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apostila CURSO DE PERÍCIA JUDICIAL

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- SEM PERÍCIA, NÃO HÁ JUSTIÇA - 
FORMAÇÃO DE 
PERITOS JUDICIAIS
// Índice
1 // Orgãos Do Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 // Organização e Divisão Do Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 // Dos Serventuarios da Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 // Serventias da Justiça – (Varas / Secretarias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 // Setor Forenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 // Do Perito Judicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .....
7 // Da Perícia Judicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....
8 // Do Laudo Perícial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .....
9 // Quesitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...................
10 // Proposta Honorários Periciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11 // Gratuidade de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12 // Defesa do Perito - Impugnações de Laudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
13 // Gratuidade de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
14 // Nomeação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................
15 // Processo Eletrônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16 // Certificado Digital para Peritos Judiciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3
8
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16
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31
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54
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60
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68
71
1 /
// Breve Apresentação
Tantas são as carreiras que admitem atuação na área de Perícia Judicial e algumas 
delas, citamos a seguir: engenheiros, arquitetos, agrônomos, contadores, adminis-
tradores, economistas, químicos, odontólogos, fisioterapeutas, médicos, profis-
sionais de informática, corretores de imóveis, advogados, área de Tecnologia da 
Informação, etc.
A competência no trabalho do perito tem rotina pequena e de fácil assimilação para 
aqueles que não dispõem de experiência em perícias, mas mesmo assim, o merca-
do é escasso e o judiciário carece cada vez mais desses profissionais.
O conteúdo trazido e tudo que cerca a perícia terá uma didática clara uma lingua-
gem, sem os requintes de manifestações formais, própria do direito, que poderiam 
embaraçar a compreensão de profissionais de áreas distintas.
O Perito para ser bem-sucedido, deve preencher dois espaços:
1º) Conhecer tudo que faz parte do campo de ação da Perícia, devendo ter total
conhecimento quanto à burocracia, à prática forense, ao trato com os assistentes 
das partes, aos procedimentos nos exames e nas vistorias, à apresentação do Lau-
do e formas jurídicas para Peticionar;
2º) Conhecimento técnico, especifico na sua área de atuação, com domínio sufi-
ciente para dirimir as dúvidas suscitadas no processo judicial já que atuará como 
colaborador da justiça, do juízo da causa e das partes.
O objetivo do curso é esgotar o que envolve a perícia judicial e levar na pratica e 
teoria, conteúdos extensos àqueles que possuem escassos conhecimentos nesse 
âmbito, como os recém-formados ou outros que se sentem inquietos quanto, ain-
da, à inexistência da prática profissional.
Bom lembrar que essa área é bem recomendada, também, para profissionais que já 
se aposentaram e sentem o desejo de continuar utilizando todo o conhecimento e 
prática adquiridos durante anos e assim complementar seus ganhos, ou para aque-
les profissionais que possuem emprego mas desejam, também complementar sua 
renda mensal.
Observa-se um natural desconforto para profissionais do campo de atuação técni-
co-científica operarem no terreno do direito e da Justiça.
Um dos motivos talvez possa ser o próprio desconhecimento do ramo, que faz pa-
recer ao profissional um intruso. Porém é imprescindível essa incursão do EXPERT 
na vida do processo judicial, pois ele será pessoa indicada para esclarecer aos ad-
vogados, às partes, ao Ministério Público e ao juiz questões em cuja natureza sejam 
2 /
leigos. A fim de oferecer um maior suporte aos novos peritos, abordaremos os ter-
mos mais utilizados no ramo da Perícia Judicial, assim como aqueles que mais se 
defrontará em seu processo.
O Código de Processo Civil é a lei que norteia o andamento de um processo civil na 
Justiça.
Dentre uma numerosa quantidade de artigos estão aqueles que são diretamente 
ligados a todos os tipos de perícias.
O Direito pode ser entendido como um sistema de normas jurídicas válidas em tem-
po e espaço específicos, cuja finalidade é disciplinar as relações humanas intersub-
jetivas. Dentre todas essas normas há uma parcela destinada a regrar a composição 
dos processos, ou seja, o ordenamento jurídico estatui como as pessoas devem agir 
na hipótese de terem direitos lesados ou colocados em situação de risco. Da mesma 
forma, num Estado Democrático de Direito, as normas jurídicas dispõem, ainda, 
como o Estado-Juiz deve se conduzir para pacificar os conflitos de interesses que 
lhe são submetidos e assim, podemos dizer que o perito é um auxiliar de extrema 
importância, já que atua tecnicamente junto ao judiciário com o intuito de possi-
bilitar ao juiz/Estado, disponibilizar o bom direito ao jurisdicionado, que dele se 
socorre.
A Constituição Federal assegura a todos o livre acesso ao Poder Judiciário para a 
proteção ou reparação de direitos, sendo que ao Estado foi atribuído o dever de 
desempenhar a atividade jurisdicional
A rotina forense é regulamentada pela Lei do Código de Processo Civil, portanto, a 
burocracia enfrentada pelo perito é idêntica em todos os Estados da FEDERAÇÃO e 
DISTRITO FEDERAL.
O CURSO BETA pretende com esse trabalho, colaborar de maneira prática, com os 
profissionais de todas as categorias que pretendem militar na perícia judicial ou 
que já estão ali trabalhando, o grande objetivo é mostrar como se dá o acesso à 
função de perito, de forma que possibilitem ao aluno interessado em ingressar na 
atividade, dependendo da vontade, disponibilidade e condições, transformando o 
seu empenho inicial numa atividade rentável e gratificante.
3 /
// Conhecendo o Judiciário
1.0 – Orgãos Do Judiciário 
O Poder Judiciário é regulado pela Constituição 
Federal nos seus artigos 92 a 126. Ele é constitu-
ído de diversos órgãos, com o Supremo Tribunal 
Federal (STF) no topo. O STF tem como função 
principal zelar pelo cumprimento da Constituição. 
Abaixo dele está o Superior Tribunal de Justiça 
(STJ), responsável por fazer uma interpretação 
uniforme da legislação federal.
No sistema Judiciário brasileiro, há órgãos que 
funcionam no âmbito da União e dos estados, in-
cluindo o Distrito Federal e Territórios. No campo 
da União, o Poder Judiciário conta com as seguin-
tes unidades: a Justiça Federal (comum) – incluin-
do os juizados especiais federais –, e a Justiça Es-
pecializada – composta pela Justiça do Trabalho, 
a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar.
A organização da Justiça Estadual, que inclui os 
juizados especiais cíveis e criminais, é de compe-
tência de cada um dos 26 estados brasileiros e do 
Distrito Federal, onde se localiza a capital do país.
Tanto na Justiça da União como na Justiça dos es-
tados, os juizados especiais são competentes para 
julgar causas de menor potencial ofensivo e de pe-
queno valor econômico.
Como regra, os processos se originam na primei-
ra instância, podendo ser levados, por meio de 
recursos, para a segunda instância, para o STJ 
(ou demais tribunais superiores) e até para o STF, 
que dá apalavra final em disputas judiciais no país 
em questões constitucionais. Mas há ações que 
podem se originar na segunda instância e até nas 
Cortes Superiores. É o caso de processos criminais 
contra autoridades com prerrogativa de foro.
Parlamentares federais, ministros de estado, o 
presidente da República, entre outras autori-
dades, têm a prerrogativa de ser julgados pelo 
STF quando processados por infrações penais 
comuns. Nesses casos, o STJ é a instância com-
petente para julgar governadores. Já à segunda 
instância da Justiça comum – os tribunais de Jus-
tiça – cabe julgar prefeitos acusados de crimes co-
muns.
1.1 - Justiça Da União
1.1.1 – Justiça Federal Comum
A Justiça Federal da União (comum) é composta 
por juízes federais que atuam na primeira instân-
cia e nos tribunais regionais federais (segunda ins-
tância), além dos juizados especiais federais. Sua 
competência está fixada nos artigos 108 e 109 da 
Constituição.
Por exemplo, cabe a ela julgar crimes políticos e 
infrações penais praticadas contra bens, serviços 
ou interesse da União (incluindo entidades autár-
quicas e empresas públicas), processos que en-
volvam Estado estrangeiro ou organismo interna-
cional contra município ou pessoa domiciliada ou 
residente no Brasil, causas baseadas em tratado 
ou contrato da União com Estado estrangeiro ou 
organismo internacional e ações que envolvam di-
reito de povos indígenas. A competência para pro-
cessar e julgar da Justiça federal comum também 
pode ser suscitada em caso de grave violação de 
direitos humanos.
1.1.2 – Justiça Do Trabalho - TRT
A Justiça do Trabalho, um dos três ramos da Jus-
tiça Federal da União especializada, é regula-
da pelo artigo 114 da Constituição Federal. A ela 
compete julgar conflitos individuais e coletivos 
entre trabalhadores e patrões, incluindo aqueles 
4 /
que envolvam entes de direito público externo e a 
administração pública direta e indireta da União, 
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 
Ela é composta por juízes trabalhistas que atuam 
na primeira instância e nos tribunais regionais do 
Trabalho (TRT), e por ministros que atuam no Tri-
bunal Superior do Trabalho (TST).
1.1.3 – Justiça Eleitoral - TRE
A Justiça Eleitoral, que também integra a Justiça 
Federal especializada, regulamenta os procedi-
mentos eleitorais, garantindo o direito constitu-
cional ao voto direto e sigiloso. A ela compete or-
ganizar, monitorar e apurar as eleições, bem como 
diplomar os candidatos eleitos. A Justiça Eleito-
ral tem o poder de decretar a perda de mandato 
eletivo federal e estadual e julgar irregularidades 
praticadas nas eleições. Ela é composta por ju-
ízes eleitorais que atuam na primeira instância e 
nos tribunais regionais eleitorais (TRE), e por mi-
nistros que atuam no Tribunal Superior Eleito-
ral (TSE). Está regulada nos artigos 118 a 121 da 
Constituição.
