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CCJ0009-WL-PA-26-T e P Narrativa Jurídica-Novo-34117

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Título 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
13 
Tema 
Fundamentação simples. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Diferenciar casos concretos simples de casos concretos complexos; 
- Redigir diferentes intróitos para a fundamentação simples das peças processuais; 
- IdenƟficar os argumentos que devem compor a estrutura da fundamentação simples; 
- Redigir todos esses argumentos, inclusive os já produzidos no encontro anterior. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Fundamentação simples 
1.1. Argumento pró-tese 
1.2. Argumento de oposição 
1.3. Argumento de autoridade 
2. Diferentes Ɵpos de intróito 
3. Coesão e coerência textuais aplicadas ao texto jurídico argumentaƟvo: noções elementares 
Aplicação Prática Teórica 
A fundamentação simples é aquela em que a subsunção do fato à norma mostra-se suficiente para resolver o caso concreto. Na verdade, os casos concertos 
simples são aqueles cuja fundamentação pode ser realizada apenas com um argumento pró-tese, um argumento de autoridade e um argumento de oposição. 
Os casos concretos complexos exigem estrutura argumentativa muito mais elaborada, a qual somente será trabalhada em Teoria e  PráƟca da Argumentação 
Jurídica. 
O argumento pró-tese caracteriza-se por ser extraído dos fatos reais conƟdos na narraƟva. Deve ser o primeiro argumento a compor a fundamentação 
simples. A estrutura adequada para desenvolvê -lo seria: Tese + porque + e  também + além disso. Cada um desses elos coesivos introduz fatos disƟntos favoráveis 
à tese escolhida. 
O argumento de autoridade é aquele consƟtuído com base na legislação, na doutrina, na jurisprudência e/ou em pesquisas cienơficas comprovadas. 
O  argumento de oposição apóia-se no uso dos operadores argumentativos concessivos e adversativos, essa estratégia permite antecipar as possíveis manobras 
discursivas que formarão a argumentação da outra parte durante a busca de solução jurisdicional para o conflito, enfraquecendo, assim, os fundamentos mais 
fortes da parte oposta. 
Compõe-se da introdução de uma perspectiva oposta ao ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-a como uma possibilidade  de conclusão 
para, depois, apresentar, como argumento decisório, a perspectiva contrária. 
  
TEXTO 
Mãe da menina defende o marido, denunciado por turistas em Fortaleza 
FORTALEZA. Um italiano de 40 anos foi preso em flagrante, na Praia do Futuro, em Fortaleza, depois se ser denunciado  por um casal de turistas de Brasília 
por beijar a filha, de 8 anos, na boca. Os denunciantes, de 70 e 75 anos de idade, disseram que o italiano, que estava ao  lado da mulher, acariciou partes íntimas da 
menina. 
O estrangeiro, acusado de pedofilia e estupro, argumentou que deu apenas um “selinho” na boca da filha e fez carinhos, como qualquer pai, enquanto 
brincava com ela na piscina da barraca. A  mulher dele, que é brasileira, confirmou na delegacia que tinha sido um carinho comum entre pai e filha. 
Mesmo assim, o delegado plantonista José Barbosa Filho, da 2ª Delegacia, de Aldeota, optou por fazer o flagrante com base na nova lei que equipara 
abuso a estupro. O gerente da barraca, Heitor  Batista, disse que o italiano foi advertido por um funcionário, a pedido do  casal de Brasília, antes que a polícia fosse 
chamada. 
O advogado Flávio Jacinto Silva, contratado para defender o italiano, acusa o delegado de ter registrado o flagrante porque estava com pressa para se livrar 
logo do assunto e ir embora. O casal de turistas teria dito aos policiais na praia que o homem estaria praticando atos libidinosos com a menina. Na delegacia, as 
testemunhas disseram que, além de beijar a menina na boca, o italiano teria pegado nas partes íntimas dela. O advogado afirma que o pai apenas pegou na “parte de 
cima do  biquíni da filha”. 
Advogado diz que na Europa é hábito dar “selinho”. 
O italiano foi preso por crime de  estupro de vulnerável, artigo 217-A da nova lei que trata dos crimes contra a  dignidade sexual. Na Delegacia de Combate à 
Exploração de Crianças e do Adolescente (Dececa), a delegada Ivana Timbó tomou o depoimento da menina. Segundo o advogado, a criança disse que os selinhos 
são comuns em sua casa e que beija o pai dessa forma diariamente. 
O advogado disse que a família mora na Itália e passava férias de 15 dias no Brasil. A mulher, segundo ele, está em pânico e em estado de choque com a 
prisão do marido. 
— Filhos e pais se cumprimentam com um  selinho. Isso é habito na Europa; no Brasil é que ainda não é — disse ele. 
 O advogado argumenta ainda que os carinhos do pai na filha ocorreram em local público, e isso demonstra que não havia outro tipo de intenção por parte 
do italiano. 
— A barraca em que eles estavam é uma das mais populares da Praia do Futuro, onde as famílias vão com seus filhos. Todo mundo vê a piscina, é 
ambiente público, aberto. Não tem nenhum delito — argumentou. 
Novas testemunhas devem ser ouvidas  antes do prazo de dez dias para a conclusão do inquérito. O italiano está preso na carceragem da 2ª Delegacia. 
Segundo o investigador Eli Miranda, o estrangeiro — que trabalha na Itália e passa as férias no Brasil — frequenta a mesma barraca há 12 anos. 
— A lei realmente é boa e oportuna. É abominável se conviver com a exploração de quem não pode se defender — disse a delegada Ivana. 
      
