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HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) É a denominação que se dá a avaliação global dodoente. É a primeira etapa do exame físico, devendo ser Iniciadaao primeiro contato com o paciente. Seu objetivo é aobtenção de dados gerais (independe da queixa dopaciente). – A avaliação deve ser crânio-caudal IMPRESSÃO INICIAL · Bom estado geral · Estado geral regular ou levemente comprometido · Estado geral ruim ou muito comprometido Se ele está ativo, hipoativo, no colo da mãe ouresponsável, deambulando ou não (andar ou caminhar),na maca, suas condições de higiene, se houver alteraçãode consciência, verificar se está sonolento, torporoso ouem coma. Atitude A posição que o paciente adota com a finalidade de sesentir confortável, é a que lhe convém. · ATITUDE ATÍPICA: não há preferência de posiçãopor parte do paciente · TÍPICA: é que sugere um desconforto– Ortopnéica: dispnéia (torna mais fácil acirculação de ar no organismo)– Atitude Genupeitoral (Prece Maometana):para aliviar a dor (casos de abdomeagudo e pericardite)– Cócoras: Sentado sobre os calcanhares,observada principalmente em pacientescom tetralogia de Fallot (fluxo sanguíneodeficiente)– Antálgicas: mão colocada no lugar da dor(decúbito ventral ou lateral) – Contraturais: a mais comum é a posiçãoem opistótono. Nessas atitudes, énecessário palpação das massasmusculares e tentar a mudança deposição do paciente, para uma melhoravaliação (tétano, de meningite, deintoxicações medicamentosas(metoclopramida) e outros)– Em gatilho: contratura dos músculos danuca e da região dorsal. A cabeça ficavoltada para trás, o tronco, arqueado, eos membros inferiores fletidos (processosde irritação meníngea) Marcha Deve ser observada a entrada do paciente para seuatendimento ou então o médico pede a ele que caminhepara analisar-lhe a marcha e os pés (pés supinados,pronados, planos). – Analisar a marcha e suas características facilitao diagnóstico Ortopnéica Genupeitoral Cócoras Contratural Em gatilho HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) atáxica As pernas são projetadas para a frente , e para os lados,elevam-se e caem, tocando o calcanhar https://youtu.be/1C3hvOyPB9A?t=54 · Tabética: com o olhar dirigido ao solo.Encontrada nas lesões posteriores da medula; · Cerebelar (ébrio): andar titubeante, emziguezague. Encontrada nas lesões cerebelares. escarvante ou parética O paciente levanta emdemasia a perna, tocando osolo com a ponta e a bordaexterna do pé. Encontrada naslesões dos nervos periféricos. https://youtu.be/Eah-xqhDofg?t=9 em foice O paciente, para deslocar omembro inferior paralisado,descreve um arco deconcavidade interna, o pése arrasta no chão, tocandoo solo com a sua bordaexterna e a pontainclinando o tronco para olado oposto à hemiplegia. https://youtu.be/EvFQHTucCz0?t=37 anserina ou do pato O paciente caminha inclinando o tronco para a direita epara a esquerda, assemelhando- se aos patos.Encontrada nas miopatias. https://youtu.be/j_E2R2jWZRU passos miúdos Comum em adultos com doença de Parkinson ouarteriosclerose cerebral avançada. https://youtu.be/JGzs8xi-UT0 do sapo Encontrada nos casos de distrofia muscular progressiva.A criança anda de cócoras apoiada nas mãos. CLAUDICANTE Encontrada nos casos em que existe dor ao andar. https://youtu.be/gFj76rFJZyo Biotipo Segundo a classificação de Waldemar de Berardinelli,temos os seguintes biotipos: · Longilíneo: membros predominando sobre otronco, que é afilado e chato, pescoço longo edelgado · Normolíneo: equilíbrio entre o tronco e osmembros · Brevilíneo: membros curtos, tórax alargado epescoço curto HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) Fala Composta pela linguagem, palavra e voz · Disfonia ou afonia: dificuldade na emissão dapalavra (é, na verdade, sintoma) – Orgânica: provocada por diversos fatores,e