1.1.4 – Justiça Militar 
A Justiça Militar é outro ramo da Justiça Federal 
da União especializada. Ela é composta por juízes 
militares que atuam em primeira e segunda ins-
tância e por ministros que julgam no Superior 
Tribunal Militar (STM). A ela cabe processar e jul-
gar os crimes militares definidos em lei (artigo 122 
a124 da Constituição).
1.2 - Justiça Estadual
A Justiça Estadual (comum) é composta pelos 
juízes de Direito (que atuam na primeira ins-
tância) e pelos chamados desembargadores, 
que atuam nos tribunais de Justiça (segunda 
instância), além dos juizados especiais cíveis 
e criminais. A ela cabe processar e julgar qualquer 
causa que não esteja sujeita à competência de ou-
tro órgão jurisdicional (Justiça Federal comum, do 
Trabalho, Eleitoral e Militar), o que representa 
o maior volume de litígios no Brasil. Sua regula-
mentação está expressa nos artigos 125 a 126 
da Constituição.
1.3 Tribunais Superiores
Órgão máximo do Judiciário brasileiro, o SUPRE-
MO TRIBUNAL FEDERAL (STF) é composto por 11 
ministros indicados pelo presidente da Repúbli-
ca e nomeados por ele após aprovação pelo Se-
nado Federal. Entre as diversas competências do 
STF pode-se citar a de julgar as chamadas ações 
diretas de inconstitucionalidade, instrumento 
jurídico próprio para contestar a constitucionali-
dade de lei ou ato normativo federal ou estadual; 
apreciar pedidos de extradição requerida por Es-
tado estrangeiro; e julgar pedido de habeas cor-
pus de qualquer cidadão brasileiro. 
Entre suas principais atribuições está a de julgar:
• ações diretas de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal ou estadual;
• ações declaratórias de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal
• a arguição de descumprimento de preceito 
fundamental decorrente da própria Consti-
tuição e a extradição solicitada por Estado es-
trangeiro.
• infrações penais comuns, o presidente da Re-
pública e seu vice, os membros do Congresso 
Nacional, seus próprios ministros e o procura-
dor-geral da República.
1.3.1 – Superior Tribunal De Justiça 
– STJ
O STJ, que uniformiza o direito nacional infra-
constitucional, é composto por 33 ministros no-
meados pelo presidente da República a partir de 
lista tríplice elaborada pela própria Corte. Os mi-
nistros do STJ também têm de ser aprovados pelo 
Senado antes da nomeação pelo presidente do 
Brasil. O Conselho da Justiça Federal (CJF) funcio-
na junto ao STJ e tem como função realizar a su-
pervisão administrativa e orçamentária da Justiça 
Federal de primeiro e segundo graus.
1.4 – Conselho Nacional De Justiça 
(CNJ)
Trata-se de instituição pública que visa aperfei-
çoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, 
5 /
principalmente no que diz respeito ao controle e 
à transparência administrativa e processual. É ór-
gão do Poder Judiciário previsto nos artigos 92, 
I-A, e 103-B da CF, ambos inseridos pela Emenda
Constitucional nº 45/2004.
Compõe-se de 15 membros, com mandato de 2 
anos. São membros do Poder Judiciário, do Mi-
nistério Público, da Advocacia e da sociedade (2 
cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ili-
bada, indicados um pela Câmara dos Deputados e 
outro pelo Senado Federal), nomeados pelo Presi-
dente da República, depois de aprovada a escolha 
pela maioria absoluta do Senado Federal, exceto o 
Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Justiça 
Estadual
Justiça 
Federal
Justiça do
Trabalho
Justiça 
Eleitoral
Justiça 
Militar
1ᵃ Instância
Juízes de Direito 
atuam nas Varas 
Especializadas 
das Comarcas
1ᵃ Instância
Juízes Federais 
atuam nas Varas 
das Subseções 
Judiciárias
1ᵃ Instância
Juízes do 
Trabalho atuam 
nas Varas do 
Trabalho
1ᵃ Instância
Juízes Eleitorais 
e cidadões 
atuam nas 
Juntas Eleitorais
1ᵃ Instância
Juízes de 
Direito realizam 
as Auditorias 
Militares 
2ᵃ Instância
Desembarga-
dores atuam 
nos Tribunais 
de Justiça dos 
Estados - TJs
2ᵃ Instância
Juízes Federais 
atuam nos Tribu-
nais Regionais 
Federais - TRFs
2ᵃ Instância
Juízes do 
Trabalho atuam 
nos Tribunais 
Regionais do 
Trabalho
2ᵃ Instância
Juízes Eleitorais 
atuam nos Tribu-
nais Regionais 
Eleitorais - TREs
2ᵃ Instância
Colegiados de Juí-
zes Civis e Militares 
atuam nos Tribu-
nais de Justiças 
Militares - TJMs
Superior Tribunal de Justiça 
- STJ
Composto por 33 Ministros que 
atuam em questões que se referem 
à aplicação ou interpretação de lei 
federal
Tribunal 
Superior do 
Trabalho - 
TST
Composto por 
27 Ministros
Tribunal 
Superior 
Eleitoral - 
TSE 
Composto por 7 
Ministros
Superior 
Tribunal 
Militar - STM
Composto por 15 
Ministros
Supremo Tribunal Federal - STF
Composto por 11 Ministos que atuam em casos que 
envolvem lesão ou ameaça de lesão à constituição Federal 
Justiça Comum Justiça Especializada
6 /
Tribunais Estaduais e 
do Distrito Federal e 
Territórios:
Tribunal de Justiça do Acre
Tribunal de Justiça de Alagoas
Tribunal de Justiça do Amapá
Tribunal de Justiça do Amazonas
Tribunal de Justiça da Bahia
Tribunal de Justiça do Ceará
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
Territórios
Tribunal de Justiça doEspírito Santo
Tribunal de Justiça de Goiás
Tribunal de Justiça do Maranhão
Tribunal de Justiça do Mato Grosso
Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Tribunal de Justiça do Pará
Tribunal de Justiça da Paraíba
Tribunal de Justiça do Paraná
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Tribunal de Justiça do Piauí
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
Tribunal de Justiça de Rondônia
Tribunal de Justiça de Roraima
Tribunal de Justiça de Santa Catarina
Tribunal de Justiça de São Paulo
Tribunal de Justiça de Sergipe
Tribunal de Justiça de Tocantins
Supremo Tribunal Federal
Tribunal Superior do Trabalho
Conselho Superior da Justiça do Trabalho
Superior Tribunal de Justiça
Conselho da Justiça Federal
Tribunal Superior Eleitoral
Superior Tribunal Militar
Tribunais Federais:
Tribunal Regional Federal da 1a Re-
gião (Abrange os estados: AC, AM, AP, BA, DF, 
GO, MA, MG, MT, PA, PI, RO, RR)
Tribunal Regional Federal da 2a Região 
(Abrange os estados: ES, RJ)
Tribunal Regional Federal da 3a Região 
(Abrange os estados: MS, SP)
Tribunal Regional Federal da 4a Região 
(Abrange os estados: PR, RS, SC)
Tribunal Regional Federal da 5a Região 
(Abrange os estados: AL, CE, PB, PE, RN, SE)
// Links dos 
 Tribunais
http://www.tjac.jus.br/
http://www.tjal.jus.br/
http://www.tjap.jus.br/
http://www.tjam.jus.br/
http://www.tjba.jus.br/
http://www.tjce.jus.br/
http://www.tjdft.jus.br/
http://www.tjdft.jus.br/
http://www.tjes.jus.br/
http://www.tjgo.jus.br/
http://www.tjma.jus.br/
http://www.tj.mt.gov.br/
http://www.tjms.jus.br/
http://www.tjmg.jus.br/
http://www.tjpa.jus.br/
http://www.tjpb.jus.br/
http://www.tjpr.jus.br/
http://www.tjpe.jus.br/
http://www.tjpi.jus.br/
http://www.tjrj.jus.br/
http://www.tjrn.jus.br/
http://www.tjrs.jus.br/
http://www.tjro.jus.br/
http://www.tjrr.jus.br/
http://www.tjsc.jus.br/
http://www.tj.sp.gov.br/
http://www.tjse.jus.br/
http://www.tjto.jus.br/
http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp
http://www.tst.jus.br/
http://www.csjt.jus.br/
http://www.stj.jus.br/
http://www.jf.jus.br/
http://www.tse.jus.br/
http://www.stm.jus.br/
http://www.trf1.jus.br/
http://www.trf1.jus.br/
http://www.trf2.jus.br/Paginas/paginainicial.aspx?js=1
http://www.trf3.jus.br/
http://www.trf4.jus.br/trf4/
http://www.trf5.jus.br/
7 /
Tribunais Regionais Eleitorais
Tribunal Regional Eleitoral do Acre
Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas
Tribunal Regional Eleitoraldo Amapá
Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas
Tribunal Regional Eleitoral da Bahia
Tribunal Regional Eleitoral do Ceará
Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal 
e Territórios
Tribunal Regional Eleitoral de Goiás
Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão
Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso
Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do 
Sul
Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais
Tribunal Regional Eleitoral do Pará
Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná
Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco
Tribunal Regional Eleitoral do Piauí
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro
Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do 
Norte
Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do 
Sul
Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo
Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia
Tribunal Regional Eleitoral de Roraima
Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe
Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins
Tribunais Regionais do 
Trabalho:
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região 
(Rio de Janeiro)
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região 
(São Paulo/ capital)
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região 
(Minas Gerais)
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região 
(Rio Grande do Sul)
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região 
(Bahia)
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 
(Pernambuco)
Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região 
(Ceará)
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região 
(Pará e Amapá)
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região 
(Paraná)
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região 
(Distrito Federal e Tocantins)
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região 
(Roraima e Amazonas)
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região 
(Santa Catarina)
Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região 
(Paraíba)
Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região 
(Acre e Rondônia)
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região 
(São Paulo/ Interior)
Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região 
(Maranhão)
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região 
(Espírito Santo)
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região 
(Goiás)
http://www.tre-ac.gov.br/
http://www.tre-al.gov.br/
http://www.tre-ap.gov.br/
http://www.tre-am.gov.br/
http://www.tre-ba.gov.br/
http://www.tre-ce.gov.br/
http://www.tre-df.gov.br/
http://www.tre-df.gov.br/
http://www.tre-go.gov.br/
http://www.tre-ma.gov.br/
http://www.tre-mt.gov.br/
http://www.tre-ms.gov.br/
http://www.tre-ms.gov.br/
http://www.tre-mg.gov.br/
http://www.tre-pa.gov.br/
http://www.tre-pb.gov.br/
http://www.tre-pr.gov.br/
http://www.tre-pe.gov.br/
http://www.tre-pi.gov.br/
http://www.tre-rj.gov.br/
http://www.tre-rn.gov.br/
http://www.tre-rn.gov.br/
http://www.tre-rs.gov.br/
http://www.tre-rs.gov.br/
http://www.tre-es.gov.br/
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http://www.trt2.jus.br/
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http://www.trt11.jus.br:8080/Portal/layoutInicial.jsf
http://www.trt12.jus.br/portal/
http://www.trt13.jus.br/engine/principal.php
http://www.trt14.jus.br/
http://www.trt15.jus.br/
http://www.trt16.jus.br/site/index.php
http://www.trt17.jus.br/portal/
http://www.trt18.jus.br/portal
8 /
Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região 
(Alagoas)
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região 
(Sergipe)
Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região 
( Rio Grande do Norte)
Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região 
(Piauí)
Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região 
 (Mato Grosso)
Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região 
(Mato Grosso do Sul)
Tribunais Militares
Tribunal de Justiça Militar do Estado de 
Minas Gerais
Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio 
Grande do sul 
Tribunal de Justiça Militar do Estado de São 
Paulo
2.0 – Organização e Divisão Do Poder Judiciário
2.1 - O território do Estado, para efeito da administração da justiça, divide-se em 
regiões judiciárias, comarcas, distritos, subdistritos, circunscrições e zonas judi-
ciárias.
