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GIARDIASE RESUMO Parasitologia

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ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 
Layse Melo 
1 
Resumo 
 
 
 
 
Causada pelo protozoário flagelado Giardia 
lamblia conhecida também como duodenalis 
ou ainda intestinalis. 
 
Agente: Giardia lamblia 
Família: Hexamitidae; Gênero: Giardia 
Hospedeiro definitivo: Homem 
Formas evolutivas: Cisto e trofozoíto 
Forma infectante: Cisto 
Transmissão: Contato oral-fecal, ingestão de 
alimentos ou água contaminada por cistos de 
Giardia e também pessoa a pessoa por meio 
das mãos contaminadas. 
Diagnóstico: Cisto ou trofozoíto nas fezes. 
 
Trofozoíto: forma piriforme, simetria 
bilateral, 4 pares de flagelos, ventral (disco 
adesivo), 2 núcleos. 
Cisto: oval ou elipsoide, ausência de disco 
adesivo, 4 flagelos, membrana cística fina, 2 
ou 4 núcleos 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
É um ciclo monoxênico. 
 
1 – A contaminação do hospedeiro ocorre por 
ingestão de alimentos, água ou fômites 
contaminados com cistos viáveis do parasita. 
2 – O desencistamento é iniciado no estômago 
(meio ácido) e termina no duodeno e jejuno 
(um cisto dá origem a dois trofozoítos depois 
da divisão binária e assim por diante – 
reprodução assexuada) 
3 – Colonização do intestino delgado pelas 
formas trofozoítas que se aderem à mucosa 
por meio do disco adesivo 
4 – Encistamento do parasita ocorre 
principalmente na região do ceco (dois 
trofozoítos se juntam para formar um cisto) 
5 – Eliminação do parasito para o meio 
externo ocorre junto com as fezes e podem 
ser viáveis por vários meses 
 
PATOGENIA 
 
É ligada ao trofozoítos. Estes causam 
inflamação da mucosa duodenal causando a 
síndrome da má absorção de proteínas e 
gorduras. 
Formas graves são observadas em pessoas 
sem imunidade ou imunodeficientes. 
 
SINTOMATOLOGIA 
 
A maioria das infecções e assintomática e 
ocorre tanto em adultos quanto em crianças. 
Sintomas mais frequentes: diarreia, mal-
estar, cólicas abdominais, fraqueza e perda 
de peso. 
Sintomas de giardíase crônica: esteatorreia 
(presença de gordura nas fezes). 
GIARDÍASE 
 
ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 
Layse Melo 
2 
Resumo 
DIAGNÓSTICO 
 
- Laboratorial 
Parasitológico de fezes: presença de cistos ou 
trofozoítos (ou ambos) nas fezes. Predomínio 
de trofozoítos nas fezes diarreicas. 
- Clínico 
Em crianças de 8 meses a 10-12 anos, a 
sintomatologia mais indicativa de giardíase e 
diarreia com esteatorreia, irritabilidade, 
insônia, náuseas e vômitos, perda de apetite 
(acompanhada ou não de emagrecimento) e 
dor abdominal. 
Embora os sintomas sejam muito 
característicos, e conveniente a 
comprovação por exames laboratoriais. 
 
 
TRATAMENTO 
 
Os derivados nitroimidazólicos 
(metronidazol, ornidazol, tinidazol e 
nimorazol) são os medicamentos mais 
recomendados para a cura da giardíase. 
 
- Metronidazol: 15 a 20 mg/kg por dia. A 
duração do tratamento é de 5 dias. 
- Tinidazol: 50 a 60 mg/kg de peso corporal, 
por dia, da formulação pediátrica, também 
durante 5 dias. 
- Nimorazol: 25 mg/kg de peso, por dia, 
durante 5 dias. 
- Secnidazol: a dose para adultos e de 2 g, 
em dose única de quatro comprimidos, de 
preferência a noite, tomados em uma das 
refeições. Crianças com menos de 5 anos: 125 
mg, duas vezes em 24 horas, por 5 dias; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causada pelo protozoário Entamoeba 
histolytica. 
Taxonomia 
Família: Entamoebidae 
Gênero: Entamoeba 
Espécie: Entamoeba histolytica 
 
Formas evolutivas: Cisto, pré-cisto e 
Trofozoíto 
Forma infectante: Cisto. 
Localização: Intestino grosso 
Transmissão: ingestão de cistos maduros em 
alimentos (sólidos ou líquidos) ou água 
contaminadas. 
Diagnóstico: Usualmente é feito com fezes, 
soros e exsudatos; retossigmoidoscopia 
quando existir ulcerações; punção do 
abscesso hepático quando existir e não 
responder ao tratamento usual. 
Reprodução assexuada: fissão binária 
 
