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Universidade Estácio de Sá Professora Antonia de La Cruz Apostila elaborada por Antonia de La Cruz – Curso de Direito AULA 7 PRECONCEITO, ESTEREÓTIPOS E DISCRIMINAÇÃO. ESTEREÓTIPOS: A BASE COGNITIVA DO PRECONCEITO Na base do preconceito estão as crenças sobre características pessoais que atribuímos a indivíduos ou grupos, chamadas de estereótipos. É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista, mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa – idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada. Quando nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira seletiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial. O estereótipo, em si, é frequentemente apenas um meio de simplificar e "agilizar" nossa visão do mundo. Gordon Allport referia-se ao ato de estereotipar como fruto da "lei do menor esforço". Nossos limitados recursos cognitivos, diante de um mundo cada vez mais complexo, é que nos fazem optar por estes atalhos, que se às vezes nos poupam, cortando significativamente o caminho, em outras, nos conduzem aos indesejáveis becos do preconceito e da discriminação. ROTULAÇÃO A rotulação seria um caso especial do ato de estereotipar. Em nossas relações interpessoais, facilitamos nosso relacionamento com os outros se atribuirmos a eles determinados rótulos capazes de fazer com que certos comportamentos possam ser antecipados. Exemplo: quando um gerente rotula um empregado de "preguiçoso", ele "prevê" determinados comportamentos que este empregado deverá exibir frente a certas tarefas. Profecia auto-realizadora => induzir o rotulado a se comportar da maneira que esperamos. Ideologia inconsciente => conjunto de crenças que aceitamos implícita e não conscientemente. Um exemplo disto pode ser visto nas relações de género. ESTEREÓTIPOS E GÊNERO Papeis pré-determinados para homens e mulheres. Exs: o estereótipo ligando os homens às funções de "herói" e as mulheres às de "mães" está profundamente entranhado na cultura. A norma genérica dominante ainda exige dos homens que sejam machistas, narcisistas, onipotentes, impenetráveis e ousados. Qualquer desvio em relação a esta norma pode significar fracasso, debilidade ou sinal de homossexualismo. ESTEREÓTIPOS E ATRIBUIÇÃO O preconceito pode apresentar-se também via atribuição de causalidade. A ação de uma pessoa => deduções acerca dos motivos que possam ter causado aquele comportamento. E o preconceito frequentemente contamina nossas percepções. Ex: um padre saindo de um prostíbulo. PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO Se o estereótipo é a sua base cognitiva, os sentimentos negativos em relação a um grupo constituiriam o componente afetivo do preconceito, e as ações, o componente comportamental. O preconceito é uma atitude: uma pessoa preconceituosa pode desgostar de pessoas de certos grupos e comportar-se de maneira ofensiva para com eles, baseada em uma crença segundo a qual possuem características negativas. Uma atitude é composta: - de sentimentos (componente afetivo), - predisposições para agir (componente comportamental) e - de crenças (componente cognitivo). O preconceito poderia ser definido como uma atitude hostil ou negativa com relação a um determinado grupo, não levando necessariamente, pois, a atos hostis ou comportamentos persecutórios. Discriminação=> refere-se à esfera do comportamento (expressões verbais hostis, condutas agressivas, etc.). Sentimentos hostis + a crenças estereotipadas =>deságuam numa atuação que pode variar de um tratamento diferenciado a expressões verbais de desprezo e a atos manifestos de agressividade. O PAPEL DO BODE EXPIATÓRIO Procuramos transferir nossos sentimentos de raiva ou de inadequação, colocando a culpa de um fracasso pessoal em algo externo ou sobre os ombros de uma outra pessoa. �PAGE � �PAGE �1�
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