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EAE 0203 - Noturno - 1° semestre de 2011 25 de fevereiro de 2011 Professor Ricardo A. Madeira Prova de Cálculo (1) No plano cartesiano (912), encontre a equação da reta que passa por (2,3) e é paralela à reta que passa pelos pontos (5,4) e (1,6). 91(, (2) Ache os intervalos nos quais t é crescente/decrescente, os intervalos abertos em que [ é côncava/convexa e as coordenadas x de todos os pontos de inflexão. (a) [(x) = x2 - 5x + 6 (b) [(x) = (x + 2)3 &. G) r cada parte, esboce uma curva contínua y = [(x) com as propriedades indicadas. ~ a [(2) = 4,['(2) = O,["(x) > Ovx. .b [(2) = 4,[" (x) < Opara x 1= 2 e limX->2+ f' (x) = +00, limX->2- f' (x) = -00. I] j (5) Para a função [(x,y) = x3 + 3xy2 + 3y2 - 15x + 2 encontre os pontos críticos e determine sua natureza (máximo, mínimo ou ponto de sela). Encontre também a equação da curva de nível correspondente a [ = 10. !:Jt( (6) Para a equação F(x,y,z) = zyx + x2zy2 + y3z - 42 = O, encontre :~ quando (x,y,z) = ( ~- (1,2,3). . 1 2 (7) Encontre os valores de x e y que maximizam a função [(x, y) = x3"y3"sujeita à condição ,<:"'1"\ 3x + 2y = 2sJMostre que para tais valores de x e y a condição dy = - ~é verdadeira. I dx 2I ~lem disso, verifique como o valor ótimo da função [(x, y) reage a um relaxamento da I1 restrição (dica: a restrição 3x + 2y = 25 pode ser expressa de forma genérica comog(x, y) = b. Um relaxamento da restriçãe significa um a;tm.ento de b. Desta forma, encontredf(x*,y*) 1. I., di J /. J, /J). li) JUJ/1 J. IA ·/f· II/eu Ae t e'(" .tc. o I.' /1 _"i!} A,,,J ..I ·b ./W{ "<. '" v( " .,,,7...,,I,{;U,) J I . / . l) 1>~ ~ ~\ :- cL\(, \ cl->" 'C~" ,,~, •.'é: , çfl 1 EAE 0203 - Notumo - r semestre de 2011 25 de fevereiro de 2011 Professor Ricarde A. Madeira Resolução da Prova de Cálculo (1) No plano cartesiano (iR2), encontre a equação da reta que passa por (2,3) e é paralela à reta que passa pelos pontos (5,4) e (1,6). Como as retas são paralelas, elas possuem a mesma inclinação. Por isso, primeiro acharemos a inclinação da reta que passa por (5,4) e (1,6). Isso é feito resolvendo o sistema: {a + 5b == 4a+b=6 Onde a denota o intercepto e b o coeficiente angular. Subtraindo a primeira equação do sistema da segunda, obtemos: b = -0,5. Para acharmos a reta pedida, basta encontrar seu intercepto c: y = c - O,5x. Usando o ponto (2,3), temos 3 = c - 0,5(2) ~ c = 4. Portanto, a reta pedida é y = 4 - 0,5x. (2) Ache os intervalos nos quais f é crescente/decrescente, os intervalos abertos em que fé côncava/convexa e as coordenadas x de todos os pontos de inflexão. (a) f(x) = x2 - 5x + 6 Para avaliar a inclinação de uma função olhamos para sua derivada primeira. f'(x) = 2x - 5 f' (x) == O ~ x = 2,5 f'(x) > O ~x > 2,5 f'(x) < O ~ x < 2,5 Assim, f é decrescente em (-00,2,5) e crescente em (2,5, +00). Para avaliar a concavidade de uma função olhamos para sua derivada segunda. f"(x) == 2, que é