2.1.1 - Cada comarca compreenderá um município, ou mais de um, desde que con-
tíguos, e terá a denominação da respectiva sede, podendo compreender uma ou 
mais varas.
2.1.2 - As regiões judiciárias serão integradas por grupos de comarcas ou varas, 
suas sedes serão as comarcas indicadas em primeiro lugar.
2.1.3 - Da criação e classificação das Comarcas
• Para a criação e a classificação das comarcas, serão considerados os números de 
habitantes e de eleitores, a receita tributária, o movimento forense e a extensão 
territorial dos Município do estado.
• No que concerne à extensão territorial, será levada em conta a distância entre 
a sede do município e a da comarca.
2.1.4 - São requisitos essenciais para a criação de comarca:
• População mínima de quinze mil habitantes ou mínimo de oito mil eleitores;
• Movimento forense anual de, pelo menos, duzentos feitos judiciais;
• Receita tributária municipal superior a três mil vezes o salário-mínimo vigente 
na capital do estado.
http://www.trt19.jus.br/siteTRT19/http://www.trt20.jus.br/
http://www.trt21.jus.br/
http://portal.trt22.jus.br/site/site.do?categoria=Home
http://portal.trt23.jus.br/ecmdemo/public/trt23
http://www.trt24.jus.br/www_trtms/
http://tjmmg.jus.br/
http://tjmmg.jus.br/
http://www.tjmrs.jus.br/processos/processos.asp
http://www.tjmrs.jus.br/processos/processos.asp
http://www.tjmsp.jus.br/
http://www.tjmsp.jus.br/
9 /
3.0 – Dos Serventuarios da Justiça
Todo aquele que de qualquer modo serve a Justiça como funcionário, ou auxilia do 
juízo.
• ESCRIVÃES – processar os feitos que lhes forem distribuídos ou lhes couberem 
em razão do ofício; ii - zelar pela regularidade da distribuição dos feitos em que 
tenham de funcionar;
• ESCREVENTES em geral, incumbe praticar os atos e executar os trabalhos, re-
lativos à sua função, de que forem encarregados pelos serventuários a que es-
tiverem subordinados.
• ESCREVENTES AUXILIARES incumbe executar os serviços de expediente e, 
além de outras que lhes forem cometidas, exercer as funções de protocolista, 
arquivista, almoxarife e datilógrafo.
• OFICIAIS DE JUSTIÇA – aos oficiais de justiça 
 incumbe: 
i - fazer, pessoalmente as citações e diligências ordenadas pelos juízes perante os 
quais servirem; 
ii - lavrar certidões e autos das diligências que efetuarem; 
iii - cumprir as determinações dos juízes;
10 /
4.0 – Serventias da Justiça – 
(Varas / Secretarias)
Juízes de Direito do Cível
Juízes de Direito de Família
Juízes de Direito de Fazenda Pública
Juízes de Direito da Dívida Ativa
Juízes de Direito de Órfãos e Sucessões
Juízes de Direito em Matéria Acidentária
Juízes de Direito de Registros Públicos
Juízes de Direito de Registro Civil
Juízes de Direito em Matéria Empresarial
Juízes de Direito da Infância e da Juventude
Juízes de Direito do Idoso
Juízes de Direito em Matéria Criminal
Juízes de Direito em Matéria de Execução Penal
Juizados de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher
Juizado do Torcedor e Grandes Eventos
Juizados Especiais e suas Turmas Recursais
Juízes de Paz
4.1 - PROGER 
O Protocolo Geral das Varas - PROGER - destina-se 
a receber petições e expedientes diários endere-
çados às serventias judiciais de primeira instância 
e, ainda, as petições judiciais diárias direcionadas 
à Vara de Execuções Penais, além de outros en-
cargos que lhe forem atribuídos pelo Corregedor-
-Geral da Justiça, limitando-se à verificação do 
endereçamento, à conferência da existência de 
anexos, se houver, e ao lançamento de firma de 
advogado e/ou estagiário
4.2 - Distribuidor 
É o setor responsável para receber todas petições 
iniciais (aquelas que inauguram o processo judi-
cial na forma física)
4.3 - Central De Mandados 
É o setor centralizador dos Técnicos Judiciários 
com função de Oficial de Justiça, com o cumpri-
mento de todos os mandados de competência 
da central, assim como dos mandados de intima-
ções e citações de servidores e agentes delegados 
do foro extrajudicial nas sindicâncias, expedien-
tes e processos.
4.4 – Setor de Perícia Judicial 
Presta apoio aos peritos, disponibilizando, inclu-
sive, espaço para atendimento a periciando, re-
cebimento de processos de Comarcas de interior 
para estudo de Peritos, etc. ( SEJUD, SETECs, etc)
11 /
5.0 – Setor Forenses
Passo 1
Petição inicial: o 
começo de tudo
Passo 2
Citação: o direito de defesa 
do réu
Passo 3
Réplica: o direito de resposta 
do autor 
Passo 4
Fase Probatória: quem alega 
tem que provar
Passo 5
Sentença: a decisão 
final do juiz
Passo 7
Cumprimento de Sentença: a 
decisão em prática
Passo 6
Recursos: a arma 
do vencido
12 /
5.1. Petição inicial: o começo de tudo
O primeiro passo de todo processo é a petição ini-
cial. Nesse documento, o autor — ou seja, quem 
ajuizou a ação — irá expor os fatos que o levaram 
a entrar com a ação, bem como quais dos seus 
direitos foram violados. Além disso, é nesse mo-
mento que o autor formula os seus pedidos prin-
cipais ao juiz: se quer uma indenização, se quer 
que o réu faça ou se abstenha de fazer algo, etc.
Vejamos um exemplo: um médico cirurgião plásti-
co causa sérios danos à face de sua cliente. Com a 
ajuda de seu advogado, ela irá formular a petição 
inicial dando os detalhes da cirurgia: de quem foi 
a culpa, quais as causas dos danos, houve imperí-
cia? Ao final da petição, ela formula o seu pedido, 
que poderá ser a indenização pelos danos causa-
dos, entre outros.
Conforme acima, na petição inicial, o autor, re-
presentado por seu advogado, expõe os fatos e os 
fundamentos jurídicos do pedido, com suas espe-
cificações e as provas que pretende demonstrar a 
verdade dos fatos alegados. 
O Juiz verifica se a petição atende aos requisitos 
exigidos (artigo 319 e seguintes do código de pro-
cesso civil). Estamos em termos, o juiz a despa-
chará, ordenando a citação do réu para responder 
(artigo 335 e seguintes do CPC). Feita a citação, 
geralmente por oficial de justiça, o réu poderá 
oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição 
escrita, dirigida ao juiz da causa, sendo essa peça 
processual chamada contestação. 
Findo o prazo para defesa do réu, o escrivão re-
meterá os autos (pasta onde são anexados todos 
os atos do processo, desde o seu início, em pro-
cessos eletrônicos, tais peças serão disponibiliza-
das digitalmente.
Não havendo motivos para extinguir o processo 
ou para julgar antecipadamente o processo, pro-
ferirá o juiz o chamado despacho saneador, em 
que decidirá sobre a realização de prova pericial, 
nomeará perito, facultando às partes a indicação 
de seus assistentes técnicos.
Se a questão do processo for urgente (como no 
caso de uma pessoa precisar de tratamento mé-
dico imediatamente, por exemplo), é possível for-
mular um pedido especial para o juiz na petição 
inicial – a chamada tutela provisória. Nesse caso, 
o juiz irá analisar esse pedido assim que receber o 
documento e tomar a sua decisão – que não é de-
finitiva, podendo ser modificada posteriormente, 
a depender das provas produzidas no processo.
5.2. Citação: o direito de defesa do 
réu
Assim que o juiz recebe a petição inicial, ele veri-
fica se os seus requisitos formais estão de acordo 
com a lei. Caso estejam, passa-se à próxima fase 
do processo judicial: a citação do réu para que ele 
tome conhecimento da ação. Nesse momento, 
por exemplo, um oficial de justiça vai à residên-
cia do réu (ou à sede da pessoa jurídica) e entrega 
um mandado de citação, ou seja, uma ordem do 
juiz para que ele compareça a uma audiência de 
conciliação. Tal citação poderá ser realizado pelo 
Correios, dependendo do caso.
