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GRANDES VIAS AFERENTES

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BMF IV 
GRANDES VIAS AFERENTES 
———————————————————————————————————————--- 
Generalidades 
➔ conceitos 
● vias aferentes: levam aos centros nervosos os impulsos nervosos originados 
no receptores periféricos 
➢ são consideradas cadeias neuronais que unem receptores ao córtex 
● vias reflexas: mais curtas, formadas por fibras, ou colaterais, fazendo sinapse 
com o sistema eferente, fechando arcos reflexos 
➔ elementos 
● receptores 
➢ terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via, são 
especializados para cada modalidade de sensibilidade 
➢ fazem conexão por meios de fibras específicas com uma área 
específica do córtex, permitindo o reconhecimento das diferentes 
formas de sensibilidade (discriminação sensorial) 
● trajeto periférico 
➢ compreende um nervo espinal ou cranial e um gânglio sensitivo 
anexos a esse nervo 
➢ nervos com fibras de funções diferentes, agrupam-se ao acaso 
● trajeto​ ​central 
➢ no trajeto pelo SNC as fibras que constituem as vias aferentes se 
agrupam em feixes (tratos, fascículos, lemniscos), de acordo com 
suas funções 
➢ o trajeto compreende núcleos relés, onde se localizam os neurônios 
(II, III e IV) 
● área​ ​de​ ​projeção​ ​cortical 
➢ no córtex cerebral: as vias permitem a distinção dos diversos tipos de 
sensibilidade, sendo consciente, a cadeia neurona é composta por 3 
neurônios 
1. neurônio I: localiza-se fora do SNC em um gânglio sensitivo 
(ou na retina e mucosa olfatória), é um neurônio sensitivo, 
pseudounipolar, com bifurcação em T do dendraxonio, 
originando um prolongamento central (penetra ao SNC pela 
raiz dorsal nos nervos espinais ou por um nervo craniano)e 
outro periférico (liga-se ao receptor) 
2. neurônio II: localiza-se na coluna posterior da medula ou em 
núcleos (TE), com exceção das vias olfatórias e ópticas, 
originam axônios que cruzam o plano mediano após sua 
origem e entram na formação de um trato ou lemnisco 
3. neurônio III: localiza-se no tálamo e origina um axônio que 
chega ao córtex por uma radiação talâmica (exceção via 
olfatória) 
➢ no córtex cerebelar: quando a via termina no córtex cerebelar, o 
impulso não determina qualquer manifestação sensorial e é utilizado 
pelo cerebelo para realizar sua função primordial de integração 
motora, sendo inconsciente, a cadeia neuronal é composta por 2 
neurônios (curta) 
BMF IV 
➔ processamento​ ​da​ ​informação 
● hierárquica, sendo as informações transmitidas através de uma sucessão de 
regiões subcorticais e corticais 
● a parte da onde se originam os impulsos sensitivos são representadas por 
áreas específicas, assim como na área cortical 
● na sensibilidade somática, as partes do corpo são representadas por áreas 
somestésicas do córtex 
———————————————————————————————————————--- 
Vias Aferentes que penetram no SNC por nervos espinais 
➔ vias de ​dor​ e ​temperatura 
● existem duas vias pelas quais os estímulos de dor e temperatura chegam ao 
cérebro 
➢ neoespinotalâmica​: constituída pela trato espinotalâmico lateral, que 
chega direto no tálamo 
❖ via clássica de dor e temperatura 
❖ cadeia de 3 neurônios 
1. neurônio I: localizam-se nos gânglios espinais situados 
nas raízes dorsais, seu prolongamento periférico se 
liga aos receptores através dos nervos espinais, seu 
prolongamento central penetra na medula e terminam 
no corno posterior, onde faz sinapse com o neurônio II 
2. neurônio II: seus axônios cruzam o plano mediano pela 
comissura branca, ganhando o funículo lateral do lado 
oposto, formando o trato, ao nível da ponte as fibras 
desse trato se unem com as do espinotalâmico anterior 
para constituir o lemnisco espinal, que termina no 
tálamo e faz sinapse com os neurônios III 
3. neurônio III: localiza-se no tálamo, no núcleo ventral 
póstero lateral, seu axônios formam radiações 
talâmicas que pela cápsula interna e coroa radiada 
chegam a área somestésica do córtex cerebral (giro 
pós central - áreas 1, 2 e 3) 
❖ através dessa via chegam ao córtex cerebral impulsos 
originados em receptores térmicos e dolorosos do tronco e 
membros do lado oposto (dor em pontada) 
➢ paleoespinotalâmica​: constituída pelo trato espinorreticular e pelas 
fibras retículo-talâmicas (via espino-retículo-talâmica) 
❖ uma cadeia de neurônios com maior número 
1. neurônio I: localizam-se nos gânglios espinais e seus 
axônios penetram na medula igualmente os da vias de 
dor e temperatura 
2. neurônio II: situam se no corno posterior, seus axônios 
vão ao funículo lateral do mesmo lado e lado oposto, 
quando formam o trato espino reticular, sobe na 
medula e junto ao espinotalâmico lateral terminam 
fazendo sinapse com os neurônios III 
3. neurônio III: localizam-se na formação reticular e dão 
origem às fibras retículo talâmicas que terminam nos 
BMF IV 
núcleos do grupo medial do tálamo (núcleos 
intralaminares - neurônio IV, projetam-se para 
territórios amplos do córtex cerebral, e estão 
relacionadas com a ativação cortical e sensação de dor 
❖ não tem organização somatotópica, assim sendo responsável 
por dor localizada, dor profunda do tipo crônica (dor de 
queimação) 
❖ respondem a estímulo nociceptivo (parte anterior do giro do 
cíngulo e da ínsula) 
❖ envolvido no processamento emocional da dor, a lesão no giro 
elimina a "importância" dada à dor 
➢ diferenças entre via neoespinotalâmica e via paleoespinotalâmica 
 
