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UFRJ 1 Tema 2: Mercado de energia elétrica Heloisa Teixeira Firmo hfirmo@poli.ufrj.br 2562-7991 25000 30000 35000 40000 45000 50000 55000 00:00 02:30 05:00 07:30 10:00 12:30 15:00 17:30 20:00 22:30 D ia T íp ico D ia 2 6 / 0 6 B rasil x Turquia D ia 17/ 0 6 B rasil x B elg ica MW Hora Início do jogo Início do 2º tempo Término do jogo Término do 1º tempo Rampa de 7.305 MW em 18 min Rampa de 3.207 MW em 09 min Qua. Qua. Curvas de carga jogos do Brasil X Turquia e Brasil X Bélgica UFRJ 4 Mercado(demanda): potência e energia UFRJ 5 Mercado Consumidor de energia elétrica 1 - Tipos de consumidores. 2 - Características básicas dos mercados. 3 - Parâmetros quantificadores do mercado. 4 - Curva representativa. 5 - Mercados interligados. 6 - Projeção da demanda. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 6 1 - Tipos de consumidores. Residenciais, casas; Comerciais – lojas (horário comercial de funcionamento – varia conforme o consumidor); Públicos – prédios públicos, iluminação nas ruas; Cada tipo de consumidor tem um comportamento, um perfil de consumo. A maneira como se comportam defina as características básicas do mercado; Indústrias; Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 7 1 - Tipos de consumidores. Indústrias – o ideal seria funcionar 24 horas por dia. O consumidor industrial precisa de energia 24 h/dia no máximo de suas máquinas, a não ser que haja ociosidade. Indústria de alumínio - 80% do alumínio é energia elétrica; Indústria de eletrointensivos – têm incentivos fiscais do governo porque têm altíssimo consumo energético. Como são grandes empresas, pagam bem suas contas, são empresas boas para terem concessões. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 8 1 - Tipos de consumidores. Ex: Volta Redonda – na década de 40, Getulio fez uma das maiores siderúrgicas do mundo, a CSN. Aquela cidade, antes residencial e comercial, passou a ter altíssimo consumo de energia. As características básicas de consumo de Volta Redonda foram alteradas. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 10 Mercado Consumidor de energia elétrica 1 - Tipos de consumidores. 2 - Características básicas dos mercados. 3 - Parâmetros quantificadores do mercado. 4 - Curva representativa. 5 - Mercados interligados. 6 - Projeção da demanda. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 11 Mercado Consumidor de energia elétrica 2 - Características básicas dos mercados Quantificando a demanda, podemos quantificar a oferta. “Mercado estruturado pela demanda “ → energia elétrica . A concessionária tem que fornecer a energia para o consumidor. Não se aceitam falhas. A presença da energia elétrica aumenta a qualidade de vida das pessoas, permite a chegada da informação aos lugares. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 12 Mercado Consumidor de energia elétrica 2 - Características básicas dos mercados Demanda: potência média requerida no consumo de energia durante uma hora. Demanda máxima – maior demanda do dia. Demanda média – demanda média no dia. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 13 Mercado Consumidor de energia elétrica 1 - Tipos de consumidores. 2 - Características básicas dos mercados. 3 - Parâmetros quantificadores do mercado. 4 - Curva representativa. 5 - Mercados interligados. 6 - Projeção da demanda. Mercado (demanda) de energia elétrica UFRJ 14 Mercado Consumidor de energia elétrica 3 - Parâmetros quantificadores do mercado. Fator de carga = demanda média 0,55 no Sudeste Demanda máxima Mercado (demanda) de energia elétrica http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/18618/18618_5.PDF 15 http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/18618/18618_5.PDF UFRJ 16 Mercado (demanda) de energia elétrica http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/18618/18618_5.PDF UFRJ 17 Mercado (demanda) de energia elétrica http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/18618/18618_5.PDF UFRJ 18 Mercado (demanda) de energia elétrica http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/18618/18618_5.PDF UFRJ 19 Mercado Consumidor de energia elétrica 4 - Curva representativa. Curva de carga diária (pode ser mensal) Mercado (demanda) de energia elétrica Qua. Curva de carga : residencial e industrial. Horário de verão 2008/2009. Fonte: http://www.ons.org.br/download/sala_imprensa/ONS_NT-016-2009.pdf Fonte: http://www.ons.org.br/download/sala_imprensa/Boletim%20Especial%20-%2020120217.pdf UFRJ 24 Heloisa Teixeira Firmo hfirmo@poli.ufrj.br 2562-7991 Tema 2 – Mercado de energia elétrica – Oferta: UHE´s Reservatórios 25 26 UFRJ 27 Sumário 1. Bibliografia. 