Nessa audiência, as partes serão estimuladas a 
chegar a um acordo, com a ajuda de um concilia-
dor profissional. Caso não cheguem ao consenso, 
depois da audiência começa o prazo para que o 
réu apresente a sua versão dos fatos por meio de 
um documento chamado contestação. Nele, o 
réu pode alegar várias matérias para se defender, 
até mesmo solicitar prova pericial, para ajudá-lo a 
provar suas alegações.
13 /
6.0 – Direito Processual os 5 
princípios do Processo 
1. Princípio da imparcialidade do 
juiz 
A imparcialidade do juiz é garantia de justiça 
para as partes. É pressuposto para que a relação 
processual se desenvolva naturalmente. 
2. Princípios do contraditório e 
ampla defesa 
Este princípio estabelece que todas as provas 
arroladas no processo devem ter em aberto uma 
contestação pela parte contrária, bem como os 
atos do juiz devem ser de amplo conhecimento 
das partes. 
3. Princípio do livre convencimen-
to 
O juiz deve formar livremente sua convicção 
sobre quem tem a primazia no processo, dispon-
do das diversas provas colhidas e apresentadas 
pelas partes.
4. Princípio da publicidade 
Este princípio estipula que todas as decisões e 
processos devem ter seu acesso garantido, evi-
tando-se o sigilo. 
5. Princípio da inércia
É estabelecido que aquele que busca o direito 
deve provocar o sistema judiciário, e assim, a 
partir deste estímulo inicial, o poder público po-
deráagir na busca da realização da justiça.
14 /
7.1 – Desenvolvimento do 
Processo
7.1. Petição inicial: o começo de 
tudo. 
O primeiro passo de todo processo é a petição 
inicial. Nesse documento, o autor — ou seja, 
quem ajuizou a ação — irá expor os fatos que o 
levaram a entrar com a ação, bem como quais 
dos seus direitos foram violados. Além disso, 
é nesse momento que o autor formula os seus 
pedidos principais ao juiz: se quer uma indeni-
zação, se quer que o réu faça ou se abstenha de 
fazer algo, etc.
Vejamos um exemplo: um médico cirurgião 
plástico causa sérios danos à face de sua cliente. 
Com a ajuda de seu advogado, ela irá formular 
a petição inicial dando os detalhes da cirurgia: 
de quem foi a culpa, quais as causas dos danos, 
houve imperícia? Ao final da petição, ela formula 
o seu pedido, que poderá ser a indenização pelos 
danos causados, entre outros.
Conforme acima, na petição inicial, o autor, 
representado por seu advogado, expõe os fatos 
e os fundamentos jurídicos do pedido, com suas 
especificações e as provas que pretende de-
monstrar a verdade dos fatos alegados. 
O Juiz verifica se a petição atende aos requisi-
tos exigidos (artigo 319 e seguintes do código 
de processo civil). Estamos em termos, o juiz a 
despachará, ordenando a citação do réu para 
responder (artigo 335 e seguintes do CPC). Feita 
a citação, geralmente por oficial de justiça, o réu 
poderá oferecer, no prazo de 15(quinze) dias, em 
petição escrita, dirigida ao juiz da causa, sendo 
essa peça processual chamada contestação. 
Findo o prazo para defesa do réu, o escrivão 
remeterá os autos (pasta onde são anexados 
todos os atos do processo, desde o seu início, em 
processos eletrônicos, tais peças serão disponibi-
lizadas digitalmente.
Não havendo motivos para extinguir o processo 
ou para julgar antecipadamente o processo, pro-
ferirá o juiz o chamado despacho saneador, em 
que decidirá sobre a realização de prova pericial, 
nomeará perito, facultando às partes a indicação 
de seus assistentes técnicos.
Se a questão do processo for urgente (como 
no caso de uma pessoa precisar de tratamento 
médico imediatamente, por exemplo), é possí-
vel formular um pedido especial para o juiz na 
petição inicial – a chamada tutela provisória. 
Nesse caso, o juiz irá analisar esse pedido assim 
que receber o documento e tomar a sua decisão 
– que não é definitiva, podendo ser modificada 
posteriormente, a depender das provas produzi-
das no processo.
7.2. Citação: o direito de defesa do 
réu
Assim que o juiz recebe a petição inicial, ele veri-
fica se os seus requisitos formais estão de acordo 
com a lei. Caso estejam, passa-se à próxima fase 
do processo judicial: a citação do réu para que ele 
tome conhecimento da ação. Nesse momento, 
por exemplo, um oficial de justiça vai à residên-
cia do réu (ou à sede da pessoa jurídica) e entrega 
um mandado de citação, ou seja, uma ordem do 
juiz para que ele compareça a uma audiência de 
conciliação. Tal citação poderá ser realizado pelo 
Correios, dependendo do caso.
Nessa audiência, as partes serão estimuladas a 
chegar a um acordo, com a ajuda de um concilia-
dor profissional. Caso não cheguem ao consenso, 
depois da audiência começa o prazo para que o 
réu apresente a sua versão dos fatos por meio de 
um documento chamado contestação. Nele, o 
réu pode alegar várias matérias para se defender, 
até mesmo solicitar prova pericial, para ajudá-lo a 
provar suas alegações.
15 /
1 2 3
Citação:
aceita a inicial,a 
parte processada é 
informada da exis-
tência do processo. 
Audiência de 
Conciliação:
partes compare-
cem em juízo para 
tentar chegar a um 
acordo, com auxílio 
de conciliador 
profissional.
Contestação:
não havendo 
acordo, parte 
processada poderá 
apresentar sua 
versão dos fatos, 
com as provas 
que entender 
necessárias.
7.3. Réplica: o direito de resposta 
do autor
Depois que o réu apresenta a sua defesa, comu-
mente o próximo passo do processo é a réplica. 
Esse é o nome da manifestação por meio do qual 
o autor contrapõe os argumentos que o réu ale-
gou em sua contestação.
7.4. Fase probatória: quem alega 
tem que provar
Agora que as partes apresentaram todos os seus 
argumentos, passamos a uma das fases mais im-
portantes de um processo judicial: a fase probató-
ria. Nesse momento, o juiz convoca as partes para 
que indiquem quais provas pretendem produzir 
para corroborar a sua versão dos fatos, quando 
eles podem, inclusive, requerer a prova pericial. 
É importante destacar que nem todas as provas 
indicadas pelas partes são aceitas. O juiz analisa 
a pertinência e a necessidade de cada uma delas 
e autoriza ou não a sua produção.
Meios de Prova (CPC)
Depoimento Pessoal
Inspeção Judicial
Perícia
Confissão
Exebição de Documento ou Coisa
Documento
16 /
Agora que as partes apresentaram todos os seus 
argumentos, passamos a uma das fases mais im-
portantes de um processo judicial: a fase probató-
ria. Nesse momento, o juiz convoca as partes para 
que indiquem quais provas pretendem produzir 
para corroborar a sua versão dos fatos, quando 
eles podem, inclusive, requerer a prova pericial. 
É importante destacar que nem todas as provas 
indicadas pelas partes são aceitas. O juiz analisa a 
pertinência e a necessidade de cada uma delas e 
autoriza ou não a sua produção.
Depois que todas as provas foram devidamente 
autorizadas, produzidas e juntadas no processo, 
o juiz chamará as partes para, em última chance, 
argumentarem sobre elas. Essa será a última vez 
que elas poderão se manifestar no processo antes 
da sentença.
7.5. Sentença: a decisão final do juiz
Agora, chegamos à parte mais importante do pro-
cesso: a sentença. É nesse ato que, depois de ana-
lisar todos os argumentos e provas, o juiz toma a 
sua decisão final. Além de decidir sobre os pedidos 
da petição inicial, o juiz também condena a parte 
perdedora ao pagamento das chamadas verbas 
sucumbenciais.
Isso significa que todos os gastos efetuados ao 
longo do processo — tanto com honorários de 
advogado, quanto com taxas cobradas ao longo 
do procedimento —deverão ser arcadas pela par-
te perdedora.
7.6. Recursos: a arma do vencido
Ainda que a sentença seja a decisão final do juiz, 
ainda é possível recorrer contra essa decisão. As-
sim, a parte insatisfeita poderá apresentar um re-
curso de apelação, buscando reverter a sentença.
Esse recurso não será julgado pelo mesmo juiz, 
mas por, via de regra, Desembargadores de um 
Tribunal. Eles terão poderes para rever o processo 
e, se for o caso, modificar a decisão do juiz.
DECISÃO MONOCRÁTICA
RECURSO DENTRO 
DO PRAZO
NOVA ANÁLISE DO 
PROCESSO POR 
COLEGIADO
7.7. Cumprimento de sentença: 
colocando a decisão em prática
Depois que todos os recursos interpostos forem 
julgados, diz-se que a decisão transitou em julga-
do. Isso significa que, a partir desse momento, ela 
é definitiva e pode ser colocada em prática.
É claro que, em alguns casos, é permitido colocar 
a sentença em prática antes do trânsito em julga-
do: nos casos em que há urgência, por exemplo, 
não é preciso esperar o julgamento de todos os 
recursos. A parte pode consultar o seu advogado 
para verificar se esse é o seu caso.
Durante a fase do cumprimento de sentença, o 
credor deve exigir do devedor que cumpra o que a 
sentença determinou. Assim, em um caso em que 
o juiz ordenou que o réu pagasse uma quantia ao 
autor, por exemplo, é nessa fase que são apresen-
tados os cálculos e o devedor é intimado para de-
positar o que deve. O processo tem seu fim quan-
do a sentença é definitivamente cumprida.
17 /
7.8 – Agravo de Instrumento 
Esse é o recurso utilizado pelas partes (autor, réu ou ambos) que não concordam 
com a homologação da proposta de honorários, pelo juiz de 1º. Grau. Neste caso o 
perito deverá aguardar a decisão do colegiado para dar andamento ao seu trabalho, 
visto tratar-se de discussão voltada pelo valor de seus honorários periciais.
