Medicina legal - Outras aplicações da Medicina Legal

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Medicina LegalMedicina LegalMedicina Legal
Outras aplicações da medicina
legal
Infortunística:
São estudos relacionados aos acidentes de trabalho e
doenças profissionais em âmbitos perigosos e situações
insalubres. Vê suas consequências e como podemos
preveni-las e remediá-las;
Acidentes de trabalho: uma lesão provocada por uma
atividade exercida no trabalho. A lesão pode ser corporal ou
uma perturbação funcional que reduza a capacidade de
trabalhar por um período ou seja permanente, pode também
causar a morte;
Doenças profissionais: podem ser desencadeadas pela
atividade profissional. Ex.: exposição por chumbo causando
saturnismo;
Doenças do trabalho: podem ser desencadeadas pelo
ambiente de trabalho. Ex.: surdez causada por trabalhar
numa fábrica com excesso de ruídos;
Fadiga: afeta fisicamente, pior que o cansaço:
1. Aguda: episódio momentâneo. Ex.: depois de um treino
físico exagerado;
2. Crônica: afeta permanentemente.
Estresse: pode favorecer o surgimento de doenças psíquicas
e psiquiátricas. Relaciona-se ao tipo de trabalho e sua carga
horária;
Lesões: se é temporária ou não, se tornou a pessoa incapaz
de exercer sua função. O perito poderá examinar o local de
trabalho.
1. Leves
2. Graves
3. Gravíssimas
Obs.: em caso de morte não natural (morte violenta),
haverá perícia no local.
Averiguação do acidente de trabalho:
1. Antigamente: teoria da culpa – responsabilidade do chefe ou
do trabalhador. Normalmente, o trabalhador era culpado;
2. Teoria do Risco Profissional: todo trabalho tem seus riscos,
não procura se o chefe ou o trabalhador são culpados.
Tentativa indevida de benefícios:
1. Simulação: para conseguir alguma vantagem, a pessoa
examinada finge possuir sintomas não existentes;
2. Metassimulação: depois de um trauma real, a pessoa
examinada diz que as consequências geradas são maiores do
que são;
3. Dissimulação: a pessoa examinada finge não possuir
sintomas de realmente possui.
Noções de Medicina Legal aplicadas no
local do crime:
Perinecroscopia: o perito descreve no local do crime as
características e e ferimentos externos da vítima;
Exame interno do cadáver: responsabilidade do médico legista;
Conceitos e classificações dos locais de crime:
1. Conceito de “Local”: área física (externa, interna ou mista)
e delimitada onde o delito ocorreu e que contenha
características do crime;
2. Classificação do Local:
a) Natureza do fato:
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I. Aborto, infanticídio;
II. Acidente de tráfego;
III. Homicídio;
IV. Incêndio;
V. Suicídio.
I. Acidente;
II. Homicídio;
III. Suicídio.
I. Inesperada, sem causa aparente;
II. Súbita.
1. Determinar:
1. Fibras e pelos;
2. Impressões digitais;
3. Manchas de sangue;
4. Marcas de ferramentas;
5. Secreções;
6. Solo;
7. Tipos diversos de instrumentos e substâncias.
1. De ordem Mecânica;
2. De ordem Física;
3. De ordem Química;
4. De ordem Físico-química;
5. De ordem mista.
1. Local aberto ou fechado, se há sinais de luta, entre
outros;
2. Vestígios balísticos;
3. Marcas de impacto de projéteis;
4. Manchas de sangue;
5. Cadáver:
I. Longa distância: orifício de entrada, orlas de
escoriação, equimose e enxugo;
II. Curta distância: orifício de entrada, marcas dos
elementos secundários, orlas de queimadura,
esfumaçamento e tatuagem;
III. Encostado: projétil e elementos secundários entram
no orifício de entrada.
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b) Tipo da morte:
c) Morte suspeita:
Objetivo dos exames no local do crime:
a) Data do fato;
b) Momento da agressão;
c) Natureza do incidente;
d) Instrumento utilizado;
e) Dinâmica dos fatos.
Vestígios intrínsecos: referente ao cadáver;
Vestígios extrínsecos: tudo fora do cadáver que tem a ver
com o crime:
Energias causadoras:
Local de morte por arma de fogo:
a) Feridas causadas pelo projétil: orifício de entrada e
saída;
b) Determinar a distância do disparo:
Elementos secundários: nas roupas.
I.
II.
III.
1. Local aberto ou fechado, se há sinais de luta, entre
outros;
2. Tipos de objetos utilizados:
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Local de morte por arma branca:
a) Contundente: são as “pancadas”. Ex.: bater a
cabeça numa árvore;
b) Cortante: faz uma incisão no local. Ex.: cortar o
dedo no papel;
c) Perfurante: quando o tecido é perfurado. Ex.: furar o
dedo com um espinho;
d) Corto contundente: ação de machucar e cortar. Ex.:
ação com machado;
e) Perfurocortante: ação de perfurar e cortar. Ex.: ação
com peixeira;
f) Perfuro contundente: ação de machucar e perfurar.
Ex.: ação com arma de fogo
a)
b)
c)
d)
e)
f)
3. Manchas de sangue – geralmente há muitas manchas no
local;
4. Cadáver – posição, sinais de luta, etc.
Obs.: mais comum o uso de facas produzindo lesões
cortantes, perfurantes, perfurocortante e corto
contundente. A lâmina lesiona muito vasos, portanto
haverá uma grande quantidade de sangue no local.