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. 3. Características de uma usina hidrelétrica. 4. Cálculo do volume de um reservatório. 5. Critérios básicos de arranjos. UFRJ 28 1. Bibliografia INTERNET Site da Eletrobras, do MME, do ONS, ABRH etc Usinas Hidrelétricas, Gerhard P. Schreiber Manuais ELB (Inventário, PCH, Viabilidade) site Eletrobras UFRJ 29 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à sua principal utilização em termos da curva de carga: UHE de base: quando ela é acionada para atender à demanda na base da curva de carga. UHE de ponta: quando ela é acionada para atender à demanda na ponta da curva de carga UFRJ 30 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização do reservatório: UHE a fio d´água: quando as vazões de estiagem do rio são iguais ou maiores que a descarga necessária à potência a ser instalada para atender à demanda máxima prevista. A usina a fio d'água, não possui reservatório com dimensões que lhe permitam grandes regularizações, porém ela pode fazer regularizações em nível horário e diário. UFRJ 31 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização do reservatório: UHE com regularização: quando as vazões de estiagem do rio são inferiores à necessária para fornecer a potência para suprir a demanda máxima do mercado consumidor e ocorrem com risco superior ao adotado no projeto. Regularização de reservatórios pode ser semanal, mensal, semestral, anual, plurianual, etc. . UFRJ 32 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização (potência, vazão, queda) do reservatório: UHE com regularização: Regularização de reservatórios pode ser: semanal; mensal; semestral; anual; plurianual, etc. . UFRJ 33 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Quanto à capacidade de regularização (potência, vazão, queda) do reservatório: Da regularização para vazão constante resulta, muitas vezes, produção total maior que a alcançada pela regularização a potência constante. Porém , a produção é inconstante e a potência disponível cai em muitas regiões do país, principalmente em épocas de secas, quando em geral a demanda é maior, de modo que a geração garantida é menor e a produção ocasional, gerada principalmente no tempo das enchentes, com reservatório cheio, tem valor muito menor, mesmo que possa ser vendida. 34 http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/palestras/2009_04_ 02_COPPEAD.pdf 35 http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/palestras/2009_04_ 02_COPPEAD.pdf UFRJ 36 MWmed: Megawatt médio - 1 MWmed = 8.760 MWh/ano (energia média no intervalo de tempo considerado) MWmês: Megawatt mês - 1 MWmed = 720 MWh/mês (medida de armazenamento) MW Médio = Megawatt Médio = ∑ cargas de demanda de energia em determinado tempo / correspondente período de tempo (carga de energia) (relatórioanual de sustentabilidade, 2009, Eletrobras) http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/publicaco es/dados_relevantes_2009/09-Siglas-e-Unidades-de- Medidas-Utilizadas.html 37 http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/palestras/2009_04_ 02_COPPEAD.pdf 38 http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/palestras/2009_04_ 02_COPPEAD.pdf UFRJ 39 http://www.ons.org.br/download/biblioteca_virtual/palestras/2009_04_ 02_COPPEAD.pdf UFRJ Ertan Tarbela Nam Ngum Akosombo/Volta Bakun Grand Coulee Kedung Ombo Cabora Bassa Victoria Ataturk Tehri Aswan High Yacyreta Ghazi Barotha Pak Mun Narmada Sagar Kainji Khao Laen Three Gorges Nam Theun 2 Mangla Kopienga Belo Monte Complexo Madeira Balbina Sobradinho Ilha Solteira Tucurui Itaipu 0,1 1 10 100 1000 1 10 100 1000 ha/MW As se nt ad os /M W Internacional Nacional Interferências