maior que zero para todo x no domínio de f. Desta forma, f é globalmente ~ o vexa (convexa em (-00, +00)). não tem pontos de inflexão. J Complemento: O ponto em que f' (x) = O trata-se de um mínimo. Isso pode ser visto de duas formas: pela derivada segunda e pelas derivadas primeiras nos pontos ao redor de x = 2,5. (b) f(x) = (x + 2)3 f'(x) = 3(x + 2)2 f'(x) = O ~ x = -2 f'(x) > O ===? X =1= -2 f é crescente em (-00, +00). f"(X) = 6(x + 2) f"(x) > O ~ x> -2 f"(x) < O~x <-2 f é côncava em (-00,-2) e convexa em (-2,+00). O ponto (-2,0) é ponto de inflexão. Isso pode ser visto de duas formas: pela mudança de sinal da derivada segunda, que é negativa antes do ponto e positiva depois; também podemos ver que (-2,0) é ponto de mínimo de f'(x), indicando que a taxa de crescimento de f primeiro é decrescente e depois se toma crescente. t '\IYIí Il~Yn", 'rí\t'x,,\\r,(J (3) Em cada parte, ~boce um a co tínua y = f(x) com as propriedades indicadas. (a) f(2) = 4,f'(2) = O, "(x) > x. C0YV \ C' \j,>\ 2 2 (b) feZ) = 4,f"(x) < Opara x "* Z e lirnX-+2+ f'(x) = +oo,lirnX-+2- f'(x) = -00 . .~ cQWJ \J >\ -'.:t ~ 4 2 I I (4) U(XlJ ... ,XN) = exp(Lf=l aí ln x.). Calcule ;~ie a::::X/ i"* j. Primeiro, note que U(Xl,···,XN)= exp(t ai1nXi) = eL~lailnxí = eallnxleazlnxz ... eaNlnxN L=1 = elnxlulelnxzuz elnxNuN = X alx az X aN... 1 2 ... N Portanto, (5) Para a função f(x,y) = x3 + 3xy2 + 3y2 - 15x + 2 encontre os pontos críticos e determine sua natureza (máximo, mínimo ou ponto de sela). Encontre também a equação da curva de nível correspondente a f = 10. Os pontos críticos são pontos nos quais as derivadas primeiras são nulas ou f é não diferenciável. Como a função f(x, y) é sempre diferenciável, vamos procurar os pontos com derivadas nulas. Ix = 3x2 + 3y2 - 15 = O~ x2 + y2 = 5 fy = 6xy + 6y = O =} y(x + 1) = O Se x = -1, Y = ±2 resolvem o sistema; se y = O, x = ±..f5 também resolvem o sistema. Portanto, temos quatro pontos críticos: (-1,2), (-1, -2), (JS,O), (-JS, O). Condição de segunda ordem: {xx = 6x; {yy = 6x + 6; {Xy = {YX = 6y Matriz hessiana: [6X 6Y]H(x,y) = 6y 6x + 6 Temos que avaliar a matriz hessiana em cada um dos quatro pontos críticos para determinar de que tipo são. [-6 12]H(-l,2) = 12 O det[H(-l,2)] = -144 < O (-1,2) é ponto de sela H(-l,-2) = L~t2-~2J det[H(-l,-2)] = 144> O Sendo o determinante positivo, devemos olhar o sinal de {xxC -1,-2), que é negativo, indicando que (-1, - 2) é ponto de máximo. H(-J5, O) = [6.J5 O] O 6..J5+ 6 det[H(J5,O)] == 260 > O i:(v'5, O) > O H(-VS, O) = [-6.J5 O· ] O -6...Js+ 6 det[H(VS, O)] == 99 > O i:(--[5, O) < O ( ...;s, O) é ponto de mínimo. (--./5, O) é ponto de máximo. Curva de nível correspondente a { = 10: y= -x3 + 15x + 8 3x+3 (6) Para a equação F(x,y,z) = zyx + x2zy2 + y3z - 42 = O, encontre :~ quando (x,y,z) = (1,2,3). Repare que a equação acima satisfaz o teorema da função implícita, ou seja, a função F possui derivadas parciais contínuas Fy, Fx e Fz; e