tem impacto direto sobre a voz. Algunsexemplos são: alterações vocais devido aneoplasias da laringe, doençasneurológicas, inflamações ou infecçõesagudas associadas a gripes, laringites efaringites– Funcional: distúrbio do comportamentovocal, ou seja, uma alteração provocadapelo próprio uso da voz. Pode serdecorrente do uso inadequado/abusivo da voz, inadaptações vocais e alteraçõespsicogênicas– Organofuncional: a lesão estruturalbenigna localizada nas pregas vocais,secundária ao comportamentoinadequado ou alterado da voz.Geralmente, é consequência de umadisfonia funcional não tratada. · Afonia de conversão: Fala articulada ou fonaçãosussurrada, sendo presente apenas a articulaçãodas palavras · Disartria: grupo de distúrbios da fala resultantede uma lesão no mecanismo neurológico (centrale/ ou periférico) que regula os movimentos dafala · Disfasia: transtorno da comunicação verbal queafeta a expressão (disfasia expressiva) e/ou acompreensão oral (disfasia de recepção) podeser por lesão cerebral ou falta de oxigênio aonascer · Dislalia: transtorno ou distúrbio na articulaçãodos fonemas por alterações funcionais dosórgãos periféricos da fala · Dislexia: Incapacidade de aquisição dosimbolismo escrito ou lido, apesar do bom nívelmental e de boas condições sensoriaisDisgrafia: alteração no formato, direção e/ ousentido do traçado dos grafemas que dequalquer forma comprometa a decodificação doproduto gráfico · Disortografia: trocas, omissões e inversõesgrafêmicas (não é necessariamente umdistúrbio) Estado psíquico Depressão da consciência · Sonolência: mais leves; pacientes ficamdormindo sempre · Estupor: desaparecimento da sensibilidade aomeio ambiente e da faculdade de exibir reaçõesmotorasComa: perda total da consciência. Ocorre perdada inteligência, da motilidade e da sensibilidade(térmica, tátil e dolorosa) · Perversão ou no exagero da atividade psíquica:delírios HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) aferição de temperatura Locais de verificação e valores normais: · Temperatura axilar: 35,5 a 37°C · Temperatura bucal: 36 a 37,4°C · Temperatura retal: 36 a 37,5° Variações normais: · Axilar - 35,5ºC a 37ºC · Bucal - 0,5ºC maior do que a axilar · Retal- 0,5º a 1 ºC maior do que a axilar– O centro regulador da temperatura estáno hipotálamo– Variação normal da temperatura duranteo dia: 17h (elevado) e 3h (baixos) Pirogêneos Produtos do metabolismo de organismos, comobactérias e fungos, que podem causar febre. Sãolipídeos associados a moléculas transportadoras quepodem ser polissacarídeos ou peptídeos. endógenos Produzidos pelo organismo, como resposta a umainfecção, desencadeando a produção deprostaglandinas pelo hipotálamo. · Interleucina 1 (IL1) · Interferon gama (IFN-gama) · Fator de necrose tumoral (FNT) · Interleucina 6 (IL6) exógeno Aqueles originários fora do corpo e induzem elevaçõestérmicas quando injetados em humanos e animais. Embora o lipopolissacarídeo (endotoxina) seja o maispresente e importante pirogênio exógeno, há outros deconstituição química diversa, que causam elevação detemperatura quando injetados sob condições específicas · Bactéria · Fungos · Vírus · Fármacos · Esteróides · Frações do plasma Febre O ponto de equilíbrio hipotalâmico está elevado e ocentro vasomotor determina uma vasoconstrição(impede a perda de calor pela pele) – Verifica-se a criança com frio, apresentandocalafrios – Quando o ponto de regulação volta ao normal, opaciente se sente aquecido, o tônus muscular ea produção de calor diminuem, retornando àperfusão cutânea e à sudorese (o centrotermorregulador volta ao normal ou comoresposta a um antipirético) ALTERAÇÕES DE TEMPERATURA · Hipertermia: > 37 · Hipotermia: < 35,5 Segundo a intensidade, a hipertermia pode ser: · Leve ou febrícula - até 37,SºC · Moderada - entre 37,SºC e 38,SºC · Elevada ou alta - acima 38,SºC padrões de febre · Contínua - a temperatura é mantida elevada,com variações inferiores a 1 ºC · Intermitente - o paciente tem febre interrompidapor períodos de apirexia · Remitente- temperatura flutua, mas não volta aonormal, com variações maiores que 1 ºC · Recorrente ou recidivante - o paciente seapresenta apirético por períodos de dias ousemanas HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) aferição de pa – Repouso de 3 a 5 minutos A menos que a criança esteja agudamente doente, apressão arterial deve ser medida com o pacientesentado, pés apoiados no chão e não balançando namesa de exame Medir a pressão no braço direito para consistência ecomparação com tabelas de referência. A medida depressão pode ser mais baixa no braço esquerdo em casosde coartação da aorta A insuflação excessiva do manguito deve ser evitada,pois causa desconforto. Por isso a pressão sistólica deveser estimada inicialmente pelo método palpatório. – Método palpatório para determinação da pressãosistólica: após a palpação do pulso radial, insufleo manguito 10 mmHg acima do valorcorrespondente ao desaparecimento do pulso esequencialmente desinfle devagar até voltar asentir a pulsação. O nível de pressão no qual opulso desaparece e subsequentemente retornadurante a desinflação corresponde à pressãosistólica Na determinação da pressão arterial pelo métodoauscultatório deve-se inflar o manguito cerca de 20 - 30mmHg acima do valor encontrado pelométodo palpatório Colocar o estetoscópio sobre a pulsação da artériabraquial, na posição proximal e medial da fossa antecubital e abaixo da borda inferior domanguito. A pressão arterial deve ser aferida pelo menos 2 vezesdurante a consulta e o valor da média das duas medidasdeve ser anotado no prontuário. · Pressão sistólica – primeiro som a ser ouvido(som de Korotkoff - K1) · Pressão diastólica – desaparecimento do som(som de Korotkoff – K5)– Se a PS ou PD acima de P90, ela deveser repetida mais 2 vezes na consulta PA ( >1 ano eadolescentes) Classificação Pressão arterial normal PS e PD abaixo de P90para sexo e idade Pré-hipertensão PS ou PD maior que P90 emenor que P95 para sexoe idade ≥ 120 x 80 mmHg paraadolescentes Hipertensão arterial PS ou PA ≥ P95 paraidade e sexo Hipertensão arterialestágio I PS ou PD entre P95 e P99+ 5 mmHg Hipertensão arterialestágio II PS ou PD > P99 + 5mmHg https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/120408_rec_34_MedidadePressaoArteriasl.pdf aferição de fr e fc Contagem da frequência e descrição das característicasdo pulso e da respiração por minuto – Colocar as polpas dos dedos indicador e médiosobre a artéria, comprimindo-a, moderadamente,até sentir a sua pulsação e contar a frequênciadas pulsações, observando o ritmo, e o volumedo pulso– Contar o número de respirações durante umminuto, observando o tipo de respiração, a HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) expansibilidade torácica, o ritmo, a profundidadee a presença de ruídos audíveis FAIXA ETÁRIA FRPrematuro 40-60RN 38-423 meses 30-356 meses 24-291 ano 23-245 anos 18-2215 anos 16-20 FAIXA ETÁRIA FCRN 120 a 160Lactente 80 a 1601 - 5 anos 80 a 1106 - 10 anos 9015 anos 60 a 90 mucosas, pele e anexos A pele, o maior órgão do corpo, é um dos melhoresindicadores de saúde geral. Ela possui três camadas: · CAMADA EXTERNA/EPIDERME: parte superficialda pele · DERME/CÓRION: camada intermediária da pele,formada por fibras de colágeno, elastina e porgrande quantidade de vasos sanguíneos eterminações nervosas · TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO: camada rica emfibras e em células que armazenam gordura(células adiposas). A gordura armazenada notecido subcutâneo constitui reserva de energia,atua como isolante térmico e protege contratraumas O QUE SE DEVE AVALIAR? · Coloração · Continuidade ou integridade · Umidade · Textura · Espessura · Temperatura Pele do recém-nascido