Grátis
1 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 1 de 1
METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 280 ln zo = 0,997 ln h – 0,883 (VII.6.10) com h e zo em cm, válida para uma densidade de folhagem entre 3 e 5 m2 de área foliar por metro cúbico. G. Stanhill, também em 1969, efetuando experimentos com plantas de alturas (h) compre- endidas entre 20 e 200 cm, ajustou a seguinte fórmula para estimar d (Montheith, 1975): ln d = 0,979 ln h – 0,154, (VII.6.11) (com h e d em cm). Argumenta o último autor, porém, que os valores de d possuem uma flutuação tão elevada que não tem sentido usar constantes com tamanha precisão e sugere que, na prática, adote-se: d = 0,63 h. (VII.6.12) 6.3 - Quebra-ventos. Exposição freqüente a ventos de velocidade acentuada geralmente causa danos à folha- gem (fratura do limbo), provoca deformação e ressecamento das demais partes aéreas mais ten- ras da vegetação, acarreta aumento da erosão eólica e traz desconforto para animais e pessoas. Em certas situações, para minimizar tais efeitos indesejáveis, são empregados quebra-ventos, isto é: anteparos destinados a reduzir a velocidade do vento. Sob a ótica dos arquitetos, um quebra-vento pode constituir-se em um simples muro, cerca ou painel, construído de diferentes materiais, possuindo ou não elementos vazados, visando à proteção de um ambiente contra o efeito resultante de ventos fortes. Em campos cultivados, porém, normalmente são usados renques de vegetação, quase sempre formados por diversas fileiras de plantas bem próximas. Nas fileiras do centro estão as espécies de maior porte, ladeadas pelas mais baixas. A eficiência de um renque de vegetação em reduzir a velocidade do vento depende de sua orientação, de sua altura e de sua permeabilidade ao fluxo do ar. Para maximizar o efeito redutor da velocidade do ar, os quebra-ventos devem estar dispostos ortogonalmente à direção do vento mais freqüentemente observada (vento dominante), ou à direção média dos ventos que possuem maior velocidade. A primeira alternativa é adotada quando o vento local é constantemente forte (velocidade elevada); a segunda quando as maiores velocidades estão associadas a ventos sazo- nais que sopram em uma direção específica, mais ou menos bem definida. Quanto maior for a altura de um anteparo, mais larga será sua faixa de atuação, tanto a barlavento, quanto a sotavento. Para uma dada velocidade de escoamento do ar, há uma relação entre a altura do quebra-vento e a largura de sua faixa de influência (Fig. VII.11), a qual depende, ainda, de sua permeabilidade ao escoamento do ar. Para fins agrícolas não são recomendados quebra-ventos muito densos. Nesse caso é preferível adotar plantas cuja folhagem deixe atravessar a maior parte do ar que flui próximo à superfície, exatamente onde a velocidade do vento é menor. Esse cuidado visa a evitar a forma