Na petição inicial, o autor, representado por seu advogado,expõe os fatos e os fun-
damentos jurídicos do pedido, com suas especificações e as provas que pretende 
demonstrar a verdade dos fatos alegados. 
O Juiz verifica se a petição atende aos requisitos exigidos (artigo 319 e seguintes 
do código de processo civil). Estamos em termos, o juiz a despachará, ordenando 
a citação do réu para responder (artigo 335 e seguintes do CPC). Feita a citação, ge-
ralmente por oficial de justiça, o réu poderá oferecer, no prazo de 15(quinze) dias, 
em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, sendo essa peça processual chamada 
contestação. 
Findo o prazo para defesa do réu, o escrivão remeterá os autos (pasta onde são ane-
xados todos os atos do processo, desde o seu início, em processos eletrônicos, tais 
peças serão disponibilizadas digitalmente.
Não havendo motivos para extinguir o processo ou para julgar antecipadamente o 
processo, proferirá o juiz o chamado despacho saneador, em que decidirá sobre a re-
alização de prova pericial, nomeará perito, facultando às partes a indicação de seus 
assistentes técnicos.
18 /
8.0 – Do Perito Judicial
8.1 – Definições 
enominações do Perito: Auxiliar da Justiça - Es-
pecialista - Ilustríssimo Expert - Longa Manus - As-
sistente do juízo. 
Para Didier Jr. Prova pericial [...] é aquela pela 
qual a elucidação do fato se dá com ao auxílio de 
um perito, especialista em determinado campo do 
saber, devidamente nomeado pelo juiz, que deve 
registrar sua opinião técnica e científica no cha-
mado laudo pericial – que poderá ser objeto de 
discussão pelas partes e seus assistentes técnicos. 
(DIDIER JR., 2010, p. 225)
Já para Humberto Theodoro Junior, surge “a pro-
va pericial como o meio de suprir a carência de 
conhecimentos técnicos de que se ressente o juiz 
para apuração dos fatos litigiosos”. (THEODORO 
JÚNIOR, 2011, p.486)
Montenegro Filho conceitua como:
“espécie de prova que objetiva fornecer esclare-
cimentos ao magistrado a respeito de questões 
técnicas, que extrapolam o conhecimento cientifi-
co do julgador, podendo ser de qualquer nature-
za e originada de todo e qualquer ramo do saber 
humano, destacando-se os esclarecimentos nas 
áreas da engenharia, da contabilidade, da me-
dicina e da topografia.” (MONTENEGRO FILHO, 
2009, p.479)
Olívio A. Batista da Silva vai mais a funda na ques-
tão, fazendo uma sucinta comparação entre os 
possíveis meios de prova no processo:
“A Função de toda atividade probatória é fornecer 
ao julgador os elementos por meio dos quais ele 
há de formar o seu convencimento a respeito dos 
fatos controvertidos no processo. Este contato do 
juiz com os fatos da causa pode dar-se através das 
provas orais produzidas em audiência, quando o 
juiz ouve as partes ou inquire as testemunhas, ou 
mediante o exame dos documentos constantes 
dos autos, ou, ainda, quando se traz ao processo 
não o documento, e sim as pessoas ou coisas de 
que se pretenda extrair elementos de prova.” 
O Perito é aquele profissional que realiza os 
exames necessários, nos vários ramos do conhe-
cimento, cujo objetivo é atingir a chamada VER-
DADE REAL ou a MATERIALIDADE DO FATO OU DO 
DELITO.
Sempre que o esclarecimento de um fato depen-
der de conhecimento técnico e científico, o juiz 
deverá valer-se de um especialista, ou seja, de 
um perito para atuar no processo, para produzir 
as provas técnicas, ou seja, a prova pericial.
O perito, no exercício de sua missão, pode proce-
der a todas as indagações que julgar necessárias, 
devendo consignar, com imparcialidade exem-
plar, todas as circunstâncias, sejam ou não favo-
ráveis ao autor ou réu.
Há, na jurisprudência, inúmeras decisões que, 
respeitando o ordenamento jurídico, e sob pena 
de cerceamento de defesa, reconheceram que o 
cargo de perito só pode ser preenchido por pro-
fissional “especialista” na respectiva área de co-
nhecimento.
Deve agir livremente, é o senhor de sua vontade, 
de suas convicções, não podendo ser coagido por 
ninguém, nem mesmo por autoridades a respeito 
de suas conclusões.
O Perito judicial auxilia a justiça ou ao juízo é o 
profissional habilitado e nomeado pelo juiz para 
opinar sobre questões de sua especialidade. É 
prerrogativa de juiz valer-se de um especialista, 
de um expert na matéria.
A atividade exige formalidades legais e técnicas 
e somente poderá ser exercida em conformidade 
com as formalidades estabelecidas na Lei (em es-
pecial nas leis processuais) e o profissional, inclu-
sive, estar regularmente inscrito em sua entidade 
de classe, se a profissão já estiver criada seu pró-
prio Conselho de Classe.
Melo (2003) esclarece que o perito judicial não é 
parte, não é advogado, não é juiz, dele se espera 
que, além de ter conhecimento técnico suficien-
te para o desempenho da função, tenha também 
facilidade de expressar-se clara e concisamente, 
habilidade no trato de conflitos, conhecimentos 
jurídicos e experiência em produção de prova pe-
ricial.
Conforme assinala Didier (2016, p. 265) os peritos 
judiciais, são especialistas que oportunamente, a 
serviço da justiça, colaboram com a sua “aptidão 
técnica de conhecimento e verificação de fatos ou 
com opinião técnica a respeito da interpretação e 
avaliação dos fatos, explicitando as regras técni-
cas para que o juiz o faça”.
19 /
A legislação Processual Civil define a atividade do 
perito em seu artigo 156:
Art . 156. O juiz será assistido por perito quando a 
prova do fato depender de conhecimento técnico 
ou científico. § 1º Os peritos serão nomeados entre 
os profissionais legalmente habilitados e os órgãos 
técnicos ou científicos devidamente inscritos em 
cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está 
vinculado.
Podemos observar no normativo processual aci-
ma, a obrigatoriedade em relação aos juízes, de 
nomear seus peritos para assisti-los em processos 
com cunho técnico ou científico, não podendo 
ele, sob pena de nulidade do processo, abrir mão 
dessa exigência.
Importante ressaltar, também, que somente o 
perito poderá esclarecer os fatos ou trazer aos 
autos as provas necessárias para a justa solução 
dos conflitos entre as partes. Nesta condição, não 
é uma prerrogativa do magistrado, mas sim uma 
imposição legal.
O juiz deve limitar-se à análise do conjunto pro-
batório constante nos autos, aqueles hábeis para 
provar a verdade dos fatos, em que funda a ação 
ou a defesa.
Prestigiando a segurança, e minimizando os ris-
cos de prejuízos às partes e ao resultado útil do 
processo, a Lei nº 13.105/2015 é incisiva ao dispor 
que para o cargo de perito só pode ser nomeado 
o profissional que for especializado na área de co-
nhecimento do objeto da perícia.
Com efeito, o artigo 465 do Código de Processo 
Civil é expresso quando impõe ao juiz o dever de 
nomear apenas “perito especializado no objeto 
da perícia”. Ciente de sua nomeação, o expert de-
verá, em cinco dias, apresentar seu currículo com 
comprovação de especialização quanto ao obje-
to da perícia (art. 465, §2º, II, CPC), devendo ser 
substituído se “faltar-lhe conhecimento técnico 
ou científico” (art. 468, I, CPC)
Importante reiterar que para o exercício de suas 
funções o juiz necessita do auxílio constante ou 
eventual de outras pessoas que, tal como ele, de-
vem atuar com diligência e imparcialidade (art. 
149, CPC).
Nas causas em que a matéria envolvida exigir co-
nhecimentos técnicos ou científicos próprios de 
determinadas áreas do saber, o magistrado será 
assistido por perito ou órgão, cuja nomeação ob-
servará o cadastro de inscritos mantido pelo tri-
bunal ao qual o juiz está vinculado (art. 156, § 1º, 
CPC), sendo que esse cadastro deve ser feito de 
acordo com o exigido pelo artigo 156, em seus §§ 
2º e 3º.
A Lei nº 13.105/2015 inovou ao expandir a possi-
bilidade do juiz também ser assistido por “órgãos 
técnicos ou científicos”, não estando limitado 
apenas a pessoas físicas na condição de “profis-
sionais de nível universitário”, tal como dispunha 
o código revogado. Nesta hipótese, o órgão que 
vier a ser designado paraa realização de determi-
nada perícia deverá comunicar ao juiz os nomes 
e os dados de qualificação dos profissionais que 
forem destacados para o respectivo trabalho pe-
ricial, de modo a viabilizar a verificação de even-
tuais causas de impedimento( III) suspeição (IV) 
(art. 156, § 4º, CPC).
Pode ocorrer, principalmente em comarcas pe-
quenas, que para a realização de uma determina-
da perícia sobre área específica do conhecimen-
to, não haja perito ou órgão inscrito no cadastro 
disponibilizado pelo tribunal. Nesta hipótese, o 
parágrafo quinto, do artigo 156, permite que o 
magistrado escolha livremente um profissional 
ou órgão que, comprovadamente, detenha co-
nhecimento especializado para tal mister.
Nomeado, o auxiliar do juiz – perito ou órgão – de-
verá empregar toda diligência para, no prazo que 
lhe for assinado, cumprir seu trabalho. Poderá, se 
for o caso, no prazo legal de quinze dias, escusar-
-se do encargo alegando justo motivo, sob pena 
de renúncia a tal direito (art. 157, § 1º, CPC).
Reforçando o dever de diligência exigido pelo ar-
tigo 157, o Código de Processo Civil, no seu artigo 
466, estabelece que mesmo dispensado de assi-
nar um termo de compromisso o perito – assim 
como o órgão técnico ou científico – tem o dever 
de cumprir escrupulosamente seu encargo.