Exerce papel fisiológico na regulação da temperatura,bem como barreira protetora contra as infecções Alterações cutâneas transitórias https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/painel-JJ-Fasciculo-6.pdf verniz caseoso Substância sebácea esbranquiçada, composta porcélulas epidérmicas descamadas e secreções sebáceas. – Relacionada com a lubrificação, facilitando apassagem pelo canal de parto, e também possuipropriedades bactericidas– Desaparece espontaneamente HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) lanugem Pêlos finos, não-pigmentados e com pouco potencialpara crescimento – Tende a serem substituídos pelos pelos velus ALOPECIA FISIOLÓGICA Ou calvície, é a perda de cabelo em parte da cabeça oudo corpo DESCAMAÇÃO FISIOLÓGICA Escamas finas e não-aderentes principalmente nostornozelos, mãos e pés – Normal nas primeiras semanas de vida– Ainda não foi determinado se este processo dedescamação é secundário à remoção do vernix,com a consequente diminuição da produção defator umectante natural (importante para mantera flexibilidade e plasticidade do estrato córneo;sua ausência produz ressecamento edescamação) CÚTIS MARMÓREA FISIOLÓGICA Manchas de aspecto reticulado e coloração marmórea ou azulada, principalmente em membrosinferiores ( dilatação de capilares e vênulas) – Esta situação não tem significado patológico enormalmente desaparece quando o RN éaquecido icterícia fisiológica OFERTA AUMENTADA DE BI.– + hemácias circulantes– - meia vida das hemácias– + circulação entero - hepáticaCAPTAÇÃO DEFICIENTE NO PLASMA– Baixa energética nas primeiras 48-72 hCONJUGAÇÃO DEFICIENTE– - atividade da glicoruniltransferaseEXCREÇÃO DEFICIENTE– - O2 para o fígado ao nascer– não fechamento do ducto venoso pósnascimento HIPERPLASIA SEBÁCEA Pápulas pequenas e esbranquiçadas localizadas naabertura do folículo pilossebáceo, no dorso nasal, lábiosuperior, região frontal e malar. – São decorrentes da dilatação do infundíbulofolicular, com tamponamento de queratina.– Diagnóstico diferencial com milia e acneneonatal.– MILIA: cistos de inclusão epidérmicospuntiformes que se originam do aparelhopilossebáceo ( a cor amarelada indicaanormalidade na vida intrauterina) HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) linfonodos São órgãos linfáticos pequenos, de forma ovóide,arredondados ou alongados, cujo diâmetro varia de 1mm a 1 ou 2 cm. – Situam-se no trajeto dos linfáticos, e sãosustentados no tecido conjuntivo ou adiposo pelacápsula, tubérculo e tecido reticular.– Funcionam como um filtro e, no desempenho desua função protetora, aumentam de tamanho,chegando a sacrificar a sua integridade PALPAÇÃO: É realizada com as polpas digitais e a faceventral dos dedos médio, indicador e polegar – No caso da extremidade cervical, ajusta-se acabeça em uma posição que relaxe os músculosdo pescoço, inclinando levemente a cabeça parao lado que se deseja examinar. Abdominal e pélvico Extremidades inferiores,abdome, órgãos pélvicos Axilares Língua, ouvido externo,parótidas, tecidossuperficiais da cabeça,pescoço, laringe,traquéia e tireóide Epitroclear Mãos e antebraços Inguinais Pele de abdome inferior,períneo, região glútea,canal anal inferior,genitália Mediastinal Vísceras torácicas Occipital Parte posterior do courocabeludo Popliteal Articulação de joelho,pele lateral inferior daspernas e dos pés Pré-auricular Pálpebra, conjuntiva,face, couro cabeludo daregião temporal Sub maxilar Dentes, gengiva, língua,mucosa bucal Supraclavicular Cabeça, pescoço, braços,superfície do tórax,pulmões, mediastino,abdome cabeça e crânio Crescimento do cérebro humano: § Intra-útero (6.0 ao 9.0 mês): 3 g/dia § Extra-útero:– 0-6 meses: 2 g/ dia– 6 meses-3 anos: 0,35 g/dia § Ao nascer: 100 bilhões de neurônios Inspeção craniana Observar dimensão, a forma, as suturas, as fontanelas(no RN e no lactente) e a presença de deformidades e deprotuberâncias. No RN de parto normal, podemos verificar um crânioalongado no sentido occipitofrontal, com achatamentoda fronte (osso frontal). HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) – O formato do crânio pode ser influenciado, noprimeiro exame físico, pelo tipo de parto, sevaginal ou cesariana, pela necessidade do crâniode se moldar para a passagem pelo canal departo.