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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 281 ção de turbilhões que tendem a produzir correntes de ar em sentido oposto ao vento e que aca- bam por reduzir a largura da faixa de influência do quebra-vento (Fig. VII.11). 100 50 0 % -10h 0 10h 20h DISTÂNCIA h 10 a 15 h h 25 h 4,40 m 4,40 m 2,2 0 m 2,20 m 0,5 5 m 0,5 5 m R ED U Ç Ã O D A V EL O C ID A D E R ED U Ç Ã O D A V EL O C ID A D E -10h 0 10h 20h DISTÂNCIA 100 50 0 % Fig. VII.11 - Circulação do ar nas vizinhanças de um quebra-vento denso (acima) e arejado (abaixo), segundo Rosemberg (1975). Os esboços das curvas de redução por- centual da velocidade do vento, a diferentes alturas, são indicados ao lado. A escala horizontal está expressa em função da altura (h) do quebra-vento. Os quebra-ventos menos densos são mais eficientes. O ideal é que a concentração da folhagem vá aumentando progressivamente com a altura, até um certo limite. Experimentos têm demonstrado que um quebra-vento muito denso interfere em uma faixa que se estende até 10 a 15 vezes sua própria altura; quando a "porosidade" é aumentada em 50%, essa faixa passa a ser de 20 a 25 vezes a altura (Rosemberg, 1974). Isso dá uma idéia do espaçamento a ser usado entre quebra-ventos, quando vários deles são necessários. Um quebra-vento destinado à agricultura não deve ter extensão muito pequena, nem apre- sentar falhas (partes sem vegetação), já que, tanto nas extremidades como nas falhas, o efeito pode ser inverso: o ar tende a convergir para elas e a velocidade do vento termina aumentando. A redução da velocidade do ar atinge o máximo a sotavento e ocorre a uma distância não muito afastada do eixo do quebra-vento. Os autores normalmente concordam que a presença do quebra-vento tende a diminuir a transferência de vapor d'água para a atmosfera, quando a umidade do solo está próxima à capa
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