Caso, por dolo ou culpa, o perito acabe prestando 
informações inverídicas, será responsabilizado 
pelos prejuízos que causar à parte, ficando ainda 
inabilitado para atuar em outras perícias por um 
prazo de dois a cinco anos, sem prejuízo de outras 
sanções. Caberá ao juiz comunicar tal fato ao res-
pectivo órgão de classe, para que sejam adotadas 
20 /
as medidas cabíveis (art. 158. CPC). Dito de outra 
forma, para a responsabilização do perito ou ór-
gão não é necessária a demonstração da intenção 
de prejudicar uma das partes, bastando ficar ca-
racterizada a culpa pela imprudência, negligência 
ou imperícia.
8.2 – Peritos Ofíciais 
A expressão “perito oficial” abrange todos os pro-
fissionais que foram contratados pelo Estado para 
exercer a função pericial. É a definição adotada 
no Código de Processo Penal para referir-se aos 
profissionais que realizam as perícias na esfera 
criminal, sendo que, por modificação da legisla-
ção, passou-se a admitir peritos não oficiais para 
atuação na esfera criminal, em situações especifi-
cas e contidas na referida legislação.
8.3 – Deveres Dos Peritos Judiciais 
A precaução a ser adotada por todos peritos du-
rante sua atuação deve ser referenciada por todos 
aqueles que pretendem atuar de forma eficaz, 
justa e lícita, senão vejamos:
O profissional deve agir com honestidade, vis-
to que as partes, seus advogados ou defensores 
públicos, exigem nos processos judiciais, mais do 
que nunca, seus direitos respeitados. É indispen-
sável a imparcialidade total do perito judicial, 
portanto as qualidades ético-morais são essen-
ciais à função, além de reputação ilibada.
A apresentação de um trabalho de boa quali-
dade e com informações técnicas aprofundadas, 
utilizando-se de linguagem clara, concisa e de 
maneira que um leigo entenda, sem, entretanto, 
ser prolixo é uma das características 
importantes a serem adotadas pelos peritos. Bom 
lembrar que o Juízo não é obrigado a continuar 
nomeando um profissional prestador de serviço 
questionável.
O cumprimento de prazos estabelecidos é fun-
damental. Se o perito for rigoroso na observação 
dos prazos para entrega do laudo, por certo ga-
rantirá maior prestígio em relação ao magistrado 
que o nomeia, além de ter assegurada sua manu-
tenção na lista de peritos da Vara.
A comunicação através de PETIÇÃO é a sempre 
recomendada, pois dessa forma o perito docu-
menta nos autos, todas suas reivindicações, ocor-
rências durante o ato pericial, solicitação de pro-
vidências às partes, serventuários ou ao juiz. 
O perito deverá realizar todas as suas comunica-
ções formais com os juízes através de petições, 
que são juntadas aos autos do processo, segundo 
a ordem de chegada, para seu encaminhamento 
ao juiz. 
As petições mais comuns realizadas pelos peritos 
são: Propostas de honorários, a cobrança de ho-
norários periciais que é diferente do que habitual-
mente tem-se no mundo comercial; solicitação 
de prorrogação de prazo, entre outras.
8.3.1 – Da ética do Perito Judicial 
O Perito Judicial deve agir de forma que o torne 
merecedor de respeito e que contribua para o 
prestígio da classe e da perícia judicial;
Deve manter sua independência em qualquer 
circunstância e não se deter no exercício de seu 
encargo para agradar o juízo ou qualquer autori-
dade, nem de ocorrer em impopularidade, dentro 
das devidas normas de urbanidade e estritamen-
te profissional.
O perito tem o dever geral de urbanidade e os 
respectivos procedimentos disciplinares e ter 
plena consciência de que é o auxiliar da Justiça, 
pessoa civil, nomeado pelo Juiz ou pelo Tribunal, 
devidamente compromissado, desenvolvendo, 
assim, um trabalho de extrema responsabilidade 
e relevância perante o Poder Judiciário, especial-
mente porque irá opinar e assisti-los na realiza-
ção de prova pericial;
A nomeação como perito Judicial deve ser consi-
derada sempre, pelos mesmos, como distinção e 
reconhecimento de seu conhecimento especial, 
técnico ou científico, capacidade e honorabili-
dade, sendo que no exercício de sua nomeação, 
bem como quaisquer outras profissões, deve ter 
sempre em conta que seu procedimento ético 
se torna extremamente importante, pelo fato da 
sua atividade estar ligada ao campo do direito, no 
qual as normas e deveres morais são mais nítidos, 
em consequência da íntima ligação entre o moral 
e o direito;
21 /
Quando ciente de sua nomeação e, antes de assumir o encargo, deve inteirar-se dos 
autos, para verificar se não há incompatibilidade ou algum impedimento, e se real-
mente se encontra em condições de assumir o compromisso e realização do traba-
lho; (vide quadro abaixo)
Se a hipótese for de recusa, antes de assumir o compromisso, deve o Perito Judicial 
comunicar ao Juiz, através de petição e o mais breve possível, o motivo justificado 
da recusa, pois não é cabível a recusa de nomeação quando esta fundamentar-se, 
tão somente, no fato do processo encontrar-se sobre o amparo da Justiça Gratuita.
Imprescindível que o perito exerça sua nomeação com zelo, diligência honestida-
de, dignidade e independência profissional, devendo, também, guardar sigilo sobre 
o que souber em razão do exercício de suas funções e zelar pela sua competência 
exclusiva na orientação dos serviços a ser cargo, além da obrigatoriedade de comu-
nicar, desde logo, à Justiça, eventual circunstância adversa que possa influir na con-
clusão do trabalho pericial para o qual foi nomeado.
Deverá, também, recusar sua nomeação, sempre que reconheça não se achar capa-
citado (a), em face de especialização técnica ou cientifica ou ainda para bem desem-
penhar a nomeação.
Importante também evitar interpretações tendenciosas sobre a matéria que consti-
tui objeto da perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elabora-
ção do respectivo laudo e se abster de expender argumentos ou dar a conhecer sua 
convicção pessoal sobre os direitos de qualquer das partes interessadas, elaborando 
seu laudo especificamente no âmbito técnico legal;
Importante que o perito se inteire de todas as circunstâncias e dados antes de res-
ponder aos quesitos formulados, além da obrigatoriedade de declarar-se impedido 
ou suspeito de aceitar sua nomeação, nas hipóteses previstas no Código de Processo 
Civil em seu artigo 144 do Código de Processo Civil, nas situações que veremos a 
seguir:
22 /
1. quando no processo, o perito já estiver pos-
tulando, como defensor público, advogado 
ou membro do Ministério Público, seu côn-
juge ou companheiro, ou qualquer parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou co-
lateral, até o terceiro grau, inclusive;
2. quando for parte no processo ele próprio, 
seu cônjuge ou companheiro, ou parente, 
consanguíneoou afim, em linha reta ou co-
lateral, até o terceiro grau, inclusive;
3. quando for sócio ou membro de direção ou 
de administração de pessoa jurídica parte 
no processo;
4. quando for herdeiro presuntivo, donatário 
ou empregador de qualquer das partes;
5. em que figure como parte instituição de en-
sino com a qual tenha relação de emprego 
ou decorrente de contrato de prestação de 
serviços;
6. em que figure como parte cliente do escri-
tório de advocacia de seu cônjuge, compa-
nheiro ou parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive, mesmo que patrocinado 
por advogado de outro escritório;
7. quando promover ação contra a parte ou 
seu advogado.
O impedimento e suspeição dos Juízes se apli-
cam aos peritos, conforme determinação pro-
cessual civil.
1. amigo íntimo ou inimigo de qualquer das 
partes ou de seus advogados;
2. que receber presentes de pessoas que ti-
verem interesse na causa antes ou depois 
de iniciado o processo, que aconselhar al-
guma das partes acerca do objeto da causa 
ou que subministrar meios para atender às 
despesas do litígio;
3. quando qualquer das partes for sua credo-
ra ou devedora, de seu cônjuge ou compa-
nheiro ou de parentes destes, em linha reta 
até o terceiro grau, inclusive;
4. interessado no julgamento do processo em 
favor de qualquer das partes.
* O perito poderá declarar-se suspeito por 
motivo de foro íntimo,
Impedimento E Suspeição Do Perito 
(artigo 144 e 145 do CPC)
IMPEDIDO SUSPEITO
23 /
8.3.2 – Das obrigações do Perito – Conforme 
legislação processual civil.
O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregan-
do toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 
(caput do artigo 157 do CPC);
A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da 
suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a 
alegá-la. (§ 1º., do artigo 157 do CPC);
Petição de Renúncia
Exmo. Sr. (Dr) Juiz de Direito da (dizer qual é a vara, ou colocar Vara Judicial se for 
cidade pequena, na qual há apenas uma vara) Vara Cível de (nome da cidade) – 
(abreviação da UF) 
Autor: (nome)
 Réu: (nome) 
Ação: (tipo de ação) 
Processo nº: (número do processo) 
 
(Nome do perito em letra maiúscula, grifado em negrito ou sublinhado), Perito 
deste Juízo, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe vem, 
respeitosamente, informar a Vossa Excelência, que apesar de muito honrado com 
a designação, por motivos alheios à sua vontade, encontra-se impossibilitado de 
exercer o encargo (caso entenda por bem explicar, colocar: “, devido a...” ). 
Dessa forma, apresenta sinceras escusas e fica à disposição deste Juízo para maio-
res esclarecimentos, assim como a para atuar em outros processos, quando for so-
licitado. Isto posto, requer a sua dispensa do encargo e a juntada desta aos autos 
para tornar ciente as partes interessadas e para os devidos fins de direito. É o que 
requer,
Pede deferimento. 
(Cidade, UF), _____de __________de _____ ________
(Assinatura do perito)_______ 
(Nome do Perito) Nº do Órgão de Classe
O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos 
prejuízos que causar à parte (artigo 158 do CPC);
Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias: I - Proposta de honorá-
rios; II -currículo, com comprovação de especialização; III - contatos profissionais, 
em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais. 
