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BIODISPONIBILIDADE, BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA, BIODISPONIBILIDADE RELATIVA E BIOEQUIVALÊNCIA Prof. Pollyana Lyra BIOEQUIVALÊNCIA - LEGISLAÇÃO ➢RDC n° 278, de 16 de abril de 2019 - "Dispõe sobre os ensaios para comprovação de equivalência terapêutica para medicamentos inalatórios orais e sprays e aerossois nasais“ ➢IN n° 10, de 29 de setembro de 2016 - “Lista de fármacos candidatos à bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB)” ➢Medicamentos - Consolidado de normas de Bioequivalência ➢(13 NORMAS + Boas Práticas Clínicas) ➢ IN n° 9, de 8 de outubro de 2014 – “Roteiro de Inspeção em Centros de Biodisponibilidade/Bioequivalência de Medicamentos.” ➢ RDC nº 56, de 8 de outubro de 2014 - Dispõe sobre a Certificação de Boas Práticas para a realização de estudos de Biodisponibilidade/Bioequivalência de medicamentos e dá outras providências ➢ RDC nº 37, de 3 de agosto de 2011 - Dispõe sobre o Guia para isenção e substituição de estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência ➢RDC nº 34, de 03 de junho de 2008 - Institui o cadastro nacional de voluntários em estudos de bioequivalência - CNVB e o sistema de informações de estudos de equivalência farmacêutica e bioequivalência - SINEB ➢RDC nº 1170, de 19 de abril de 2006 - Determina a publicação do Guia para provas de biodisponibilidade relativa/bioequivalência de medicamentos ➢RE nº 894, de 29 de maio de 2003 - Determina a publicação do Guia para protocolo e relatório técnico de estudo de bioequivalência ➢RE nº 895, de 29 de maio de 2003 - Determina a publicação do Guia para elaboração de relatório técnico de estudo de biodisponibilidade relativa/bioequivalência ➢RE nº 898, de 29 de maio de 2003 - Determina a publicação do Guia para planejamento e realização da etapa estatística de estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=09/10/2014&jornal=1&pagina=42&totalArquivos=100 http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=09/10/2014&jornal=1&pagina=42&totalArquivos=100 ➔Biodisponibilidade e Bioequivalência aplicáveis a medicamentos, com ênfase às formas farmacêuticas sólidas de liberação imediata (FFSLI) de uso oral e suspensões, no contexto da intercambialidade entre medicamentos. Medicamentos biológicos (vacinas, soros, derivados de sangue, etc), biotecnológicos, radiofármacos e fitoterápicos requerem outras considerações e, portanto, não são abordados. BIOEQUIVALÊNCIA Os atos de registro e pós-registro de medicamentos são da competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 1999 → GENÉRICOS! 2003 → SIMILARES! Estavam no mercado haviam sido registrados segundo normas que permitiam seu registro sanitário por meio do conceito de similaridade a um medicamento anteriormente registrado, sem a necessidade de apresentação, por ocasião do registro, dos resultados de ensaios in vitro ou in vivo relacionados à comprovação da eficácia e segurança. ISONOMIA DE CRITÉRIOS! BIOEQUIVALÊNCIA - APLICAÇÕES EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E BIOEQUIVALÊNCIA! ➔Pode ser necessária também a medicamentos inovadores quando são realizadas mudanças ou adequações na formulação durante o desenvolvimento clínico para extrapolação de dados de eficácia e segurança. ➔Pode substituir ensaios clínicos de fase II e III para o registro de medicamentos sob novas concentrações, novas formas farmacêuticas e novas associações. BIOEQUIVALÊNCIA - APLICAÇÕES OBRIGAÇÃO DE COMPROVAR ➔ EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA!. Indústria quer registrar genérico ou similar?????? SOLICITAR INDICAÇÃO DE REFERÊNCIA Á ANVISA ENSAIOS PARA DESENVOLVER A FORMULAÇÃO DEFINIR O PROCESSO DE FABRICAÇÃO ESTABELECER AS CONDIÇÕES PARA ESTUDO DE