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primários nas águas correntes são basicamente diatomáceas e cianofíceas mucilaginosas que formam comunidades sobre as superfícies das rochas, o epilíton. Os consumidores primários nos rápidos são principalmente larvas de insetos capazes de se manter contra a velocidade da correnteza graças a seus corpos achatados, hidrodinâmicos e com órgãos tipo ganchos (larvas de simulídeos e de tricópteros) ou ventosas (larvas de blefarocéridos e peixes 17 loricariídeos) que os prendem às pedras. Outra adaptação dos animais dos rápidos é a presença comum de reotaxia e tigmotaxia positiva, que se manifesta, respectivamente, na natação contra a correnteza e no ato de agarrar qualquer superfície que entre em contato com o animal. Com exceção dos cascudos, que são herbívoros/detritívoros, os peixes atuam como consumidores secundários e podem deslocar-se livremente entre rápidos e remansos, mas sua distribuição pode variar em função da profundidade, tipo de fundo, etc. Algumas espécies vencem a correnteza utilizando, para descanso, áreas de velocidade nula entre as pedras (lambaris); outros, como o canivete, fixam-se às pedras por meio das nadadeiras peitorais expandidas e outros, ainda, como os bagres, escondem-se em frestas utilizando dentículos operculares. Os organismos dos rápidos são, freqüentemente, mais sensíveis a baixas concentrações de oxigênio dissolvido que os habitantes dos remansos. Texto elaborado pelas profs. Érica Caramaschi e Angela Sanseverino Prática de Rio-Riacho Córrego do Sertão (Campo Escoteiro) O objetivo é observar um ecossistema lótico, com enfoque em suas características físicas e adaptações dos organismos a diferentes meso e micro-hábitats. A prática é realizada próximo no córrego do Sertão, próximo ao local de acampamento. Esse corpo d’água faz parte da bacia de drenagem Guapi/Macacu, e está de certa forma interligado, através de afluentes, aos canais do manguezal da APA Guapimirim, que representa o trecho final do gradiente lótico que será discutido na aula de riacho. Assim, notem que devem ser feitas algumas comparações também com a aula de manguezal. Seguir o roteiro para anotações e estudo. A aula prática envolve dois momentos: primeiramente, uma aula sobre a ponte à beira do riacho, que envolve observação de características físicas do ambiente e explicações a respeito do gradiente longitudinal de ecossistemas lóticos, envolvendo seus aspectos físicos, químicos e biológicos, incluindo o Conceito de Rio Contínuo (RCC), espiral de nutrientes e metabolismo da comunidade. Em um segundo momento, cada grupo será acompanhado por um monitor e será feita a prática de reconhecimento de adaptações dos organismos aos diferentes tipos de ambiente do riacho, através de fichas e coleta de material. Roteiro da prática: 1) Após a explicação inicial da professora, observe e anote as seguintes características físicas do local, sempre tendo em mente a comparação com o manguezal: (i) granulação do substrato (ii) largura do rio; (iii) transparência da água; (iv) estrutura e presença de vegetação nas margens; (v) tipo de vegetação nas margens e nível de sombreamento do leito; (vi) formação de meandros; (vii) velocidade da correnteza (estimativa); (viii) presença de micro-hábitats. 2) Responda, dentro do grupo, com ajuda do monitor, às questões colocadas nas fichas que relacionam fauna e hábitat, que serão entregues para cada grupo no momento da prática. 3) Colete, com auxílio de peneira e/ ou picaré, os organismos presentes em diferentes locais do riacho (margem, leito e micro-hábitats variados), e coloque-os no balde para posterior observação. 4) Reconheça, com auxílio do monitor e das pranchas de identificação, cada um dos organismos coletados e identifique suas principais adaptações para as características do local onde habitam. 5) Ao final, reunir com os grupos restantes para discutir os resultados encontrados. 