– O molde passivo do crânio também pode ocorrerem recém-nascidos gravemente enfermos, oucom distúrbios neurológicos, secundário àmanutenção de decúbito preferencial.– O formato do crânio também pode ser afetadopela presença de craniossinostose, quandoocorre o fechamento precoce das suturas. § Dolicocéfalo: predomínio do diâmetro ântero-posterior § Mesocéfalo: existe um equilíbrio dos diâmetros § Braquicéfalo: predomínio do diâmetro transverso(cabeça chata) § Turricéfalo: crânio pontiagudo na parte posterior,podendo ser também na parte anterior, comaspecto de torre § Plagiocéfalo: crânio assimétrico § Escafolocéfalo: crânio estreito com abaulamentonas regiões frontal e occipital, freqüentementecom aparecimento de uma crista saliente naparte mediana virada para cima em quilha denavio § Macrocéfalo: aumento excessivo do crânio,podendo ser por excesso de líquido(hidrocefalia); § Microcéfalo: crânio pouco desenvolvido, pequeno Palpação craniana Verificamos as suturas, a fontanela anterior, a fontanelaposterior, se ainda estiver aberta (RN e lactente), apresença de massa tumoral, bossa e outras. – Bossa serossangüínea e/ou Céfalo-hematoma: Abossa é como se fosse um edema de partesmoles e absorve mais rápido, em até 7-10 dias.Já o cefalohematoma é uma coleção sanguíneaabaixo do periósteo, ou seja, "por dentro" do ossoda calota craniana e demora mais tempo praabsorver, pode até em alguns casos calcificar eficar bem mais tempo. fontanelas As fontanelas ou fontículos são espaços situados entreos ossos do crânio dos recém-nascidos e fetos. – Chamadas de moleiras– Desaparecem quando se completa a ossificaçãodos ossos do crânio Na palpação das fontanelas, verificamos: § Forma § Tensão § Tamanho § FONTANELA ANTERIOR: se fecha, na maioria dasvezes, entre os 12 e os 18 meses § ESFENOIDAIS E MASTÓIDES: já fechadas aonascer § POSTERIOR: geralmente tem menos de 1 cm aonascer e pode já estar fechada ou não HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) – Fontanela funda e suas causas: desidratação edesnutrição Alterações do tamanho da cabeça microcefalia Perímetro cefálico tem mais de 2 DP (desvios padrões)abaixo da média para a idade e o sexo A microcefalia é uma condição neurológica que secaracteriza por anormalidades no crescimento craniano,habitualmente como expressão do crescimentoanormalmente reduzido do cérebro. – Pode ser causada por defeitos de neurogênese,sinaptogênese e migração neuronal,relacionando-se a malformações macroscópicasdo sistema nervoso central e calcificações doparênquima cerebral.– Esses defeitos ocorrem principalmente nosprimeiros quatro meses de gestação, quandodefeitos genéticos ou a ação de agentesambientais (infecciosos, químicos e nutricionais)podem interferir no desenvolvimento cortical doencéfalo. Craniossinostose Fechamento de uma ou mais suturas, levando àdeformidade do crânio, podendo ocasionar danocerebral. macrocefalia Perímetro cefálico tem mais do que 2 DP acima damédia para a idade e o sexo A Macrocefalia ocorre quando há um aumento cranianoanormal, maior do que o tamanho padrão indicado parabebês e crianças com o mesmo sexo e idade. A mediçãodo crânio é um dos indicadores mais importantes paradetectar a condição. – Causas: hidrocefalia, genética, tumores cerbrais,hematomas, traumas, raquitismo, abcessocerebral... Há aumento da cabeça, abaulamento das fontanelas eafastamento das suturas, com surgimento depapiledema (inchaço do disco óptico que é causado poruma