ESTABILIDADE ESTABELECER ESPECIFICAÇÕES DO MEDICAMENTO BIOEQUIVALÊNCIA - APLICAÇÕES O QUE SIGNIFICA SER EQUIVALENTE TERAPÊUTICO? A Equivalência Terapêutica entre o genérico e o medicamento de referência ou o similar e o medicamento de referência possibilita a intercambialidade no ato da dispensação do medicamento pelo farmacêutico. ➔Ambos vão apresentar a mesma eficácia e segurança ao serem administrados ao organismo, assim como o mesmo potencial para causar efeitos adversos. BIODISPONIBILIDADE A Biodisponibilidade (BD) é definida como a velocidade e a extensão da absorção de um fármaco, a partir de uma forma farmacêutica que se torna disponível para exercer o efeito farmacológico pretendido. OBJETIVO E DESENHO DO ESTUDO Biodisponibilidade Absoluta (BDA) de um medicamento (INOVADOR) Biodisponibilidade Relativa (BDR) entre medicamentos. CRUZADO: 2 INTERVENÇÕES NO MESMO VOLUNTÁRIO WASHOUT ENTRE ELAS. BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA – COMO É CONDUZIDO? Via Extravascular (mesma dose) Via intravascular (mesma dose) PRIMEIRO PERÍODO SEGUNDO PERÍODO INVERTE! As coletas de líquido biológico são realizadas de acordo com os procedimentos estabelecidos previamente e, após o intervalo de washout As concentrações do fármaco nas amostras são quantificadas empregando-se método bioanalítico validado, o que permite a construção das curvas de concentrações X tempo para a realização dos cálculos dos parâmetros farmacocinéticos relativos à biodisponibilidade. A BDA corresponde à fração sistêmica calculada em relação à dose administrada por via intravascular, cuja biodisponibilidade é, por definição, igual a 100%. Caso seja possível administrar a mesma dose do medicamento pelas vias oral e intravascular e a BDA calculada for igual a 80%, isso significa que o aproveitamento da dose por via oral não é completo, havendo perda de 20% que pode estar relacionada às características do fármaco, do indivíduo ou da formulação. BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA a) Área sob a curva de concentração do fármaco no líquido biológico versus tempo (ASC0-t), que expressa a quantidade de fármaco absorvido, ou seja, a extensão da absorção. b) Concentração máxima atingida após administração da dose (Cmax), que está relacionada à velocidade do processo de absorção e ocorre no tempo denominado Tmax. BIODISPONIBILIDADE ABSOLUTA – PARÂMETROS PARA CÁLCULO No caso de um medicamento genérico ou de um medicamento similar, o desenvolvimento da formulação deve estar direcionado à obtenção de um equivalente farmacêutico que, in vivo, não apresente diferenças significativas em relação à biodisponibilidade do medicamento de referência, o que é avaliado empregando-se um estudo de BDR adequadamente planejado e um critério de aceitação aplicável. BIODISPONIBILIDADE RELATIVA A Bioequivalência (BE) corresponde a um caso particular da BDR e envolve critério de aceitação e análise estatística que possibilitam concluir sobre a comparação da biodisponibilidade entre dois medicamentos com risco previamente estabelecido. BIOEQUIVALÊNCIA Dois medicamentos são considerados bioequivalentes e, portanto, intercambiáveis, quando os Intervalos de Confiança (IC) de 90% calculados para as razões das médias geométricas ASC0-t (T) / ASC0-t (R) e Cmax (T) / Cmax (R) encontram-se entre80 e 125%. ➔ Considerando-se T como o medicamento em teste e R como o medicamento de referência, critério adotado internacionalmente para a aceitação da bioequivalência. BIOEQUIVALÊNCIA FATORES RELACIONADOS À BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS ➔Relacionados ao indivíduo: idade, sexo, peso corporal, fatores fisiopatológicos associados ➔ Relacionado às características do medicamento: fármaco, formulação e processo de fabricação. No caso dos