 
BMF IV 
 
➔ via de ​pressão​ e ​tato​ ​protopático 
● os receptores de tato são tanto os corpúsculos de Meissner como os de 
Ruffini, sendo também receptores as ramificações do axônios em torno dos 
folículos pilosos 
➢ neurônios I: localizam-se nos gânglios espinais, seu prolongamento 
periférico se liga ao receptor e o central divide-se em ramo 
ascendente (longo) e descendente (curto), terminando no corno 
posterior, fazendo sinapse com os neurônios II 
➢ neurônios II: localizam-se no corno posterior da medula, seus axônios 
cruzam o plano mediano na comissura branca, atingem o funículo 
anterior do lado oposto, constituindo o trato espinotalâmico anterior, 
que se une no nível da ponte ao espinotalâmico lateral para formar o 
lemnisco espinal, que contém fibras que terminam no tálamo fazendo 
sinapse com os neurônios III 
➢ neurônios III: localizados no núcleo ventral póstero lateral do tálamo, 
seu axônios formam radiações talâmicas que passam pela cápsula 
interna e coroa radiada, atingindo a área somestésica do córtex 
cerebral, onde chegarão os impulsos originados nos receptores de 
pressão e tato no tronco e membros, tornando-se conscientes já no 
tálamo 
BMF IV 
 
