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Eletiva - Apostila (62)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professor: Dr. Marcel Leonardi
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 3 Aula 3 
DA NULIDADE DOS 
ATOS JURÍDICOS - PARTE II
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Da Nulidade dos Atos Jurídicos - Parte II
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
Pelo artigo 159 do Código Civil, é suscetível de fraude o negócio jurídico a titulo oneroso quando praticado 
por devedor insolvente ou quando a insolvência for notória, ou se houver motivo para ser conhecida do outro 
contratante, podendo ser anulado pelo credor. Por exemplo, quando se vender imóvel em data próxima ao 
vencimento das obrigações, inexistindo outros bens para saldar a divida. Será notória a insolvência de certo 
devedor se for tal estado de conhecimento geral. Todavia, dessa notoriedade não se poderá dispensar prova; 
logo, todos os meios probatórios serão admitidos. Por exemplo, será notória a insolvência se o devedor tiver 
seus títulos protestados ou ações judiciais que impliquem a vinculação de seus bens. Será presumida a 
insolvência quando as circunstâncias indicarem tal estado, que já devia ser do conhecimento do outro 
contraente, que tinha motivos para saber da situação financeira precária do alienante. Por exemplo, preço 
vil, parentesco próximo, alienação de todos os bens, relações de amizade, de negócios mútuos, etc.
Pelo artigo 160 do Código Civil, os credores não poderão mover ação revocatória se o adquirente dos bens 
do devedor insolvente que ainda não pagou o preço, que é o corrente, depositá-lo em juízo, com citação de 
todos os interessados, ou, ainda, se o adquirente, sendo o preço inferior, para conservar os bens, depositar 
quantia corresponde ao valor real. Ou seja, se isso for feito, exclui-se a possibilidade de anulação do 
negócio jurídico oneroso fraudulento, desde que os seguintes requisitos sejam observados pelo adquirente: 
a) ele ainda não tenha pago o preço real, justo ou corrente; b) ele promova o depósito judicial desse preço; e 
c) ele requeira a citação por edital de todos os interessados, para que tomem ciência do depósito. 
O Código também estabelece contra quem essa ação pode ser movida no artigo 161, pelo qual a ação, nos 
casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou 
a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
Pelo artigo 162 do Código, o credor que vier a receber pagamento de dívida ainda não vencida será 
obrigado a devolver o que recebeu, mas essa devolução não apenas aproveitará aos que o acionaram, pois 
reverterá em beneficio do acervo do devedor, que deverá ser partilhado entre todos os credores que 
legalmente estiverem habilitados no concurso creditório. Isto é assim porque o pagamento antecipado do 
débito a credores frustra a igualdade que deve existir entre os credores quirografários, que, por tal razão, 
poderão propor ação pauliana para invalidá-lo, determinando que o beneficiado reponha o que recebeu 
em proveito do acervo.
O artigo 163 presume como fraudatória a outorga de garantias reais pelo devedor insolvente a um dos 
credores quirografários, lesando os direitos dos demais credores, o que acarretará a sua anulabilidade. Isto 
porque estando caracterizada a insolvência, se o devedor der garantia real de divida, vencida ou não, a um 
dos credores quirografários, este ficará em posição privilegiada em relação aos demais, que, então, 
poderão mover contra o devedor ação pauliana para declará-la anulada, por estar configurada a fraude 
contra credores. Se tal garantia for dada antes da insolvência do devedor, não haverá fraude contra 
credores. Por outro lado, o artigo 164 dispõe que se presumem de boa-fé e valem os negócios ordinários 
indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural ou industrial, ou à subsistência do devedor 
e de sua família. 
Aula 3
02
Art. 165: Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre 
que se tenha de efetuar o concurso de credores. Parágrafo Único: Se esses negócios tinham por único objeto 
atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na 
anulação da preferência ajustada.
A ação pauliana tem por primordial efeito a revogação do negócio lesivo aos interesses dos credores 
quirografários, repondo o bem no patrimônio do devedor, cancelando a garantia real concedida em 
proveito do acervo que se tenha de efetuar o concurso de credores, possibilitando a efetivação do rateio, 
aproveitando a todos os credores e não apenas ao que a intentou. Se, porventura, o ato invalidado tinha por 
único escopo conferir garantias reais, como penhor, hipoteca e anticrese, sua anulabilidade alcançará tão-
somente a da preferência estabelecida pela referida garantia; logo, a obrigação principal (débito) 
continuará tendo validade. Com a anulação da garantia, o credor não irá perder seu crédito, pois figurará, 
perdendo a preferência, como quirografário, entrando no rateio final do concurso creditório.
Art. 166: É nulo o negócio jurídico quando: 1) celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 2) for ilícito, 
impossível ou indeterminável o seu objeto; 3) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 4) 
não revestir a forma prescrita em lei; 5) for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a 
sua validade; 6) tiver por objeto fraudar lei imperativa; 7) a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a 
prática, sem cominar sanção.
