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WORKSHOP 1 – 2012.2 – Projeto Básico Planejamento – DSG1002 Diego Barbosa, turma 1AH Antes de descrever minha experiência ao pesquisar sobre São Tomé e Príncipe para a disciplina Projeto II do curso de Design da PUC-Rio neste primeiro mês de período, é importante falar da intensa experiência vivida em sala de aula, que é somada à pesquisa. Ao contrário do projeto I, no período passado, onde a maioria dos colegas não se demonstrava tão comprometida, em Projeto II, mais especificamente na turma do Fernando e Rômulo, percebemos uma constante participação dos alunos, que colaboram com intensas discussões em sala. Assim, absorvemos diferentes opiniões sobre o mesmo tema, ampliando nosso ponto de vista. Também é importante ressaltar os pontos negativos, não menos produtivos, das discussões em aula. Seja qual for o assunto, sempre há uma questão em comum: será que eles precisam disso? Como não sabemos responder, paramos e mudamos de assunto até chegarmos à mesma questão, e assim até a intervenção dos professores. Embora seja fundamental considerarmos e buscarmos a real necessidade do contexto sobre o qual projetamos, muitas vezes, sobretudo na nossa condição de projetar à distância, é impossível chegar a uma conclusão, seja por falta de conhecimento da cultura alheia ou excesso sobre a nossa própria cultura. Transformamos este pequeno problema em um obstáculo que nos impede de prosseguir com determinada ideia, como se a ausência de evidência fosse evidência da ausência. Por isso, nas minhas pesquisas e reflexões, procuro pensar de uma forma diferente. Para validar uma ideia, não é fundamental a necessidade real e presente de sua aplicação, mas a possibilidade de ela ser necessária, hoje ou amanhã. Utilizando como exemplo um assunto abordado em sala de aula, a informação de que será implementada uma rede de internet no local nos leva a uma possibilidade de necessidade futura: a instrução das pessoas para o uso das ferramentas que acompanham tal implementação. Não para por aí. Cada possível necessidade traz consigo uma variedade de outras possibilidades. Mas a questão persiste: será que eles precisam disso? Por escassez de conhecimento cultural - e consciência desta falta -, que não é efetivamente absorvido à distância, podemos imaginar que eles já vivem felizes sem isso; por excesso de conhecimento da nossa cultura, chegamos à conclusão de que não conseguiríamos viver sem tal tecnologia. A melhor conclusão, portanto, é a não conclusão, é a afirmação da eterna dúvida. Todo esse aparente comprometimento da turma nos instiga a nos empenhar ainda mais, formando um ciclo virtuoso. Minha pesquisa individual se concentrou na internet, em dados binários que nem sempre são satisfatórios. São representações da interpretação de quem os coletou ou produziu, o que pode ajudar ou prejudicar. É comum encontrar contradições, até mesmo entre dados aparentemente confiáveis e palestras dos nossos orientadores. Sendo assim, a maior parte da pesquisa se resume em encontrar várias fontes de uma mesma informação para se chegar a uma dúvida, que gera outra pesquisa e assim por diante.
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