pressão intracraniana aumentada) face Inspeção e palpação Observa-se simetria,os movimentos e asalterações da pele,da boca, do nariz,dos olhos, dasorelhas e ouvidos Fácies. HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) olhos Acuidade visual É a aptidão do olho para distinguir os detalhes espaciais.Em outras palavras, é a capacidade de identificar aforma e o contorno dos objetos. Depende de fatores ópticos e neurais: – Nitidez que a imagem chega na retina– Saúde das células retinianas– Capacidade de interpretação do cérebro No exame, a quantidade de visão é determinada a partirdas menores letras identificadas pela criança, de umadistância preestabelecida. O resultado do teste é,normalmente, especificado por uma fração, na qual onumerador representa a distância entre a tabela e opaciente e o denominador, a distância da qual alguémcom acuidade visual normal seria capaz de distinguir aletra ou a figura em questão. – Crianças não-alfabetizadas: desenhos– Sem participação: observação de como a criançareage a determinados estímulos visuais 0 a 1 MÊS 20/100 a 20/502 A 12 MESES 20/50 a 20/401 A 3 ANOS 20/40 a 20/20MAIS QUE 3 ANOS 20/20 oftalmoscópio Aparelho oftalmológico que possui um espelho anguladoe uma luz que ilumina dentro do olho e a reflexão destaluz na retina permite a observação do fundo do olho. O fundo do olho é a maisrica e detalhada pintura emcores da situação dasartérias, veias e nervos docorpo humano, pois na suavisualização somente meiostransparentes se interpõeentre o médico e a retinado paciente. Desvios oculares grau de normalidade § MANIFESTOS (HETEROTROPIAS): desvios que seapresentam espontaneamente § LATENTES (HETEROFORIAS): precisam decircunstâncias específicas para seremdesencadeados § ESO: para dentro § EXO: para fora § HIPER: para cima § HIPO: para baixo Cada olho deve ser observado separadamente,enquanto o outro é ocluído HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) § CONCOMITANTE: têm o mesmo ângulo emqualquer posição § INCOMITANTE: ângulos diferentes § MONOCULAR: apenas um olho desvia § ALTERNANTE: os dois olhos desviamalternadamente ouvidos Inspeção Na inserção normal da orelha, seu terço superior ficaacima de uma linha horizontal traçada passando peloângulo lateral do olho até a protuberância externa dooccipital. § MICROTIA: pequena § MACROTIA: grande § ANOTIA: ausente Às vezes observamos fístulas pré-auriculares silenciosas,as quais, quando infectadas, dão saída a uma secreçãopurulenta. Palpação Pesquisar apresença delinfonodos, massastumorais,sensibilidade eedema damastóide,abscessos. Otoscopia Para examinar o ouvido de um lactente, geralmente énecessário puxar o lóbulo da orelha para trás e parabaixo. A otoscopia não deve ser limitada à parte central dotímpano. O otoscópio deve ser girado levemente paracima e para baixo, permitindo-nos visualizar,respectivamente, a região apical e o hipotímpano. O tímpano pode apresentar-se avermelhado e sembrilho, abaulado devido a processos infecciosos,retraído, perfurado com secreção, com marcas e, àsvezes, destruído. Teste da orelha A emissão otoacústica evocada (EOA) é o método maismoderno para esse diagnóstico por ser um exameobjetivo, sem contra-indicações, realizado no próprioberçário, com o recém-nascido em período de sono. – Indolor e de fácil execução– Coloca uma sonda no ouvido do recém-nascido HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) – O exame deverá ser feito de preferência nosprimeiros 3 meses de vida NARIZ Inspeção e palpação Verificar o tamanho, a forma, o aspecto, a columela e osepto para constatar desvios do nariz, os cistosdermóides, os nevos pigmentares, os hemangiomas, aencefalocele no nariz, as malformações congênitas... – Pode ocorrer malformações ‘’naturais’’, oriundasda compressão intrauterina– A presença de batimentos nas asas do narizsugere pneumopatia – A palpação