Se julgar pertinente, recorra às fontes: 
Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.  
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
Violação sexual mediante fraude 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
  
Questão 
Produza a fundamentação simples para o caso concreto. O texto deverá conter Intróito, argumentos pró-tese, de autoridade, de oposição e conclusão. 
Observação: sabemos que são vários os tipos de intróito, por exemplo, “explanação de ideia inicial”, “enumeração”, “localização do fato no tempo e no 
espaço”, “exemplificação”, “retomada histórica” etc. Produza aquele que entender mais adequado para o caso, considerando-se a temática e a tese que escolheu. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Estácio de Sá Página 1 / 2
Título 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
13 
Tema 
Fundamentação simples. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Diferenciar casos concretos simples de casos concretos complexos; 
- Redigir diferentes intróitos para a fundamentação simples das peças processuais; 
- IdenƟficar os argumentos que devem compor a estrutura da fundamentação simples; 
- Redigir todos esses argumentos, inclusive os já produzidos no encontro anterior. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Fundamentação simples 
1.1. Argumento pró-tese 
1.2. Argumento de oposição 
1.3. Argumento de autoridade 
2. Diferentes Ɵpos de intróito 
3. Coesão e coerência textuais aplicadas ao texto jurídico argumentaƟvo: noções elementares 
Aplicação Prática Teórica 
A fundamentação simples é aquela em que a subsunção do fato à norma mostra-se suficiente para resolver o caso concreto. Na verdade, os casos concertos 
simples são aqueles cuja fundamentação pode ser realizada apenas com um argumento pró-tese, um argumento de autoridade e um argumento de oposição. 
Os casos concretos complexos exigem estruturaargumentativa muito mais elaborada, a qual somente será trabalhada em Teoria e  PráƟca da Argumentação 
Jurídica. 
O argumento pró-tese caracteriza-se por ser extraído dos fatos reais conƟdos na narraƟva. Deve ser o primeiro argumento a compor a fundamentação 
simples. A estrutura adequada para desenvolvê -lo seria: Tese + porque + e  também + além disso. Cada um desses elos coesivos introduz fatos disƟntos favoráveis 
à tese escolhida. 
O argumento de autoridade é aquele consƟtuído com base na legislação, na doutrina, na jurisprudência e/ou em pesquisas cienơficas comprovadas. 
O  argumento de oposição apóia-se no uso dos operadores argumentativos concessivos e adversativos, essa estratégia permite antecipar as possíveis manobras 
discursivas que formarão a argumentação da outra parte durante a busca de solução jurisdicional para o conflito, enfraquecendo, assim, os fundamentos mais 
fortes da parte oposta. 
Compõe-se da introdução de uma perspectiva oposta ao ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-a como uma possibilidade  de conclusão 
para, depois, apresentar, como argumento decisório, a perspectiva contrária. 
  
