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DIREITO INTERNACIONAL

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DIREITO INTERNACIONAL I
Fontes do Direito Internacional
Definição: Documentos/pronunciamentos de que emanam direitos e deveres dos
sujeitos do Direito Internacional - escrita/não escrita - função de declarar os direitos
e deveres dos Estados e Organizações.
Ex: leis negociáveis, leis costumais
CIJ: Corte Internacional de Justiça - Órgão da ONU - Tribunal - Específico para os
Estados apenas - Estatuto da Corte Internacional: princípios que regem quais são
os deveres da Corte
CPJI: Corte Permanente de Justiça Internacional (antes)
Artigo 38 do Estatuto da CIJ - São as fontes básicas que a Corte utiliza.
Ex aequa et bono - seguro, justo e correto.
Artigo 38
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias
que lhe forem submetidas, aplicará:
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam
regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o
direito;
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos
juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a
determinação das regras de direito.
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão
ex aequo et bono, se as partes concordarem com isto.
De
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Corte-Internacional-de-Justi%C3%A7a/estatuto-da-corte-internaci
onal-de-justica.html>
Fontes do Direito Internacional Público
Convenções Internacionais: Acordos formais escritos por Estados ou organizações
internacionais e celebrado entre as partes que assinaram e concordaram com as
regras estabelecidas
Costume Internacional: Documento não escrito mas costuma ser respeitado pelos
demais daquele mesmo ambiente. Baseado em dois requisitos: objetivo (prática
geral e constante pelos sujeitos) e subjetivo (aquilo que é aceito por todos como
sendo um direito)
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Corte-Internacional-de-Justi%C3%A7a/estatuto-da-corte-internacional-de-justica.html
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Corte-Internacional-de-Justi%C3%A7a/estatuto-da-corte-internacional-de-justica.html
Os Princípios Gerais do Direito: Normas dotadas de generalidade, são valores que
vão nortear a criação e interpretação de determinada norma jurídica. Ex: da ampla
defesa, do devido processo legal, da irredutibilidade salarial, entre outros
Litígio - caso judiciário
O artigo tem como função de sistematizar os acordos
A Corte tem obrigação de utilizar essas fontes para julgar um caso
Normas produzidas pelos atores estatais
"Nações civilizadas" mostra a visão eurocêntrica do CPJI (contexto histórico: 1GM,
fim das colonizações)
Apenas é uma enumeração funcional
IMP: Não há uma hierarquia entre os elementos, ou seja, não há uma prioridade a
ser seguida (igual importância)
Costume Internacional
Prática reiterada de atos jurídicos dos Estados
Críticas ao direito consuetudinário --> eurocêntrico / lento
Consuetudo est servanda! = costume é vinculativo
Hábito + Opinio iuris = Costume (Direito
Costumeiro/Consuetudinário)
Material Imaterial
objetivo + subjetivo
concreto psicológico
Opinio iuris: convicção de que há obrigatoriedade criando um costume (de que é um
direito ou de necessidade - criação de um hábito para uma sociedade funcionar)
Comissão do DI
Tratado - ato jurídico, escrito, expressão do acordo de vontades, entre dois ou mais
sujeitos de DI
outros nomes: protocolos, compromissos, entre outros
Princípios Gerais do Direito
Muito vaga
Difícil de caracterizar
Nações civilizadas: antes da 1GM, missão civilizadora e euro centrismo
Evitar o non liquet - "não está claro"
"Princípios universalmente admitidos na legislação dos povos civilizados" - Anzillotti
Se aceitos pela opinião juris = costume
Decisões judiciárias
Meio auxiliar
Se entende: Tribunais internacionais, Tribunais arbitrais internacionais, Tribunais
nacionais, Tribunais das OIS
Doutrina
Juristas importantes - opinião
Instituto de direito internacional - 1873
Comissão de direito internacional - ONU
Equidade
Norma ex aequa et bono
Influência do direito romano
Função: adaptação ao direito existente ou afastar o direito positivo a critério do juiz
Meio supletivo para preencher as lacunas do direito positivo
Resoluções emanadas das OIS não consta no artigo 38
Efeito jurídico obrigatório na ordem interna da OI
Importantes no processo de formação do costume
Na ordem internacional tem valor obrigatório quando: carta constitutiva da OI
reconhece o tal valor , Resolução é objeto de acordo
Atos unilaterais dos Estados
Direito dos Tratados
Negociação - Órgãos negociadores - Tipo de texto produzido - Manifestação de
consentimento
Entrada em vigor - Efeito - Alterações - Extinção
Mais tratados multilaterais no século XX - Insuficiência do direito
costumeiro/Amplificação do acervo normativo - Movimento de constitucionalização/
Direitos dos tratados no quadro DI e Direito Constitucional
Entrada das OIs
● Codificação do direito dos tratados nesse âmbito
● Convenção de Viena sobre Direito dos tratados em vigor desde 27/01/1980
(1ºcodificação)
● Convenção de Viena sobre Tratados Estados e OIs ou entre OIs não está em
vigor
Conceito
● Acordo formal
● Entre pessoas do DI
● Destinado a produzir efeitos jurídicos
Classificação por números de partes
● Bilateral
● Multilateral
Pessoas habilitadas a agir em nome do Estado
● Chefe do Estado/governo (ex: rainha da Inglaterra)
● Plenipotenciários (ex: ministro de relações exteriores, não precisa de
autorização específica)
