* Síndromes Mononucleose-símile Causadas principalmente por alguns vírus do grupo dos herpesvírus e pelo Toxoplasma gondii; Existem mais de 40 vírus neste grupo, sendo que 8 causam infecção no homem: citomegalovírus, Epstein-Barr, herpesvírus simples tipo 1 e 2, hespesvírus tipos 6 e 7; Destes, CMV, Epstein-Barr e herpesvírus tipo 6 causam manifestações clínicas mono-like. usuario - Herpesvírus simples tipo 1: gengivoestomatite na primo-infecção; Herpesvírus simples tipo 2: é o herpes genital, na maioria das vezes; Herpesvírus tipo 7: lesões do trato respiratório alto e quadros semelhantes com o exantema súbito na infância. * Síndromes Mononucleose-símile Citomegalovírus: Transmitido por secreções humanas; em crianças, secreções respiratórias; Infecção congênita: geralmente assintomática. Forma grave: icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, microcefalia, coriorretinite, calcificações cerebrais, anemia hemolítica, pneumonite intersticial; Infecção adquirida: maioria assintomática, febre prolongada, astenia e hepato e/ou esplenomegalia. Linfadenopatia e exudato de amígdalas só ocorrem no adulto; usuario - Forma grave da infecção congênita, também chamada de doença da inclusão citomegálica, ocorre em apenas 10% dos RN infectados, porém deixa sequelas na grande maioria das vezes, como surdez, cegueira, retardo menta e paralisia flácida ou espástica. * Síndromes Mononucleose-símile Citomegalovírus: Diagnóstico: demonstração de células grandes com inclusões intracelulares, isolamento do CMV em culturas, anticorpos IgG específicos, PCR. Tratamento: sintomáticos e em caso de infecção congênita grave ou em imunodeprimidos, antivirais como o ganciclovir. usuario - Os antivirais têm eficácia baixa a moderada nas infecções congênitas, pois logo após a retirada da medicação os RN retornam a apresentar viremia. usuario - Encontram-se células com inclusões citomegálicas em fragmentos de tecidos como fígado, rins e pulmões, no sedimento urinário e no lavado gástrico; este método, porém apresenta alto n° de falsos-negativos. * Síndromes Mononucleose-símile Herpesvírus tipo 6: Primo-infecção: febre alta, adenomegalia e exantema macular após a resolução da febre. Existem relatos de encefalites; Diagnóstico: isolamento do vírus de linfócitos do sangue periférico e anticorpos específicos; Tratamento: sintomáticos. * Síndromes Mononucleose-símile Toxoplasmose: Doença de alta infecciosidade e baixa patogenicidade; “Doença das mil faces”: linfadenopatia febril com acometimento do estado geral, hepatoesplenomegalia e linfocitose com forma atípicas. A formas exantemática é pouco comum. Formas raras: miosítica, encefalítica, “gripe-símile”; * Síndromes Mononucleose-símile Toxoplasmose: Diagnóstico: imunofluorescência (teste confirmatório), ELISA, hematoaglutinação, isolamento do protozoário, PCR, tomografia computadorizada e ressonância magnética (encefalite); Tratamento: sintomáticos; nos casos prolongados, em imunocomprometidos e nas infecções congênitas utiliza-se pirimetamina e o trimetropim, sulfadiazina, clindamicina e ác. folínico. Dapsona também é usada. usuario - Ácido folínico é usado para evitar a mielotoxicidade da pirimetamina. * Mononucleose Infecciosa Clássica Também chamada de “febre ganglionar” ou “doença do beijo”, é uma doença aguda infecciosa, de baixa mortalidade e letalidade, causada pelo vírus Epstein-Barr; Está associada com o nível sócio-econômico; Quadro clínico polimorfo: mal-estar geral, astenia, febre, cefaléia, linfadenomegalia cervical indolor e móvel, faringoamigdalite com exudato acinzentado, dor abdominal, hepatoesplenomegalia, exantema, sinal de Hoagland; usuario - Esplenomegalia mais