no ponto (1,2,3), a equação é satisfeita e Fy *' O.Desta forma, existe um função implícita y = f (x, z) e podemos calcular a derivada parcial pedida usando a regra da função implícita õy Fx (zy + 2xzy2) ox = - Fy = - zx + 2x2zy + 3y2z No ponto (x,y, z) = (1,2,3), ay 30 -=-- ax 51 Caso você não se lembrasse da regra da função implícita, era possível calcular :~ usando a regra da cadeia Como y = {(x, z), ao derivarmos os dois lados de F(x, y, z) = Oem relação a x, obtemos: aF aF + aF ay = O => ay = _ ax àx õy õx õx oF oy 3 4 1 2 (7) Encontre os valores de x e y que maximizam a função [(x, y) = x"3y"3sujeita à condição 3x + 2y = 25. Mostre que para tais valores de X e y a condição dy = _! é verdadeira.dx 2 Além disso, verifique como o valor ótimo da função [(x, y) reage a um relaxamento da restrição (dica: a restrição 3x + 2y = 25 pode ser expressa de forma genérica como g(x, y) = b. Um relaxamento da restrição significa um aumento de b. Desta forma, encontre d!(X*.y*\ db Para maximizar uma função sujeita a uma restrição podemos usar o método do multiplicador de Lagrange. Pelo método, devemos montar a função de Lagrange ou Lagrangeano L(l,x, y): 1 2 L(1,x,y) = x'3y'3 + 1(25 - 3x - 2y) E em seguida procedemos como se a otimização fosse não condicionada e encontramos (1, x, y) que maximizaL(1,x,y). Condição de primeira ordem: LÃ = 25 - 3x - 2y ;:: O 1 2 2 L = - X -'3y'3 - 31 = Ox 3 2 1 1t;= "3 x'3y -'3 - 21 ;:: O Isolando o 1 nas duas últimas equações e igualando-os: 1221111 1= g-x3"y'3 = 3"x"3y-"3 ~ 3"Y = X Substituindo x na restrição (ou primeira equação da condição de primeira ordem): 1 25 25 = 33" y + 2y = 3y => y* =3 Portanto, X* =.! 25 = 25 3' 3 9 Para encontrarmos dy podemos usar a regra da função implícita. dx a[ dy ãX 1 Y . -= --= --.- (c)dx õ] 2 x Oy Repare que, no ótimo, a equação [(x, y) - [tx", y*) = O define implicitamente y = B(X). E tal equação atende ao teorema da função implícita [(x* I y*) é a função [(x, y) avaliada no seu ponto de máximo. Repare também que f(x,y) = f(x*,y*) é uma curva de nível e a partir dela podemos, no caso presente, isolar y, obtendo: 3 [(x*,y*)"Z Y = 1x"Z 5 Essa função pode ser derivada em relação a x para obtermos: 3 dy 1 (fCX*, y*))2 " dx=-Z' x eu) Fazendo (x, y) = (:5, 235), obtemos a partir das expressões (i) e (ii) o mesmo resultado: dy 3 -=-- dx 2 Vale citar que, em (ii), temos que fazer mais contas, sendo mais computacionalmente eficiente usar a regra da função implícita, O último item pedido na questão, verificar como o valor ótimo da função f (x, y) reage a um relaxamento da restrição, nada mais é do que uma aplicação do teorema do envelope, Pelo teorema do envelope, basta derivarmos L(À, x,y) em relação a b e avaliarmos L no ponto ótimo (À*,x*,y*). aL(À* x* y*)" = À*-O 23õb ' Lembrando que L(À,x,y) = f(x,y) +À(b - g(x,y»), onde g(x,y) = 3x + 2y. \ /L---- I I I /L,------~.>: .> I
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