● Delegações nacionais (ex: delegação do Brasil na ONU, precisa de
autorização)
Estrutura do tratado
● Preâmbulo (introdução, referência de assuntos anteriores ou o assunto do
documento, etc)
● Dispositiva (parte dos artigos)
● Anexos (eventualmente) -
Expressão do consentimento → Assinatura → Vigência Imediata/ Vigência Mediata
→ Ratificação → Com Prazo/Sem Prazo
Características
Assinatura
● Põe termo a uma negociação
● Estado-signatário
● Possui um sentido político
Ratificação
● Ato internacional de governo
● Estado-parte
● Possui um sentido jurídico
● Ato unilateral
● Expressão definitiva da vontade de obrigar-se
● Irretratável
Irretratabilidade:
Mesmo antes da entrada em vigor
Denúncia unilateral possível, com algumas condições
Porque: boa-fé, segurança das RI
Estado-membro
● Estado juridicamente vinculado a um tratado constitutivo de uma OI (falando
de uma organização internacional)
Estado-parte com o exemplo do Brasil no acordo de Paris
Manifestação da ratificação → Comunicação formal à outra parte/ Depositário
Adesão/Aceitação
● Um Estado não assinou o tratado, mas quer fazer parte e se torna
posteriormente Estado-membro ou Estado-parte
● Estabelece um vínculo jurídico
Reserva
● É um ato unilateral do Estado
● Por meio do qual ele afeta/modifica a aplicação de uma disposição
● Em relação a ele mesmo
● Manda uma demanda informativa para os demais
Reserva Impossível
● Impossibilidade pelo tratado
● Só determinadas reservas
● Reserva incompatível com objeto e finalidade do tratado
Silêncio do tratado
● Reserva é possível se for compatível com objeto e finalidade do tratado
Vícios do consentimento → desobediência ao direito público interno → violação
manifesta/Regra de importância fundamental
→ erro, dolo, corrupção sobre o negociador
→ coação sobre o Estado
Condições de validade do tratado
● Capacidade das partes
● Habilidade dos agentes
● Consentimento mútuo
● Objeto lícito e possível
Efeitos dos tratados
Efeitos sobre as partes Efeito terceiros No tempo
Integrar ordens nacionais - direitos/deveres - emendas
e internacionais - violação
Extinção do tratado
● O fim da vigência do tratado
Direito Internacional e Direito Interno
A conduta dos Estados é elemento principal para a formação e a aplicação das
normas (conduta se exprime seja por atos ou omissões)
A dificuldadedo juiz diante de caso concreto, consiste em optar por uma das duas
correntes, em caso de conflito entre lei interna (direito interno) e tratado em vigor
(direito internacional)
Direito internacional e direito interno são dois ordenamentos independentes,
estanques, ou dois ramos de mesmo sistema jurídico???
Direito Internacional e Direito Interno
Uma vez que o tratado está ratificado, ele entra no ordenamento interno
Ratificação no DI --> Vínculo Jurídico --> Aplicação no Direito Interno
Normas de Direitos Internacionais - Norma do Direito Interno
Ordenamento jurídico internacional - Ordenamento jurídico interno
Em caso de conflito: qual irá prevalecer? Conflitos entre norma interna e norma
internacional
As duas teses são igualmente aceitáveis, mas o primado do direito internacional
deve ser acolhido por motivos práticos.
Monismo:
Dois ramos de mesmo sistema jurídico
Unidade sistemática
Direito é uma coisa só (há uma norma superior)
Segunda tese: Monista - parte do princípio de norma superior, pois o direito é um
só, quer se apresente nas relações de um Estado, quer nas relações internacionais.
Levam dois caminhos distintos: primado do direito internacional e primado do direito
interno
Dualismo:
Dois ordenamentos distintos
Necessita reprodução, transformação
Independência e distinção entre os dois ordenamentos
Primeira tese: Dualista - considera os dois sistemas distintos, independentes e
separados. O direito internacional depende da vontade comum de vários Estados e
o direito interno dependem da vontade unilateral do Estado
Dualismo
Ordenamento internacional
Estabelece relações entre Estados
Seu fundamento é a vontade de vários Estados
Ordenamento interno
Estabelece relações entre indivíduos (autoridade é de um Estado só)
Seu fundamento é vontade de um Estado
Consequência
Transformação dessas normas
Devem passar por um filtro para virar uma norma interna
Monismo
Norma superior - Ordenamentos internos Consequência: Recepção
- Ordenamento internacional
Há uma comunicação dentro da norma superior para se tornar um só
Correntes do monismo
Primado do Direito Internacional - unidade resulta do próprio DI
Primado do Direito Interno- uma forma de negação do DI, DI=Direito Estatal Externo
Princípio da primazia do DI
É princípio reconhecido, do direito internacional, que, nas relações entre potências
contratantes de tratado, as disposições de lei interna não podem prevalecer sobre
as do tratado
Ratificação --> Vínculo jurídico --> Obrigação de conformar o D. Interno com o
DI --> Impossibilidade --> Procedimentos do DI
Conv. Viena sobre Direito dos Tratados 1969- Ratificação do Brasil 2009
Art.27: "Uma parte não podia invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado"
A recepção pelo D. Interno indefere do DI
Interno pode definir como receber a norma internacional
Recepção das normas internacionais pelo Brasil
Assinatura - Executivo
Aprovação - decreto legislativo
Ratificação - executivo
Promulgação - decreto presidencial
Publicação - diário oficial da União
Direito Constitucional prevalece Direito Internacional menos os direitos humanos
Ordinário com o direito internacional = o internacional prevalece

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