acentuada que a hepatomegalia; Exantema ocorre em 80% dos pacientes com MI que recebem penicilinas; Sinal de Hoagland: edema bipalpebral; Linfadenopatia pode ocorrer de forma generalizada, também. * Mononucleose Infecciosa Clássica Diagnóstico: hemograma → leucocitose (10.000 a 20.000), linfocitose com linfócitos atípicos (>10%), anemia, moderada trombocitopenia; Função hepática → aumento discreto das transaminases e da fosfatase alcalina, hiperuricemia; Sorologias → anticorpos heterófilos e anticorpos antivírus Epstein-Barr; Isolamento do vírus → cultura de saliva ou de céls sanguíneas mononucleares, PCR. * Mononucleose Infecciosa Clássica Tratamento: Repouso relativo no leito por 3 semanas (risco de ruptura esplênica); Em caso de grave comprometimento hepático, tratar como hepatite aguda; Corticosteróides → anemia hemolítica, púrpura trombocitopênica de rápida evolução, obstrução de vias aéreas; Antibióticos: uso controverso, parece haver melhora na faringoamigdalite da MI; Aciclovir: Não altera a duração dos sintomas; Interferon gama: resultados benéficos, devendo ser utilizado nos casos graves. * Paracoccidioidomicose Doença sistêmica de caráter crônico ou subagudo, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis ; P. brasiliensis habita solos úmidos com clima temperado; Rara em crianças, predomina em homens entre 30 a 60 anos; Infecção por inalação; Formas juvenil e crônica; * Paracoccidioidomicose Forma juvenil: evolução rápida, perda de peso, linfadenomegalia, manifestações digestivas, hepatoesplenomegalia, envolvimento osteoarticular e lesões cutâneas; Forma crônica: ocorre em 90% dos casos, progressão lenta, manifestações pulmonares, febre, perda de peso. Diagnóstico: biópsia; Tratamento: anfotericina B, itraconazol, sulfametoxazol + trimetropina. * Doença da Arranhadura do Gato Também chamada de bartonelose, manifesta-se com linfadenopatia regional e dolorosa, de evolução subaguda (semanas) após uma arranhadura ou mordida de gato. Em alguns poucos casos, ocorre linfadenopatia generalizada. É causada pela bactéria Bartonella henselae, que está comumente presente em gatos infestados por pulgas. Cerca de 3 a 5 dias após a arranhadura, surge uma pápula, que evolui para pústula e então crosta, associada a adenopatia localizada, dolorosa, que eventualmente supura, nos linfonodos responsáveis pela drenagem da região arranhada. * Doença da Arranhadura do Gato Caso a doença não seja identificada e tratada, a adenopatia pode persistir por meses. Encefalite, meningite, hepatite e infecção disseminada são formas raras. * Tuberculose Ganglionar Superficial Também chamada de Escrofulose; Forma mais comum da tuberculose extrapulmonar; Quadro clínico: linfadenomegalia (tonsilares e submandibulares) de crescimento lento, inicialmente indolores e livres, evoluindo com coalescência e flutuação, podendo fistulizar, e febre baixa; Diagnóstico: punção aspirativa → histopatológico - granuloma (baciloscopia negativa). usuario - Na criança a TB geralmente é paucibacilar, sendo o diagnóstico presuntivo com base na epidemiologia e na clínica. * Tuberculose Miliar Ocorre por disseminação linfo-hematogênica; Quadro clínico: perda de peso, anorexia, febre persistente, hepatoesplenomagalia, linfadenopatia generalizada, poucos sinais respiratórios, pode ocorrer acometimento do SNC; Diagnóstico: difícil, isolamento do bacilo. * Tuberculose Tratamento: prolongado, com vários esquemas de acordo com a situação clínica do paciente; Tratamento para casos novos, sem tratamento anterior: 1ª fase (2 meses) → Rifampisina, Isoniazida e Pirazinamida; 2ª fase (4 meses) → Rifampisina e Isoniazida. * Conclusão SÍNDROME MONONUCLEOSE - SÍMILE!