(§ 2º., do artigo 465 do CPC);
24 /
O perito cumprirá escrupulosamente o encargo 
que lhe foi cometido, independentemente de ter-
mo de compromisso. (caput do artigo 466 do CPC);
O perito pode ser substituído quando: I - Faltar-
-lhe conhecimento técnico ou científico; II- sem 
motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no 
prazo que lhe foi assinado ( artigo 468 e incisos;);
O perito substituído restituirá, no prazo de 15 
(quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho 
não realizado (...) artigo 468 do CPC
O perito deverá dar ciência às partes, da data e do 
local designados pelo Juiz ou indicados pelo peri-
to para ter início a produção da prova. (artigo 474 
do CPC);
o perito deverá acessar o portal do perito no sis-
tema de processo eletrônico no qual está cadas-
trado, em períodos não superior a dez dias, para 
receber as intimações. ( Art. 5º., da Lei 11.419 de 
20.12.2006)
o perito deverá estar habilitado para assinar digi-
talmente os processos eletrônicos para os quais 
for nomeado, Lei 11.419 de 20.12.2006;
deverá utilizar assinatura eletrônica, por Certifica-
do Digital ou usuário e senha, de acordo com a exi-
gência legal ou do sistema do respectivo Tribunal 
nomeante:
o Perito deverá conhecer Normas, Resoluções, 
provimentos e portais dos tribunais, voltados para 
área da perícia; estar inscrito em cadastro man-
tido pelos Tribunais ( §1º. Do artigo 156 do CPC); 
prestar informações técnicas ou cientificas, zelan-
do pela verdade pura e incontestável (artigo 158 
do CPC);o perito deverá responder quesitos suple-
mentares, porventura, apresentado pelas partes 
(artigo 469 do CPC); acompanhar o Juiz em ins-
peção judicial, caso assim seja designado (artigo 
482 do CPC).
8.3.2 – Dos direitos do Perito – 
conforme legislação processual 
civil 
- Possibilidade de receber honorários adiantados 
e corrigidos monetariamente ( artigo 95 do CPC);
- Não há necessidade de participar de concursos 
para sua atuação junto ao judiciário, basta estar 
regularmente inscrito no Cadastros dos Tribu-
nais;
- Direito a não responder quesitos impertinentes 
(artigo 470 do CPC);
- Direito de cobrar honorários em conformidade 
com o volume das horas trabalhadas e com a 
tabela normativa de cada Entidade de Classe;
- Direito de receber honorários logo após con-
cluído o trabalho, com a homologação do laudo 
pericial, mesmo sendo parte responsável pelo 
pagamento, o Município, o Estado, a União, o 
Ministério Público;
- Direito de ser nomeado de forma equitativa, 
entre outros membros da lista da Vara, assim 
como fiscalizar seu cumprimento (§ 2º., do artigo 
157 do CPC)
8.3.2 – Das Sanções em face do 
Perito – conforme regulamenta o 
Código de Direito Penal. 
Laudos periciais traduzem exercício de função 
pública, a qual resulta submissão aos princípios 
onstitucionais que presidem a Administração Pú-
blica, assim, sempre que houver função pública 
em jogo, os princípios da legalidade, impessoa-
lidade, moralidade, publicidade e eficiência, en-
tram em cena.
Os peritos judiciais assumem voluntariamente 
elevados deveres públicos, assimilando os rigores 
25 /
de uma relação de sujeição especial mantida com 
o Estado.
Tais são os auxiliares de encargo judicial, que 
sempre são pessoas físicas, exceto para a situa-
ção alencada no CPC. Daí por que o fato de um 
perito ser um profissional que não integra os qua-
dros do Judiciário não o exime das elevadas obri-
gações públicas, inclusive da obediência ao dever 
de probidade administrativa que emerge tanto da 
Carta Magna (art.37, par.4o), quanto da legislação 
infraconstitucional (Lei 8.429/92).
A tutela da probidade encontra respaldo consti-
tucional direto no art.37, par.4º, da Magna Carta, 
alcançando, inegavelmente, os peritos.
O laudo pericial envolve a obediência a regras 
jurídicas elementares ligadas à interdição à arbi-
trariedade dos funcionários públicos, motivação 
e transparência.
Tais normas repercutem nos deveres positivos e 
negativos dos peritos. Trata-se de exigir desses 
profissionais certos deveres públicos, marca-
damente aqueles relacionados à probidade ad-
ministrativa, requisito geral de toda e qualquer 
função pública.
Os peritos, enquanto auxiliares do Judiciário, 
possuem responsabilidades por seus erros, equí-
vocos ou transgressões, intencionais ou não. 
Cuida-se de agentes públicos para fins de res-
ponsabilidade, podendo incorrer, inclusive, no 
cometimentode crimes privativos de funcioná-
rios públicos.
Laudos são impugnados diariamente, as-
sim como são desconsiderados. Nem por isso 
obviamente, haverá responsabilidade pessoal 
dos peritos.
As condutas dos peritos podem oscilar, sutilmen-
te, entre categorias como a culpa, a culpa grave, o 
erro grosseiro, ou o dolo administrativo, nas suas 
variadas modalidades; por isso, vê-se claramen-
te a complexidade dos conteúdos potenciais do 
conceito de perito inidôneo, que perpassa regras, 
princípios e valores diversos na legislação espe-
cializada do Código Processual Civil.
Um laudo ilícito, confeccionado com desvio de 
poder, sem suporte em regras técnicas e racio-
nais, pode refletir o enriquecimento sem justa 
causa de alguém. Cuida-se de uma equação apa-
rentemente singela: o laudo gera o enriqueci-
mento vertiginoso, sem justa causa, de uma parte 
em detrimento da outra.
Tanto o perito, quanto o juiz responsável pela ho-
mologação originária do laudo revestido de sinais 
de improbidade, podem ser chamados à respon-
sabilidade pelos canais competentes.
Juízes que apreciam causas de enorme vulto eco-
nômico, com auxiliares peritos na confecção de 
laudos técnicos, reclamam uma incidência mais 
detalhada de monitoramento correcional. Isso, 
porque tais autoridades tornam-se mais vulnerá-
veis e expostas às influências ostensivas ou sutis 
de segmentos poderosos.
As áreas relativas a falências, cível, direito econô-
mico, direito tributário, entre outras muitas, po-
dem merecer uma atenção especial, devido aos 
consideráveis interesses econômicos ou políticos 
em jogo.
Sobre o enriquecimento ilícito e as ferramentas 
legais ou administrativas de prevenção ou repres-
são, registre-se que um perito, ao trabalhar em 
casos de alta repercussão econômico-financeira, 
deve ter seus bens inventariados, sua evolução 
patrimonial acompanhada, tal como ocorre com 
os agentes públicos expostos ordinária e rotinei-
ramente à Lei 8.429/92.
Durante o período de sua atuação o Perito é con-
siderado funcionário público transitório, assim, 
Juízes e peritos, como os demais agentes públi-
cos brasileiros, estão submetidos ao princípio 
constitucional da responsabilidade.
Por oportuno frisar que, caso o perito não aten-
da às exigências legais para o exercício de suas 
funções e disto resulte uma perícia deficiente ou 
inconclusiva, o juiz poderá reduzir os honorários 
periciais inicialmente arbitrados.
Apesar de o artigo 465, § 5º, do Código de Proces-
so Civil dizer que “o juiz poderá” reduzir a remu-
neração do perito, cremos que a interpretação 
sistemática implica a conclusão de que a redução 
dos honorários periciais é de rigor. Com efeito, 
não tendo desempenhado seu ofício como de-
veria, já que a perícia foi reputada deficiente ou 
26 /
inconclusiva, o recebimento do valor integral dos 
honorários periciais caracteriza enriquecimento 
ilícito, mormente pelo fato de que para a reali-
zação de nova perícia outros honorários deverão 
ser pagos pela parte, que acabaria sendo onerada 
excessivamente.
Há de supor, inclusive, que o juiz pode até mes-
mo indeferir o levantamento de qualquer valor 
pelo perito quando a prova pericial for declarada 
nula por sua culpa. É o caso, por exemplo, do pe-
rito que, não observando seus deveres de zelo e 
diligência, realiza a perícia de forma desidiosa e 
apresenta um laudo deficiente com conclusões 
parcas, que nem mesmo após os esclarecimentos 
é possível a valoração da prova pelo magistrado.
Vejamos o que aduz o Código Penal Brasileiro:
- Funcionário Público: Art. 327 - Considera-se 
funcionário público, para os efeitos penais, quem, 
embora transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - 
Equipara-se a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraesta-
tal, e quem trabalha para empresa prestadora de 
serviço contratada ou conveniada para a execu-
ção de atividade típica da Administração Pública. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000);
- Falso testemunho ou falsa perícia: Art. 342. 
Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade 
como testemunha, perito, contador, tradutor ou 
intérprete em processo judicial, ou administrati-
vo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Reda-
ção dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001). Pena 
- reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vi-
gência). § 1o As penas aumentam-se de um sexto 
a um terço, se o crime é praticado mediante su-
borno ou se cometido com o fim de obter prova 
destinada a produzir efeito em processo penal, 
ou em processo civil em que for parte entidade da 
administração pública direta ou indireta. (Reda-
ção dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001); § 2o 
O fato deixa de ser punível se, antes da sentença 
no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se 
retrata ou declara a verdade. (Redação dada pela 
Lei nº 10.268, de 28.8.2001);
- Corrupção ativa – Art. 342. Dar, oferecer ou 
prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a 
testemunha, perito, contador, tradutor ou intér-
prete, para fazer afirmação. falsa, negar ou calar 
a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tra-
dução ou interpretação: (Redação dada pela Lei 
nº 10.268, de 28.8.2001). Pena - reclusão, de três 
a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 
10.268, de 28.8.2001). Parágrafo único. As penas 
aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime 
é cometido com o fim de obter prova destinada 
a produzir efeito em processo penal ou em pro-
cesso civil em que for parte entidade da adminis-
tração pública direta ou indireta. (Redação dada 
pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
- Falsidade ideológica - Art. 299 - Omitir, em do-
cumento público ou particular, declaração que 
dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir 
declaração falsa ou diversa da que devia ser es-
crita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga-
ção ou alterar a verdade sobre fato juridicamente 
relevante. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e 
multa, se o documento é público, e reclusão de 
um a três anos, e multa, se o documento é par-
ticular. Parágrafo único - Se o agente é funcioná-
rio público, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assen-
tamento de registro civil, aumenta-se a pena de 
sexta parte.