MORFOLOGIA 
 
a) Trofozoíto 
AMEBÍASE 
 
ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 
Layse Melo 
3 
Resumo 
 
- Contém um núcleo com endossomo ou 
cariossomo central e cromatina periférica. 
- Geralmente apresentam hemácias semi-
digeridas em seu interior, em casos de 
desinteria. 
- Citoplasma: ectoplasma (claro e hialino) e 
endoplasma (granuloso). 
 
b) Pré-cisto 
 
 
 
 
 
 
 
- Fase intermediária entre cisto e trofozoíto. 
- Oval ou arrendodado, menor que o 
trofozoíto; presença de um núcleo. 
 
c) Cisto 
 
 
 
 
 
 
 
- Esféricos ou ovais (10-20 micrômetros) com 
parede cística rígida. 
- Podem conter até 4 núcleos. 
 
 
 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO - Monoxênico 
 
1 – Ingestão de cistos maduros 
2 – Eclosão dos cistos no final do intestino 
delgado ou início do intestino grosso com a 
saída do metacisto (forma que emerge do 
cisto, sofre divisões e dá origem aos 
trofozoítos) 
3 – De cada cisto formam-se oito metacistos 
4 – Os metacistos sofrem divisões dando 
origem aos trofozoítos 
5 – Estes migram para o intestino grosso onde 
se colonizam 
6 - Sob certas circunstâncias, podem 
desprender da parede e, na luz do intestino 
grosso, principalmente no colón, 
transformar-se em pré-cistos 
7 – Em seguida, secretam uma membrana 
cistica e se transformam em cistos. Que são 
eliminados nas fezes normais ou formadas. 
 
CICLO PATOGÊNICO 
Em situações que não estão bem conhecidas, 
os trofozoítos podem invadir a submucosa 
intestinal e se multiplicar (mas não formam 
cisto), ocasionando úlceras e por meio da 
circulação porta podem atingir o fígado, 
pulmão, rim, cérebro ou pele, causando 
amebíase extraintestinal. 
 
ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS 
Layse Melo 
4 
Resumo 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Muito variável: de 7 dias até anos sendo 
bastante difícil de ser determinado. No 
entanto mais comumente situa-se entre 2 a 4 
semanas. 
 
SINTOMATOLOGIA 
- Formas assintomáticas. 
- Formas sintomáticas: 
• Amebíase intestinal: a) forma diarreica; b) 
forma disentérica; c) amebomas; d) 
apendicite amebiana. 
Complicações e sequelas da amebíase 
intestinal: perfuração, peritonites, 
hemorragia, invaginação, colites pós-
disentéricas e estenoses 
• Amebíase extraintestinal. 
- Amebíase hepática: a) aguda não 
supurativa; b) abscesso hepático ou necrose 
coliquativa. 
- Amebíase cutânea. 
• Amebíase em outros órgãos: pulmão, 
cérebro, baço, rim etc. 
• Complicações do abscesso hepático: 
ruptura, infecção bacteriana e propagação 
para outros órgãos. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Usualmente é feito com fezes, soros e 
exsudatos. 
Exame parasitológico de fezes 
- Pesquisa de cistos em fezes consistentes 
- Pesquisa de trofozoítos em diarreia 
 
Imunológico 
- ELISA 
- Contraimunoeletrosforese etc. 
 
*A retossigmoidoscopia e um importante 
método na visualização das ulcerações. 
* A punção do abscesso hepático pode ajudar 
a esclarecer a etiologia da doença, mas o 
encontro do trofozoíto no liquido do abscesso 
é difícil. 
 
TRATAMENTO 
Os medicamentos utilizados no tratamento da 
amebíase podem ser divididos em três 
grupos: 
 
1. Amebicidas que atuam diretamente 
na luz intestinal. 
Dicloracetamidas: Teclosan (100 ou 500 mg), 
Furamida (200 ou 500 mg), Clefamida 
(comprimidos de 250 mg). 
Dosagem adultos: 3 a 6 comprimidos por dia 
durante 5 a 10 dias, a depender do tipo. 
 
2. Amebicidas tissulares (submucosa e 
fígado) 
Nitroimidazóis: metronidazol (25 a 30 mg/kg 
de peso, por dia – 7-10 dias; mais usado para 
amebíase sintomática); Tinidazol (adultos 
via oral 2 gramas por dia de uma vez, durante 
dois dias); Emetina (1 mg/kg de peso por 7 
dias). 
 
3. Amebicidas que atuam tanto na luz 
intestinal quanto nos tecidos. 
Metronidazol, omidazol, secnidazol e 
tinidazol.

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