fatores ligados ao indivíduo, sua influência deve ser minimizada ao máximo, o que ocorre quando o planejamento do ensaio de biodisponibilidade é bem executado, por meio de critérios de inclusão e exclusão bem definidos, a seleção de um grupo de voluntários representativo em relação à população para o estudo e o emprego de um desenho experimental adequado. Entre os fatores ligados ao medicamento citam-se: natureza química do fármaco; solubilidade; tamanho de partícula;polimorfismo; tipo e quantidade de excipientes; tempo de mistura e secagem; técnica de granulação e compressão; instabilidade do fármaco. ➔ O profissional envolvido no desenvolvimento farmacotécnico deve conhecer amplamente as características físico-químicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas do fármaco, selecionando, também, os adjuvantes farmacotécnicos (excipientes) mais adequados, além de operações unitárias apropriadas para a fabricação. FATORES RELACIONADOS À BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS 3. Etapa estatística METODOLOGIA GERAL ➔Os parâmetros farmacocinéticos serão obtidos das curvas de concentração sanguínea do fármaco x tempo, e analisados estatisticamente para determinação da bioequivalência. Obs: no caso de substâncias endógenas, a análise estatística deverá ser realizada empregando as concentrações plasmáticas quantificadas com e sem correção dos níveis basais, sendo que a conclusão da bioequivalência deverá ser baseada nos valores corrigidos. QUAIS SÃO OS PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS ??? ➔a área sob a curva de concentração sanguínea versus tempo, do tempo zero ao tempo t (ASC0-t), onde t é o tempo relativo à última concentração do fármaco determinada experimentalmente; ➔a área sob a curva de concentração sanguínea versus tempo, calculada do tempo zero ao tempo infinito (ASC0-inf), onde ASC0-inf = ASC0-t + Ct/k. A ASC0-t deve ser igual ou superior a 80% da ASC0-inf. 3. Etapa estatística QUAIS SÃO OS PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS ??? ➔O pico de concentração máxima (Cmax) do fármaco e/ou metabólito e o tempo para atingir este pico (Tmax) devem ser obtidos diretamente, sem interpolação dos dados; ➔A meia-vida de eliminação (t1/2) do fármaco e/ou metabólito também deve ser determinada, embora não haja necessidade de tratamento estatístico; ➔Para estudos que empregam doses múltiplas devem ser determinados os seguintes parâmetros: a) ASC0-t calculado no intervalo de dose (tau) no estado de equilíbrio; b) Cmax e Tmax, obtidos sem interpolação de dados; concentração mínima do fármaco (Cmin), determinada no final de cada intervalo de dose do estado de equilíbrio; c) concentração média do fármaco no estado de equilíbrio (C* = ASC0-t /tau); d) grau de flutuação no estado de equilíbrio; 3. Etapa estatística Não será permitida a exclusão de mais de 5% dos voluntários que participaram do estudo até a sua conclusão ou a falta de mais de 10% dos valores das concentrações sanguíneas do fármaco provenientes da administração de cada medicamento por voluntário. 3. Etapa estatística Dois medicamentos serão considerados bioequivalentes se os valores extremos do intervalo de confiança de 90% da razão das médias geométricas (ASC0-t teste/ASC0-t referência e Cmaxteste/Cmaxreferência) forem maiores que 0,8 e menores que 1,25. 3. Etapa estatística ➔No caso de voluntários que apresentem comportamento discrepante nos parâmetros farmacocinéticos, em relação aos demais voluntários, sua exclusão do estudo deverá ser justificada. Deverão ser apresentados os resultados do estudo com e sem a inclusão de seus dados ➔Informar os programas (softwares) usados para a análise estatística dos dados. 3. Etapa estatística
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