Socioambientais Adaptado do Banco Mundial Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ fonte: ONS 134 % 30 % UFRJ 1. Drástica redução da capacidade de armazenamento dos reservatórios das novas hidrelétricas; 2. Redução de área inundada sem redução da potência a ser instalada; 3. Destroem a vantagem comparativa das usinas hidrelétricas; 4. O equilíbrio do mercado interno de energia se dará contratando majoritariamente usinas térmicas convencionais mais caras e carbonizando a matriz elétrica; 5. Freio à competitividade da cadeia produtiva nacional. Contribui para a exportação de investimentos, empregos e aumento das importações de insumos intermediários (não ferrosos, aço, celulose, químicos e petroquímicos, abrasivos, refratários, fertilizantes e capazes de hoje assumir a inserção do Brasil numa era pós-industrial); 6. Necessidade de construção usinas adicionais – hidrelétricas ou térmicas – custos mais altos, tarifas ainda mais elevadas E MENOR EFICIÊNCIA AMBIENTAL GLOBAL. Desvantagens Potenciais – Fio d’água. Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ Vazões Ambientais (1) Vazão mínima em cada mês (necessária para não reduzir o tamanho do habitat); (2) Máxima vazão durante a estiagem (necessária para interromper a ligação entre a lagoa A e o trecho de rio B e para secar área inundável E no trecho de rio F, ou expor os bancos de areia); (3) Mínima vazão de cheia (necessária para estabelecer ligação entre o trecho de rio C e a lagoa D, reconhecido berçário da espécie X); (4) Pequenas cheias no início do verão sincronizadas com os eventos chuvosos. Lagoa (A) Trecho de rio (B) Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ 1. Fluxos ambientais adequados (vazão ambiental - hidrograma ecológico prescrito ); 2. Redução de poluição; 3. Controle de atividades fluviais tais como a pesca e recreação; 4. Manutenção e recuperação de áreas de preservação permanente (faixa de proteção e matas de galeria) lindeiras ao reservatório e em toda bacia incremental à montante e à jusante; 5. Estabelecimento de objetivos ecológicos específicos (considerando toda a interferência antrópica na bacia hidrográfica e não apenas da UHE); 6. O enfoque em fluxos ambientais desenquadrados dificilmente trará bons resultados e pode até alienar as comunidades; 7. Algumas necessidades de vazão dos ecossistemas não serão atendidas; 8. Incompatibilidades entre usos humanos e o hidrograma ecológico prescrito podem ser bastante diferentes ao longo dos trechos do rio ou da bacia e ao longo do tempo Sistema Fluvial Salubre Fonte: Palestras Decio Michellis UFRJ 1. Geração de energia durante a estiagem (uso humano) x vazões baixas durante a estiagem (hidrograma ecológico); 2. Atenuação de grandes cheias para evitar inundações em cidades (uso humano) x cheias para inundar planícies e conectar lagos marginais (hidrograma ecológico); 3. Atenuação de pequenas cheias no início do período úmido para recuperar o armazenamento em reservatórios (uso humano) x necessidade de pequenas cheias que atuam como gatilhos para disparar processos ecológicos como a migração (hidrograma ecológico); 4. Retirada de água durante a estiagem para irrigação (uso humano) x necessidade de água no rio durante a estiagem (hidrograma ecológico); 5. Flutuações de alta frequência na vazão turbinada de uma usina para atender demanda de pico (uso humano) x necessidade de estabilidade da vazão (uso ecológico); 6. Necessidade de níveis (e vazões) altos durante a estiagem para a navegação (uso humano) x vazões baixas durante a estiagem (hidrograma ecológico); Vazões Ambientais - Conflitos Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ 7. Necessidade de liberar vazões para criar volume de espera em reservatórios de uso múltiplo x vazões baixas durante a estiagem (hidrograma ecológico). 8. Os vários usos de recursos fluviais em competição são feitos à custa de outros usuários e ecossistemas aquáticos a jusante. 9. Conciliar as necessidades aquáticas com outros usos de água significará frequentemente decidir quais dos usuários terão que ceder para priorizar as necessidades desses ecossistemas. 