é fato decorrente da ação humana, voluntária e lícita, praticada com a intenção de obter um resultado jurídico. Para o ato jurídico ser considerado válido ele requer vontade livre, agente capaz, objeto lícito e forma não proibida em lei. Capacidade dos contratantes: Todo negócio jurídico pressupõe agente capaz. Agente capaz para o contrato é, em geral, aquela pessoa, física ou jurídica, apta para a realização do negócio jurídico. Porém, há necessidade de diferenciarmos a capacidade para prática dos atos da vida civil, da capacidade para prática de determinados atos, ou seja, legitimação. Podemos citar como exemplo o casamento entre irmãos. Ambos são pessoas maiores e capazes para os atos da vida civil, mas, há a incapacidade específica para contrair casamento entre eles, isto é, há impedimento legal. "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br 04 Trata-se, no caso, não de incapacidade genérica, mas de uma inaptidão específica que mantém o agente incapaz neste tipo de contrato (casamento é contrato de natureza familiar). Orlando Gomes diz que a pessoa pode ser plenamente capaz de exercer os atos da vida civil, mas está proibida de praticar alguns atos em virtude da posição em que se encontra relativamente ao objeto. Objeto do contrato: Todo negócio jurídico há de ter um objeto que é prestação, que não deve ser confundida com a coisa em que a prestação se especializa. Essa prestação, ou objeto, é constituído por fato humano, uma atuação do sujeito passivo em contrapartida com a atuação do sujeito ativo, ou seja, quem compra deve pagar o preço e quem vende deve entregar a coisa. Esta é a ação humana. Pode acontecer dessa atividade humana se materializar na coisa em si, como ocorre nos contratos de compra e venda de bem imóvel, por exemplo, mas mesmo nessa hipótese não deve ser confundido o objeto da obrigação contratual com a coisa sobre a qual incide a obrigação. Necessário também que o objeto seja lícito, possível e determinável. Se o objeto da prestação, recebido pelo credor, em virtude de contato comutativo (prestação e contraprestação), tem defeito oculto (vício redibitório), que o torna impróprio ao uso a que é destinado ou lhe diminui o valor, ou se dele vem a ser privado em virtude de sentença que reconheça o direito de outra pessoa sobre esse bem, a eficácia do contrato estará comprometida. Se o objeto for impossível, a obrigação não será suscetível de cumprimento. Essa impossibilidade pode ser física ou jurídica. A impossibilidade é física quando o contratante não tem condições de realizá-la. Por exemplo, contratar os serviços de cirurgia plástica com um engenheiro civil ou contratação de pessoa muda para cantar. Será jurídica a impossibilidade se encontrar obstáculo no ordenamento jurídico, por exemplo, contratar a transferência de herança de pessoa viva. Se o sujeito passivo deve o que é impossível de realização, em verdade nada deve. É nula a obrigação. E como saber da possibilidade material do objeto contratado? O requisito da possibilidade está no dar, fazer e não fazer da obrigação pactuada. As prestações importarão na entrega de uma coisa, na efetivação de um serviço, na abstenção de um fato expressamente descrito entre outros. O objeto do contrato recai sobre um bem econômico, coisa ou serviço, o qual, por meio desse mesmo contrato torna-se matéria de aquisição, alienação, fruição, garantia, etc. Se esta impossibilidade for concomitante à formação do contrato, à constituição do vínculo, o negócio jurídico nem se forma, ele é inexistente ou nulo. Já, se for superveniente, gerará efeitos que variarão de acordo com o grau dessa impossibilidade. O credor poderá exigir o cumprimento da obrigação por outra pessoa (impossibilidade relativa), salvo os casos de obrigação personalíssima, ou, requerer desconto no preço, e por fim, resolver o contrato em perdas e danos (impossibilidade absoluta). "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br 05 O objeto da obrigação contratual também deve ser lícito, tanto à vista do que a lei proíbe quanto ao que repugna a moral e os bons costumes. Podemos citar como exemplo dívida contraída, no Brasil, em função de jogo de pôquer em cassino, ou dívida constituída em aposta de rinha de galos. Esse tipo de prestação contratual não pode ser exigida porque o objeto da prestação é considerado ilícito. E por último, o objeto da obrigação deve ser determinável ou determinado pelo gênero, espécie, quantidade e pelas características individuais. Caso não seja possível determinar o objeto no nascimento do contrato, poderá ser determinável em seu curso, por ato dos sujeitos ou de terceiros, por exemplo, a contratação da compra de cinco cavalos da raça Manga-larga, os quais poderão ser escolhidos pelo comprador, ou vendedor, ou ainda, por uma terceira pessoa escolhida por eles. Nos contratos da Bolsa Mercantil de Futuros também o objeto não é de pronto determinado, mas ao vencer o prazo poderá ser determinado. O que não pode ocorrer é a indefinição definitiva, pois aí estaremos diante de um contrato sem objeto, o que torna a obrigação contratual ineficaz. Consentimento: O consentimento é um dos elementos constitutivos do contrato. A palavra consentimento pode ser usada não só para exprimir o acordo de vontades na formação bilateral do negócio jurídico contratual, como também sinônimo de vontade de cada parte do contrato. Porém, não se deve esquecer que, com relação aos contratos, as vontades que o formam correspondem a interesses contrapostos, um quer vender e outro quer comprar. Forma: Muito embora para os contratos vigore o princípio da forma livre, em alguns casos é exigida por lei certa formalidade e solenidade que é da substância do ato; se não cumprido esse requisito o contrato será declarado nulo. Por exemplo, a celebração de escritura de compra e venda de imóvel de valor superior ao legal, nos pactos antenupciais, nas adoções. A forma determinada na lei existe para aqueles atos e negócios nos quais a lei, ou a vontade das partes, queira imprimir maior respeito e garantia de validade. A manifestação da vontade contratual pode ocorrer também na forma verbal ou até mesmo por gestos, como acontece nos leilões: o sinal do dedo levantado pode significar o lanço no leilão. Prova dos contratos: Segundo Sílvio Salvo Venosa, "prova é o meio de que o interessado se vale para demonstrar legalmente a existência de um negócio jurídico". É mais utilizada no direito processual. "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br