- Uso de documento falso - Art. 304 - Fazer uso 
de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, 
a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a comi-
nada à falsificação ou à alteração 
- Falsidade de atestado médico - Art. 302 - Dar 
o médico, no exercício da sua profissão, atestado 
falso: Pena - detenção, de um mês a um ano.Pará-
grafo único - Se o crime é cometido com o fim de 
lucro, aplica-se também multa.
- Falsificação de documento público - Art. 297 
Falsificar, no todo ou em parte, documento pú-
blico, ou alterar documento público verdadei-
ro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete 
o crime prevalecendo- se do cargo, aumenta-se a 
pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, 
equiparam-se a documento público o emanado 
de entidade paraestatal, o título ao portador ou 
transmissível por endosso, as ações de socieda-
27 /
de comercial, os livros mercantis e o testamento 
particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem 
insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, 
de 2000). I – na folha de pagamento ou em docu-
mento de informações que seja destinado a fazer 
prova perante a previdência social, pessoa que 
não possua a qualidade de segurado obrigatório; 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000). II – na Car-
teira de Trabalho e Previdência Social do empre-
gado ou em documento que deva produzir efeito 
perante a previdência social, declaração falsa ou 
diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000); III – em documento 
contábil ou em qualquer outro documento rela-
cionado com as obrigações da empresa perante 
a previdência social, declaraçãofalsa ou diversa 
da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000); § 4o Nas mesmas penas incorre 
quem omite, nos documentos mencionados no § 
3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a 
remuneração, a vigência do contrato de trabalho 
ou de prestação de serviços. (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000)
Exploração de prestígio - Art. 357 - Solicitar ou 
receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a 
pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Mi-
nistério Público, funcionário de justiça, perito, 
tradutor, intérprete ou testemunha: Pena - reclu-
são, de um a cinco anos, e multa.Parágrafo único 
- As penas aumentam-se de um terço, se o agente 
alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade tam-
bém se destina a qualquer das pessoas referidas 
neste artigo.
28 /
9.0 – Da Perícia Judicial
9.1 – Da Perícia Como Meio De Prova
9.1.1. – Definições
Perícia é o meio de prova feita pela atuação de técnicos ou doutos promovida pela 
autoridade policial ou judiciária, com a finalidade de esclarecer à Justiça sobre o 
fato de natureza duradoura ou permanente.
O artigo 212 do Código de Processo civil estatui que os fatos jurídicos trazidos no 
processo, podem ser provados, mediante I- confissão; II- documento; III - testemu-
nha; IV - presunção; V - perícia.
A prova pericial consist irá em exame, v istoria ou avaliação, e poderá ser deter-
minada pelo juiz “de ofício” (sem que qualquer das partes requeiram) ou a requeri-
mento das partes. Será indeferida quando: a) não houver a necessidade de conhe-
cimento especial de técnico para prova do fato; b) o fato já estiver comprovado por 
outros meios de prova; e, c) a verificação for impraticável (art. 464, §1º, CPC).
• exame, que é a observação e análise de pessoas e objetos, para extrair as infor-
mações pretendidas (ex: exame médico em pedido de benefício previdenciário 
por incapacidade, exame de DNA em pedido de investigação de paternidade);
• v istoria, que é a análise de bens imóveis, para verificar e especificar o seu es-
tado.
• avaliação, que é a atribuição de valor ao bem, ou a definição do seu valor de 
mercado. Caso o objeto da perícia envolva aspectos de maior complexidade, 
abarcando várias áreas do saber, o juiz nomeará mais de um perito, haja vista 
a necessidade de que cada um seja especializado em sua respectiva área de 
conhecimento (art. 475, CPC).
A produção da prova pericial poderá ser dispensada quando as partes, na inicial 
e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou 
documentos elucidativos que forem considerados suficientes pelo magistrado (art. 
472, CPC).
29 /
9.1.1.1 – Bens - definições
BEM
COISA
BENS MÓVEIS
BENS SEMOVENTES
É tudo aquilo que é útil às pessoas. 
Portanto, suscetível de apropriação
É todo o bem suscetível de avaliação 
econômica e apropriação pela pessoa
São aqueles suscetíveis de movimento próprio 
ou de remoção por força alheia, sem que isso 
altere a sua substância ou destinação econô-
mica. Ex.: cadeira, eletroeletrônicos etc.
Possuem movimento próprio ou de remoção 
por natureza. Ex.: gados em geral, a energia 
elétrica etc.
A VIDA, A SAÚDE E A LIBERDADE SÃO CONSIDERADOS BENS QUE NÃO 
PODEM DE MANEIRA NENHUMA SEREM AUFERIDOS ECONOMICAMENTE.
9.1.2 - Prova Técnica Simplificada – 
Perícia Simplificada
Em muitos casos, apesar da necessidade de co-
nhecimentos técnicos ou científicos especializa-
dos para a comprovação de determinado fato, 
pode ocorrer que a causa não envolva questões 
de alta complexidade.
Nesta hipótese o juiz poderá de ofício, ou a reque-
rimento das partes, substituir a perícia por prova 
técnica simplificada, a qual consiste apenas na in-
quirição do especialista sobre os pontos contro-
vertidos da causa. 
Durante sua arguição, o especialista poderá se 
utilizar de qualquer recurso tecnológico de trans-
missão de sons e imagens.
9.1.3 – Prova Consensual - Perícia 
Consensual
Além da nomeação do perito pelo juiz, a Lei nº 
13.105/2015 passou a permitir que as partes, de 
comum acordo, escolham o perito que deverá 
atuar no caso (art. 471). Essa escolha poderá ser 
feita através de requerimento das partes, se ple-
namente capazes, e desde que a causa admita 
autocomposição (acordo)
No mesmo momento em que as partes, de co-
mum acordo, escolhem o perito, deverão indicar 
seus assistentes técnicos e apresentar quesitos.
O trabalho pericial será realizado em local e data 
previamente agendados, tendo o perito que apre-
sentar seu laudo no prazo fixado pelo juiz, assim 
como deverão fazer também os assistentes técni-
cos com seus pareceres.
30 /
A perícia consensual não enfraquece a força probante do trabalho, substituindo, 
para todos os efeitos, a perícia que se realizaria caso o expert fosse nomeado pelo 
magistrado.
Não há necessidade de que o perito escolhido consensualmente pelas partes esteja 
inscrito no cadastro do tribunal. Quando indicam o perito, as partes já devem indi-
car também os assistentes técnicos que acompanharão a perícia e a data e o local 
em que será ela realizada (art. 471, § 1.º). 11 de mar. de 2016
Sobre a perícia consensual, o Conselho Nacional de Justiça, manifestou a preocu-
pação em admitir peritos consensuais que não estejam cadastrados junto ao Tribu-
nal, veja abaixo:
“CONSELHEIRO Rogério José Bento Soares do Nascimento: Adoto o relatório, bem lan-
çado, e acompanhando o voto pela aprovação do ato normativo, todavia, acrescento 
as considerações que seguem:
Louvo a excelência do trabalho desenvolvido pelo Grupo que examinou, neste Con-
selho Nacional, os reflexos da entrada em vigor do atual Código de Processo Civil, e 
manifesto minha integral concordância com a proposta de resolução relatada por Sua 
Excelência o eminente conselheiro Carlos Augusto Levenhagen, a propósito da criação 
de Cadastro Nacional de Peritos, previsto no art. 156 do atual CPC com registro, no 
entanto, que a mim parece: a) insuficiente o mecanismo criado para comprometer 
o perito consensual com o interesse da just iça, e b) necessário refletir sobre a possi-
bilidade e oportunidade de estender ao tradutores e intérpretes o mesmo tratamento 
conferido na resolução ao peritos.
Acredito que o perito consensual tem de se cadastrar, a autonomia da vontade não 
é isenta de limites, no interesse público da administração da just iça, que é provo-
cada. Nenhuma causa resulta da vontade do Judiciário. Esse é a linha da proposta, 
pelo que decorre do art. 6º e do art. 10, §§ 1º e 2º.
Todav ia, penso que impedir o recebimento pela perícia realizada é correto, mas 
não suficiente para comprometer com o cadastro, e para coibir um conluio das par-
tes com um perito consensual, v isando ferir interesse de terceiros. Talvez pudesse 
v ir a ser construída uma solução no sentido de que, não havendo o cadastro, que 
é essencial para garantir a capacidade e a credibilidade do perito ou órgão esco-
lhido, a perícia não será homologada, não serve como prova. O juiz ficaria então, 
desobrigado da escolha das partes e nomearia um profissional ou órgão técnico 
cadastrado.
Por fim, muito embora esteja fora de dúvida que o objetivo da resolução é dispor ape-
nas sobre os peritos, por força do que estabelece o art. 156, que não faz referência a 
tradutores e intérpretes aqueles também são auxiliares da justiça especialistas. Com 
as razões ora acrescidas acompanho o voto do eminente Relator, pela aprovação da 
minuta de Resolução.É como voto.” Voto Convergente - ROGÉRIO JOSÉ BENTO SOARES 
DO NASCIMENTO
31 /
9.1.4 – Perícia quanto ao ramo do 
direito
As perícias são realizadas nos ramos do direito cí-
vel, pena e trabalhista.
9.1.4.1 – A perícia cível é aquela que trata dos 
conflitos judiciais na área patrimonial e/ou pecu-
niária, entre outros.
No foro cível os peritos podem atuar em áreas das 
mais diversificadas e constitui um conjunto de 
procedimentos técnicos e científicos destinados 
a levar ao juiz os elementos probatórios necessá-
rios a justificar a sentença

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