do nariz verificaremos a presença detumores, de abscesso, de linfonodos, deencefalocele e outros– Espéculo nasal boca e faringe A criança deverá permanecer sentada/deitada na macaou no colo do responsável, de frente para o examinador. O responsável deverá auxiliar, segurando os braços naregião dos cotovelos da criança, pressionando-os contraa cabeça. Isso dificultará a rotação da cabeça durante aexploração da boca. – Auxílio de lanterna e espátula Sequência de estruturas § Estrutura óssea da face:– Mandíbula– Articulações temporomandibulares– Linfonodos submentonianos,submandibulares e pré-auriculares § Cavidade oral:– Lábios e comissura labial– Sulco gengivolabial– Gengivas– Arcadas dentárias– Mucosa jugal - dueto de Stenon– Palato duro– Língua até papilas circunvaladas– Assoalho da boca - dueto de Wharton -prega da língua § Faringe– Palato mole e úvula– Pilares anteriores– Fossa amigdaliana ou tonsilar– Tonsilas ou amígdalas palatinas– Parede posterior da faringe HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) Estruturas ósseas § Palpar e inspecionar ocasionais relevos anormais § Palpação da mandíbula e articulaçãotemporomandibular § Analisar simetria da face– Retrognatia: mandíbula recuada– Micrognatia: mandíbula menor § Aumento da glândula parótida (caxumba,infecções bacterianas...) Cavidade oral § Inspeção externa da boca § Deve-se avaliar:– Coloração (hiperemia, palidez, cianose)– Umidade– Aumento de volume (edema,hemangiomas congênito)– Integridade e simetria das comissuraslabiais (lábio leporino, cicatrizes)– Mobilidade dos lábios– Dentes (forma, número, alterações,deformações, cáries, perfurações)– Tipo de mordida – Número de dentes e faixa etária – Gengivas (cor, integridade, sangramento,umidade, se tem alguma lesão)– Mucosa jugal (devem ser avaliadas aintegridade, a coloração, a presença demanchas (manchas de Koplik- sarampo)e drenagem da glândula parótida)– Língua (presença, tamanho, alterações,presença e disposição das papilas,movimento e lesões) – Orofaringe (infecções, cor, corpoestranho...)– Os linfonodos na região submentoniana,submandibular, pré-auricular e cervicalsuperior geralmente aumentam quandohá processos inflamatórios ou infecciososna cavidade oral e na faringe. HAB. CLÍNICAS - Luana Paixão (P3 - 2020.2) pescoço Inspeção Na primeira infância, o pescoço é curto, com mobilidadereduzida no RN, pela hipertonia que lhe é própria, e livrenos lactentes e pré-escolares. Aproximadamente em torno dos 3 meses, o pescoço dolactente já começa a sustentar a cabeça. – Se isso não ocorrer ou se o pescoço ficar flácido,verificar um possível comprometimentoneurológico ou grave desnutrição. RN Fraco; precisa de ajuda1 A 2 MESES Consegue erguer e movermais3 A 4 MESES Consegue erguer acabeça e mantê-lalevantada5 A 6 MESES Sem dificuldade Deve-se verificar: – Simetria– Massa ou cicatriz– Glândulas e linfonodos– Mobilidade– Pele– Batimentos dos pulsos Palpação Fazer palpação dos músculos e tecido subcutâneo,glândulas submandibulares, submaxilares, linfonodos,verificar se há massas na linha média (tireóide), higromacístico, torcicolocongênito ou adquirido, outras massastumorais. O torcicolo congênitogeralmente aparece nodecurso da segunda ou daterceira semana de vida,devido a um encurtamentodo músculoesternocleidomastóideo. tireoide Para o exame da tireóide, com o paciente sentado e opediatra em pé e atrás do paciente, fazer a palpaçãocom a polpa digital do segundo e terceiro quirodáctilos,ou, em pé e pela frente do paciente, faz-se a palpaçãocom a polpa digital dos primeiros quirodáctilos de ambasas mãos, aproximadamente ao nível da região cervicalinferior, na parte mediana. – Pede pra fazer o movimento de deglutição, poislevanta a tireóide– Ver se há algum volume anormal– Avaliar superfície, mobilidade, simetria entrelobos
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