10. Significa a renúncia a benefícios líquidos relativos à geração de energia. Os ecossistemas aquáticos a jusante e os usuários de água arcarão com os custos associados a essas escolhas. 11. O ambiente pode não receber todos os seus requerimentos ecológicos aquáticos e os usuários de água podem precisar fazer mudanças onerosas em seus hábitos, por exemplo, melhorar a eficiência aquática. 12. Quando se manipula o fluxo regulado para fornecer fluxos ambientais, haverá inevitavelmente custos tanto para os usuários outorgados como os não- usuários. Vazões Ambientais - Conflitos Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ 1. Perda de receita que gera uma perda adicional de rentabilidade e déficit operacional de caixa exigindo maior aporte de capital próprio para fazer frente ao serviço da dívida a serem financiados por empréstimos de curto prazo. 2. O tempo de retorno sobre o capital dos investidores é dilatado; 3. Indisponibilidade da energia contratada e sobrecusto de recontratação de fornecimento da energia não produzida; 4. Os investidores podem incorrer em rentabilidade abaixo do seu custo de capital. 5. Os empreendedores interessados em participar da expansão da infraestrutura serão obrigados a aumentar sua remuneração (spread de risco) para fazer frente ao acréscimo de risco devido às restrições impostas, podendo causar o efeito inverso àquele vinculado por força de lei ao agente regulatório, qual seja, a busca de modicidade tarifária. Alteração nas regras operativas de deplecionamento dos reservatórios Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ Fonte: Palestras Decio Michellis , 2011. UFRJ 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 jan /95 jul/ 95 jan /96 jul/ 96 jan /97 jul/ 97 jan /98 jul/ 98 jan /99 jul/ 99 jan /00 jul/ 00 jan /01 jul/ 01 jan /02 jul/ 02 jan /03 jul/ 03 jan /04 jul/ 04 jan /05 jul/ 05 jan /06 jul/ 06 jan /07 jul/ 07 jan /08 jul/ 08 jan /09 Meses MW mé dio s Geração Hidrelétrica Geração Termelétrica Mercado Fonte do gráfico: FMASE Complementaridade térmica e a carbonização da matriz elétrica Fontes ALTERNATIVAS RENOVÁVEIS não são "despacháveis“ "Podemos fingir o quanto quisermos, mas, cedo ou tarde, a conta sempre chega". Alexandre Schwartsman Fonte: Palestras Decio Michellis , 2011. UFRJ 1. Criar mais valor com menos impacto ambiental por meio do conceito de ecoeficiência, reduzindo o consumo de recursos naturais (renováveis ou não) e o impacto sobre a natureza; 2. Avaliação de impactos sinérgicos e cumulativos da hidreletricidade na matriz elétrica, na definição de uso da terra e nas prioridades ambientais, assim como objetivospara redução da pobreza e crescimento econômico; 3. Definição e defesa sobre quais custos sociais devem ser arcados pelos empreendedores e quais devem ser de responsabilidade do governo (déficits de investimentos públicos); 4. Explicitar o papel da hidreletricidade (com reservação) no desenvolvimento de fontes renováveis de energia: fornecer um produto flexível e confiável que suporta outros sistemas menos flexíveis na matriz elétrica; 5. Reservatórios com regularização (abandono das UHEs a fio d´água) como “seguro” às mudanças climáticas (aumento do intemperismo e ocorrências de eventos críticos) para amortecer frentes de cheia e estocagem para as secas (menor despacho de termelétricas); 6. Obs: opinião compartilhada por diversos profissionais, inclusive Jerson Kelman (UFRJ, 2011). Fatores de competitividade socioambiental das hidrelétricas Fonte: Palestras Decio Michellis, 2011. UFRJ 52 2. Tipos de usinas hidrelétricas. Quanto ao modo de criar o desnível: - usina de represamento: a barragem represa o rio efetuando a concentração do desnível e a casa de força se encontra diretamente ao pé da barragem; - usina de desvio: da barragem sai um canal aberto, ou um túnel adutor ou uma tubulação, que conduz a água à chaminé de equilíbrio e desta às turbinas, na casa de força, por tubulações forçadas ou por túnel forçado; - usina de derivação: a barragem represa um rio e a água é conduzida por um canal ou túnel para a encosta ou vale de outro rio, onde são construídos a chaminé de equilíbrio, a tubulação forçada e a casa de força. UFRJ 53 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de