Nulidade é a sanção, imposta pela norma jurídica, que determina a privação dos efeitos jurídicos do negócio 
jurídico praticado em desobediência ao que prescreve. Com a declaração da nulidade absoluta do negócio 
jurídico, este não produzirá qualquer efeito por ofender princípios de ordem pública, carregado de vícios 
essenciais. Por exemplo, se for praticado por pessoa absolutamente incapaz; se tiver objeto ilícito, impossível 
ou indeterminável; se não revestir a forma prescrita em lei ou preterir alguma solenidade imprescindível para 
sua validade; se tiver por objetivo fraudar lei imperativa e quando a lei taxativamente o declarar nulo ou lhe 
negar efeito. De modo que um negócio nulo é como se nunca tivesse existido desde sua formação, pois a 
declaração de sua invalidade produz efeito desde então.
O artigo 167 trata da simulação. A simulação consiste num desacordo intencional entre a vontade interna e 
a declarada para criar, aparentemente, um negócio jurídico que inexiste, ou para ocultar, sob determinada 
aparência, o negócio querido, enganando terceiro, acarretando a nulidade do negócio. Temos a simulação 
absoluta quando a declaração enganosa da vontade exprime um negócio jurídico bilateral ou unilateral, 
não havendo intenção de realizar negócio jurídico algum. Por exemplo, é o caso da emissão de títulos de 
crédito, que não representam qualquer negócio, feita pelo marido antes da separação judicial para lesar a 
mulher na partilha de bens. A simulação relativa é a que resulta no intencional desacordo entre a vontade 
interna e a declarada. Ocorrerá sempre que alguém, sob a aparência de um negócio fictício, realizar outro 
que é o verdadeiro, diverso, no topo ou em parte, do primeiro, com o escopo de prejudicar terceiro. 
Apresentam-se dois contratos: um real e outro aparente. Os contratantes visam ocultar de terceiros o 
contrato real,que é o querido por eles.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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03
A simulação relativa poderá ser: a) subjetiva, se a parte contratante não tira proveito do negócio, por ser o 
sujeito aparente. O negócio não é efetuado pelas próprias partes, mas por pessoa interposta ficticiamente. 
Por exemplo, é o que sucede na venda realizada a um terceiro para que ele transmita a coisa a um 
descendente do alienante, a quem se tem a intenção de transferi-la desde o início, burlando-se o disposto 
no art. 496 do Código Civil; mas tal simulação só se efetivará quando se completar com a transmissão dos 
bens ao real adquirente; b) objetiva, se respeitar à natureza do negócio pretendido, ao objeto ou a um de 
seus elementos contratuais; se o negócio contiver declaração, confissão, condição ou cláusula não 
verdadeira é o que se dá, p. ex., com a hipótese em que as partes na escritura de compra e venda declaram 
preço inferior ao convencionado com a intenção de burlar o fisco, pagamento menos imposto; se as partes 
colocarem, no instrumento particular, a antedata ou a pós-data, constante no documento, não aquela em 
que o mesmo foi assinado, pois a falsa data indica intenção discordante da verdade.
Havendo decretação da invalidação do negócio jurídico simulado, os direitos de terceiros de boa-fé em face 
dos contratantes deverão ser respeitados.
É importante não confundir a simulação com a dissimulação. A simulação provoca falsa crença num estado 
não real, quer enganar sobre a existência de uma situação não verdadeira, tornando nulo o negócio. A 
dissimulação oculta ao conhecimento de outrem uma situação existente, pretendendo, portanto, incutir no 
espírito de alguém a inexistência de uma situação real, e no negócio jurídico subsistirá o que se dissimulou, 
se válido for na substância e na forma.
Pelo artigo 168 do Código Civil, a nulidade absoluta poderá ser argüida por qualquer interessado, pelo 
Ministério Público, quando lhe caiba intervir, e pelo Judiciário de ofício, quando conhecer do ato ou de seus 
efeitos e a encontrar provada. A nulidade absoluta não poderá ser suprida pelo juiz, ainda que a 
requerimento dos interessados, sendo também insuscetível de ratificação, ou melhor, de confirmação.
Pelos artigos 169 e 170 do Código Civil, o negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem 
convalesce pelo decurso do tempo. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, 
subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, as houvessem 
previsto a nulidade. A conversão acarreta uma nova qualificação do negócio jurídico. Refere-se à hipótese 
em que o negócio nulo não pode prevalecer na forma pretendida pelas partes, mas, como seus elementos 
são idôneos para caracterizar outro, pode ser transformado em outro, de natureza diversa, desde que isso 
não seja proibido, taxativamente. Assim sendo, teremos a conversão própria apenas quando os contratantes 
teriam pretendido a celebração de outro contrato se tivessem ciência da nulidade do que realizaram. A 
conversão subordinar-se-á à intenção das partes de dar vida a um contrato diverso, na hipótese de nulidade 
do contrato, que foi por elas estipulado, mas também à forma, por ser imprescindível que, no contrato nulo, 
tenha havido observância dos requisitos de substância e de forma do contrato em que poderá ser 
transformado, para produzir efeitos.
