defeituoso quando é mal apresentado ao público consumidor, quando sua fruição é capaz de suscitar riscos acima de um nível considerado razoável e quando não atende àos padrões mínimos de qualidade exigíveis em relação à época em que foi fornecido. Pelo artigo 14, a responsabilidade do fornecedor de serviços independe da extensão da culpa, acolhendo, também, os postulados da responsabilidade objetiva. As causas excludentes de responsabilidade do prestador de serviços são as mesmas previstas na hipótese do fornecimento de bens, a saber: que tendo prestado o serviço, o defeito inexiste, ou que a culpa é exclusiva do usuário ou de terceiro. A exceção está prevista no parágrafo quarto deste artigo 14, que trata do fornecimento de serviços por profissionais liberais, cuja responsabilidade é apurada mediante verificação de culpa. Essa diversidade de tratamento é necessária em razão da natureza pessoal dos serviços prestados por profissionais liberais. Por exemplo, médicos e advogados costumam ser contratados com base na confiança que inspiram aos respectivos clientes, e exercem atividades que costumam representar obrigações de meio, e não de resultado. A diferença é a de que, na obrigação de meio, o profissional contratado desempenha uma função ou exerce determinada atividade com o objetivo de buscar uma solução para seu cliente sem, porém, poder garantir o resultado. Assim, um advogado contratado para promover uma ação judicial ou um médico contratado para realizar um tratamento em um paciente têm obrigações de meio, e não de resultado. Ainda que o advogado perca a causa ou que o paciente venha a falecer, o que interessa saber é se eles atuaram de forma competente, fazendo seu trabalho dentro do que era razoável. Já na obrigação de resultado, o profissional contratado assume um compromisso de atingir um determinado resultado, tal como um médico que faz uma cirurgia plástica estética, como, por exemplo, a colocação de silicone nos seios. Nesses casos, se algo de errado ocorre, a responsabilidade do médico será objetiva, e não subjetiva. Assim sendo, os profissionais liberais a que este artigo se refere são aqueles que exercem atividades que constituem obrigações de meio, e nesses casos esses profissionais somente serão responsabilizados por danos quando ficar demonstrada a ocorrência de culpa subjetiva, em quaisquer de suas modalidades: negligência, imprudência ou imperícia. Pelo artigo 18 do CDC, todos os fornecedores respondem pelo ressarcimento dos vícios de qualidade ou quantidade eventualmente aparados no fornecimento de produtos ou serviços. Assim, o consumidor poderá, à sua escolha, reclamar seus direitos contra todos os fornecedores ou contra alguns, se não quiser dirigi-la apenas contra um. Prevalecem, aqui, as regras da solidariedade passiva, e, por isso, a escolha não induz concentração do débito. Ou seja: se o escolhido não ressarcir integralmente os danos, o consumidor poderá voltar-se contra os demais, de modo conjunto ou isoladamente. Por um critério de comodidade e conveniência o consumidor, certamente, dirigirá sua pretensão contra o fornecedor imediato, quer se trate de industrial, produtor, comerciante ou simples prestador de serviço. "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br 04 "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br Existem sanções previstas no § 1º desse artigo, para reparação dos vícios de qualidade dos produtos. Em primeiro lugar, o dispositivo concede ao fornecedor a oportunidade de acionar o sistema de garantia do produto e reparar o defeito no prazo máximo de 30 dias. Não sendo sanado o vício, no prazo legal, o consumidor poderá exigir, à sua escolha, três alternativas: a substituição do produto por outro da mesma espécie em perfeitas condições de uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de também receber eventuais perdas e danos; o abatimento proporcional do preço. A substituição do produto é a sanção civil mais conveniente e satisfatória para o consumidor quando se trata de fornecimento de produtos duráveis, tais como eletrodomésticos. Apesar de o inciso se referir à substituição do produto por outro da mesma espécie, deve ser interpretado no sentido de permitir a substituição por outro da mesma espécie, marca e modelo. Quanto à segunda alternativa do consumidor, que determina a restituição imediata da quantia paga, naturalmente esse valor deve ser corrigido até a data da efetiva devolução, sendo que, evidentemente, o consumidor deve devolver também o produto defeituoso para receber o dinheiro de volta, bem como eventuais perdas e danos que tenha sofrido. Finalmente, o consumidor poderá pleitear o abatimento proporcional do preço. Essa é a alternativa mais atrativa para o consumidor em se tratando de produtos caracterizados pela escassez de ofertas. O parágrafo segundo disciplina a redução ou ampliação contratual do prazo de garantia legal. Em termos contratuais, a garantia não pode ser inferior a sete nem superior a 180 dias, como ficar convencionado entre os partícipes da relação de consumo. Isso é perfeitamente válido. O parágrafo terceiro observa que nas situações em que não for viável a substituição das partes com problemas, por razões de qualidade ou característica do produto, tais como medicamentos, peças de vestuário, o consumidor poderá exercer de imediato seu direito de escolha, pois não haverá a possibilidade de substituição de componentes pelo fornecedor, de modo que o prazo de trinta dias para que o defeito seja sanado não faz qualquer sentido. Notem ainda que o parágrafo quarto deste artigo diz que tendo o consumidor optado pela alternativa do Inciso I do § 1º deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo dos disposto nos incisos II e III do § 1º deste artigo. O parágrafo quinto menciona que a responsabilidade por eventuais vícios de qualidade de produtos in natura foi atribuída, em princípio, exclusivamente ao fornecedor imediato, ou seja, aquele que vende diretamente ao consumidor, ressalvada a responsabilidade do produtor, que existirá quando ele puder ser identificado, mas essa ressalva só prevalece quando o fornecedor imediato demonstrar que o produtor é que deu causa ao perecimento do produto. Por fim, o parágrafo sexto indica quais são os produtos impróprios ao uso ou ao consumo os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; os produtos deteriorados, alternados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares da fabricação, distribuição ou apresentação; os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim que se destinam. 05 Pelo artigo 19, os fornecedores respondem, solidariamente, pelos vícios de quantidade do produto, assim entendidos aqueles decorrentes da disparidade