represamento: a barragem represa o rio efetuando a concentração do desnível e a casa de força se encontra diretamente ao pé da barragem. Aproveitamento com tomada d’água e casa de força integrados na mesma estrutura (UHE Esperança) . Fonte: Manual inventário, Eletrobras. UFRJ 54 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de represamento: o arranjo das usinas de represamento depende da altura da barragem e da topografia local. Usinas com baixa queda, inferior a 20 m, antes raras no Brasil, agora mais frequentes. O represamento não aumenta muito a seção transversal do rio e, por isso, durante as enchentes, a velocidade da água é relativamente grande, provocando trubilhonamento. Exemplo: UHEs Canoas I e II pois foram as primeiras, no Brasil, a utilizar turbinas do tipo bulbo, próprias para baixas quedas (ambas possuem quedas no entorno de 15 m). UFRJ 55 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Exemplo: UHE Porto Colômbia (desenhar no quadro: vert. TA, muro de transição, flexão no eixo para evitar vórtices e evitar diminuição na energia gerada). Foi construída para aproveitar o alto grau de regularização de descargas, promovido pelo reservatório da Usina de Furnas. A usina de Porto Colômbia é a única hidrelétrica de baixa queda no Sistema FURNAS, aproximadamente 20m, um tipo raro no Brasil. UHE Porto Colombia 320 MW http://www.furnas.com.br/ UHE Porto Colombia 320 MW http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/cpfm/hidreletrica_colomb ia.htm UFRJ 58 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de desvio: da barragem sai um canal aberto, ou um túnel adutor, ou uma tubulação, que conduz a água à chaminé de equilíbrio (ou não) e desta às turbinas, na casa de força, por tubulações forçadas ou por túnel forçado. UFRJ 59 . Exemplo: Aproveitamento Hidrelétrico de Ponte de Pedra explora uma •queda líquida de projeto de 243,25 m ; •vazão de projeto de 80,7 m3/s do rio Correntes; •potência instalada final de 176,1 MW Situa-se no rio Correntes, divisa entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. UFRJ 60 . Exemplo: Aproveitamento Hidrelétrico de Ponte de Pedra O eixo do barramento está localizado a cerca de 8,0 km a noroeste da sede municipal de Sonora, a aproximadamente 1,0 km a montante do local denominado “Sumidouro”, onde o rio Correntes desaparece completamente, passando a constituir-se em um rio subterrâneo que volta a surgir na superfície do terreno a cerca de 330,0 m a jusante . 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. . http://www.ppesa.com.br/oprojeto.htm UFRJ 62 . http://www.quata.com.br/ . Contendo as fissuras Nesta foto a 1400 metros de profundidade, a tubulação de ar esta fechada (o ventilador que manda ar para dentro do túnel parou inesperadamente) e os trabalhadores foram retirados imediatamente, UFRJ 64 . . . UFRJ 67 . UFRJ 68 . UFRJ 69 . UFRJ 70 . . UFRJ 72 2. Tipos de aproveitamentos hidrelétricos. Usina de derivação: a barragem represa um rio e a água é conduzida por um canal ou túnel para a encosta do vale de outro rio, onde são construídos a chaminé de equilíbrio, a tubulação forçada e a casa de força. Exemplo: http://wikimapia.org/1008670/pt/Usina-hidrelétrica-Derivação- do-Rio-Jordão 73 http://www.ppgcc.ufpr.br/dissertacoes/d0111.pdf UFRJ 74 3. Características de uma UHE. Estudos energéticos: viabilidade econômica de uma UHE – despesas anuais com juros do capital investido, custo da operação , manutenção e encargos administrativos X Renda proporcionada com a venda da energia Potência = cte * H * Q (estudos hidrológicos, otimização projeto, equipamentos etc) UFRJ 75 3. Características de uma UHE. Potência instalada – somas das potências dos geradores, máxima potência gerada na UHE. Potência firme correspondente a 95 % de permanência ; garantida 95% do tempo (risco de déficit 5%). UFRJ 76 3. Características de uma UHE. Antes de construir, estima-se Fator de capacidade = potência firme Potência instalada Com a UHE em operação: Fator de capacidade= potência média anual gerada Potência instalada Fator de reserva = potência instalada UHE Demanda máxima mercado UFRJ 77 3. Características de uma UHE. UHE de base: trabalha em