Pelo artigo 171, serão anuláveis os negócios se: a) praticados por pessoa relativamente incapaz, sem a 
devida assistência de seus legítimos representantes legais; b) viciados por erro, dolo, coação, estado de 
perigo, lesão ou fraude contra credores, ou fraude; e c) a lei assim o declarar, tendo em vista a situação 
particular em que se encontra determinada pessoa.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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Note que, como diz o artigo 172 do Código Civil, o ato anulável pode ser confirmado, fazendo desaparecer 
os vícios presentes em uma obrigação que poderia ser anulada ou rescindida. O ato nulo, porém, nunca 
poderá ser confirmado, por prevalecer o interesse público. A confirmação retroage à data do ato, assim seus 
efeitos são válidos desde a formação do negócio jurídico. 
Importante observar que, como diz o artigo 173 do Código Civil, o ato de confirmação deve conter a 
substância da obrigação confirmada e a vontade expressa de confirmá-la. Isto deve ser feito de modo claro e 
preciso, para que não haja qualquer dúvida. O ato de confirmação deverá observar a mesma forma 
prescrita para o contrato que se quer confirmar. Assim, se for confirmar uma doação de imóvel, o ato de 
confirmação deverá constar de escrita pública, por ser esta da substância do ato.
Pelo artigo 174 do Código Civil, a confirmação também pode ser tácita e ocorre quando a obrigação já tiver 
sido parcialmente cumprida pelo devedor que conhecia o vício que poderia anular a obrigação. Assim, a 
vontade de confirmar está implícita neste caso, pois, mesmo sabendo do vício, a pessoa não se importou 
com ele, e deu início ao cumprimento do negócio. Assim, para que se configure a confirmação tácita é 
preciso que haja a) execução parcial da obrigação, de forma voluntária; b) conhecimento do vício que a 
torna anulável; e c) intenção de confirmá-la.
Observe que o artigo 175 estabelece que a confirmação expressa, ou a execução voluntária da obrigação 
anulável, permite entender que houve renúncia a todas as ações, ou exceções, de que o devedor dispusesse 
contra o ato. 
Por outro lado, como diz o artigo 176, se a nulidade relativa do negócio jurídico se der por falta de 
autorização de terceiro, passará a ter validade se, posteriormente, esse terceiro der a anuência.
Pelo artigo 177 do Código Civil, a declaração judicial de ineficácia do negócio jurídico opera a partir do 
momento em que é declarada, de modo que o negócio produz efeitos até esse momento, respeitando-se as 
conseqüências geradas anteriormente. A anulabilidade só pode ser alegada pelos prejudicados com o 
negócio ou por seus representantes legítimos, não podendo ser decretada de ofício pelo juiz. A anulabilidade 
de um certo negócio só aproveitará à parte que a alegou, com exceção de indivisibilidade ou solidariedade.
O artigo 178 do Código estabelece o prazo decadencial de quatro anos para a anulação do negócio 
jurídico, nas hipóteses que menciona, tais como no caso de coação, do dia em que ela cessar; no de erro, 
dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; no de 
atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade; já o artigo 179 estabelece um prazo menor, 
dizendo que quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a 
anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
O artigo 180 dispõe que o menor, entre dezesseis e dezoito anos, não poderá invocar a proteção legal em 
favor de sua incapacidade para eximir-se da obrigação ou para anular um negócio jurídico que tenha 
praticado, sem a devida assistência, seagiu dolosamente, escondendo sua idade, quando inquirido pela 
outra parte, ou se espontaneamente se declarou maior. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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O artigo 181 dispõe que ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, 
se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga. Ou seja, a pessoa que é absoluta ou 
relativamente incapaz não terá o dever de restituir o que recebeu em razão do negócio jurídico contraído e 
declarado inválido, a não ser que o outro contratante prove que o pagamento feito reverteu em proveito do 
incapaz. 
Pelo artigo 182, com a invalidação do negócio jurídico, as partes são restituídas ao estado em que se 
encontravam antes da efetivação do negócio, ou seja, como se o ato nunca tivesse ocorrido. Por exemplo, 
com a nulidade de uma escritura de compra e venda, o comprador devolve o imóvel, e o vendedor, o preço. 
Se for impossível que os contratantes voltem ao estado em que se achavam antes da efetivação negocial, por 
não mais existir a coisa ou por ser inviável a reconstituição da situação jurídica, o lesado será indenizado com 
o equivalente.
Pelo artigo 183, a invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-
se por outro meio. Ou seja, somente quando o ato puder ser provado por outros modos, o negócio 
continuará eficaz.
O artigo 184 estabelece que a nulidade parcial de um negócio jurídico não o atingirá na parte válida, se esta 
puder subsistir autonomamente. Assim, a nulidade da obrigação principal implicará a da acessória, mas a 
nulidade da obrigação acessória não atingirá a obrigação principal, que permanecerá válida e eficaz. Por 
exemplo, se um contrato de locação for nulo, é considerada nula a fiança, que é obrigação acessória; mas 
se apenas a fiança for nula, o contrato de locação continua em vigor.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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