18 Roteiro para estudo: o Descrever e comparar as características observadas (item 1 do roteiro) com aquelas do canal do manguezal da APA Guapimirim; o Marcar nas fichas os organismos coletados e o local em que foram encontrados. Comparar o que foi esperado com o que foi, de fato, encontrado; o Salientar as principais adaptações desses organismos para o tipo de hábitat utilizado; o Citar quais organismos que constavam nas fichas da dinâmica e não foram coletados na prática. Quais as possíveis explicações para essas ausências? o Responder às seguintes questões: o Ao que se devem as diferenças entre as características físicas observadas? o Qual a relação entre os ecossistemas Mata e Rio no trecho observado? o O que é a “espiral de nutrientes”? o Por que se considera que no trecho superior dos rios o metabolismo do sistema é heterotrófico e, no trecho médio, autotrófico? o Pode-se identificar influência antrópica no trecho observado? De que tipo? o Se seu grupo de trabalho fosse contratado para tentar minimizar o impacto antrópico desse trecho, quais ações vocês proporiam? BIBLIOGRAFIA: • Dudgeon, D. (2008). Tropical Stream Ecology. Ed. Elsevier • Vannote, R.L.; Minshall, G.W.; Cummins, K.W.; Sedell, J.R. & C.E. Cushing. (1980). The river continuum concept. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences 37: 130-137. • Townsend, Begon & Harper (2006). Fundamentos em Ecologia - Cap. 4. Ed. Artmed. 19 PRÁTICA DE MATA A Prática de Mata objetiva, num sentido amplo, abordar conceitos, teorias e processos relacionados a florestas tropicais. Especificamente, buscaremos apresentar e entender quais são os fatores, que delineiam o que se entende por uma floresta tropical úmida. O foco está no entendimento de elementos relacionados à ciclagem de matéria, à sucessão ecológica e a características dos organismos. A Mata Atlântica é composta por dois tipos principais de vegetação: a Floresta Estacional Semidecidual e a Floresta Pluvial Atlântica (também chamada de Floresta Ombrófila Densa). A primeira se estende pelo planalto (> 600 m de altitude) ao centro e sudeste do interior do país. A segunda cobre as elevações médias (≤1.000 m de altitude) das encostas orientais da cadeia de montanhas situada ao longo da costa sul ao nordeste brasileiro. Esta floresta cobria uma área de aproximadamente 1,1 milhão de km2, o que corresponde a 12% da superfície do país se estendendo por mais de 3.300 km ao longo da costa entre as latitudes 6 e 30º S. Ela corresponde ao que se chama de Mata Atlântica sensu strictu. Classificações mais amplas incluem as florestas semidecíduas e a Mata de Araucária como domínios da Mata Atlântica. Alternativamente, a vegetação atlântica brasileira pode ser tratada como um complexo de formações incluindo não somente a Mata Atlântica strictu sensu como também mata de araucária, a floresta semidecidual, e o mosaico de vegetações vizinhas abertas que incluem: formações em afloramentos rochosos, áreas pantanosas, florestas secas, manguezais e restingas. Tal classificação torna-se relevante do ponto vista de conservação uma vez que, por situarem-se nas áreas mais populosas do Brasil, estas florestas estão entre as florestas tropicais mais ameaçadas do mundo e estão reduzidas a cerca de 5 % de sua cobertura original. O trecho de Mata Atlântica que estudaremos faz parte da Floresta Ombrófila Densa com um clima úmido e quente sem estação seca. Dentro do contexto da disciplina de Elementos de Ecologia, três pontos serão enfatizados: (i) mudanças temporais na vegetação, (ii) ciclagem de nutrientes, (iii) características dos organismos associadas a cada tipo de ambiente . Protocolo de prática – estrutura da vegetação arbórea em diferentes estádios sucessionais. Em uma das parcelas marcadas, o grupo medirá as seguintes variáveis: - PAP (perímetro à altura do peito = 1,3 m do chão) de todas as árvores a partir de 10cm; - cobertura do dossel Cobertura = NC / TC, onde, NC = número de casas com cobertura