geral, ininterruptamente. Exemplo: nucleares, hidrelétricas a fio d’água (Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira). UHE de ponta: garante nos horários de ponta . Por exemplo, termelétricas a gás e hidrelétricas com grandes reservatórios. UFRJ 78 3. Características de uma UHE. A seguir, serão apresentados alguns gráficos dos tipos de usinas versus potências disponíveis e demandas para um mercado isolado. UHE a Fio d´água Dmáx <= P mín 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % tempo Po tê nc ia Potência Dmáx FA p mín UHE com regul. Dmax < Pmed 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % tempo Po tên cia (M W) Potência Dmáx P med p mín UHE com regul. Máx. Dmáx = P méd 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Potência Dmáx P med p mín UHE com máx regul. e complementação por outra fonte de energia (Dmáx > Pméd) 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % tempo Po tên cia (M W) Potência Dmáx P med p mín UFRJ 83 4. Cálculo do volume de um reservatório. Se apenas para geração hidrelétrica: Barragem e cálculo do volume útil (Rippl , vazão máxima regularizável). UFRJ 84 4. Cálculo do volume de um reservatório. Dimensionar o volume dos reservatórios de com finalidades múltiplas •Abastecimento urbano e agrícola•controle de nível d’água e cheias •geração hidrelétrica •recreação e lazer •piscicultura e aquicultura •navegação UFRJ 85 Volume Morto Altura para evitar arraste de sedimentos na tomada d’água Submergência mínima da tomada d’agua Volume útil de regularização Compensação de perdas Controle de cheias (espera) Amortecimento de cheias Ondas, recalque e etc 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 86 •Métodos Simplificados - diagramas de massa (Rippl) •Métodos de Otimização (programação linear e dinâmica) •Métodos de Simulação 4. Cálculo do volume de um reservatório. D ia g ra m a d e M a ss a s 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0 0 3 0 0 0 0 4 0 0 0 0 5 0 0 0 0 6 0 0 0 0 7 0 0 0 0 8 0 0 0 0 9 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 9 7 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 A n o V o lu m e ( h m ³) Q m e d = 1 2 6 3 9 m ³/s UFRJ 88 Métodos de Simulação tttttt LEDQZZ 1 Balanço Hídrico P = Probabilidade de Falha 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 89 Série História de Vazões Afluentes 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1970 1980 1990 2000 An o Q m ³/s UFRJ 90 Método da Otimização •Maximizar a Função F=Qf •sujeito às restrições: Qf<Qdem Vres>Vmin •Equação do balanço de massa: Vi+1=Vi-(Qaf-Qf).t 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 91 Perdas por Evaporação Evaporímetros medição direta Transferência de massa Equações empíricas Balanço hídrico 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 92 Volume Morto O reservatório funciona como bacia de detenção de sedimentos As águas saem claras do reservatório 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 93 Tipos de depósito no reservatório Depósito de remanso Delta - depósito de margem – depósito de leito Depósito de várzea ou planície de inundação 4. Cálculo do volume de um reservatório. Exemplos de depósitos UFRJ 95 Volume de Controle de Cheias Volume de Espera (conflito com geração e abastecimento) Volume de Amortecimento de Cheias (routing) 4. Cálculo do volume de um reservatório. UFRJ 96 Rounting de Reservatórios Admite reservatório horizontal Translação instantânea da onda de cheia Equação da Continuidade V V Qe Qs ti i 1 * 4. Cálculo do volume de um reservatório. Resultados 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 Tempo (h) Va zã o (m ³/s ) 733.00 735.00 737.00 739.00 741.00 743.00 745.00 747.00 749.00 751.00 Qa (m³/s) Qe (m³/s) NA (m) UFRJ 98 Otimização do Volume de Espera Geração x Controle de Cheia UFRJ 99 4. Cálculo do volume de um reservatório: questões ambientais. http://www.amazonia.org.br/arquivos/26382.doc UFRJ 100 5. Critérios básicos de arranjos. Manual de inventário. Critérios básicos para arranjos: Nos vales mediamente encaixados, onde a relação entre o comprimento da crista do barramento e sua altura máxima for menor do que 10 e onde a rocha de fundação estiver próxima da superfície, a solução preferencial deve corresponder à barragem de terra ou enrocamento com o vertedouro e tomada de água encaixados nas ombreiras, adjacentes à barragem . 