➔ via de ​propriocepção​ ​consciente​, ​tato​ ​epicrítico​ e ​sensibilidade​ ​vibratória 
● os receptores da propriocepção consciente são os fusos neuromusculares e 
órgãos neurotendinosos, já os da sensibilidade vibratória são os corpúsculos 
de Vater Paccini 
➢ neurônio I: localizados nos gânglios espinais, seu prolongamento 
periférico se liga ao receptor e seu central penetra na medula pela 
divisão medial da raiz posterior e se divide em ramo descendente 
(curto) e ascendente (longo - terminam no bulbo fazendo sinapse com 
os neurônios II), ambos situados nos fascículos grácil e cuneiforme 
BMF IV 
➢ neurônio II: localizado nos núcleos grácil e cuneiformes do bulbo, 
seus axônio mergulham ventralmente constituindo as fibras 
arqueadasinternas, cruzam o plano para formar o lemnisco medial, 
terminando no tálamo para fazer sinapse com o neurônio III 
➢ neurônio III: situados no núcleo ventral póstero lateral do tálamo 
originando axônios que constituem radiações talâmicas que chegam a 
área somestésica passam pela cápsula interna e coroa radiada 
➢ 
● o tato epicrítico e a propriocepção consciente permitem ao indivíduo a 
discriminação de dois pontos e o reconhecimento da forma e tamanho dos 
objetos colocados na mão (estereognosia), os impulsos se tornam 
consciência apenas em nível cortical 
 
BMF IV 
 
➔ via de ​propriocepção​ ​inconsciente 
● os receptores são os fusos neuromusculares e órgão neurotendíneos 
situados nos músculos e tendões 
➢ neurônios I: localizam-se nos gânglios espinais, seu prolongamento 
periférico se ligam aos receptores e seu centrais penetram na 
medula, dividindo em ascendente (longo) e descendente (curto), 
terminando fazendo sinapse com o neurônio II no corno posterior 
➢ neurônios II: 
❖ núcleo torácico do corno posterior: originam axônios que vão 
ao funicula lateral do mesmo lado e cruzam para formar o trato 
espinocerebelar posterior, que termina no cerebelo, onde 
penetra no pedúnculo cerebelar inferior 
❖ base do corno posterior e substância cinzenta intermédia: 
seus axônios cruzam o funículo lateral do lado oposto, 
constituem o trato espinocerebelar anterior, penetrando no 
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior, as fibras que 
cruzam na medula cruzam novamente antes de penetrar no 
cerebelo (a via é homolateral) 
➢ 
● os estímulos chegam até o cerebelo 
➔ vias da ​sensibilidade​ ​visceral 
● o receptor geralmente é uma terminação nervosa livre, também podendo ser 
corpúsculos de Vater Paccini na cápsula de algumas vísceras 
● os impulsos nervosos originados nas vísceras são inconscientes, 
relacionados à regulação reflexa da atividade visceral 
● o trajeto periférico dos impulsos vão através de fibras viscerais aferentes que 
percorrem nervos simpáticos ou parassimpáticos 
BMF IV 
● os impulsos relacionados a dor visceral, são propagados por nervos 
simpáticos, fazendo exceção as vísceras pélvicas inervadas pela parte sacral 
do parassimpático 
➢ o impulsos que percorrem os nervos simpáticos passam pelo tronco 
simpático, ganham nervos espinais pelo ramo comunicante branco, 
passam pelo gânglio espinal e penetram na medula pelo 
prolongamento central desses neurônios 
➢ a maioria dos axônios seguem pelo funículo posterior 
➢ as fibras nociceptivas das vísceras pélvicas e abdominais fazem 
sinapse com o neurônio II na substância cinzenta intermediária 
medial, e seus axônios formam fascículos que sobem no funículo 
posterior, medialmente ao grácil, terminando no núcleo grácil do 
bulbo, onde faz sinapse com o neurônio III 
➢ os axônios dos neurônios III cruzam pelo lado oposto como parte do 
lemnisco medial e terminam no núcleo ventral póstero lateral do 
tálamo, onde as fibras seguem a posterior da ínsula 
● a via nociceptiva se originam nas vísceras torácicas e tem o mesmo trajeto 
das originais no abdome e na pelve, mas sobem ao longo do septo 
intermédio que separa o fascículo grácil do cuneiforme 
 
 
 
(REFERÊNCIA: Neuroanatomia Funcional, 3 Edição, Editora Atheneu, 2014, Capítulo 29: Grandes Vias 
Aferentes, MACHADO, Angelo B., HAERTEL, Lucia M." )

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