TEXTO 
Mãe da menina defende o marido, denunciado por turistas em Fortaleza 
FORTALEZA. Um italiano de 40 anos foi preso em flagrante, na Praia do Futuro, em Fortaleza, depois se ser denunciado  por um casal de turistas de Brasília 
por beijar a filha, de 8 anos, na boca. Os denunciantes, de 70 e 75 anos de idade, disseram que o italiano, que estava ao  lado da mulher, acariciou partes íntimas da 
menina. 
O estrangeiro, acusado de pedofilia e estupro, argumentou que deu apenas um “selinho” na boca da filha e fez carinhos, como qualquer pai, enquanto 
brincava com ela na piscina da barraca. A  mulher dele, que é brasileira, confirmou na delegacia que tinha sido um carinho comum entre pai e filha. 
Mesmo assim, o delegado plantonista José Barbosa Filho, da 2ª Delegacia, de Aldeota, optou por fazer o flagrante com base na nova lei que equipara 
abuso a estupro. O gerente da barraca, Heitor  Batista, disse que o italiano foi advertido por um funcionário, a pedido do  casal de Brasília, antes que a polícia fosse 
chamada. 
O advogado Flávio Jacinto Silva, contratado para defender o italiano, acusa o delegado de ter registrado o flagrante porque estava com pressa para se livrar 
logo do assunto e ir embora. O casal de turistas teria dito aos policiais na praia que o homem estaria praticando atos libidinosos com a menina. Na delegacia, as 
testemunhas disseram que, além de beijar a menina na boca, o italiano teria pegado nas partes íntimas dela. O advogado afirma que o pai apenas pegou na “parte de 
cima do  biquíni da filha”. 
Advogado diz que na Europa é hábito dar “selinho”. 
O italiano foi preso por crime de  estupro de vulnerável, artigo 217-A da nova lei que trata dos crimes contra a  dignidade sexual. Na Delegacia de Combate à 
Exploração de Crianças e do Adolescente (Dececa), a delegada Ivana Timbó tomou o depoimento da menina. Segundo o advogado, a criança disse que os selinhos 
são comuns em sua casa e que beija o pai dessa forma diariamente. 
O advogado disse que a família mora na Itália e passava férias de 15 dias no Brasil. A mulher, segundo ele, está em pânico e em estado de choque com a 
prisão do marido. 
— Filhos e pais se cumprimentam com um  selinho. Isso é habito na Europa; no Brasil é que ainda não é — disse ele. 
 O advogado argumenta ainda que os carinhos do pai na filha ocorreram em local público, e isso demonstra que não havia outro tipo de intenção por parte 
do italiano. 
— A barraca em que eles estavam é uma das mais populares da Praia do Futuro, onde as famílias vão com seus filhos. Todo mundo vê a piscina, é 
ambiente público, aberto. Não tem nenhum delito — argumentou. 
Novas testemunhas devem ser ouvidas  antes do prazo de dez dias para a conclusão do inquérito. O italiano está preso na carceragem da 2ª Delegacia. 
Segundo o investigador Eli Miranda, o estrangeiro — que trabalha na Itália e passa as férias no Brasil — frequenta a mesma barraca há 12 anos. 
— A lei realmente é boa e oportuna. É abominável se conviver com a exploração de quem não pode se defender — disse a delegada Ivana. 
      
Se julgar pertinente, recorra às fontes: 
Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.  
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
Violação sexual mediante fraude 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
  
Questão 
Produza a fundamentação simples para o caso concreto. O texto deverá conter Intróito, argumentos pró-tese, de autoridade, de oposição e conclusão. 
Observação: sabemos que são vários os tipos de intróito, por exemplo, “explanação de ideia inicial”, “enumeração”, “localização do fato no tempo e no 
espaço”, “exemplificação”, “retomada histórica” etc. Produza aquele que entender mais adequado para o caso, considerando-se a temática e a tese que escolheu. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Estácio de Sá Página 2 / 2

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