1. Incêndio, explosão apenas queimaduras no corpo da víti-
ma;
2. Foco inicial do incêndio;
3. Criminoso ou acidental, meios para o fogo;
4. Substância inflamável no local;
5. Cadáver:
1. Morte por raios ou eletricidade artificial:
I. Marca arboriforme/Lichtenberg: queimadura em
forma de galhos de árvores;
II. Morte fulminante.
I. Domésticos;
II. No trabalho.
2. Eletricidade artificial: qual o objeto condutor:
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Local de morte por queimaduras:
a) Queimaduras ou carbonizado;
b) Morreu no local ou o fogo era para encobrir o crime;
c) Se o fogo foi a causa da morte, intoxicação pelos gases
ou se a vítima já estava morta.
Carbonizado em
um acidente de
caminhão de
combustível
Local de morte por eletricidade:
a) Natural: 
b) Artificial: 
a) Eletroplessão: morte por descarga elétrica artificial. A
causa biológica pode ser:
I. Cardíaca: quando o coração fibrila;
II. Cerebral: hemorragias em partes do cérebro;
III. Pulmonar: os músculos respiratórios podem se contrair
causando asfixia.
3. Cadáver.
Obs.: o perito busca a marca de Jellinek que geralmente
possui a forma do condutor, é o ponto de entrada da
energia. O ponto de saída é nos pés ou em outro lugar que
houver metais.
Local de morte por asfixia:
1. O local de morte depende do tipo de asfixia:
a) Enforcamento: laço no pescoço; manchas de hipóstase
em posições específicas.
b) Estrangulamento: laço apertado no pescoço da pessoa
geralmente por outrem, gera sulco;
c) Esganadura: outra pessoa aperta com as próprias mãos o
pescoço da vítima, gera marca;
d) Sufocação: quando há obstrução das vias aéreas
superiores ou há o impedimento dos movimentos dos
músculos respiratórios
e) Soterramento: ocorre geralmente de forma acidental
quando não há presença de ar no local, apenas substâncias
como terra e areia;
f) Afogamento: de forma homicida ou acidental, as vias
aéreas da pessoa estão submersas em algum líquido;
g) Gases irrespiráveis: presença de gases não compatíveis
com a respiração. Ex.: monóxido de carbono;
h) Confinamentos: quando num ambiente não há renovação
de ar. A asfixia ocorrerá por diminuição ou ausência de
oxigênio.
Local de morte por precipitação:
1. Altura de onde a vítima precipitou, onde o cadáver se
encontrava, distância do corpo com relação ao prédio, sua
posição, segurança e acessos do local;
2. Cadáver: verificam se as lesões são compatíveis com a
precipitação.
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Perinecroscopia: 
1. É o exame do corpo no local no qual ele foi encontrado;
2. Sinais específicos de violência: caracterização
resultante das ações do agressor;
3. Sinais de luta nocorpo da vítima: vestígios encontrados
que podem elucidar o envolvimento entre vítima e agressor;
4. Reação de defesa: são os vestígios produzidos pela
vítima na tentativa de evitar ações do agressor;
5. Quando o cadáver está no local do crime:
a) Vestígios intrínsecos: são vistos na superfície do
cadáver. Ex.: sêmen;
b) Vestígios extrínsecos: substâncias e materiais que
ficam aderidos na superfície do cadáver que podem
identificar o agressor;
c) Material do agressor: geralmente estão debaixo das
unhas, mãos e órgãos genitais do cadáver;
d) Descrição e identificação do cadáver:
I. Exame de roupas (levando em conta as condições
climáticas, ambientais e sociais do local);
II. Sexo, cabelo, pele, se há barba ou bigode;
III. Dados para identificação;
IV. Idade, características e sinais peculiares
(cicatriz, tatuagem);
V. Compleição.
e) O perito deve observar se os pertences da vítima
estão com ela ou foram levados.
Psicologia e Psiquiatria Médico Legal:
A psiquiatria ocupa-se com a psicopatologia;
Imputabilidade penal: quando o indivíduo saber discernir
entre certo e errado, possui razão e livre-arbítrio;
Capacidade civil: depende do fato de a pessoa ter plena
consciência de si e do todo social e se ela tem capacidade de
se gerir;
Fatores biológicos:
1. Menores de 18 anos: penalmente inimputáveis por ainda
não terem maturidade suficiente para serem diretamente
responsabilizado por seus atos;
2. Sono: se houver modificações patológicas do sono, a
imputabilidade pode ser alterada;
3. Emoção: episódio de emoção violenta ou se a emoção é
um sintoma de psicopatologia;
4. Surdo-mudo: sua capacidade de discernimento é
considerada como limitada;
5. Silvícola não aculturado: aquele que vive na mata, na selva e
não tem contato com o mundo urbano possui seu conjunto de
regras sociais, são inimputáveis. Ex.: índios;
6. Alcoolismo e toxicomania:
a) Embriaguez completa: atenuante, considera-se que o
indivíduo não tinha plena consciência;
b) Embriaguez a fim de encorajar-se para praticar a ação:
circunstância agravante;
c) Aproveitamento da embriaguez da vítima: circunstância
agravante.
Fatores psíquicos:
1. Doença mental: alienação mental, falta de autoconsciência e
de adaptação;
2. Desenvolvimento mental incompleto/retardado: quando
incompleto, o indivíduo ainda não desenvolveu completamente
sua maturidade psíquica; quando retardado, a maturidade
psíquica está atrasada quando comparada à idade biológica.
Perturbação da saúde mental: são os problemas psíquicos menos
graves, como neuroses, condutopatias, toxicomanias, alcoolis-
mos moderados e leves:
1. Neuroses: relacionadas à angustia e ansiedade;
2. Condutopatias: sociopatia e psicopatia possuem
comprometimento relacionado ao comportamento e emoções,
ou seja, não possuem empatia e a capacidade de julgar
questões éticas e morais é comprometida.