig. VII.10 - Perfil de velocidade (uZ) do vento sobre superfície não vegetada (com escala vertical linear à esquerda e logarítmica no centro). À direita o perfil com vegeta- ção de altura h. 6.1 - Superfícies não vegetadas. O estudo da turbulência não é simples. Exige a adoção de hipóteses restritivas que permi- tam a elaboração de modelos capazes de gerar alguma informação útil. Dentre as muitas hipóte- ses normalmente assumidas admite-se que a velocidade de fricção (U*) é proporcional à cons- tante (A) que aparece na equação VII.6.1 (Sutton, 1953): U* = A/k. (VII.6.5) O fator de proporcionalidade k = 0,41 é obtido experimentalmente e se chama constante de Kármán (Rose, 1966). Essa hipótese, porém, só é rigorosamente válida quando a atmosfera se encontra em equilíbrio neutro (Rosemberg, 1974). Nas situações em que tal equilíbrio acontecer, deduz-se, a partir da equação VII.6.3, que: uZ = (U*/k) ln(z/zo), (VII.6.6) ou, introduzindo a relação VII.6.4, uZ = (1/k) (1/ρ)1/2 ln(z/zo). (VII.6.7) O perfil de vento descrito pela equação anterior (Fig. VII. 10) é válido para superfícies sem vegetação e quando a atmosfera se encontra em equilíbrio neutro (Capítulo VI), o que é muito raro na prática. Alguns valores de zo e U* figuram na Tabela VII.2.