10 H L Ensecadeira Túnel de desvio Vertedouro Barragem Casa de força Tomada de água Arranjo típico em vale medianamente encaixado: UHE Foz do Areia. Fonte: Manual Inventário ELB. UFRJ 102 Critérios básicos para arranjos: Nos vales menos encaixados: o vertedouro e o circuito de geração devem ser implantados adjacentes um ao outro, concentrando as obras de concreto junto a uma das ombreiras. o desvio, normalmente, é feito por adufas na estrutura do vertedouro, após uma primeira fase realizada mediante uma constrição do leito do rio. o fechamento do vale é então completado por barragens de terra ou enrocamento, conforme a disponibilidade de materiais de construção, em um ou ambos os lados das estruturas de concreto. 5. Critérios básicos de arranjos. Manual de inventário. Casa de Força Barragem Vertedouro Canal de fuga Eclusa Barragem Arranjo típico em vale aberto (UHE Tucuruí) Fonte: Manual Inventário ELB. UFRJ 104 Critérios básicos para arranjos: Nos vales estreitos em que, por razões topográficas ou geológicas, não for possível encaixar as estruturas do circuito de geração e do vertedouro nas ombreiras, ou então nos casos em que as obras da usina e do vertedouro abranjam mais de 80% da largura do vale na cota da crista do barramento, o fechamento deve ser completado com barragem de concreto tipo gravidade. Nos casos de vales muito encaixados, o desvio pode ser feito por meio de túneis e, numa segunda etapa, através do vertedouro, por meio de adufas. 5. Critérios básicos de arranjos. Manual de inventário. Barragem Tomada de água Vertedouro Casa de força Arranjo típico em vale estreito: UHE Yoshida. Fonte: Manual Inventário ELB. UFRJ 106 Critérios básicos para arranjos: Os vertedouros devem ser, sempre que possível, de superfície, preferencialmente controlados por comportas tipo segmento. Normalmente, não devem ser considerados vertedouros de emergência no inventário — tipo fusível ou outros — visando reduzir a capacidade requerida dos órgãos de descarga de cheia. A utilização de vertedouros de fundo somente deve ser considerada se condicionamentos de jusante requererem descargas em condições que não possam ser atendidas pelo descarregador de superfície. 5. Critérios básicos de arranjos. Manual de inventário. UFRJ 107 Critérios básicos para arranjos: O conjunto adução, casa de força e canal de fuga deve ser definido procurando-se reduzir o comprimento do circuito hidráulico como um todo, minimizando o trecho sujeito às pressões mais altas. Se as características topográficas e geológicas indicarem a possibilidade de estruturas total ou parcialmente subterrâneas, esta solução deve ser cotejada economicamente com a solução a céu aberto . Considerar hipótese de transposição de águas para outro rio (usina de derivação). 5. Critérios básicos de arranjos. Manual de inventário. UFRJ 108 Coleta e análise de dados: Cartografia: imagens de satélites, radar, fotografias aéreas, mapas e plantas, apoio geodésico e topográfico; Hidrometeorologia e Sedimentologia: séries de descargas diárias líquidas e sólidas e dados meteorológicos — precipitação, vento, insolação, temperatura, etc. — das estações já existentes na bacia, com dados confiáveis e período de registro suficientemente longo , verificar estudos anteriores; Geologia e Geotecnia condições de fundação e materiais naturais de construção a serem utilizados nos estudos dos sítios dos barramentos; Meio Ambiente; Outros Usos da água: verificar a compatibilidade e atualidade dos planos setoriais e integrados disponíveis, visando a elaboração de cenários para a utilização da água na bacia 5. Critérios básicos de arranjos. Manual de inventário. UFRJ 109 A seguir... Circuito hidráulico de geração. Um circuito hidráulico de geração pode ser composto das seguintes estruturas: canal /conduto de adução; tomada d’água; conduto adutor; chaminé de equilíbrio; conduto ou túnel forçado; casa de força; e canal ou túnel de fuga.
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